quinta-feira, 30 de junho de 2016

3 vícios que você tem de manhã e que prejudicam o resto do seu dia


Fonte: Aleteia

Desafie-se: acabe com esses 3 vícios e perceba a diferença positiva!

Vício 1: Espiar seu email e suas redes sociais

Seu telefone “inteligente” facilitou para você este hábito que é muito pouco inteligente: mal acorda, você já confere o que há no seu email, no WhatsApp, nos fluxos do Facebook, do Twitter ou das outras tantas redes sociais de que possivelmente participa. Qual é o problema deste vício? Simples: você começa a se conectar com a vida alheia e com assuntos de trabalho antes mesmo de se conectar consigo próprio! Você permite que a enxurrada de coisas externas comece o dia por você, arrastando-o num fluxo sem foco, em vez de ser o protagonista consciente que começa o dia com serenidade, fazendo uma oração de agradecimento e de oferecimento, cuidando da sua higiene e aparência pessoal, alongando-se, sentindo o sol e a brisa nem que seja da janela, saudando com um sorriso e um beijo a sua família, tomando um café-da-manhã saudável e, então sim, se preparando para uma jornada produtiva e construtiva de trabalho.

Vício 2: Ler ou ver notícias ruins

Você já sabe disso. A mídia sempre prioriza o que dá audiência, e, num mundo sem foco em construir, o que dá audiência é tudo aquilo que destrói: desgraças, tragédias, crises, problemas, divisões, perigos, ameaças… É claro que é necessário estar consciente dos problemas do mundo (desde que seja para ajudar a resolvê-los e não apenas para resmungar deles), mas o começo da manhã não é o momento mais adequado para se atualizar a este respeito. As notícias ruins estimulam raiva e medo; a raiva e o medo estimulam a liberação do cortisol, que é o hormônio do estresse. E, entre as várias coisas de que você não precisa no começo da sua manhã, certamente está essa dose evitável de cortisol. Respeite a serenidade e a harmonia no seu início de dia!

Vício 3: Pré-ocupar-se com tarefas do trabalho

Você mal iniciou o dia e já está se “pré-ocupando”: pré-ocupar-se é ocupar-se previamente, é antecipar mentalmente uma torrente de assuntos com os quais não pode se ocupar de verdade no momento presente; é gerar ansiedades e falta de foco já nos primeiros minutos do dia. A preocupação é isso: “pré-ocupação”, antecipação daquilo a que você ainda não pode se dedicar produtivamente nesse instante. Prefira abastecer-se de serenidade ao dar início à nova jornada: há um tempo para cada ato e cada ato deve ser realizado em seu tempo! Aprenda a viver o momento presente. Se no café-da-manhã você já está pensando ou falando no que deve ser feito durante o trabalho, você nem está trabalhando nem está tomando um café-da-manhã saudável.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Papa Francisco compartilha a oração que reza todas as noites antes de dormir

Fonte: Cleofas

O site ACI Digital informou ontem (22/06/2016) que durante a Audiência Geral de quarta-feira, o Papa Francisco fez uma confissão pessoal aos fiéis: a oração que reza todas as noites antes de ir dormir, para pedir a Deus sua misericórdia e que o purifique, tal como fez com o leproso do Evangelho.

Durante sua reflexão, o Pontífice explicou que o leproso dirigiu um pedido de ajuda a Jesus: “Senhor, se queres, podes purificar-me”, ou seja, “não pede somente para ser curado, mas para ser ‘purificado’, isto é, curado integralmente no corpo e no coração”.

“A súplica do leproso mostra que quando nos apresentamos a Jesus não é necessário fazer longos discursos. Bastam poucas palavras, mas que sejam acompanhadas da plena confiança na sua onipotência e na sua bondade”, afirmou o Papa.

Francisco, que convidou a abandonar-se na infinita misericórdia de Deus, compartilhou então com os fiéis parte de sua vida pessoal.

“Também eu farei uma confidência pessoal. À noite, antes de ir para a cama, rezo esta breve oração: ‘Senhor, se queres, podes purificar-me!’. E rezo cinco “Pai Nosso”, um por cada chaga de Jesus, porque Jesus nos purificou com as chagas”.

“Mas se eu faço isso – assegurou o Papa –, vocês também podem fazer, na casa de vocês, e dizer: ‘Senhor, se queres, podes purificar-me!’ e pensar nas chagas de Jesus e rezar um ‘Pai Nosso’ para cada uma delas. E Jesus nos escuta sempre”.

Antes de terminar sua catequese, Francisco convidou a fazer sempre uma reflexão pessoal. “Pensemos em nós, em nossas misérias” e assim, “colocar-se de joelho diante de Deus e rezar: ‘Senhor, se queres, podes purificar-me!’. E fazê-lo antes de ir para a cama, todas as noites”.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Vocalista da banda “Os Gonzagas” fala sobre a vida de consagrado no meio artístico

Fonte: Comunidade Shalom
Há quem diga que não é possível conciliar uma carreira de sucesso com as coisas de Deus: os compromissos de shows, entrevistas, assédios e a agenda cheia de compromissos parecem não combinar com uma rotina de oração da Palavra de Deus, terço, Eucaristia e vida consagrada. Se você pensa assim, está muito enganado! Quem testemunha que é possível sim ser todo de Deus em uma carreira de música secular é o vocalista da banda “Os Gonzagas”, Felipe Alcântara, que faz um caminho de consagração numa comunidade católica, buscando antes de qualquer sucesso primeiramente fazer a vontade de Deus.

