segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cresce em Assis a expectativa pela visita do Papa Francisco

Canção Nova
A cidade de Assis, região da Úmbria, na Itália, se prepara para receber o Papa Francisco nesta sexta-feira, 4. Na pequena cidade, a data já é significativa por ser memória litúrgica do "Pobre de Assis" e, desta vez, terá um outro Francisco para completar a festa.
O guardião do Sacroconvento de Assis, Frei Mauro Gambetti. destaca que trabalho e oração marcam os preparativos na cidade. “Estamos vivendo uma experiência de colaboração mútua: a Diocese, as famílias franciscanas e a prefeitura. Estamos trabalhando juntos para tornar a cidade e os locais santos muito acolhedores”, ressalta o frei. 
A visita será de apenas um dia, porém cheia de compromissos. Um dos momentos principais será o encontro com crianças portadores de deficiência e com os enfermos do Instituto Seráfico. Em seguida, o Papa se encontrará com a população carente na Caritas da cidade, para o almoço. 
Segundo Frei Mauro, o Santo Padre percorrerá os “locais de Francisco”, como uma peregrinação espiritual. “Essa proximidade do Papa nos ensina, nos estimula, a nós freis franciscanos em primeiro lugar, mas a toda nação. É o que ele tem feito desde o início de seu Pontificado”, comenta o frei. 
Na praça principal, o Papa celebrará a Missa após a visita privada ao túmulo de São Francisco, onde permanecerá um tempo para a veneração. Na programação ainda estão previstas visitas à Porciúncula, e ao Eremitério "delle Carcere".
No final da tarde, o Papa recebe os jovens em frente a Basílica Santa Maria dos Anjos, e terá ainda um encontro com o clero, religiosos e religiosas da Diocese na Catedral de São Rufino. Além de um encontro com as monjas de clausura da Basílica de Santa Clara. 
"O Papa Francisco nos faz mais responsáveis pela vocação que recebemos. Estamos procurando redescobrir nossa missão, viver com coerência e aprofundar nossa vida de conversão”, conclui Frei Gambetti.

Dois novos santos!

Canção Nova

João Paulo II e João XXIII, novos santos a partir de 27 de abril de 2014

Os beatos João XXIII e João Paulo II serão canonizados em 27 de abril de 2014. A data foi anunciada nesta segunda-feira, 30, em Consistório ordinário público presidido pelo Papa Francisco.
A reunião do Papa com os cardeais aconteceu às 10h (horário em Roma) com os cardeais presentes em Roma. A data escolhida coincide com o segundo domingo do tempo pascal, da Divina Misericórdia, celebração instituída por João Paulo II e na véspera da qual o Papa polaco faleceu, em 2005.
Durante a viagem de regresso do Brasil em julho, o Papa Francisco justificou a decisão de juntar no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores: "Fazer a cerimônia de canonização dos dois juntos quer ser uma mensagem para a Igreja: estes dois são bons, eles são bons, são dois bons".
Francisco reconheceu oficialmente um segundo milagre de João Paulo II em julho, depois de ter recebido o parecer favorável da Congregação para as Causas dos Santos, o que vai permitiu avançar com a canonização do beato polaco. O Vaticano não deu qualquer informação sobre a natureza deste segundo milagre.
No mesmo dia, Francisco aprovou a canonização de João XXIII, falecido há 50 anos, após ter recebido o parecer favorável da Congregação para as Causas dos Santos, dispensando o reconhecimento de um novo milagre.
João Paulo II
João Paulo II foi proclamado beato por Bento XVI em 1º de maio de 2011, na Praça de São Pedro.
A penúltima etapa para a declaração da santidade, na Igreja Católica, concluiu uma primeira fase de trabalhos, iniciada em maio de 2005, incluindo o processo relativo à cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que o Vaticano considerou um milagre, depois do repentino desaparecimento da doença de Parkinson na religiosa.
Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa a 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.
A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II em 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.
João XXIII
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 1881 na localidade de Sotto il Monte, Bérgamo, onde foi pároco, professor no Seminário, secretário do bispo e capelão do exército durante a I Guerra Mundial.
João XXIII iniciou a sua carreira diplomática como visitador apostólico na Bulgária, de 1925 a 1935; foi depois delegado apostólico na Grécia e Turquia, de 1935 a 1944, e Núncio Apostólico na França, de 1944 a 1953. 
Em 1953, Angelo Roncalli foi nomeado patriarca de Veneza e no dia 28 de outubro de 1958 foi eleito Papa, sucedendo a Pio XII.
João XXIII foi declarado beato pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000

