sábado, 26 de julho de 2014

Que São Joaquim e Sant'Ana intercedam por nossos avós

Fonte: Canção Nova

Amados e amadas no Senhor Jesus Cristo, recordamos hoje Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus e os pais da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria. Queremos olhar para Sant’Ana e São Joaquim a fim de reconhecermos a importância dos nossos antepassados na fé, nos valores e nos princípios que nós temos para a nossa vida.
Quando celebramos hoje o vovô e a vovó de Jesus, nós também celebramos os nossos avós. Que grande importância eles tiveram na vida de cada um de nós! E também as várias gerações anteriores, os bisavós, os tataravós e todos aqueles que vieram antes de nós têm grande importância em tudo o que nós somos hoje.
Nós queremos hoje reconhecer a importância e o valor que os mais idosos têm e, o melhor modo de fazer isso é ao rejeitar a cultura do descartável. Porque essa cultura é terrível por procurar descartar as pessoas quando elas não têm mais utilidade. Segundo a qual o importante é aquilo que é útil e aquilo que produz; e deixa de reconhecer aqueles que muito produziram, deram muito de si, trabalharam para construir a família, para edificar a nação e que são, na verdade, nossos pais na fé. Eu louvo e agradeço muito a Deus, mesmo sem ter convivido muito com os meus avós, porque sei que foram eles que ensinaram muito à mamãe os verdadeiros valores evangélicos, que foram transmitidos a mim, porque ela os aprendeu deles.
Quero hoje olhar para cada homem, para cada mulher porque, muitas vezes, o vovô e a vovó são idosos, mas hoje quantos casais jovens já são vovô e vovó porque se casaram cedo. Valorize, incentive, busque conviver, estar junto e reconhecer a importância que eles têm para a sua história e para a sua vida. Nunca olhe para eles como coitados ou dignos de pena. Coitados e dignos de pena seremos nós se não soubermos cuidar e amar aqueles que deram o melhor de si para sermos o que somos hoje!
Deus abençoe a cada vovô e cada vovó pela intercessão e proteção de São Joaquim e Sant’Ana!

Padre Roger Araújo
cancaonova.com

quarta-feira, 23 de julho de 2014

São João Paulo II e Santa Gianna Beretta são os santos padroeiros do Encontro Mundial das Famílias de 2015

Fonte: Zenit
O arcebispo da Filadélfia, dom Charles J. Chaput, anunciou oficialmente que São João Paulo II e Santa Gianna Beretta serão os padroeiros do Encontro Mundial das Famílias - Filadélfia 2015.
O anúncio foi feito no último domingo, 20 de julho, durante a missa celebrada na Catedral de São Pedro e São Paulo, junto com a apresentação da relíquia de São João Paulo II para veneração pública.
“São João Paulo II e Santa Gianna foram escolhidos como os dois dignos padroeiros na preparação e na participação deste evento internacional porque eles encarnam plenamente a história, a missão e o tema do Encontro Mundial das Famílias de 2015”, disse Chaput, complementando que ambos "tinham um profundo e permanente compromisso com o fortalecimento da família e a sustentavam com o amor. Este acontecimento histórico dará a milhares de pessoas de todo o mundo a oportunidade de participar do mesmo compromisso dos nossos santos padroeiros".
Em 1979, São João Paulo II foi o primeiro papa a visitar a cidade, celebrando a missa com quase um milhão de participantes. Quinze anos depois, em 1994, ele celebrou o primeiro Encontro Mundial das Famílias, com o objetivo de fortalecer os laços sagrados da família em todo o mundo. No dia da canonização de João Paulo II, o papa Francisco declarou que ele foi "o papa da família".
Santa Gianna também foi escolhida porque o Encontro Mundial das Famílias de 2015, assim como ela, tem o lema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva". Pediatra e mãe de quatro filhos, ela ficou mais conhecida em todo o mundo pelo extremo amor materno, já que deu a vida para garantir o nascimento do quarto filho, em 1962. Foi beatificada por João Paulo II em 1994, ano do primeiro Encontro Mundial das Famílias, e canonizada em 2004. Santa Gianna é padroeira das mães, dos médicos e das crianças ainda não nascidas.
Para comemorar o anúncio dos padroeiros, o arcebispo Chaput terminou a missa com a bênção de uma relíquia do papa São João Paulo II, pedindo a sua intercessão celestial. A relíquia é o sangue do santo, que permanece em estado líquido.
Milhares de famílias de todo o mundo se reunirão de 22 a 27 de setembro de 2015 na Filadélfia, nos EUA, para o VIII Encontro Mundial da Família. Conforme explicado pelo arcebispo na apresentação do evento no Vaticano, em março, o encontro pretende ser um presente não apenas para os católicos da Filadélfia, mas para todas as pessoas de boa vontade que quiserem participar do evento. "Todo aquele que tiver um coração generoso será bem-vindo. Nos próximos meses, eu vou trabalhar em estreita colaboração com os meus irmãos no episcopado para animar as famílias de todo o mundo a virem à Filadélfia em 2015", afirmou o arcebispo.