Felipe nos concedeu uma entrevista para falar sobre os desafios de testemunhar Cristo em todos os lugares. “Independente do trabalho e da função que se exerça, buscar viver a vida em Deus não é simples, pois Cristo mesmo nos disse que neste mundo passaremos por provações e tribulações” contou Felipe que diz que com ele não é diferente, pois está exposto num mundo que há tanta prostituição, drogas, bebidas e tantas outras coisas que podem nos afastar de Deus.

Como membro da Comunidade Católica Fraterno Amor, que o mesmo faz parte, ele tem toda uma vivência de oração, formações, compromissos na comunidade onde ele admite que nem sempre consegue seguir fielmente da maneira que gostaria, mas toda semana procura viver um momento de unidade com sua comunidade, frequentando as formações, os momentos de orações e adoração. “E é assim mesmo a vida em Deus é de muita oração, e nada justifica você se afastar de Deus seja qual for sua função ou trabalho” nos lembra o vocalista que viver em Deus, segui-lo é uma escolha diária, uma luta para todo dia escolher a vontade de Deus.

E é assim que o cantor define sua vida como uma “vida de decisão”, de decisão pela vontade de Deus, de fazer a sua vontade sempre entregando tudo a Deus “ao acordar todos os dias, mesmo que acordando mal as vezes, Deus vem derramando seu amor e fazendo com que mesmo em um momento de oração que parecia que não daria resultados, seja repleto de frutos” explica.

E a comunidade vem sendo um canal de graça na vida do cantor, onde a unidade com seus irmãos de comunidade dá muita força para continuar nesse caminho missionário “o que vivo hoje foi uma profecia onde Deus falava que haveria uma nova oportunidade na música que no caso foi a participação no Programa “SuperStar” lembra o cantor. Felipe reconhece a ação de Deus em sua vida e entende que hoje é no meio musical que ele poderá testemunhar o seu amor a Deus ” eis-me aqui para fazer a vontade de Deus e cantar até onde Ele quiser”, afirma Felipe.

O artista teve sua experiência com Deus após a morte de seu pai, apesar de crescer em ambiente religioso o mesmo era muito racional e cético em relação a Deus. E a partir da perda do pai o cantor abriu espaço para sentir um pouco mais do Amor de Deus, passando por uma série de experiências profundas com esse Amor, desde da oração em línguas até a própria profecia onde Deus em um momento de adoração o revelava toda essa nova oportunidade iria acontecer.

A música foi algo sempre presente na vida de Felipe, onde ele reconhece que foi Deus que o deu esse dom e sabe que nada é dele, que tudo é de Deus e a qualquer momento pode ser tirado dele e uma nova missão possa surgir para ele “ tudo que acontece na minha vida é por permissão de Deus, então só me resta escolher por Ele” nos falou o vocalista da banda “Os Gonzagas”.

Escolha diária de levar sempre que pode a palavra de Deus, como o que aconteceu na entrevista do dia da segunda-feira (13) no programa “Encontro”, onde ele pode falar um pouco de sua vida e de sua noiva que buscam ter um relacionamento casto, um namoro em Deus, segundo a sua vontade, e isso repercutiu muito nas redes sociais. Felipe diz ter ficado muito surpreso da maneira de como se deu a repercussão, pois ele não sabia o que falar e simplesmente pediu para que Deus falasse por ele, e foi o que aconteceu, o seu testemunho, evangelizou as pessoas que as escutaram e provocou questionamentos de se realmente era possível viver um namoro daquele jeito.

Organizadores da JMJ Cracóvia 2016 anunciam 5 novidades



Fonte: ACI Digital
Faltando seis semanas para Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, na Polônia, continuam os preparativos para o encontro do Papa Francisco com aproximadamente dois milhões de jovens provenientes de 185 países. Confira a seguir as cinco novidades que foram anunciadas pelos organizadores.

1. Missas em latim e homilias em italiano

O Mestre das Celebrações Litúrgicas do Papa Francisco, Dom Guido Marini, indicou que os eventos centrais da JMJ com o Papa Francisco – como a Missa Final – serão celebrados em latim e as homilias serão pronunciadas em italiano.

Acrescentou que a liturgia terá elementos da Igreja Católica Grega devido à quantidade de peregrinos dessa região que estarão na JMJ.

2. Máxima segurança

O Ministério de Assuntos Interiores indicou que para garantir a máxima segurança da JMJ, haverá 20 mil policiais, 2400 bombeiros, 1500 guardas de fronteira e 800 membros do Escritório de Proteção do Governo. Além disso, 400 soldados poloneses e 350 estrangeiros participarão como peregrinos nos eventos da JMJ entre os dias 26 e 31 de julho.

3. “Estrados da Misericórdia”

Já terminaram de construir os estrados no parque de Blonia e no Campus da Misericórdia, onde o Papa Francisco presidirá alguns eventos principais durante a JMJ como a Vigília e a Missa Final.

