sábado, 30 de março de 2013

Sábado Santo

Hoje é o dia da espera, da expectativa, de quem sabe pelo que aguarda. Nós, cristãos, agora nos silenciamos num profundo recolhimento interior e contemplamos, nos braços da Mãe, o corpo desfigurado de Cristo por amor a cada um de nós. Este Sábado Santo é um convite a expressarmos nosso amor a Jesus não somente com palavras, mas também através de uma serena espera. Num mundo onde "tudo é para ontem", onde ninguém aguenta esperar por mais nada, somos chamados a dar este belo testemunho de que esperamos sim! Mas o que esperamos, afinal? Esperamos o momento oportuno para exclamar e celebrar com toda a Igreja esta certeza de fé: "ELE RESSUSCITOU! ELE VIVE E REINA! JESUS É O SENHOR!" Enquanto a Luz da Ressurreição de Cristo não se manifesta na Noite Santa que se aproxima, sejamos pequenos luzeiros de vida santa uns para os outros, mostrando Aquele que, realmente, vale a pena esperar. Lembre-se: somente esperamos com amor, aquilo que realmente é importante para nós. Deus abençoe o seu dia. Um forte abraço! 
Alexandre Oliveira ( Comunidade Canção Nova)

domingo, 24 de março de 2013

Homilia do Papa no Domingo de Ramos

Fonte: Canção Nova
Permalink: http://papa.cancaonova.com/homilia-do-papa-na-missa-de-domingo-de-ramos/

1. Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d’Ele, fala-se dos prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: “Bendito seja aquele que vem, o rei, em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus!” (Lc 19, 38).
Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Ele soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus, inclinou-Se para curar o corpo e a alma.
Este é Jesus. Este é o seu coração que olha para todos nós, que olha as nossas doenças, os nossos pecados. É grande o amor de Jesus. E assim entra em Jerusalém com este amor, e olha para todos nós. É uma cena bela: cheia de luz – a luz do amor de Jesus, aquele do seu coração – de alegria, de festa.
No início da Missa, também nós o repetimos. Agitamos os nossos ramos de palmeira e de oliveira. Também nós acolhemos Jesus; também nós expressamos a alegria de acompanhá-Lo, de senti-Lo perto de nós, presente em nós e em meio a nós, como um amigo, como um irmão, também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas se abaixou para caminhar conosco. É o nosso amigo, o nosso irmão. Quem nos ilumina no caminho. E assim O acolhemos. E esta é a primeira palavra que gostaria de dizer a vocês: alegria! Nunca sejam homens e mulheres tristes: um cristão não pode nunca sê-lo! Não vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa não é uma alegria que nasce do fato de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está em meio a nós; nasce do saber que com Ele nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis, e há tantos! E neste momento vem o inimigo, vem o diabo, disfarçado como anjo muitas vezes, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas, sobretudo, sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. E, por favor, não deixem roubar a esperança! Não deixem roubar a esperança! Aquela que Jesus nos dá.
2. Mas nos perguntamos: Segunda palavra. Por que Jesus entra em Jerusalém, ou talvez melhor: como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei é Jesus? Vejamo-Lo: monta um jumentinho, não tem uma corte que o segue, não está rodeado de um exército símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que têm o sentido de ver em Jesus algo mais; tem aquele sentido da fé, que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma vara, um manto de púrpura, a sua realeza será objeto de escárnio; entra para subir ao Calvário carregado em uma madeira. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que brilha o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Penso naquilo que Bento XVI dizia aos Cardeais: vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado. Aquele é o trono de Jesus. Jesus toma sobre si… Por que a Cruz? Porque Jesus toma sobre si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, também o nosso pecado, de todos nós, e o lava, o lava com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor: quantas feridas o mal inflige à humanidade! Guerras, violência, conflitos econômicos que afetam quem é mais vulnerável, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, deve deixá-lo. Minha avó dizia a nós crianças: a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – cada um de nós o sabe e o conhece – e os nossos pecados pessoais: a falta de amor e de respeito com Deus, para com o próximo e para com toda a criação. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus faz a todos nós no trono da Cruz. A cruz de Cristo abraçada com amor nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de ser salvos e de fazer um pouquinho daquilo que fez Ele naquele dia de sua morte.
3. Hoje, nesta Praça, há tantos jovens: há 28 anos o Domingo de Ramos é o Dia da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, eu os vi na procissão, quando vocês entraram; imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós nos trazeis a alegria da fé e nos dizeis que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo o coração não envelhece nunca! Entretanto, todos sabemos e vós o sabeis bem, que o Rei que seguimos e que nos acompanha é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz! Antes, abraçam a Cruz, porque compreendem que é na doação de si mesmo, na doação de si mesmo, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo! Vocês a levaram respondendo ao convite de Jesus “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Vocês a levam para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, também eu me coloco em caminho com vocês, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro! Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que este Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom caminhar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de si mesmo, às periferias do mundo e da existência para levar Jesus! Três palavras: alegria, cruz, jovens.
Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Assim seja.

sábado, 23 de março de 2013

Entenda o significado do Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus agitando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas". 
Os ramos apresentados pelo povo nos remetem ao sacramento do batismo, por intermédio do qual nos tornamos filhos de Deus e responsáveis pela missão da nossa Igreja. E o ato de levarmos os ramos para casa nos lembra que estamos unidos a Cristo na luta pela salvação do mundo.
A Procissão de Ramos tem como objetivo apresentar a peregrinação que cada cristão realiza sobre a Terra buscando a vida eterna ao lado do Senhor. Esse ato nos faz relembrar que somos peregrinos neste mundo e que o céu é o lugar de onde viemos e para onde devemos voltar.
Por fim, a Santa Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos nas mãos dos soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do homem cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, o diálogo d'Ele com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.
O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruí-la; perder a vida para ganhá-la.
Professor Felipe Aquino 

Com o papa Francisco, cada dia é uma surpresa

Estilo e métodos do novo papa causam saudável "turbulência" no Vaticano
Fonte: Zenit
A sala de imprensa do Vaticano parecia vazia durante o dia de hoje. A maioria das equipes de TV e dos jornalistas de todas as partes do mundo já partiram de Roma. Depois de um mês de surpresas, da renúncia do papa Bento XVI até a eleição do novo papa Francisco, parece prevalecer agora um grande desejo de normalidade. 
Mas o papa Francisco é extremamente dinâmico e seu pontificado promete mudanças diárias, capazes de causar surpresas contínuas. 
Ontem, o Santo Padre pediu que fosse reduzido o espaço do apartamento papal, grande demais para as suas necessidades. "Aqui cabem 300 pessoas", teria dito ele. 
Em linha com a sobriedade e a obra de serviço do "servo dos servos", Francisco recebeu os representantes das Igrejas irmãs sentado em uma cadeira simples, depois de mandar retirar o trono. 
Ele continua a usar sapatos pretos, que teriam recebido de uma viúva como lembrança do marido falecido. Para a cerimônia de Quinta-feira Santa, que prevê o lava-pés realizado pelo papa, Francisco celebrará a missa no presídio do Instituto Penitencial para Menores de Casal di Marmo. O sucessor de Pedro lavará os pés dos jovens detidos. Visitar as prisões e lavar os pés dos prisioneiros é uma prática que o cardeal Bergoglio já adotava na Quinta-Feira Santaem Buenos Aires. 
O mundo inteiro quer saber quem é o papa Francisco na intimidade. Seu testemunho humano e espiritual é impressionante, de um autêntico apóstolo de Cristo. Neste contexto, é interessante descobrir, por exemplo, quais são os filmes, livros e obras de arte preferidos do novo papa. 
À já conhecida paixão pelo futebol e pelo tango, juntam-se às preferências do Santo Padre o filme A Festa de Babette, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987. Escrito e dirigido por Gabriel Axel, o filme se baseia na história homônima de Karen Blixen. 
Na literatura, o papa Francesco é um apaixonado apreciador da Divina Comédia, de Dante Alighieri, seu poeta favorito. Quando ensinava literatura, dedicava especial intensidade às aulas sobre a Divina Comédia. Outro livro muito querido de Francisco é Os Noivos, de Alessandro Manzoni. De origens italianas, o papa parece conhecer bem a história e a literatura da Itália. Francisco tem especial apreço também por Johann Christian Friedrich Hölderlin, poeta alemão considerado entre os maiores da literatura mundial. Em várias ocasiões, Bergoglio expressou ainda seu entusiasmo por Fiódor Dostoiévski, John Ronald Reuel Tolkien e Jorge Luis Borges. 
O pontífice é um grande amante e conhecedor da música. Embora goste não apenas da música clássica, seu autor preferido é Ludwig Van Beethoven. 
Quanto às artes plásticas, a pintura preferida pelo papa é a Crucificação Branca, de Marc Chagall, quadro em que o Cristo crucificado usa uma túnica com as cores de Israel, em clara referência à perseguição contra os judeus.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Missa marca o início oficial do pontificado do Papa Francisco

