Monsenhor Jonas Abib
Dom Bosco, ao contrário do que muitos pensam, era um homem de um temperamento classificado como “colérico”. No entanto, consciente do seu temperamento difícil, determinou-se a “domá-lo” com o auxílio da graça de Deus, além de toda a luta pessoal e do esforço contínuo. Para isso, escolheu como protetor e modelo São Francisco de Sales, um santo que venceu seu temperamento forte pela prática da mansidão. Ele é um exemplo para nós de que é possível ser diferente, é possível mudar.
Dom Bosco era muito dirigido por Deus através de seus sonhos. Num deles, um personagem o levou a uma linda plantação. Rapidamente, porém, as folhas foram murchando e a plantação perdeu todo o seu viço. Diante do olhar interrogativo de Dom Bosco, o personagem mandou que ele se aproximasse. Foi daí que viu nas folhas uma espécie de ferrugem. Então perguntou: ‘O que é isso?’ O personagem respondeu: ‘A murmuração. Ela é como uma praga. Espalha – se rápido e põe tudo a perder. Ela mata a vida de qualquer comunidade’. Questionou Dom Bosco: ‘O que fazer agora?’. E o homem respondeu: ‘Com a murmuração não há outro jeito. É preciso exterminar’. Então, ele sentiu ecoar nos seus ouvidos as palavras: ‘É preciso exterminar!’ e acordou.Foi a partir daí que ele começou a aplicar o ensinamento de que precisamos sempre: ‘Pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem a todos!’
Eis o que deve ocupar os nossos pensamentos e as nossas conversas: tudo e somente o que é verdadeiro, justo, nobre, puro, virtuoso e louvável. Dessa forma, “a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4,7). Se a gente semeia jasmim, colhe jasmim. Mas se nós semeamos urtiga e insistimos nisso, não podemos esperar flores. Nossas palavras são como sementes. O que falamos, semeamos. Que São João Dom Bosco inspire nossas palavras e que Nossa Senhora Auxiliadora seja a nossa intercessora!
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