Pensar como Jesus Cristo, sentir como Jesus Cristo, amar como Jesus Cristo, agir como Jesus Cristo, conversar como Jesus Cristo, falar como Jesus Cristo.
Enfim, conformar toda a nossa vida a de Cristo, revestir-nos de Jesus Cristo! Nisto consiste o único interesse, a ocupação essencial e primaria de todos os cristão; porque cristão significa alter Christus, outro Cristo. Salvar-se á aquele que for encontrado conforme imagem de Cristo. E, para conformar-nos a vida de Cristo, é necessário antes de tudo estudá-la, conhecê-la, meditá-la. Não, porém nos aspectos exteriores, mas penetrando os sentimentos, afetos, desejos, intenções de Jesus Cristo, buscando tudo a fazer em perfeita união como Ele.
É o próprio Jesus, com sua bondade e palavras, quem nos convida a agir assim. Mas como aprenderemos, por exemplo, sua mansidão e humildade? Como em cada ação nos colocaremos diante de Cristo para imitá-lo, se não conhecemos os sentimentos de seu Coração ao realizá-la? Porque Cristo viveu, comeu, dormiu, falou, calou-se, caminhou, cansou-se, repousou, suou, padeceu fome, sede, pobreza, numa palavra; trabalhou, sofreu, morreu por nós, pela nossa salvação. Portanto, devemos representar-nos Jesus ao natural e realmente; não de maneira teórica e ideal, que nos levaria a não amá-lo e a não imitá-lo em tudo, como é nosso dever. Jesus é nosso irmão, carne de nossa carne, sangue de nosso sangue, ossos de nossos ossos. Este é o meu Jesus, Deus e homem verdadeiro, vivo, pessoal, que se fez visível sobre esta terra, que viveu, conversou conosco por trinta e três anos. De fato, Verbo eterno do Pai, por nossa salvação desceu do céu, encarnou-se, sofreu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, permanecendo entre nós, no Santíssimo Sacramento do altar, até a consumação dos séculos, para ser nosso companheiro, conforto, alimento.
A vida eterna consiste em conhecer sempre mais a Jesus Cristo, nossa única felicidade no tempo e na eternidade. Quão feliz será a alma que apreender cada dia esta lição e a puser em prática! Que suave pensamento: Viverei, comerei, dormirei, falarei, calarei, trabalharei, padecerei, tudo farei e sofrerei em união com Jesus, conformando-me à divina intenção e aos sentimentos com que Jesus agiu e quer que sejam os meus no agir ou padecer! Aquele que assim proceder – e devemos todos fazê-lo – viverá, na terra, vida de céu; transformar-se-á em Jesus e poderá repetir com o Apóstolo: já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.
Dos Escritos do Santo Henrique de Ossó, presbitero.
Ofícios próprios da liturgia das horas da Ordem dos Irmãos Descalços da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. 2° edição. São Paulo, 2000, p. 35-36.
Enfim, conformar toda a nossa vida a de Cristo, revestir-nos de Jesus Cristo! Nisto consiste o único interesse, a ocupação essencial e primaria de todos os cristão; porque cristão significa alter Christus, outro Cristo. Salvar-se á aquele que for encontrado conforme imagem de Cristo. E, para conformar-nos a vida de Cristo, é necessário antes de tudo estudá-la, conhecê-la, meditá-la. Não, porém nos aspectos exteriores, mas penetrando os sentimentos, afetos, desejos, intenções de Jesus Cristo, buscando tudo a fazer em perfeita união como Ele.
É o próprio Jesus, com sua bondade e palavras, quem nos convida a agir assim. Mas como aprenderemos, por exemplo, sua mansidão e humildade? Como em cada ação nos colocaremos diante de Cristo para imitá-lo, se não conhecemos os sentimentos de seu Coração ao realizá-la? Porque Cristo viveu, comeu, dormiu, falou, calou-se, caminhou, cansou-se, repousou, suou, padeceu fome, sede, pobreza, numa palavra; trabalhou, sofreu, morreu por nós, pela nossa salvação. Portanto, devemos representar-nos Jesus ao natural e realmente; não de maneira teórica e ideal, que nos levaria a não amá-lo e a não imitá-lo em tudo, como é nosso dever. Jesus é nosso irmão, carne de nossa carne, sangue de nosso sangue, ossos de nossos ossos. Este é o meu Jesus, Deus e homem verdadeiro, vivo, pessoal, que se fez visível sobre esta terra, que viveu, conversou conosco por trinta e três anos. De fato, Verbo eterno do Pai, por nossa salvação desceu do céu, encarnou-se, sofreu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, permanecendo entre nós, no Santíssimo Sacramento do altar, até a consumação dos séculos, para ser nosso companheiro, conforto, alimento.
A vida eterna consiste em conhecer sempre mais a Jesus Cristo, nossa única felicidade no tempo e na eternidade. Quão feliz será a alma que apreender cada dia esta lição e a puser em prática! Que suave pensamento: Viverei, comerei, dormirei, falarei, calarei, trabalharei, padecerei, tudo farei e sofrerei em união com Jesus, conformando-me à divina intenção e aos sentimentos com que Jesus agiu e quer que sejam os meus no agir ou padecer! Aquele que assim proceder – e devemos todos fazê-lo – viverá, na terra, vida de céu; transformar-se-á em Jesus e poderá repetir com o Apóstolo: já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.
Dos Escritos do Santo Henrique de Ossó, presbitero.
Ofícios próprios da liturgia das horas da Ordem dos Irmãos Descalços da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. 2° edição. São Paulo, 2000, p. 35-36.