Continuando com gestos simbólicos, o papa Francisco determinou que sua missa inaugural, amanhã (19) de manhã, seja simplificada e encurtada, além de escolher um anel de prata em vez de ouro. A cerimônia deve reunir dezenas de milhares de fiéis diante da basílica de São Pedro e terá a participação de 31 chefes de Estado, entre os quais as presidentas Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.
A principal mudança se refere ao abandono do latim para a leitura do Evangelho. Amanhã, a leitura será apenas em grego, língua que simboliza a "unidade das igrejas do ocidente e do oriente", conforme explicou ontem o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. 
O grego é usado em algumas missas papais como indicação de que a Igreja Católica Apostólica Romana quer se reunir às igrejas orientais, separadas pelo cisma de 1054. O patriarca turco Bartolomeu 1º, o "papa" dos cristãos ortodoxos, participará da posse - é a primeira vez que isso ocorre desde a ruptura. 
O papa escolheu ainda seu anel de pescador - alusão à ocupação de São Pedro, o primeiro papa - em prata folhado de dourado. O anel de Bento XVI e de vários outros pontífices eram fabricados principalmente em ouro. 
"O papa ama uma certa espontaneidade", afirmou o porta-voz, em seu encontro regular com a imprensa. Ele aconselhou os jornalistas a não ficarem presos apenas ao texto da homilia que será distribuída antes da missa, já que Francisco tem improvisado nas falas. 
A caminho da cerimônia, Francisco passeará a bordo do papamóvel pela praça de São Pedro para saudar os fiéis. Essa aparição está prevista para as 9h locais (5h da madrugada em Brasília). 
Para a cerimônia de amanhã, chamada oficialmente de "inauguração do ministério petrino do bispo de Roma", vieram 132 comitivas de países e organizações. Várias religiões cristãs enviaram representantes, além de muçulmanos, judeus e budistas. 
Um dos chefes de Estado é o católico Mugabe, que está proibido de entrar na União Europeia, mas foi autorizado pela Itália porque se trata de uma cerimônia no Vaticano, um Estado independente. 
Lombardi esclareceu ontem que o Vaticano não convida ninguém, mas que todos os chefes de Estado que queiram comparecer à missa são bem-vindos.
A missa está marcada para as 9:30h (horário local), 5:30h, horário de Brasília.