São Jerônimo - 30 de setembro

Fonte: Cleofas
O século IV depois de Cristo, que teve o seu momento culminante no ano de 380 com o edito do imperador Teodósio no qual se estabelecia que a fé cristã devia ser adotada por todas as populações do império, está repleto de grande figuras de santos: Atanásio, Hilário, Ambrósio, João Crisóstomo, Basílio e Jerônimo, dálmata, nascido entre 340 e 350 na cidadezinha de Strido. Romano de formação, São Jerônimo é um espírito enciclopédico. Sua obra literária nos revela a cada instante o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e robusto ao mesmo tempo. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e Novo Testamento, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo. Jerônimo é uma personalidade fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado voluntário era um gesto ditado por um sincero desejo de paz interior, não sempre duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando com algum novo livro. Os “rugidos deste leão do deserto” eram ouvidos tanto no Ocidente como no Oriente. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para com Ambrósio, com Basílio e com o próprio Agostinho, que teve de engolir amargos bocados. Isso é confirmado pela correspondência entre os dois grandes doutores da Igreja, chegada a nós quase inteira. Mas sabia aliviar as intemperanças do seu caráter quando ao polemista prevalecia o diretor espiritual. Toda vez que terminava um livro ia fazer uma visita às monjas que dirigia na vida ascética num mosteiro não distante do seu. Ele as escutava, respondendo às suas perguntas. Estas mulheres inteligentes e vivas foram como um filtro às suas explosões menos oportunas e ele as recompensava com o sustento e o alimento de uma cultura espiritual bíblica. Este homem extraordinário estava consciente de suas próprias culpas e de seus limites (batia-se no peito com pedras por causa dos seus pecados), mas estava consciente também dos seus merecimentos. No livro Homens Ilustres, onde apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém.

Outros Santos do mesmo dia: Santo Gregório o Iluminador, Santo Honório de Cantuaria, Santo Simão de Crépy, Santo Amato de Nusco, Santo Antonio Placenza, Santa Greca, Beato João Nicolau Cordier.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A infância espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus

Pe. Paulo Ricardo
O conceito de "infância espiritual" existe na Igreja desde o seu começo. Basta ir ao Evangelho e notar que a condição que Jesus estabelece para que seus discípulos entrem no Reino dos céus é que se transformem em criancinhas (cf. Mt 18, 3). Esta verdade foi desenvolvida por muitos teólogos medievais, mas só atingiu seu cume em uma jovem carmelita do século XIX, Teresa de Lisieux, também conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.
A "infância espiritual", este tesouro da espiritualidade católica, é vivenciada por todos aqueles que buscam a Deus e querem ser santos. A despeito das tendências jansenistas da França oitocentista, Santa Teresinha tinha consciência daquilo os padres do Concílio Vaticano II chamariam de "a vocação de todos à santidade na Igreja". Nesta, diz a constituição Lumen Gentium, "todos (...), quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: 'esta é a vontade de Deus, a vossa santificação' (1 Ts 4, 3; cf. Ef 1, 4)".

Deus chama à santidade não somente as grandes almas, mas também "une légion de petites âmes – uma legião de almas pequeninas", escreve Santa Teresa, no manuscrito B do livro "História de uma alma". Neste clássico da espiritualidade cristã, ela traça os moldes de sua doutrina da "pequena via", através de uma simples parábola:
"Como pode uma alma tão imperfeita como a minha aspirar à plenitude do Amor?... Ó Jesus! meu primeiro, meu único Amigo, Tu que amo UNICAMENTE, dize-me que mistério é esse. Por que não reservas essas imensas aspirações para as grandes almas, para as águias que planam nas alturas?... Considero-me apenas um mero passarinho coberto de leve penugem, não sou uma águia, só tenho dela os olhos e o coração, pois apesar da minha extrema pequenez ouso fixar o Sol Divino, o Sol do Amor, e meu coração sente em si todas as aspirações da águia..."
Santa Teresinha contempla os grandes santos – as águias – e vê a sua pequenez, comparando-se a "um mero passarinho coberto de leve penugem". No entanto, ela percebe em si uma contradição: não é uma águia, mas "sente em si todas as aspirações" de uma águia; não é majestosa como ela, mas tem os seus olhos e o seu coração.
No dia 6 de agosto de 1897, em confidência à sua irmã Inês, Teresa explicou "o que ela entendia por 'permanecer criancinha' perante o bom Deus":
"É reconhecer o seu nada, é esperar tudo do bom Deus, assim como uma criança pequena espera tudo do pai; é não se preocupar com nada e, de modo algum, fazer fortuna. Mesmo entre os pobres, dá-se à criança o que lhe é necessário, mas assim que ela cresce o pai não quer mais alimentá-la, dizendo-lhe: 'Agora vá trabalhar, você pode se sustentar'."
"Foi para não escutar isso que eu não quis crescer, sentindo-me incapaz de ganhar a vida, a vida eterna do Céu. Permaneci, então, sempre pequena, tendo uma só ocupação: colher flores, as flores do amor e do sacrifício, oferecendo-as ao bom Deus, para seu agrado."
No crescimento espiritual, há uma lei contrária à do crescimento físico. Naquele, deve prevalecer sempre o primado da graça, pelo qual a pessoa se torna cada vez mais dependente de Deus. O santo, quanto mais santo, mais depende d'Ele, mais reconhece sua dependência e sua pequenez.
Porém, sabendo que "é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações" (At 14, 22), este processo não se dá sem sofrimento. Para se chegar à plena "infância espiritual", é preciso passar pela noite escura da alma, pela purificação. Prossegue Santa Teresinha, no manuscrito B de seu livro:
"O passarinho quer voar para esse Sol brilhante que encanta seus olhos, quer imitar as águias, suas irmãs, que vê chegar ao lar divino da Trindade Santíssima... ai! o que pode fazer é bater as asinhas, voar, porém, não está em seu pequeno alcance! O que será dele? Morrer de tristeza por se ver tão impotente?... Oh não! o passarinho nem vai ficar aflito. Com total abandono, quer ficar olhando seu divino Sol; nada poderá assustá-lo, nem o vento nem a chuva, e se nuvens escuras vierem esconder o Astro de Amor o passarinho não trocará de lugar. Sabe que, além das nuvens, seu Sol continua brilhando, que seu brilho não cessará. Às vezes, o coração do passarinho é vítima de tempestade, parece não acreditar que existem outras coisas além das nuvens que o envolvem. Esse é o momento da felicidade perfeita para o pobre serzinho frágil. Que felicidade ficar aí, assim mesmo; fixar a luz invisível que escapa à sua fé!!!..."
Em certos momentos, o passarinho se aflige e é tentado pela incerteza, pela dúvida: será que existe o Sol, além das densas nuvens que pairam no ar? Será possível ver o amor de Deus nesta vida crucificada e cheia de sofrimentos? A alma, então, se lança totalmente nos braços de Deus, como uma criança inteiramente dependente de seus pais, e é-lhe dada a certeza da fé. Ela diz:meu Deus, eu não vos compreendo, mas eu vos amo.
A "infância espiritual" também consiste em não dar demasiada importância aos próprios pecados. Ainda em confidência à sua irmã, Teresinha revela:
"Ser criança é ainda não atribuir a si própria as virtudes praticadas, acreditando-se capaz de alguma coisa; é reconhecer que o bom Deus coloca este tesouro na mão de sua criancinha para que ela se sirva dele quando precisar; mas é sempre o tesouro do bom Deus. Enfim, é nunca desanimar por causa de seus erros, pois as crianças caem com frequência, porém são pequenas demais para se machucar muito."
A experiência de Santa Teresinha do Menino Jesus convida os cristãos a se tornarem como crianças, pois "o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham" (Mt 19, 14).


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Papa destaca maior necessidade da Igreja atualmente

Fonte: Canção Nova
Papa Francisco afirmou em uma longa entrevista divulgada nesta quinta-feira, 19, que a maior necessidade da Igreja hoje é a "capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis". 
Em entrevista exclusiva à Revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica, o Santo Padre afirmou que sonha como uma "Igreja Mãe e Pastora". "Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado", destacou. 
Francisco disse ainda que, por vezes, a Igreja encerrou-se em pequenas coisas e preceitos, porém, o mais importante é o primeiro anúncio: "Jesus Cristo salvou-te". Portanto, segundo o Pontífice, a atitude é a primeira reforma necessária na Igreja, e as reformas organizativas e estruturais são secundárias. 
"Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de suportar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos", enfatizou.
O Santo Padre falou também de temas complexos como o aborto e uniões homossexuais. Francisco recordou que, em Buenos Aires, recebia cartas de pessoas homossexuais que sentiam-se condenadas pela Igreja. "Mas a Igreja não quer fazer isso", explicou. E recordou que, em sua viagem de retorno do Rio de Janeiro, disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, ele não seria "ninguém para julgá-lo". 
"É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada. Esta é também a grandeza da confissão: o fato de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça". 
O Pontífice afirmou o mesmo em relação às mulheres que cometaram aborto. E complementou: "Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente". 
Na entrevista, realizada em três encontros no mês de agosto com o padre jesuíta Antonio Spadaro, especialista em comunicação e diretor da revista italiana La Civiltà Cattolica, Papa Francisco falou ainda, entre outros assuntos, sobre o que pensa de si mesmo, sua experiência a frente da Igreja, sua vocação jesuíta e sobre o rumo que pretende dar à Igreja em seu Pontificado.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Setembro, um mês mariano

Fonte: Zenit
Irmã Agnese Scavetta

O mês de setembro conheceu o sincero chamamento do papa Francisco à paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro: “Guerra nunca mais! Guerra nunca mais! A paz é um dom precioso demais, que tem que ser promovido e protegido... Não é o uso da violência que leva à paz... A guerra chama a guerra, a violência chama a violência”.
Nós ecoamos a pergunta do Santo Padre: “O que podemos fazer pela paz no mundo?”. Oração, penitência e jejum têm sido desde sempre as armas do povo de Deus para implorar pelo dom da paz, através da intercessão de Maria, Rainha da Paz.
No mês de setembro, a liturgia nos apresentou três festas marianas:
Em 8 de setembro, a Natividade de Maria: o nascimento de Maria é a esperança de toda a humanidade, é ela que nos traz o Filho de Deus, que ensina ao homem que a paz é o fruto do perdão.
Em 12 de setembro, o Santíssimo Nome de Maria: recorda a batalha de Viena, nos dias 11 e 12 de setembro de 1683, quando o exército da Liga Cristã, guiado pelo rei da Polônia, João Sobieski, freou o avanço turco na Europa. A batalha foi vencida em nome de Maria. O beato Marco de Aviano, frade capuchinho e capelão das armadas cristãs, mandou colocar uma imagem de Nossa Senhora de Loreto em cada bandeira, enquanto a incessante oração do terço subia aos céus, pelos lábios de mulheres, idosos e crianças.
Em 15 de setembro, Nossa Senhora das Dores: a mãe de Deus conheceu a dor e a violência dos homens que matavam o seu Filho na cruz, mas ela, como o Filho, repetia em seu coração: “Pai, perdoai-os, porque não sabem o que fazem!”.

A Rainha da Paz cuida do mundo

Bento XV, em 1918, em ação de graças pelo final da Primeira Guerra Mundial, pediu que o escultor romano Guido Galli fizesse a estátua de Maria, Rainha da Paz, que ainda hoje pode ser admirada na esplêndida Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
A Virgem Maria é representada sobre um trono de mármore. Da sua cabeça, cai um manto que se desdobra em ondas suaves. As vestes são longas. Fechado sobre o peito há um laço, e Maria é adornada por um fino bordado com arabescos.
Os olhos de Maria se voltam para baixo: seu olhar é triste e severo. Ela alça a mão esquerda para o alto e parece dizer: “Chega! Nunca mais a guerra!”.
A mão direita sustenta docemente o Menino Jesus, que está de pé, esperando um sinal da Mãe para deixar cair o ramo de oliveira que segura na pequena mão direita. Aos pés do trono, uma pomba com as asas abertas observa o ramo de oliveira, pronta para recolhê-lo tão logo o Rei Menino o deixe cair. À base do trono, rosas e lírios indicam os frutos da beleza e da renovação que só a paz divina pode dar.
Contemplando a imagem de Maria, Rainha da Paz, do profundo do coração, unamo-nos ao grito de toda a humanidade, implorando: “Maria, Rainha da Paz, rogai por nós!”.

"Diga aos jornalistas que as minhas ligações não são notícia

Fonte: Zenit
Fazer uma chamada telefônica diretamente a quem quer que tenha escrito ou responder uma carta ou um e-mail para o papa Francisco é algo normal.
"Fale para os jornalistas que as minhas chamadas telefônicas não são uma notícia”, disse o santo padre ao diretor do Centro Televisivo do Vaticano (CTV) em uma conversação. De fato algumas das suas ligações acabam chegando aos meios de comunicação, mas muitas outras, não.
O diretor do Centro Televisivo do Vaticano disse à revista Família Cristã, semanário com uma edição de 300 mil cópias, que se difunde na Itália nas bancas de jornais, mas também nas Igrejas. E foi notícia.
Família Cristã relata as palavras do Pontífice: "Sou assim, sempre fiz isso também em Buenos. Recebia uma nota, uma carta de um sacerdote em dificuldade, de uma família ou de um preso e respondia. Para mim é muito mais simples ligar, informar-me do problema e sugerir-lhe uma solução, se existe. Ligo para alguns e escrevo para outros”.
Na semana passada, o Santo Padre telefonou para um jovem de 15 anos na província de Turim, no norte da Itália. Sofre de distrofia muscular e mora com sua mãe em uma casa popular. Michel escreveu e Francisco ligou pra ele: “Ele me convidou para ir a Roma encontrá-lo”, contou o menino.
Um exemplo que explica esta atitude do Santo Padre é um dos seus últimos Tweets na conta @Pontifex : "Às vezes nem sequer conhecemos os vizinhos de casa: isso não é viver como cristãos”. E hoje aos sacerdotes da diocese de Roma reunidos disse-lhes que as periferias não são somente a dos pobres, mas também as existenciais, como as que se referem a pessoas que se distanciaram da Igreja e com as quais é preciso instaurar um diálogo.

Novas tecnologias ajudam a conhecer a Bíblia, diz bispo

Fonte: Canção Nova
Acessar a Bíblia no celular, fazer pesquisas sobre temas bíblicos na internet, participar de fóruns de debate sobre a Sagrada Escritura. Esses são avanços tecnológicos que configuraram novos hábitos e modos de conhecer a Palavra de Deus. A rede e as ferramentas hoje disponíveis criaram um “espaço” propício à propagação do Evangelho.
O documento “Igreja e internet”, do Pontifício Conselho para as Comunicações, afirma que os católicos “não devem ter medo de abrir as portas da comunicação social a Cristo, de tal forma que a sua Boa Nova possa ser ouvida sobre os telhados do mundo”. O documento enfatiza o vasto alcance destes meios e sua popularidade.
Uma realidade incentivada pelo presidente regional da Comissão para a animação Bíblico Catequética, da CNBB, Dom Vilson Dias de Oliveira. “As novas tecnologias são fantásticas (...), abrem portas para que as pessoas possam crescer no amor à Palavra de Deus”. O bispo acredita que, principalmente para os jovens, estes meios, estimulam. “Conheço inúmeros jovens que carregam a Bíblia, o Catecismo e muitos outros documentos da Igreja em seus smartphones”.
A jovem universitária Gabrielle Sanchotene já se rendeu a essas facilidades. “Geralmente, carrego o tablet ou celular para onde vou, e isso possibilita que eu aproveite o tempo livre para estar em contato com a Palavra de Deus” . Por meio das redes sociais, a jovem procura partilhar o que aprendeu no estudo Bíblico, evidenciando a interação e instantaneidade dos novos dispositivos.
“A utilização desses meios é irreversível e devemos nos adequar a eles”, afirma o sacerdote da Comunidade Canção Nova, padre Arlon Cristian. Ele "leva" no tablet a Bíblia, o catecismo da Igreja Católica, livros de estudo, além de acessar a internet para pesquisa. Porém, alerta: “Nós temos de dominar estes dispositivos e não deixar que eles nos dominem, nos distraiam”.
Essa é uma preocupação apontada também por Dom Vilson. “Na catequese, por exemplo, no encontro de jovens, posso usar os aplicativos para atrair a atenção da garotada, mas durante um retiro será conveniente? (…) O ser humano se distrai facilmente, perde o foco”, explica.
O bispo comenta sobre o uso de dispositivos móveis durante a Missa. "Posso tomar contato com a liturgia diária através do meu smartphone, mas devo fazer isso antes de ir à Missa, ou logo que chegar à igreja. No momento em que a Missa começa, minha atenção deve estar voltada para aquele momento", ensina Dom Vilson.
O acesso à Bíblia proporcionado pelos novos meios ajudam no crescimento da fé, aponta o documento "Igreja e Internet", desde que usados de modo correto. "Não adianta você ter o melhor carro e não saber dirigir, como não resolve ter a melhor cozinha do mundo, a mais equipada, e não saber cozinhar. É importante que as pessoas interessadas em conhecer melhor a Palavra estejam ligadas à comunidade, ao corpo da Igreja", conclui Dom Vilson.

