Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e chamou-as Maria. Este grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu próprio Filho; e este tesouro imenso é Maria, que os anjos chamam o tesouro do Senhor, e de cuja plenitude os homens se enriquecem.
Deus Filho comunicou a sua Mãe tudo que adquiriu por sua vida e morte: seus méritos infinitos e suas virtudes admiráveis. Fê-la tesoureira de tudo que seu Pai lhe deu em herança; é por ela que ele aplica seus méritos aos membros do corpo místico, que comunica suas virtudes, e distribui suas graças; é ela o canal misterioso, o aqueduto, pelo qual passam abundante e docemente suas misericórdias.
Deus Espírito Santo comunicou a Maria, sua fiel esposa, seus dons inefáveis, escolhendo-a para dispensadora de tudo que ele possui. Deste modo ela distribui seus dons e suas graças a quem quer, quanto quer, como quer e quando quer, e dom nenhum é concedido aos homens, que não passe por suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos por Maria e assim será enriquecida, elevada e honrada pelo Altíssimo, aquela que, em toda a vida, quis ser pobre, humilde e escondida até ao nada.
São Luiz Maria Grignon de Montfort
Fonte: Ensinamentos dos Santos. Prof. Felipe Aquino (org.). Editora Cléofas, 2003. Páginas 70 e 71.
Um comentário:
Quantas maravilhas espirituais não haveremos de conseguir, com tantos tesouros celestes à nossa disposição, se nos deixarmos guiar pelas mãos santíssimas da Virgem Maria, poder máximo de meditação e cooperação, de uma alma que se entregou única e exclusivamente a amar e servir na mais intima união com Cristo.
E quem é que entrava MARIA Santíssima na distribuição de todas as Graças? Somos nós mesmos, porque não cooperamos devidamente com a Graça.
Santa Catarina Lebouré, a vidente de Nossa Senhora, das Graças, narra o seguinte:
(...) “Logo a seguir as mãos de MARIA, resplandecendo raios que simbolizam as Graças, abaixavam-se e estendiam-se numa atividade graciosa, reproduzida na medalha. De novo a vos se fez ouvir: “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem receberão muitas Graças, as quais serão abundantes para aqueles que tiverem inteira confiança.”(...)“Estas pedras que não resplandecem, representam as Graças que ninguém pede.”
PAZ E BEM!
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