Possui um estilo simples, com a imagem de Jesus Misericordioso no centro de ambos os altares e à esquerda estão as de São João Paulo II e Santa Faustina Kowalska, considerados como “os apóstolos da misericórdia”.

No lado esquerdo, foi colocada uma cruz e a pedra do altar será a mesma utilizada pelo Papa São João Paulo II em sua última visita a Polônia em 2002 e pelo Papa Bento XVI em sua visita apostólica em 2006.

4. Confissões com o Papa

No dia 30 de julho, o Papa Francisco visitará o Santuário da Divina Misericórdia Lagiewniki e se tornará o primeiro Pontífice que atenderá confissões nesse lugar. Segundo informações da página oficial da JMJ, o Santo Padre confessará cinco jovens em italiano, espanhol e francês.

5. Obras de caridade no Campus da Misericórdia

No Campus da Misericórdia – onde será celebrada no dia 30 de julho a Vigília de Oração e, no dia 31, a Missa Final com o Papa Francisco – construíram duas obras de caridade que respondem ao apelo do Ano da Misericórdia.

O Diretor da Cáritas na Arquidiocese de Cracóvia, Pe. Bogdan Kordula, indicou que está sendo construído “um lugar de reabilitação física e de lazer para pessoas maiores de idade. Além disso, será acolhida permanentemente certa quantidade de idosos a fim de oferecer-lhes a melhor atenção possível”.

Também será organizado um armazém de 800 metros quadrados chamado “Pão da Misericórdia” e ali será guardada a comida destinada aos mais pobres”.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Papa: as orações não são palavras ‘mágicas’

Rezando o Pai Nosso sentimos o Seu olhar sobre nós. Foi o que afirmou o Papa na missa matutina na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, (16/06).

Francisco ressaltou que, para um cristão, as orações não são palavras mágicas e recordou que ‘Pai’ é a palavra que Jesus profere sempre nos momentos fortes de sua vida.

Não desperdiçar palavras como os pagãos, não pensar que as orações são palavras ‘mágicas’. O Pontífice se inspirou no Evangelho do dia, quando Jesus ensina a oração do ‘Pai Nosso’ a seus discípulos e refletiu sobre o valor de rezar ao Pai na vida do cristão. Jesus, disse, “indica o espaço da oração em uma só palavra: ‘Pai’”.

Jesus se dirige sempre ao Pai nos momentos fortes de sua vida

Este Pai, observou, “sabe do que precisamos antes que lhe peçamos”. É um Pai que “nos escuta às escondidas, no segredo, como Ele, Jesus, nos aconselha a rezar: no segredo”.

“Este Pai nos dá a identidade de filhos. Eu digo ‘Pai’, mas chego às raízes da minha identidade: a minha identidade cristã é ser filho e esta é uma graça do Espírito. Ninguém pode dizer ‘Pai’ sem a graça do Espírito. ‘Pai’ é a palavra que Jesus usava quando era cheio de alegria, de emoção: “Pai, te louvo porque revelas estas coisas as crianças”; ou chorando, diante do túmulo de seu amigo Lázaro. “Pai, te agradeço porque me ouvistes”; ou ainda, nos momentos finais de sua vida, no fim”.

“Nos momentos mais fortes”, evidenciou Francisco, Jesus diz: ‘Pai’. “É a palavra que mais usa; Ele fala com o Pai. É o caminho da oração e por isso – reiterou – eu me permito dizer, é o espaço de oração”. “Sem sentir que somos filhos, sem dizer ‘Pai’ – advertiu o Papa – a nossa oração é pagã, é uma oração de palavras”.

Rezar ao Pai, Ele conhece as nossas necessidades

Certo, acrescentou, podemos rezar a Nossa Senhora, aos anjos e Santos, mas a pedra angular da oração é o ‘Pai’. Se não formos capazes de iniciar a oração com esta palavra, “a oração não vai dar certo”:

“Pai. É sentir o olhar do Pai sobre mim, sentir que aquela palavra “Pai” não é um desperdício como as palavras das orações dos pagãos: é um chamado para Aquele que me deu a identidade de filho. Este é o espaço da oração cristã – “Pai” – e, em seguida, rezamos a todos os Santos, os Anjos, fazemos também as procissões, as peregrinações… Tudo bonito, mas sempre começando com “Pai” e na consciência de que somos filhos e que temos um Pai que nos ama e que conhece todas as nossas necessidades. Este é o espaço”.

Francisco em seguida dirigiu o pensamento à parte onde na oração do “Pai Nosso”, Jesus refere-se ao perdão do próximo como Deus nos perdoa. “Se o espaço da oração é dizer Pai – observou -, a atmosfera da oração é dizer ‘nosso’: somos irmãos, somos uma família”. Então o Papa recordou o que aconteceu com Caim, que odiou o filho do Pai, odiou seu irmão. O Pai nos dá a identidade e a família. “Por isso – disse o Papa – é tão importante a capacidade de perdoar, de esquecer, de esquecer as ofensas, a saudável habitude, mas, deixemos para lá… que o Senhor faça, e não carregar o rancor, o ressentimento, o desejo de vingança”.

Faz-nos bem fazer um exame de consciência sobre como rezar ao Pai

“Rezar ao Pai perdoando todos, esquecendo os insultos – disse -, é a melhor oração que você pode fazer”:

“É bom que às vezes façamos um exame de consciência sobre isso. Para mim, Deus é Pai, e eu o sinto Pai? E se não o sinto assim, mas peço ao Espírito Santo que me ensine a senti-lo assim. E eu sou capaz de esquecer as ofensas, de perdoar, de deixar para lá e se não, pedir ao Pai, ‘mas também estes são seus filhos, eles me fizeram uma coisa ruim … ajude-me a perdoar’?. Façamos esse exame de consciência sobre nós e nos fará bem, muito bem. ‘Pai’ e ‘nosso’”: nos dão a identidade de filhos e nos dão uma família para “caminhar” juntos na vida”.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Santo Antônio - 13 de junho

Fonte: ACI Digital

Em 13 de junho, a Igreja celebra a festa de um dos santos mais conhecidos e venerados no mundo, Santo Antônio de Pádua, também chamado Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu, e que segundo a tradição é invocado para encontrar objetos perdidos, o que se deve a um problema que teve com um noviço, e ainda como o santo casamenteiro, devido á ajuda dada a uma jovem pobre. Foi declarado Doutor da Igreja por Pio XII em 1946, ficando conhecido como o "Doutor do Evangelho".

Santo Antônio nasceu em Portugal em 1195 em uma família nobre. Desde criança consagrou-se à Santíssima Virgem. Em sua juventude, foi atacado por paixões sensuais, mas com a ajuda de Deus as dominou, encontrando sua força nas visitas ao Santíssimo Sacramento.

Foi admitido nos franciscanos no início de 1221, participou em Assis do capítulo geral da ordem desse ano e, mais tarde, foi enviado para pregar em várias cidades, obtendo um grande êxito na conversão dos hereges.

Como as pessoas procuravam estar perto dele e alguns arrancavam pedaços de seu hábito, foi designado um grupo de homens para protegê-lo após os sermões. Às vezes, pregava em praças e mercados. Bastava sua presença para que os pecadores caíssem de joelhos a seus pés.

Mudou-se para Pádua, onde havia trabalhado anteriormente. Denunciou e combateu o vício da usura, mas gradualmente a saúde de Santo Antônio foi se deteriorando e se retirou para descansar na floresta. Sentindo que sua vida estava chegando ao fim, pediu para voltar para Pádua, mas só chegou aos limites da cidade.

Em 13 de junho de 1231, recebeu os últimos sacramentos, entoou um canto à Virgem e antes de sair para a Casa do Pai, disse sorrindo: “Vejo vindo Nosso Senhor”. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, sem que tivesse transcorrido um ano de sua morte. E foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Um homem desafiou Santo Antônio a provar que Jesus estava na Eucaristia e deixou sem comer por três dias sua mula. Levou o animal ao templo e mostrou-lhe um pasto fresco, mas a mula escolheu ir com o Santo, que estava ao lado com uma hóstia consagrada, e ajoelhou-se.

Santo casamenteiro e dos objetos perdidos

Muitos fiéis recorrem a Santo Antônio quando querem encontrar um marido ou uma esposa. Segundo consta, o título de santo casamenteiro se deve a um episódio, no qual uma jovem pobre teria pedido a bênção do então Frei Antônio porque não conseguia realizar o casamento por causa da baixa condição financeira de sua família, a qual não teria dinheiro para pagar o dote, as vestimentas e o enxoval. O frei abençoou a moça e pediu que confiasse; passados alguns dias, a mulher recebeu tudo o que precisava e conseguiu se casar.

Além disso, o Santo é invocado para encontrar objetos perdidos, talvez porque certo dia um noviço fugiu do convento com um saltério que o Santo usava. Santo Antônio orou para recuperar o seu livro e o noviço se viu diante de uma aparição terrível e ameaçadora que o obrigou a regressar e devolver o que roubou.

Diz-se também que em uma ocasião, enquanto orava, apareceu-lhe o menino Jesus e o santo segurou-o em seus braços e por esta razão, até hoje, é representado sustentando o menino Deus. Santo Antônio é patrono das mulheres estéreis, dos pobres, dos viajantes, dos pedreiros, dos padeiros, entre outros. Devido à sua caridade com os pobres, com frequência se representa Santo Antônio oferecendo pão a indigentes. Santo Antônio também é considerado um dos doutores da Igreja, sendo chamado de “Doutor do Evangelho”, pela riqueza da sua pregação.

Papa: é necessário “desnaturalizar” e “desburocratizar” a miséria e a fome dos nossos irmãos

Fonte: Aleteia
O Papa Francisco deixou o Vaticano na manhã de segunda-feira, (13/06), para uma visita de quase duas horas à sede do Programa Mundial Alimentar (PMA), onde foi recebido pela Diretora Executiva Ertharin Cousin, com quem manteve um colóquio em privado.

Presente também, Dom Fernando Chica Arellano, Observador Permanente da Santa Sede junto ao organismo da ONU e Stephanie Hochstetter Skinner-Klée, Presidente do Conselho Administrativo do PMA.

Após ter assinado o livro de ouro, o Papa Francisco se dirigiu aos presentes na Sessão Anual do Conselho Executivo do Programa Mundial Alimentar.

No seu denso discurso o Santo Padre inicialmente agradeceu o convite para inaugurar a Sessão Anual 2016 e saudou todos os presentes agradecendo tantos esforços e compromissos com uma causa que não pode deixar de nos interpelar: a luta contra a fome que sofrem muitos dos nossos irmãos.

Francisco recordou seu momento de oração diante do “Muro da Memória”, testemunha do sacrifício de membros deste Organismo, que deram a sua vida para que, mesmo no meio de complexas vicissitudes, não faltasse o pão aos famintos.

“Memória que devemos manter para continuar a lutar, com o mesmo vigor, pela meta tão ansiada da ‘fome zero’”, disse. A credibilidade duma instituição não se baseia nas suas declarações, mas nas ações realizadas pelos seus membros, acrescentou.

Falando que graças às tecnologias da comunicação, aproximamo-nos de muitas situações dolorosas, o Papa Francisco fez uma constatação: “o excesso de informação de que dispomos gera gradualmente a habituação à miséria.

Ou seja, pouco a pouco tornamo-nos imunes às tragédias dos outros, considerando-as como qualquer coisa de “natural”; em nós gera-se a “naturalização” da miséria”.

“São tantas as imagens que nos invadem onde vemos o sofrimento, mas não o tocamos; ouvimos o pranto, mas não o consolamos; vemos a sede, mas não a saciamos. Assim, muitas vidas entram a fazer parte duma notícia que, em pouco tempo, acabará substituída por outra. E, enquanto mudam as notícias, o sofrimento, a fome e a sede não mudam, permanecem. Esta tendência – ou tentação – exige de nós um passo mais e, por sua vez, revela o papel fundamental que instituições como a vossa têm no cenário global”.

É necessário – continuou o Papa – “desnaturalizar” a miséria, deixando de considerá-la como um dado entre muitos outros da realidade. Por quê? Porque a miséria tem um rosto. Tem o rosto de uma criança, tem o rosto de uma família, tem o rosto de jovens e idosos.

Tem o rosto da falta de oportunidades e de emprego de muitas pessoas, tem o rosto das migrações forçadas, das casas abandonadas ou destruídas. Não podemos “naturalizar” a fome de tantas pessoas; não nos é lícito afirmar que a sua situação é fruto de um destino cego contra o qual nada podemos fazer.

“Quando a miséria deixa de ter um rosto, podemos cair na tentação de começar a falar e discutir sobre “a fome”, “a alimentação”, “a violência”, deixando de lado o sujeito concreto, real, que continua ainda hoje a bater às nossas portas. Quando faltam os rostos e as histórias, as vidas começam a transformar-se em números e assim, pouco a pouco, corremos o risco de burocratizar o sofrimento alheio”.

É necessário trabalhar por “desnaturalizar” e desburocratizar a miséria e a fome dos nossos irmãos afirmou Francisco.

Isto exige de nós, em diversa escala e a diferentes níveis, uma intervenção em que apareça como objetivo dos nossos esforços a pessoa concreta que sofre e tem fome, mas que encerra também uma imensa riqueza de energias e potencialidades que devemos ajudar a concretizar.

Francisco centralizou então sua atenção nestas duas temáticas: “Desnaturalizar” a miséria e “Desburocratizar” a fome

Recordando a sua visita à FAO em 20 de novembro de 2014 quando afirmou que uma das graves incoerências é o fato de haver comida suficiente para todos mas “nem todos podem comer, enquanto o desperdício, o descarte, o consumo excessivo e o uso de alimentos para outros fins estão diante dos nossos olhos”.

“Fique claro que a falta de comida não é uma coisa natural, não é um dado óbvio nem evidente. O fato de hoje, em pleno século XXI, muitas pessoas sofrerem deste flagelo deve-se a uma egoísta e má distribuição dos recursos, a uma ‘mercantilização’ dos alimentos”.

Fizemos dos frutos da terra – dom para a humanidade – mercadoria de alguns, gerando assim exclusão.

O consumismo – que permeia as nossas sociedades – induziu a habituar-nos ao supérfluo e ao desperdício diário de comida, a que por vezes já não somos capazes de dar o justo valor e que se situa para além de meros parâmetros econômicos.

Far-nos-á bem recordar que o alimento desperdiçado é como se fosse roubado à mesa do pobre, de quem tem fome.

Em seguida falando do segundo tema Desburocratizar a fome afirmo que “há questões burocratizadas; há ações que estão “engarrafadas”.

A instabilidade mundial que vivemos é bem conhecida por todos. Nos tempos recentes, são as guerras e as ameaças de conflito o que predomina nos nossos interesses e debates.

Esta preferência já está de tal modo enraizada e assumida, que impede a distribuição de alimentos nas zonas de guerra, chegando mesmo à violação dos princípios e diretrizes mais basilares do direito internacional, cuja vigência remonta a muitos séculos atrás.

“Encontramo-nos assim perante um fenômeno estranho e paradoxal: enquanto as ajudas e os planos de desenvolvimento se veem obstaculizados por intrincadas e incompreensíveis decisões políticas, por tendenciosas visões ideológicas ou por insuperáveis barreiras alfandegárias, as armas não; não importa a sua origem, circulam com uma liberdade soberba e quase absoluta em muitas partes do mundo. E assim nutrem-se as guerras, não as pessoas. Em alguns casos, usa-se a própria fome como arma de guerra”.

Temos plena consciência disto, – continuou Francisco – mas deixamos que a nossa consciência se anestesie tornando-se desta forma insensível.

Assim, a força transforma-se no nosso único modo de agir; e o poder, no objetivo peremptório a alcançar. As populações mais frágeis não só padecem os conflitos bélicos, mas ainda veem travado todo o tipo de ajuda.

Por isso, – afirmou – urge desburocratizar tudo quanto impeça que os planos de ajuda humanitária alcancem os seus objetivos.

Falando do PMA, Francisco disse que esse organismo é um válido exemplo de como se pode trabalhar em todo o mundo para erradicar a fome com uma melhor atribuição dos recursos humanos e materiais, fortalecendo a comunidade local.

Neste sentido, o Papa os encorajou a prosseguir neste caminho: “não vos deixeis vencer pelo cansaço, nem permitais que as dificuldades vos façam desistir. Acreditai naquilo que fazeis e continuai a fazê-lo com entusiasmo, que é o modo como pode germinar com força a semente da generosidade”.

Fiel à sua missão, a Igreja Católica quer trabalhar em concertação com todas as iniciativas que visam a salvaguarda da dignidade das pessoas, especialmente de quantas estão feridas nos seus direitos.

Para se tornar realidade esta prioridade urgente da “fome zero”, asseguro-vos todo o nosso apoio para favorecer todos os esforços empreendidos.

“Tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber”. Nestas palavras – concluiu o Papa -, temos uma das máximas do cristianismo; mas esta frase, independentemente de credos e convicções, poderia ser oferecida como regra de ouro para os nossos povos.

Um povo joga o seu futuro na capacidade que tem de assumir a fome e a sede dos seus irmãos. Nesta capacidade de socorrer o faminto e o sedento, podemos medir o pulso da nossa humanidade.

domingo, 5 de junho de 2016

A devoção ao Imaculado Coração de Maria

Fonte: Cleofas


No sábado seguinte à sexta feira da festa do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria. Jesus e Maria nunca se separaram. Disse o Papa João Paulo II que Maria foi a que mais cooperou com a Redenção. Ela gerou o Verbo humanado e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício pela nossa salvação. Os dois corações estão entrelaçados.

Nas aparições de Nossa Senhora, tanto em Fátima como na França a santa Catarina Labourè, ela mostra seu coração cheio de compaixão pela humanidade. À Irmã Lucia, em Fátima ela falou, por exemplo da devoção dos CINCO PRIMEIROS SÁBADOS, no dia 10 de dezembro de 1925:

“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no primeiro sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar”.

Nossa Senhora mostrou o seu coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos atos de desagravo para tirá-los, com devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Em recompensa prometeu-nos “todas as graças necessárias para a salvação”.

São cinco os primeiros sábados, segundo revelou Jesus, por serem “cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria”.

1 – As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;

2 – Contra a sua Virgindade;

3 – Contra a Maternidade Divina recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;

4 – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;

5 – Os que A ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.

Em 27 de novembro de 1830, na Capela das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, em Paris, a Santíssima Virgem, se manifestou à humilde noviça Catarina Labouré. A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o a Deus, num gesto de súplica. E disse:

“Este globo representa o mundo inteiro… e cada pessoa em particular”. De repente, o globo desapareceu e suas mãos se estenderam suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos à Vós”. Virou-se então o quadro, aparecendo no reverso, um “M” encimado por uma Cruz e, em baixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede: “Faça cunhar uma medalha, conforme este modelo”. E promete: “as pessoas que a trouxerem, com fé e confiança, receberão graças especiais.”

E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo se espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la : “A Medalha Milagrosa”.

Por tudo isso, e muito mais, a Igreja celebra a solene Festa do Sagrado Coração de Maria no dia seguinte à Festa do Sagrado Coração de Jesus. São dias de muitas graças e salvação.

Prof. Felipe Aquino

A Irmã Lúcia, de Fátima, responde a uma carta sobre o terço

Fonte : Aletéia

Extrato do Pequeno tratado da vidente, sobre a natureza e recitação do Terço, coletânea de excertos de cartas escritas pela Irmã Lúcia entre 1969 e 1971.

Coimbra, 4 de dezembro de 1970

Querida Maria Teresa,

Pax Christi,

A nossa Madre recebeu a sua carta e pede desculpa de não responder pessoalmente; mas não lhe é possível neste momento, em que está com tanto que fazer por causa da próxima fundação do novo Carmelo de Braga. Por este motivo, entregou-me a carta para que responda eu. É o que venho fazer.

A nossa Madre não pode dar a licença que a Maria Teresa deseja. Mas também não é necessária. Eu não devo nem posso pôr-me em evidência. Devo permanecer em silêncio, na oração e na penitência. É a maneira como melhor posso e devo auxiliar. É preciso que todo o apostolado tenha, como base, este fundamento; e esta é a parte que o Senhor escolheu para mim; orar e sacrificar-me pelos que lutam e trabalham na vinha do Senhor e pela extensão do seu Reino.

