sexta-feira, 8 de abril de 2011

Deus é amor

Apresentamos abaixo, trechos da segunda pregação de Quaresma à Cúria Romana, realizada na última sexta-feira, na presença do Papa, pelo Padre Raniero Cantalamessa, Franciscano Capuchinho (tradução de www.zenit.org).

Em sua meditação o sacerdote disse que “o primeiro e fundamental anúncio que a Igreja tem a missão de levar ao mundo, e que o mundo espera da Igreja, é o amor de Deus. Mas, para terem como transmitir esta certeza, é preciso que os próprios evangelizadores sejam intimamente permeados por esse amor, que tem que ser a luz da sua vida. É para esta meta que, pelo menos em mínima parte, a presente meditação pretende se dirigir.”

Ele afirma que Deus amou o homem primeiro e não o contrário e que, portanto a tarefa primordial do ser humano não é amar a Deus e sim, acreditar no amor de Deus. Em suas palavras, “a expressão “amor de Deus” tem duas acepções bem diferentes: uma em que Deus é objeto e a outra em que Deus é sujeito: uma que indica o nosso amor por Deus e a outra que indica o amor de Deus por nós. O homem, mais propenso por natureza a ser ativo que passivo, mais a ser credor que devedor, sempre deu precedência ao primeiro significado, àquilo que nós fazemos para Deus. A pregação cristã também seguiu esse caminho, falando, em certas épocas, quase só do “dever” de amar a Deus (“De diligendo Deo”). Mas a revelação bíblica dá a prevalência ao segundo significado: ao amor “de” Deus, não ao amor “por” Deus. Aristóteles dizia que Deus move o mundo “porque é amado”, ou seja, é objeto de amor e causa final de toda criatura. Mas a Bíblia diz exatamente o contrário: Deus cria e move o mundo porque ama o mundo. O mais importante do amor de Deus não é que o homem ama a Deus, mas que Deus ama o homem e o ama “primeiro”:

Acrescenta, então: “Nisso está o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas Ele quem nos amou” (1 Jo 4,10). Disso depende todo o resto, incluída a nossa própria possibilidade de amar a Deus: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4,19).

No final de sua pregação o sacerdote nos convida a "olhar para a nossa vida, do jeito que ela se apresenta, e trazer à tona os medos que se aninham nela, as tristezas, ameaças, complexos, aquele defeito físico ou moral, aquela lembrança doída que nos humilha, e escancarar tudo à luz do pensamento de que Deus me ama." E finalmente, enfatiza: "Tudo pode ser questionado, todas as certezas podem nos faltar, mas nunca esta: Deus nos ama e é mais forte do que tudo",

Um comentário:

Maria Lúcia França disse...

Oração de Paulo pela igreja de Éfeso.
Porque antes de tudo, é a vontade de Deus “que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:17-19).

Deus tem sempre o melhor para nós e seu amor é insuperável.

PAZ E BEM!