Encontro do Papa Francisco com a imprensa internacional

Fonte: Blog.opovo.com.br
Jornalistas escutam atentos palavra do novo Papa
Na manhã de sábado, 16, foi proporcionado aos jornalistas que estavam em Roma e seus acompanhantes uma audiência com o Papa Francisco na Sala Paulo VI. Foi um encontro marcado pela emoção e descontração.
Eram milhares de profissionais da imprensa mundial, fotógrafos e cinegrafistas que, desde cedo, fizeram fila e passaram por um controle rigoroso para participar da audiência.
Papa Francisco foi ovacionado pelo público. Sentou-se em sua cadeira no centro do palco e ouviu a saudação do Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Arcebispo Claudio Maria Celli.
Em seguida, leu um breve discurso, agradecendo todos pelo precioso serviço realizado nos dias passados, na cobertura do Conclave e em sua eleição.
“Vocês trabalharam!” – exclamou, recebendo um imediato aplauso. Disse ainda que a Igreja e a mídia estão juntas para comunicar a verdade, a bondade e a beleza: “Todos nós somos chamados a comunicar esta tríade, essencial”.
Papa Francisco quis explicar porque “o Bispo de Roma quis se chamar Francisco”. E contou, de modo informal, que a seu lado, no Conclave, estava sentado o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, “um grande amigo, grande amigo”.
“Quando a coisa ficou “mais perigosa” – prosseguiu – ele me confortava, e quando os votos chegaram a dois terços, momento em que há o aplauso habitual porque o Papa é eleito – ele me abraçou, me beijou e disse “não se esqueça dos pobres”.
“Aquela palavra entrou aqui – disse, indicando a cabeça – ‘os pobres, os pobres’. Aí, pensei em Francisco de Assis e depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e tutela a Criação… neste momento em que nosso relacionamento com o meio-ambiente não é tão bom, né?”.
Francisco é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre… “Ah, como gostaria de uma Igreja pobre e pelos pobres!”. 
Depois de saudar pessoalmente alguns jornalistas, o Papa Francisco concluiu, em espanhol, em um momento de grande emoção:
“Disse que lhes daria a minha benção de coração. Muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, outros não creem.  Concedo minha benção, de coração, no silêncio, a cada um de vocês, respeitando a consciência de todos, mas sabendo que cada um de vocês é filho de Deus. Que Deus os abençoe”.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Salve o Papa Francisco !


Após quatro votações, em pouco menos de 24 horas, a fumaça branca apareceu às 19h05 (15h05, de Brasília) desta quarta-feira, ao fim do quinto escrutínio, para a alegria e emoção da multidão reunida na Praça de São Pedro. 

Vestido inteiramente de branco, o Papa apareceu no balcão da basílica às 20h22 (16h22), cerca de 1h20 depois do surgimento da fumaça branca. Em seguida, falando em italiano, ele se dirigiu os fiéis reunidos. "Irmãs e irmãos, boa noite", foram as primeiras palavras como papa. Ele agradeceu a Roma e a Bento XVI, bispo pontifício, e disse aos fiéis que seu papado será de colaboração, que pretende trilhar o caminho de Deus junto com os fiéis. Após as primeiras palavras, dirigiu uma oração dedicada ao Papa Emérito Bento XVI, acompanhado em coro pela multidão de fiéis. Antes de dar sua primeira bênção, também pediu as orações do povo para dar-lhe forças para guiar a Igreja: "Agora gostaria de dar a bênção, mas antes quero pedir um favor. Antes que o bispo abençoe o povo, peço que rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo que abençoa o bispo." Após estas palavras, inclinou-se para receber a oração do povo, em um momento de grande emoção. 

Jorge Mario Bergoglio SJ (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é um religioso da Companhia de Jesus, era o arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires desde 28 de fevereiro de 1998.

Foi criado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.
O novo papa não estava entre os principais cotados pela “mídia especializada”. Ele é o primeiro papa sul-americano, jesuíta e pela primeira vez um Papa adota o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis.

Que o Espírito Santo de Deus ilumine o nosso novo Papa na condução da Santa Mãe Igreja.

Habemus papam!

Temos Papa! Fumaça branca no Vaticano... Os sinos repicam em Roma! Dentro de alguns minutos conheceremos o Sumo Pontífice da nossa Igreja! Glória a Deus!

Fiquemos em oração!

Durante o conclave, até a escolha do novo papa, rezemos pelo menos um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Glória em intenção do Sumo Pontífice.

“Ó Deus, Pastor Eterno, que governais o vosso rebanho com solicitude constante, no vosso Amor de Pai, concedei à Igreja um pastor que vos agrade pela virtude e que vele solícito por nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.”
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A Barca de Pedro navega na História.

(... E está nas mãos de Deus!)
Percival Puggina
Tão grande é a importância das instituições na vida dos povos que muito já escrevi sobre os cuidados que elas requerem. Mas sempre abordei o tema pensando em política. Claro que, sendo católico, não me era desconhecido o fato de que a Igreja é uma instituição, aliás, a mais antiga e benéfica na história. Tampouco me é estranho o conceito, presente na doutrina católica, de que essa instituição é um organismo que sofre com o pecado de cada um. Até entre os 12 escolhidos a dedo por Jesus havia um Judas. 
Os últimos dias, desde que Bento XVI anunciou sua renúncia, colocaram a Igreja no centro do interesse midiático. Tal interesse vasculhou, como é dever da imprensa, desvios de conduta e crimes de que são acusados membros de sua hierarquia. Não fosse a Igreja uma instituição, estaríamos falando, por exemplo, de pedofilia na Austrália, na Escócia, na Irlanda; de negociata em Roma; ou da fértil vida sexual de um presidente paraguaio. Sendo instituição, tais condutas são debitadas a ela e fazem padecer todo corpo eclesial. Como leigo, sinto desconforto e sou tomado de justa indignação. Por isso, espero que o conclave escolha um pontífice dotado de determinação e energia para capinar seu quintal, apartando e entregando à justiça dos homens as ervas daninhas que nele se infiltraram. 
*** 
A barca de Pedro navega na História. Mas não entrega o leme aos poderes terrenos, nem abre velas para os ventos da opinião pública. A Igreja sente e compreende o tempo presente, mas não necessariamente atende os clamores que dele procedem. Ela é progressista em tudo que pode mudar sem renunciar ao patrimônio doutrinário que recebeu. A este ela deve conservadora fidelidade. Ninguém é constrangido a atender o que a Igreja prescreve. Ao contrário do que ocorre nos regimes que a consideram "ópio do povo", nos quais é discriminada ou criminalizada toda expressão de fé, a nave de Pedro é um venerável espaço de liberdade. 
É um grande paradoxo o fato de que os mais insistentes palpites e sugestões sobre mudanças na Igreja vêm, principalmente, de não crentes, de ateus militantes, e de adversários ideológicos da moral cristã. Embora tantos creiam ou opinem no sentido de que o próximo conclave será marcado pela necessidade de um aggiornamento progressista, mundano, a escolha do novo pontífice refletirá a tensão entre os que pretendem manter o controle sobre a burocracia vaticana (onde o Vatileaks sugere haver cobras e lagartos) e os que vão ao conclave dóceis à influência do Espírito Santo sobre sua Igreja. Não é difícil prever de que lado virá a fumaça branca. 
Especial para a REVISTA VOTO, edição de março de 2013
Fonte: Blog do Carmadélio

terça-feira, 12 de março de 2013

Quanto tempo demoraram os últimos conclaves?

No tempo de Deus
(Fonte: Canção Nova)
Nesta terça-feira, 12, iniciou-se o Conclave que elegerá o novo Papa, processo de eleição que foi instituído pelo Papa Gregório X, em 1271, e teve o seu caráter sigiloso obrigatório somente três séculos mais tarde, no ano de 1620.
Algumas curiosidades
O Conclave mais longo da história aconteceu na cidade de Viterbo, quando 17 cardeais demoraram três anos para eleger um Papa. Depois de muita pressão dos habitantes da cidade, elegeram Clemente IV. A eleição mais breve aconteceu em 1939, quando Pio XII foi eleito com apenas três votações.
Este Conclave, na forma como o conhecemos hoje, é o 75º e elegerá o Papa de número 266. Ultimamente, esse processo de eleição não tem se delongado mais do que 4 dias.