É por este motivo que o meu nome não deve aparecer. Em vez dele, é muito mais eficaz que se sirva do Nome de Nossa Senhora, sugerindo o movimento como “Cumprimento” da Mensagem, apresentando como argumento a insistência com que Nossa Senhora pediu e recomendou que se reze o Terço todos os dias, repetindo o mesmo em todas as Aparições, como que prevenindo-nos para que, nestes tempos de desorientação diabólica, nos não deixemos enganar por falsas doutrinas, diminuindo na elevação da nossa alma para Deus, por meio da oração.

Por certo, não é preciso rezar o Terço durante a celebração do Santo Sacrifício da Missa: tempo deve haver para a Santa Missa e tempo para rezar o Terço: Podemos e devemos tomar parte numa coisa sem deixar a outra. O Terço é, para a maioria das almas que vivem no mundo, como que o pão espiritual de cada dia; e privá-las ou tirar-lhes esta oração, isto é, diminuir nos espíritos o apreço e a boa fé com que a rezavam, é, na parte espiritual, o mesmo ou mais ainda; tanto mais quanto a parte espiritual é superior à material. Digo: É como se na parte material privassem as pessoas do pão necessário à vida física.

Infelizmente, o povo, na sua maioria, em matéria religiosa, é ignorante e deixa-se arrastar por onde o levam. Daí, a grande responsabilidade de quem tem a seu cargo conduzi-lo; e todos nós somos condutores uns dos outros, porque todos temos o dever de ajudar-nos mutuamente, e andar pelo bom caminho.

Além do que tenho dito, será bom que à oração do Terço se dê um sentido mais real que aquele que se lhe tem dado, até aqui, de simples oração “mariana”. Todas as orações que rezamos no Terço são orações que fazem parte da Sagrada Liturgia; e, mais que uma oração dirigida a Maria, é dirigida a Deus:

— O Pai-Nosso foi-nos ensinado por Jesus Cristo, dizendo: “Rezai, pois, assim: Pai Nosso, que estais nos Céus…”

— “Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo …” é o hino que cantaram os Anjos enviados por Deus para anunciar o nascimento do Seu Verbo, Deus feito homem.

— A Ave-Maria, bem compreendida, não é menos uma oração dirigida a Deus: “Ave, Maria, gratia plena, Dominus tecum“: Eu te saúdo, Maria, porque contigo está o Senhor! Estas palavras são, com certeza, ditadas pelo Pai ao Anjo, quando o enviou à terra, para que com elas saudasse Maria. Sim! O Anjo veio dizer, a Maria, que ela era cheia de Graça não por ela, mas porque com ela estava o Senhor!

— “Bendita sois vós entre as mulheres e Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”: Estas palavras, com que Isabel saudou a Maria, foram-lhe ditadas pelo Espírito Santo, diz-nos o Evangelista: “Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, … ficou cheia do Espírito Santo. Erguendo a voz, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto de teu ventre”. Sim! Porque esse fruto é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem!

Assim, esta saudação é um louvor a Deus: És bendita entre as mulheres, porque é Bendito o fruto do teu ventre; e porque tu és a Mãe de Deus feito homem, em Ti adoramos a Deus como no primeiro Sacrário, no qual o Pai encerrou o Seu Verbo; como primeiro Altar, o teu Regaço; primeira Custódia, os teus braços, diante dos quais se ajoelharam os Anjos, os pastores e os reis, para adorar o Filho de Deus feito homem! E porque tu, ó Maria, és o primeiro Templo vivo da Santíssima Trindade, onde mora o Pai, o Filho e o Espírito Santo; “o Espírito virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra. Por isso mesmo é que o Santo, que vai nascer, há-de chamar-se Filho de Deus” (Lc. 1, 35). E, já que és um Sacrário, uma Custódia, um Templo vivo, morada permanente da Santíssima Trindade, Mãe de Deus e Mãe nossa, “roga por nós, pobres pecadores, agora e na hora da nossa morte”.

Quem poderá negar que isto é uma oração e um louvor dirigido a Deus?! Será mais que para dirigir a Deus os nossos louvores, as nossas adorações, as súplicas, nos ajoelhemos diante de altares de madeira, pedra ou metal, ou de custódias douradas, insensíveis, incapazes de rogar por nós?!

Certo é que São Paulo diz que há um só Medianeiro junto do Pai. Sim! Como Deus, há um só, que é Jesus Cristo. Mas o mesmo Apóstolo pede que roguem por ele e recomenda que roguemos uns pelos outros. Poderia, então, o Apóstolo não crer que a oração de Maria não fosse tão agradável a Deus como a nossa?! É a desorientação diabólica que invade o mundo e engana as almas! É preciso fazer-lhe frente; e para isso pode servir-se do que aqui lhe digo. Mas como coisa sua, sem dizer o meu nome; como coisa que lhe sai ao correr da pena. E, na verdade, sua é, porque, na qualidade de membros que somos do Corpo Místico de Cristo, tudo é nosso, porque tudo é da Cabeça, Cristo Jesus.

E fico no meu lugar, rezando por si, por todos aqueles que consigo vão trabalhar, para que seja uma campanha que dê muita glória a Deus, leve muita luz e graça às almas, paz à Santa Igreja e ao mundo ensanguentado em guerras.

