terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mônica, simplesmente Mônica

Frei Almir Ribeiro Guimarães
Fonte: franciscanos.org.br  
permalink:http://www.franciscanos.org.br/?=43495#sthash.sv94LR6s.dpuf
Santa Mônica, esposa, mãe e viúva
1Tessalonicenses 2, 1-8; Mateus 23, 23-26
Comemoramos hoje uma mulher especialmente forte, pertinaz e profundamente cristã. Estamos falando de Mônica, a mãe de Santo Agostinho. Chorou os pecados e desvarios do filho e alcançou a graça de ser mãe de um dos maiores nomes da história do cristianismo. Com preces e lágrimas conseguiu a graça da transformação do filho.
Mônica nasceu em Tagaste ( atual Souk Ahras, na Argélia), em 382, no seio de uma piedosa família. Recorda-se ela que, na adolescência, uma serva a acusou de beberrona porque bebia vinho quando ia buscá-lo na cantina: essa acusação, segundo suas próprias palavras, salvou-a do vício da embriaguez. Casou-se com Patrício, homem bom, mas de temperamento irascível; soube servi-lo e suportá-lo, também na infidelidade, com muita docilidade e paciência. Teve dois filhos, Agostinho e Navígio (e uma filha que morreu como superiora de mosteiro em Hipona, em 424). O marido, legionário romano pagão, converteu-se como catecúmeno em 371 e morreu no ano seguinte, depois de ter sido batizado no leito de morte. Mônica se viu sozinha diante da conduta desordenada do filho Agostinho que, aos dezesseis anos (simples catecúmeno) já se havia abandonado às suas paixões (dos espetáculos trágicos aos seus amores) e às ideias distorcidas dos maniqueus. Mônica seguiu Agostinho de Medaura a Cartago, “e num sonho (que impressionou Agostinho) compreendeu que devia permitir que esse filho extraviado vivesse em casa, em vez de afastá-lo por causa dos erros. Enganada por Agostinho quando da viagem à Itália, Mônica pôde juntar-se a ele só mais tarde, quando ele já havia sido conquistado pelas pregações de santo Ambrósio de Milão, onde tinha obtido uma cadeira de retórica. Na Páscoa de 387, teve a alegria de assistir ao batismo do filho convertido. Pelo fim desse ano, tendo vivido por algum tempo em Cassiciaco com o filho e os amigos, morreu em Óstia, antes de embarcar para a África e foi sepultada nesta terra que se tornou como que um porto para o céu (Informações do livro “Os santos do calendário romano, de Enzo Lodi, Paulus, p.350-351).
Belo o texto do Prefácio da festa de Santa Mônica, do Missal Agostiniano:
Acima de tudo é justo para nós
na festa da santa mãe Mônica,
louvar os teus dons.
Vivificada em Cristo,
ela viveu de modo tal que sua fé e sua conduta
constituíam um louvor ao teu nome
e em seu coração ela sentia tua presença.
Ela ganhou para ti seu esposo.
Nutriu espiritualmente os filhos,
gerando-os tantas vezes quantas os via distanciar-se de ti;
e lhe concedeste, por suas sinceras e quotidianas lágrimas,
que seu filho Agostinho não se perdesse.

Nenhum comentário: