Igrejinha da Porciúncula, considerado um lugar sagrado
na tradição franciscana. Atualmente está abrigada sob a
Basílica de Nossa Senhora dos Anjos.
Fonte: Canção Nova
São Francisco de Assis pode ser considerado um dos santos mais conhecidos mundo afora. Nesta terça-feira, 2 de agosto, celebra-se o "Perdão de Assis", na igreja de Nossa Senhora dos Anjos, também conhecida como "Porciúncula". Essa é uma das datas mais importantes para a Família Franciscana e todos os fiéis que têm especial afeição pelo santo italiano.
Nessa data (das 12h do dia 1º até as 24h do dia 2), pode-se obter a Indulgência Plenária, com as habituais condições. É possível acompanhar as celebrações que acontecem na Basílica de Nossa Senhora dos Anjos, cujo interior abriga a igreja de Porciúncula, próximo a Assis (Itália), ao vivo pela internet.
De acordo com o ministro da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, frei Fidêncio Vanboemmel, "além das celebrações e orações realizadas internamente pelas comunidades, os freis estão ainda mais disponíveis para atender as confissões". Ele também recorda a grandeza dessa indulgência.
Compreender o verdadeiro significado da Porciúncula também é importante para adentrar na essência desta data, de acordo com frei Fidêncio. Para os franciscanos, ela é muito mais que a igreja pobre e simples que os monges beneditinos concederam a Francisco e seus companheiros, que cresciam em número de forma significativa.
"Foi ali que São Francisco ouviu o Santo Evangelho do envio missionário dos 12 apóstolos e, após pedir explicações ao padre ao final da Missa, exclamou: 'É isso que desejo e quero!'. É o local da grande descoberta da vocação, é também onde Santa Clara se consagrou e os frades se congregavam para tomar decisões, rezar, se encontrar. Ali nasceu a forma franciscana de vocação à vida evangélica. Quando falamos em Porciúncula, reunimos todos os elementos e valores da nossa espiritualidade; representa a essência do carisma", explica.
Para entender melhor o significado da data, é preciso remontar ao ano de 1216.
De acordo com as Fontes Franciscanas – conjunto de escritos que sintetizam os acontecimentos da vida do santo –, Francisco estava rezando na igrejinha da Porciúncula, próximo a Assis, quando o local ficou totalmente iluminado e o santo viu sobre o altar o Cristo e, à sua direita, Nossa Senhora, rodeados por uma multidão de anjos.
Perguntado sobre o que desejava para a salvação das almas, Francisco respondeu: "Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas".
O Senhor teria lhe respondido: "Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (o Papa)".
Logo após, Francisco apresentou-se ao Santo Padre Honório III, partilhou a visão que teve e o Papa concedeu sua aprovação. "Não queres nenhum documento?", teria perguntado o Pontífice. E Francisco respondeu: "Santo Pai, se é de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas".
Alguns dias após, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse: "Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!".
Indulgências
As indulgências têm o poder de apagar as consequências dos pecados (penas temporais) que já foram perdoados pelo sacramento da confissão (que perdoa a culpa). A indulgência pode ser parcial, que redime parcialmente dessa pena, ou plenária, que apaga totalmente a pena temporal dos pecados.
Para se receber a indulgência, os fiéis precisam da confissão sacramental para estar em graça de Deus (oito dias antes ou depois); participar da Missa e Comunhão Eucarística; visitar uma igreja paroquial, onde se reza o Credo e o Pai Nosso e rezar pelas intenções do Papa. A graça da indulgência pode ser pedida para si mesmo ou para um falecido.
Nessa data (das 12h do dia 1º até as 24h do dia 2), pode-se obter a Indulgência Plenária, com as habituais condições. É possível acompanhar as celebrações que acontecem na Basílica de Nossa Senhora dos Anjos, cujo interior abriga a igreja de Porciúncula, próximo a Assis (Itália), ao vivo pela internet.
De acordo com o ministro da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, frei Fidêncio Vanboemmel, "além das celebrações e orações realizadas internamente pelas comunidades, os freis estão ainda mais disponíveis para atender as confissões". Ele também recorda a grandeza dessa indulgência.
Compreender o verdadeiro significado da Porciúncula também é importante para adentrar na essência desta data, de acordo com frei Fidêncio. Para os franciscanos, ela é muito mais que a igreja pobre e simples que os monges beneditinos concederam a Francisco e seus companheiros, que cresciam em número de forma significativa.
"Foi ali que São Francisco ouviu o Santo Evangelho do envio missionário dos 12 apóstolos e, após pedir explicações ao padre ao final da Missa, exclamou: 'É isso que desejo e quero!'. É o local da grande descoberta da vocação, é também onde Santa Clara se consagrou e os frades se congregavam para tomar decisões, rezar, se encontrar. Ali nasceu a forma franciscana de vocação à vida evangélica. Quando falamos em Porciúncula, reunimos todos os elementos e valores da nossa espiritualidade; representa a essência do carisma", explica.
Para entender melhor o significado da data, é preciso remontar ao ano de 1216.
De acordo com as Fontes Franciscanas – conjunto de escritos que sintetizam os acontecimentos da vida do santo –, Francisco estava rezando na igrejinha da Porciúncula, próximo a Assis, quando o local ficou totalmente iluminado e o santo viu sobre o altar o Cristo e, à sua direita, Nossa Senhora, rodeados por uma multidão de anjos.
Perguntado sobre o que desejava para a salvação das almas, Francisco respondeu: "Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas".
O Senhor teria lhe respondido: "Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (o Papa)".
Logo após, Francisco apresentou-se ao Santo Padre Honório III, partilhou a visão que teve e o Papa concedeu sua aprovação. "Não queres nenhum documento?", teria perguntado o Pontífice. E Francisco respondeu: "Santo Pai, se é de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas".
Alguns dias após, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse: "Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!".
Indulgências
As indulgências têm o poder de apagar as consequências dos pecados (penas temporais) que já foram perdoados pelo sacramento da confissão (que perdoa a culpa). A indulgência pode ser parcial, que redime parcialmente dessa pena, ou plenária, que apaga totalmente a pena temporal dos pecados.
Para se receber a indulgência, os fiéis precisam da confissão sacramental para estar em graça de Deus (oito dias antes ou depois); participar da Missa e Comunhão Eucarística; visitar uma igreja paroquial, onde se reza o Credo e o Pai Nosso e rezar pelas intenções do Papa. A graça da indulgência pode ser pedida para si mesmo ou para um falecido.
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