Imagens da Festa de Nossa Senhora da Paz















domingo, 13 de julho de 2014

Vaticano lança iniciativa “Pausa pela Paz” pela final da Copa do Mundo 2014

Fonte: ACI Digital
O Pontifício Conselho para a Cultura lançou uma iniciativa que busca unir todo o mundo em uma pausa na violência e alentar a paz, especialmente nos países aonde há guerra ou conflito, pedindo de forma especial um momento de silêncio durante a final da Copa do Mundo no domingo 13 de julho entre as seleções da Argentina e da Alemanha.
“Os esportes nasceram ao redor de festividades religiosas. Os eventos esportivos eram momentos de paz quando as guerras cessavam, um momento para a trégua olímpica”, explicou À CNA –agencia irmã em inglês do grupo ACI – Monsenhor Melchor Sánchez de Toca y Alameda, Subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura e encarregado da seção de cultura e esporte, ao lançar a campanha neste 10 de julho.
“Por que não para a Taça Mundial (de futebol)? por que não uma pausa, um momento de silêncio, uma trégua pela paz?” questionou, recordando que no mundo antigo essas pausas se davam para que os atletas, os artistas e suas famílias pudessem viajar com segurança e tranquilidade para participar das olimpíadas; e para que logo tivessem um retorno seguro a seus lugares de origem.
Richard Rouse, membro do Pontifício Conselho para a Cultura, disse que a iniciativa que foi lançada no perfil da rede social Facebook do dicastério vaticano, é “um chamado à paz”.
“É simplesmente o que diz ser. É uma frase singela e única: vivemos em uma era de simplicidade, não necessitamos grandes discursos para estabelecer um ponto. Só queremos paz, tão simples quanto isso”, indicou.
Sobre as razões que impulsionam esta iniciativa, Rouse disse que “todo o mundo estará atento a esta importante partida e pensamos que seria uma boa oportunidade para tomar um momento, 30 segundos ou um minuto, para recordar a todos os que estão sofrendo nas guerras a nosso redor”.
“Esta pausa poderia ser ao começo do jogo, na metade ou em qualquer momento”, afirmou, e acrescentou que “deixaremos que isso o decidam os organizadores para haja um momento para pedir pela paz em meio de tantos conflitos”.
O Pontifício Conselho para a Cultura promove esta iniciativa, também no twitter, com a hashtag #PAUSEforPeace.

sábado, 12 de julho de 2014

Hoje celebramos São Bento

Fonte: Paulinas

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.
Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.
Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.
Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro. 
Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.
As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha". Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".
A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.
Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados "beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Logo oficial da JMJ 2016 é lançado em Cracóvia

Fonte: Canção Nova
O logo oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 foi lançado nesta quinta-feira, 3, pelo Arcebispo da Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz. A oração oficial da 31ª JMJ também foi divulgada.
O logotipo é composto por três cores: azul, vermelho e amarelo, que se referem às cores oficiais de Cracóvia e ao seu brasão. A logomarca combina três elementos: o lugar, os personagens e o tema do evento: “Benditos são os misericordiosos, pois eles receberão misericórdia” (Mt 5,7).
No logo está inserida uma cruz para representar Jesus Cristo como o centro do encontro. A centelha da Divina Misericórdia sai da cruz, e a forma e cor referem-se à gravura “Jesus, eu confio em Vós”, pintada a pedido de Jesus Cristo nas aparições à Santa Faustina.
Cracóvia é marcada no logo com o contorno e um círculo, que também representa a juventude. Esse simbolismo tem sido usado nos logotipos das Jornadas anteriores.
O logo oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 foi lançado no último dia 3, pelo Arcebispo da Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz. A oração oficial da 31ª JMJ também foi divulgada.
O logotipo é composto por três cores: azul, vermelho e amarelo, que se referem às cores oficiais de Cracóvia e ao seu brasão. A logomarca combina três elementos: o lugar, os personagens e o tema do evento: “Benditos são os misericordiosos, pois eles receberão misericórdia” (Mt 5,7).
No logo está inserida uma cruz para representar Jesus Cristo como o centro do encontro. A centelha da Divina Misericórdia sai da cruz, e a forma e cor referem-se à gravura “Jesus, eu confio em Vós”, pintada a pedido de Jesus Cristo nas aparições à Santa Faustina.
Cracóvia é marcada no logo com o contorno e um círculo, que também representa a juventude. Esse simbolismo tem sido usado nos logotipos das Jornadas anteriores.
Dom Stanislaw também apresentou a oração oficial da JMJ, elaborada em três partes. A primeira é a entrega de todos os seres humanos, especialmente os jovens, à Divina Misericórdia. A segunda parte é um apelo pedindo a graça de ser misericordioso, e a última parte é um pedido à intercessão de Nossa Senhora e São João Paulo II, patrono da JMJ.
O Comitê Organizador Local afirma que a oração será publicada em oito idiomas. Mais informações no site oficial: www.krakow2016.com
O maior evento da juventude mundial será realizado em Cracóvia, na Polônia, de 25 de julho a 1º de agosto de 2016.