Abaixo, alguns números que nos dão a precisão das eleições dos últimos Papas.



Conclave ainda não elege o novo Papa

Às 15h41 desta terça-feira, 12, a chaminé da Capela Sistina em Roma, sinalizou: a Igreja ainda está sem Papa. A fumaça preta indicou o resultado do primeiro escrutínio das votações que aconteceram no Conclave, nesta tarde.
Num dos fornos, de 1938, foram queimadas as cédulas, e em outro, de 2005, dotado de dispositivos eletrônicos, foi criada a fumaça preta.
Segundo explicou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, na coletiva do último sábado, 9, as cédulas são queimadas ao final das votações do turno, ou seja, e não ao final de cada votação.
A próxima aparição da fumaça está programada para as 08h (horário de Brasília) desta quarta-feira, 13, podendo ser antecipada caso a eleição do novo Papa aconteça no fim do primeiro escrutínio da parte da manhã. (Fonte: Canção Nova)

segunda-feira, 11 de março de 2013

Bote Fé, Uai reuniu milhares de católicos na Arena do Sabiazinho neste sábado

Cerca de 15 mil jovens católicos de cidades que pertencem à Diocese de Uberlândia participaram, entre a noite de sexta-feira (8) e a tarde deste sábado (9), do evento “Bote Fé, Uai”, que aconteceu na Arena do Sabiazinho, como forma de preparação para a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho.
Gabriel Ramos, de 19 anos, morador do Jardim Brasília, na zona norte de Uberlândia, foi um dos milhares de jovens que participaram dos dois dias de evento, no Sabiazinho, que também teve a presença de católicos de Araguari, Araporã, Cascalho Rico, Estrela do Sul, Grupiara, Indianópolis, Monte Alegre de Minas e Tupaciguara. “Sempre frequentei a igreja com minha família. Hoje, sou integrante do coral da Paróquia de São Vicente de Paula. Pela força que representa o catolicismo para mim, espero estar no Rio de Janeiro em julho”, disse Ramos.
Desde 2011, católicos das 216 dioceses brasileiras têm se preparado para a Jornada da Juventude. Em Uberlândia, o evento do fim de semana foi celebrado pelo bispo Dom Paulo Francisco Machado, com a presença, inédita em Uberlândia, da cruz abençoada pelo Papa João Paulo II, em 1984, durante o Encontro Internacional da Juventude do Vaticano.
Para Maria Emília Duarte, coordenadora do setor juventude da diocese, aproximadamente 200 jovens devem participar da jornada, no Rio de Janeiro. “Os jovens puderam celebrar a presença da cruz em Uberlândia e, também, participar de ações culturais, sociais e palestras, durante os dois dias do ‘Bote Fé, Uai’”, disse Maria Emília.
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia
Veja, abaixo, algumas fotos da linda celebração de ontem, em nossa Paróquia, voltada, especialmente, para as crianças, com a participação do grupo "Os Amiguinhos de Francisco". Foi memorável!







sexta-feira, 8 de março de 2013

Palavras de Bento XVI

“...Consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005...” (Declaração de renúncia – 11/02/2013)

“... O Senhor me chama a ‘subir o monte’, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isto é para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual tenho buscado fazê-lo até agora, mas de modo mais adequado à minha idade e às minhas forças...” (última oração do Ângelus – 24/2) 

“... o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galiléia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis...” (última catequese do papa – Audiência de 27/2) 

“... pode-se tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!...” (última catequese do papa – Audiência de 27/2) 

“...Não abandono a cruz, mas estou de modo novo junto ao Senhor Crucificado...” (última catequese do papa – Audiência de 27/2) 

“... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e, sobretudo, nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão de fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo a nós e nos acolhe com o seu amor...” (última catequese do papa – Audiência de 27/2) 

“... Amar a Igreja significa também ter coragem de fazer escolhas difíceis, sofrer, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio...” (Discurso de despedida – 28/2)

“... continuarei a ser próximo na oração, especialmente nos próximos dias, a fim de que estejam plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre aquilo que é desejado por Ele. E entre vós, entre o Colégio cardinalício, há também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha incondicional reverência e obediência...” (Palavras aos cardeais – 28/2)

O Conclave começa no dia 12, terça-feira

Fonte: Canção Nova
Mirticeli Medeiros
A Sala de Imprensa Vaticana informou, às 17h40 (13h40 no horário de Brasília), a data do Conclave, o qual se realizará na terça-feira, 12 de março. Na parte da manhã, será celebrada a tradicional Missa Pro Eligendo Pontifice e, à tarde, os cardeais ingressam na Capela Sistina.
O Colégio Cardinalício tomou a decisão na oitava Congregação Geral realizada na tarde de hoje, às 17h (13h horário do Brasil). Depois de 40 minutos, jornalistas do mundo inteiro, que fazem a cobertura deste momento histórico, tomaram conhecimento do anúncio.
Como se realizará o Conclave?
Na manhã do dia 12 de março, será realizada a Missa Pro Eligendo Pontifice, ou seja, uma celebração solene na Basílica de São Pedro que abre oficialmente o Conclave. À tarde, os cardeais ingressam na Capela Sistina e, logo em seguida, o mestre das celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice profere a famosa frase latina Extra Omnes, por meio da qual ordena que somente os cardeais eleitores permaneçam para a votação.
Preparação para o Conclave
Em coletiva de imprensa realizada às 13h (9h horas no Brasil), o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, já havia sinalizado que a data do Conclave poderia ser divulgada ainda hoje. Lombardi informou que a Capela Sistina já está sendo preparada para a eleição do novo Papa e será aberta aos jornalistas neste fim de semana.
O porta-voz da Santa Sé também apresentou aos jornalistas imagens exclusivas do local onde os cardeais eleitores ficarão hospedados durante as votações. O edifício Domus Sanctae Martha, que foi construído durante o pontificado de João Paulo II, abrigará os cardeais durante as votações, os quais estão proibidos de manter qualquer tipo de contato pela internet ou pelo telefone celular. O Vaticano já providenciou, inclusive, bloqueios de comunicação desde que se iniciaram as congregações que antecediam o Conclave e se iniciaram no dia 4 de março.

O processo de beatificação da Beata Elena Guerra

O Tribunal Canônico do Processo da beata italiana Helena Guerra, que funciona como uma investigação para saber se a beata realmente realizou um milagre, foi instalado ontem. O Vaticano, sede da Igreja Católica em Roma, enviou dois representantes a Uberlândia: o postulador abade Ugo Tagni e o vice-postulador, padre Eduardo Braga e Silva, responsáveis por recolher todas as informações. Ontem, o tribunal realizou uma reunião na Cúria Diocesana para explicar ao público como será o processo de beatificação, mas os próximos encontros serão secretos. 

Nesse primeiro momento,reúne-se evidências que serão discutidas pelo tribunal, formado pelo bispo Dom Paulo Francisco Machado, pelo postulador e pelo vice, além de médicos e padres. Na segunda etapa, já no Vaticano, teólogos,cientistas e cardeais discutirão e revisarão todos os fatos já coletados.Se não houver explicação, o material será repassado ao papa, que oficializará a beatificação da beata Helena Guerra. 
Segundo o bispo Dom Paulo, o importante é que prevaleça a verdade. Não existe um tempo determinado para que ocorram todas essas etapas, pois tudo depende das informações obtidas e explicações sobre o caso. Atualmente, existem mais de 3 mil processos de canonização em andamento no Vaticano. 
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia - Página A4 08/03/2013 
Imagem: Diocese de Uberlândia

segunda-feira, 4 de março de 2013