Talvez também fosse bom apresentar a campanha, não só como cumprimento da Mensagem, mas também como campanha de oração e penitência pela paz do Mundo, da Santa Igreja e de Portugal nas Províncias Ultramarinas. E que Portugal, que é tão devoto da Eucaristia e de Maria, seja o primeiro a reconhecer que a oração do Terço não é somente uma oração Mariana, mas também Eucarística. E, por isso, nada deve impedir que se possa rezar diante do Santíssimo Sacramento. Em prova disto está que o Santo Padre Pio XI havia concedido indulgência plenária a quem rezasse o Terço diante do Santíssimo; e recentemente foi de novo concedida a mesma indulgência por Sua Santidade Paulo VI.

É, pois, preciso rezar o Terço, nas Cidades, nas Vilas e nas Aldeias, pelas ruas, pelos caminhos, de viagem ou em casa, nas igrejas e capelas! É a oração acessível a todos, e que todos podem e devem rezar. Há muitos que diariamente não assistem à oração litúrgica da Santa Missa; se não rezam o Terço, que oração fazem?! E, sem oração, quem se salvará?! “Vigiai e orai para não entrardes em tentação”.

É preciso, pois, orar, e orar sempre. Isto é, que todas as nossas atividades e trabalhos sejam acompanhados de um grande espírito de oração, porque é na oração que a alma se encontra com Deus; e é nesse encontro que se recebe graça e força, ainda mesmo quando ela é acompanhada de distrações. Ela leva sempre às almas um aumento de Fé, ainda que não seja mais que a recordação momentânea dos mistérios da nossa Redenção, lembrando o Nascimento, Morte e Ressurreição do nosso Salvador; e Deus saberá descontar e perdoar o que toca à humana franqueza, ignorância e pouquidade.

Quanto à repetição das Ave-Marias, não é como querem fazer crer que seja uma coisa antiquada. Todas as coisas que existem e foram criadas por Deus se mantêm e conservam por meio da repetição, continuada sempre, dos mesmos atos. E ainda a ninguém ocorreu chamar antiquado ao sol, lua, estrelas, aves e plantas etc., porque giram, vivem e brotam sempre do mesmo modo! E são bem mais antigos que a reza do Terço! Para Deus, nada é antigo. São João diz que os bem-aventurados, no Céu, cantam um cântico novo, repetindo sempre; Santo, Santo é o Senhor, Deus dos Exércitos! É novo, porque, na luz de Deus, tudo aparece com novo brilho!

Um grande abraço da sempre em união de orações.

Irmã Lúcia
i.c.d.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O jubileu dos sacerdotes no Ano da Misericórdia

Fonte: Canção Nova
Padre Wagner Ferreira da Silva

Misericordiosos como o Pai! O lema do Ano Santo da Misericórdia deverá motivar a vida do inteiro corpo místico de Cristo, a Santa Igreja, em suas pastorais, nas atividades missionárias e evangelizadoras, nas celebrações de graças sacramentais, no anúncio da Boa Nova, no testemunho sociopolítico da fé em Jesus Cristo, o rosto da misericórdia do Pai.

Para este ano jubilar, o Papa Francisco programou diversas celebrações, de modo que o povo cristão se torne ainda mais uma Igreja misericordiosa, uma Igreja que viva a alegria de dar a todos os povos a oportunidade de experimentar a redentora misericórdia de Deus. Entre estas celebrações, destaco o jubileu dos sacerdotes, que ocorrerá em Roma, de 3 a 6 de junho do corrente ano. Se cabe a todos os fiéis cristãos a desafiadora missão de ser misericordiosos como o Pai, caberá muito mais àqueles que foram consagrados, pela ordenação sacerdotal, a Cristo, Cabeça da Igreja e Pastor do rebanho.

"O sacerdote é o amor do coração de Jesus." A frase do patrono dos sacerdotes, São João Maria Vianey, o cura D'Ars, evidenciava a identidade e a missão dos que são chamados por Cristo e pela Igreja ao sacerdócio ministerial: ser o amor de Cristo ao povo de Deus. O Ano da Misericórdia se torna um momento propício da graça de Deus para que os padres exerçam seu ministério de tal modo que o povo se aproxime com confiança do "trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno" (Hb 4,16).

Seria muito importante citar aqui os diversos pronunciamentos feitos pelo Papa Francisco aos sacerdotes, mas destaco brevemente a sua homilia da Missa do Santa Crisma - Quinta Feira Santa - em 2013, cujas palavras ecoam ainda hoje. O Santo Padre afirmou que o sacerdote deve ser um homem "ungido" pelo Senhor, para que o povo seja "perfumado" pelo Ungido do Pai, Cristo Jesus. Para isso, o padre precisa ter o "cheiro das ovelhas", ou seja, ser pastor no meio do seu rebanho.

É dever do povo cristão rezar pela santificação de seus pastores, e nada melhor do que o dia de oração pela santificação do clero, que ocorrerá na solene festa do Sagrado Coração de Jesus. Que neste jubileu os padres sejam renovados na graça recebida em sua ordenação sacerdotal e assim possam se assemelhar ainda mais a Cristo, o Bom Pastor, o pastor manso e humilde de coração, o pastor cuja missão é dar a vida por suas ovelhas, resgatá-las do mundo hostil ao Evangelho e à dignidade humana.