Oração da Jornada Mundial da Juventude 2016 (*tradução livre)
Deus, Pai misericordioso,
que revelastes Vosso amor no Vosso Filho, Jesus Cristo
E o derramastes sobre nós no Espírito Santo, Consolador,
Confiamos a Vós hoje o destino do mundo e de cada homem.
Confiamos a Vós de maneira especial
os jovens de cada língua, povo e nação.
Orientai-os e protegei-os em todos os complexos caminhos de hoje
E dai-lhes a graça de colher frutos abundantes da experiência da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia.
Pai Celestial,
Concedei que possamos dar testemunho de Vossa misericórdia.
Ensina-nos a transmitir a fé aos que estão em dúvida,
A esperança aos que estão desanimados,
O amor aos que se sentem indiferentes,
O perdão aos que erraram
E a alegria aos que estão infelizes.
Permita que a centelha do Vosso amor misericordioso,
que acendestes dentro de nós,
Torne-se um fogo que transforma os corações e renova a face da terra.
Maria, Mãe de misericórdia, rogai por nós.
São João Paulo II, rogai por nós.


domingo, 6 de julho de 2014

Nem todos somos chamados a sofrer o martírio; mas todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs.

Dom Alberto Taveira ( Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará)
Nos difíceis anos da segunda Guerra Mundial, as forças ideológicas em conflito se confrontaram de várias formas com a presença dos cristãos, muitos deles inclusive comprometidos com as diversas facções, suscitando depois a análise e o julgamento dos historiadores e muitos críticos nas décadas que se sucederam.
Entretanto, o século XX foi um tempo de martírio, quando cristãos de várias confissões, católicos, evangélicos e ortodoxos derramaram seu sangue por causa do Evangelho, em defesa da verdade e da dignidade da pessoa humana. Foi também um período de grande profusão de homens e mulheres que confessaram a fé, tornaram-se batalhadores com a palavra e os gestos, gerando um santo orgulho para as gerações que se sucederam, inclusive a nossa.
Mais ainda, a candura da virgindade, a coragem da castidade de pessoas que foram contra a correnteza da busca desenfreada de prazer que se espalhou pelo mundo, também esta forma de vida cristã se fez presente. Disseram também o seu sim ao Senhor muitos homens e mulheres suscitados pelo Espírito Santo para fundar famílias religiosas, obras sociais, iniciativas de serviços aos mais pobres e Movimentos.
As grandes chagas do tempo, como as drogas, as enfermidades surgidas recentemente, as novas formas de pobreza e miséria, a situação dos prófugos dos países em guerra, as catástrofes naturais, todas foram situações em que cristãos se lançaram a dar alguma resposta.
Mártires, Confessores, Virgens, Fundadores e Fundadoras, Agentes sociais, grandes pregadores do Evangelho. Eis a riqueza da Igreja de nosso tempo! Não somos os detentores exclusivos do bem a ser feito, mas temos oferecido nossa contribuição por um mundo mais justo e fraterno.
No dia seis de julho a Igreja celebra Santa Maria Goretti, uma jovem italiana morta aos doze anos, em 1902, pela decisão de manter a castidade. Pio XII, por ocasião de sua canonização, pronunciou palavras de grande sabedoria: "Nem todos somos chamados a sofrer o martírio; mas todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs. A virtude, porém, requer energia; mesmo sem atingir as alturas da fortaleza desta angélica menina, nem por isso obriga menos a um cuidado contínuo e muito atento, que deve ser sempre mantido por nós até o fim da vida. Por isso, semelhante esforço, bem pode ser considerado um martírio lento e constante. A isto nos convidam as palavras de Jesus Cristo: 'O reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam' (Mt 11,12). Esforcemo-nos todos por alcançar este objetivo, confiados na graça do céu. Sirva-nos de estímulo a santa virgem e mártir Maria Goretti. Que ela, da mansão celeste, onde goza da felicidade eterna, interceda por nós junto ao divino Redentor, a fim de que todos, nas condições de vida que são as nossas, sigamos os seus gloriosos passos com generosidade, vontade firme e obras de virtude" (Homilia da canonização de Santa Maria Goretti, em 1950). Sim, a Igreja tem a oferecer crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres que querem viver como bons cristãos.
Consta que uma grande autoridade da então "Cortina de Ferro", aconselhada a tolerar o catolicismo naquela região, fez uma pergunta sarcástica: "Mas quantas divisões militares tem o papa?" Todas as vezes em que o poder temporal e o religioso se aliaram ingênua ou maldosamente, os resultados foram os piores possíveis. Quando os cristãos revestidos de algum poder se comprometeram com as armas ou com a corrupção, mancharam a beleza daquela que é Esposa de Cristo. Com o tempo, a graça de Deus lhes concede o dom do arrependimento e a força para recomeçarem o caminho.
Não é tarefa da Igreja ter divisões militares, mas arregimentar homens e mulheres que acreditem na força da fraqueza, percorrendo a estrada do serviço e da humildade, mesmo quando as circunstâncias os colocarem em postos altos da política e da administração pública ou em suas atividades profissionais. Estarão então "na corda bamba", desafiados a manter a fidelidade aos princípios evangélicos, fermentando a sociedade.
Efetivamente, desde os primórdios da Igreja multiplicaram-se os desafios, começando pelas próprias fraquezas dos cristãos. As perseguições foram inúmeras, as dificuldades imensas. No entanto, os cristãos aprenderam a acreditar nos meios pobres e no anúncio do Evangelho aos mais simples e desprezados, quanto aos recursos materiais e quanto às condições humanas e espirituais. Cabe-lhes ir ao encontro dos mais sofredores e dos pecadores.
Nosso Senhor, ao oferecer instruções aos discípulos, percorrendo diversas cidades da Galileia (Cf. Mt 11­12), os conduz a entender os valores do Reino de Deus. Ele é interrogado sobre a missão de João Batista, manda ao mesmo João um recado, indicando os sinais do Messias: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova" (Mt 11, 4-5). O mesmo João Batista, preso, quase para ser degolado, é elogiado por Jesus como o maior dentre os nascidos de mulher (Cf. Mt 11, 11). Seus discípulos, ouvindo-o recriminar algumas cidades que recusaram a ocasião oferecida para se arrependerem, certamente ficavam confusos. Até hoje é assim! Poder, dinheiro, influência, tudo atrai terrivelmente!
E o Senhor, diante da arrogância corrente em todos os tempos, exalta o humilde e o simples. Impressiona a efusão espiritual de Jesus (Cf. Mt 11, 25-30), testemunhando a predileção do Pai pelos pequeninos. As portas do Reino de Deus continuam abertas. Venham a ele os que estão cansados e sobrecarregados, os estropiados pela vida ou pelos próprios pecados. Venham os que não vivem satisfeitos com seus próprios preconceitos. Sejam bem vindos os que desejam fazer a estrada da simplicidade de coração. Não se intimidem aquelas pessoas que querem, malgrado todas as propagandas contrárias, ser parecidas com uma Santa Maria Goretti, ou quem sabe abraçar uma vida semelhante à Beata Madre Teresa de Calcutá, ou a coragem de Santa Gianna Beretta Molla na defesa da vida. Se lhes parecerem distantes destas figuras, olhem para as legiões de homens e mulheres sem armas, aí bem perto, em sua Paróquia, que testemunham Jesus Cristo e seu Evangelho.
Entretanto, para que ninguém fique enganado, há uma condição, tomar o jugo suave de Jesus, aprendendo dele, que é manso e humilde de coração. O jugo suave é a lei do amor. Comparado com as cargas impostas pelos fariseus, este jugo liberta e salva. Trata-se de seguir Jesus, abraçar a cruz, tornar-se discípulo e missionário do Reino de Deus. Passe o mundo transitório, permaneça o Reino de Deus, que fermenta com vida e santidade todas as gerações.