Fonte: ACI Digital
Na sexta-feira, 23 de setembro, foi celebrada uma Missa pela festa de São Pio de Pietrelcina na Catedral Holy Cross em Boston (Estados Unidos), no evento final da visita da relíquia do santo frade capuchinho a esta cidade, que teve início no dia 21.
A Missa foi celebrada pelo Arcebispo de Boston, Cardeal Sean O’Malley, que durante a homilia assegurou que “o Padre Pio é como a Madre Teresa de Calcutá, a outra grande estrela do Jubileu da Misericórdia”.
“Pio de Pietrelcina foi um homem do povo, ele não era muito habilidoso ou sofisticado. Foi um simples frade transformado pelo amor de Deus. Se pudéssemos reduzir sua vocação a sua essência, poderíamos assinalar dois pilares da sua vida: a oração e a misericórdia”, explicou o Prelado.
Santa Teresa de Calcutá foi canonizada no último dia 4 de setembro, durante a celebração do Jubileu dos Voluntários e dos Operadores da Misericórdia.
O Purpurado indicou que ambos os santos se dedicaram “ao Santíssimo Sacramento, ao rosário, à meditação e à oração, o que lhes deu uma energia ilimitada para servir aos mais pobres entre os pobres. Nestes santos nós vemos o rosto de Deus”.
O Arcebispo de Boston recordou também que o santo dos estigmas propunha cinco elementos às pessoas que o buscavam para receber a direção espiritual: “confissão semanal, comunhão diária, leitura espiritual, meditação e exame de consciência”.
Nesse sentido, o Cardeal O’Malley explicou que o coração do Padre Pio, presente no templo para sua veneração, “é o símbolo da grandeza do amor de Deus. Esse amor que o levou a fazer tantos sacrifícios para servir ao Senhor e aos necessitados”.
“Peçamos que o exemplo de sua oração e misericórdia, os dois aspectos centrais da sua vida, sejam o antídoto para os muros que o mundo de hoje constrói diante de nós. As pessoas não têm tempo para a oração, para as obras de misericórdia e podemos ver o desastre do mundo sem ambas”, manifestou.
O Arcebispo disse que embora o Padre Pio não tenha publicado um livro ou compartilhado lições como um catedrático, “convenceu milhares de pessoas – inclusive em um período de ceticismo – de que os milagres não eram um mito”.
“Os arquivos do Santuário Nossa Senhora das Graças em San Giovanni Rotondo (Itália) contêm livros com os testemunhos de milhares de pessoas que foram curadas de doenças incuráveis através da intercessão do Padre Pio. Entretanto, mais pessoas foram profundamente tocadas pelo modo como celebrava a Eucaristia, do que pelas curas, êxtases ou profecias”, destacou.
“Poucos santos foram honrados com a devoção que ele recebeu. Há alguns anos, o jornal italiano ‘Famiglia Cristiana’ fez uma pesquisa que indicava que as pessoas na Itália rezavam mais ao Padre Pio do que a qualquer outro santo. Outro jornal publicou no título uma notícia que ‘nem todos os italianos acreditam em Deus, mas todos acreditam no Padre Pio’”.
“Nós devemos imitar este homem que amou tanto Deus e o seu próximo, a fim de que possamos ser verdadeiros discípulos que não temem a cruz”.
Em seguida, o Cardeal explicou que “como São Francisco de Assis, o Padre Pio se converteu em um crucifixo vivo. Enfrentou um terrível sofrimento físico, tortura espiritual e inclusive perseguição de alguns membros da Igreja”.
“Nosso medo à cruz é o que nos torna católicos medíocres. Como o Padre Pio, não devemos nos glorificar de nada, apenas na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, através da qual o mundo foi crucificado para nós e nós para o mundo”, sublinhou o Purpurado.
Ao terminar, o Cardeal O’Malley pediu que, no final deste Ano Jubilar, “abracemos este grande amor, estas grandes coisas que a vida do Padre Pio nos ensina: oração e misericórdia, compaixão pelo pecador, amor sem condições pelos doentes e pelos que sofrem”.
“Que o coração deste santo frade nos ajude a ter corações amorosos e nos guie ao coração de Cristo”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário