quinta-feira, 31 de março de 2011
ORAÇÃO, JEJUM, MISERICÓRDIA...
Beatificação de João Paulo II: mensagem da CNBB
Um adeus a José Alencar
Assistindo ao noticiário que enfoca nesses dias a morte do ex-vice-presidente da República, José Alencar, ocorrida no último dia 29 de março, vêm à minha mente, principalmente, o seu sorriso largo, sua coragem, suas palavras sinceras, espirituosas e sua fé. Quantas vezes, nesses últimos anos, sua imagem entrou em nossas casas, através da televisão e eu senti admiração por sua bravura na luta contra a doença cruel, que teimava em dominar o seu corpo, mas jamais conseguiu dominar o seu espírito.
Hoje, sinto algo além da admiração. É um sentimento de perda, como se fosse alguém da família, de quem sinto muito orgulho e que não verei mais... Sim, é também, um sentimento de orgulho em ser brasileira, ser mineira e ser contemporânea desse grande homem. Sua serenidade, sua coragem e seu sorriso ficarão, por um longo tempo, gravados em meu coração. Suas palavras fortes, destemidas e bem humoradas ficarão marcadas em nossa história e seu exemplo de homem simples, batalhador e honesto é a prova de que no Brasil, pode, sim, ter gente de bem na política e à frente dos destinos do país.
O céu está em festa, pois um filho muito digno e amado retornou aos braços do Pai!
quarta-feira, 30 de março de 2011
Os dedos teclam o que está no coração
Sim, estamos sedentos de ouvir Deus falar. No fundo do coração e de sua consciência, o ser humano quer Deus e O procura; mas “como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10, 14).
Eis aqui o desafio que nos é proposto por Bento XVI: mostrar o Rosto de Cristo nesta cultura digital. Teclar o que está contido num coração conquistado por Jesus, mostrar que o pedido da humanidade ainda está contido na prece que fazemos em cada Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”.
Em meio a "exabytes" de vozes, guardemos "A Palavra" e fiquemos com Jesus Cristo, para que o mundo seja salvo. Basta o Verbo, o Filho de Deus, revelado a nós e transbordado por nosso intermédio para que, também, essa cultura “high-tech” sinta o suave “perfume de Cristo” (cf. II Cor 2, 15). Esta é a profecia que devemos levar ao mundo digital, pois, se a boca fala do que está cheio o coração, os dedos teclam o que também está nele.
“Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós” (Atos 17, 27)
Vamos movimentar este blog. Convido você para atender o apelo de Bento XVI no mundo digital. Vamos fazer uma "Revolução Jesus" na internet e ecoar a Palavra de Deus que diz "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará" (Ef 5, 14).
Daniel Machado
terça-feira, 29 de março de 2011
Nossos padroeiros
sexta-feira, 25 de março de 2011
Hora do Planeta 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Seminário de Vida no Espírito
terça-feira, 22 de março de 2011
ÊXITO DA PÁGINA DE JOÃO PAULO II NO FACEBOOK
domingo, 20 de março de 2011
Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2011
sábado, 19 de março de 2011
Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
A mulher invisível
segunda-feira, 14 de março de 2011
Questão de escolha
domingo, 13 de março de 2011
Seminário de Vida no Espírito Santo
quinta-feira, 10 de março de 2011
Como viver bem esse tempo forte de meditação, oração, jejum e esmola?
quarta-feira, 9 de março de 2011
Papa envia mensagem ao Brasil para a Campanha da Fraternidade
Reforçando o tema proposta pela CF deste ano: "Fraternidade e vida no Planeta", o Santo Padre pede uma "mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação".
Bento XVI destaca que o primeiro passo para uma "reta relação com o mundo" é o reconhecimento, por parte do homem, "da sua condição de criatura". Sendo assim, ele deve buscar ser "mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus".
"O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a 'ecologia humana'", destacou o Papa, ao citar o trecho de sua Encíclica Caritas in Veritate.
De fato, o Santo Padre afirma que, sem uma clara defesa da vida humana, "nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente".
Por fim, Bento XVI destaca que o dever de cuidar do meio-ambiente é um "imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança Deus confiou aos brasileiros". (Fonte: Canção Nova)
A coerência entre fé e vida
Durante o tempo da Quaresma, agora iniciado, um aspecto será muito importante em nossa vida de conversão: a transparência, a sinceridade de coração. Quando ouvimos que não é apenas para rasgar as vestes externas, mas o coração; que não é para pronunciar os louvores de Deus apenas com os lábios, mas com o coração, recordamos a advertência do Sermão da Montanha no domingo que precedeu a Quaresma: não basta dizer Senhor, Senhor!
Entra no reino quem tem diante dos olhos, como seu horizonte, a vontade de Deus, as suas palavras. Daí a urgência, para nós e para as nossas comunidades, de sermos transparentes e coerentes. Que estejamos unidos com a Igreja que santifica, instrui, guia acolhendo, anunciando nos fatos e nas suas escolhas concretas a misericórdia de Deus, fazendo sentir-se perdoados, encontrando realmente os pobres. Somos chamados a olhar o mundo e os homens com o olhar misericordioso do Pai para que não nos tornemos cegos, olhando somente para nós mesmos.
São Palavras para estarem em nossa mente e em nossas atitudes (como se as amarrássemos na fronte e nas mãos), de tal forma que concretamente e com toda transparência busquemos uma vida de sincera conversão. Ouvir e colocar a Palavra em prática! Somente se estivermos abertos à graça de Deus e assim formos capacitados a amar, perdoar, acolher e respeitar, a nossa vida estará firme, será segura, porque estaremos colocando em prática o que disse o Senhor. Só assim nossa vida estará sendo construída sobre a rocha.
Construir a casa sobre a areia, ou seja, quando apenas ouvimos, mas não colocamos em prática, é o mesmo que buscar a si mesmo, fechar-se, não sendo capaz de olhar para frente, não dar-se conta, pensar pequeno, cuidar apenas dos próprios interesses. Precisamos construir sobre a rocha, colocando em prática a Palavra, construir sobre o coração de Deus!
Corremos o risco de uma vida fechada como se vivêssemos uma dissociação que faz movimentar a vida em vias paralelas ou em andares separados. De uma parte Deus, a quem dirigimos a nossa oração, a nossa meditação, a nossa ação em seu Nome; de outra, os nossos interesses e o resto da vida. É como se provássemos salvar a obediência a Deus e, ao mesmo tempo, subtrairmo-nos às exigências que a conversão exige. É nessa direção que precisamos buscar a coerência neste tempo quaresmal agora iniciado. Que a nossa vida transpareça as nossas convicções e vice-versa.
Nos domingos anteriores, quando escutamos a boa notícia da figura do homem novo no Sermão da Montana, meditamos sobre as palavras de Jesus, que diz que nós não podemos servir a dois senhores: eis que às vezes a nossa vida é uma desastrada tentativa de servir a dois senhores. O Evangelho sugere-nos que é da nossa vida cotidiana que se compreende verdadeiramente se temos ou não um só Senhor; é da vida cotidiana que dizemos aos outros quem é verdadeiramente o nosso Senhor.
Que o tempo de conversão e o silêncio da Quaresma nos encontrem disponíveis a dar passos nessa direção, correspondendo melhor ao chamado de Deus para vivermos o nosso Batismo, a nossa vida cristã com coerência e alegria.
D. Orani João Tempesta, Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