domingo, 8 de setembro de 2013

8 de setembro - Natividade de Nossa Senhora

Fonte: Paulus

“A celebração de hoje — lemos no trecho dos discursos de santo André de Creta proclamado no atual Ofício das leituras — honra a natividade da Mãe de Deus. Mas o verdadeiro significado e o fim deste evento é a encarnação do Verbo. De fato Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, de Deus”. É este, afinal, o motivo pelo qual somente de Maria (além de João Batista e naturalmente Jesus Cristo) não é festejado só o nascimento para o céu, o que acontece com os outros santos, mas também a vinda a este mundo. Na realidade o maravilhoso neste nascimento não está no que narram com generosidade de detalhes e com ingenuidade os apócrifos, mas antes no passo significativo à frente que Deus dá na atuação do seu eterno desígnio de amor. Por isso a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos santos Padres, que tiraram suas conclusões da Bíblia e de sua sensibilidade e ardor poético. Leiamos algumas expressões do Segundo sermão sobre a natividade de Maria, de São Pedro Damião:
“Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu, portanto, encarnar-se em Maria.
Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa linda, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo. Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado? Naquele dia a glória de Deus desceu sobre o templo de Jerusalém sob forma de nuvem, que o obscureceu. O Senhor que faz brilhar o sol nos céus, para a sua morada entre nós escolheu a obscuridade (cf. 1Rs 8,10-12), disse Salomão na sua oração a Deus. Este mesmo templo estará repleto pelo próprio Deus, que vem para ser a luz dos povos.
Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heroicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?”
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Palavras do Papa Francisco na JMJ Rio2013 são publicadas em livro

Fonte: Canção Nova
A partir dessa semana, as livrarias da Roma começaram a comercializar o livro “È bello per noi essere qui” (‘É bom para nós estarmos aqui’), o quarto volume da coleção “Le parole del Papa Francesco” (‘As palavras do Papa Francisco’).
Dentro do espírito da JMJ Rio 2013, que repercutiu em todo o mundo, o volume propõe todos os textos dos discursos, homilias e o Angelus, pronunciados pelo Papa Francisco desde a cerimônia de Boas-vindas, no jardim do Palácio Guanabara em 22 de julho até a cerimônia de despedida, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.
Antes de partir, no Aeroporto do Rio de Janeiro, Francisco disse: “Neste momento começo a sentir um início de saudades...tenho a certeza que Cristo vive e está efetivamente presente no agir de tantos e tantos jovens e de tantas pessoas que encontrei nesta semana inesquecível. Obrigado pela acolhida e pelo calor da amizade que me demonstraram” Também disto começo a sentir saudades” (pág. 113).
Momentos de intensa oração marcaram este evento, especialmente os incansáveis pedidos do Papa Francisco, encontrados na pág. 115: “este Papa tem necessidade da oração de todos vocês”.
“È bello per noi essere qui’ é uma publicação da Livraria Editora Vaticana (LEV), tem 120 páginas e foi escrito em italiano.



sábado, 7 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dia de oração e jejum pela Paz na Síria e no Oriente Médio

Paróquias que estão promovendo, de forma comunitária, este dia de oração e jejum pela Paz na Síria e no Oriente Médio:

Paróquia Santa Mônica - 06/09 - 22 a 24h - Juntos com N. Senhora diante de Jesus Sacramentado - em favor da paz na Síria e em todo o Oriente Médio.

Paróquia S. Francisco de Assis, bairro Tubalina, Oração comunitária das 19h30 às 21h30

Paróquia São Francisco e Santa Clara, bairro Umuarama. Adoração ao Ss. Sacramento Sexta-feira (6), das 14hs às 19hs. Sábado, Santa Missa às 18hs na intenção da Síria e do Oriente Médio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Papa Francisco convoca vigília de oração pela paz na Síria e no mundo

Diante do conflito que assola a Síria, o Papa convoca os cristãos para o jejum e a oração e pede "que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz".

"Nunca mais a guerra!" O Papa Francisco pediu, no domingo, durante a oração do Angelus, que os cristãos – bem como todos "os homens de boa vontade" – rezassem pela paz. "Queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz", disse.
O apelo do Pontífice foi feito um dia após o anúncio de Barack Obama de que os Estados Unidos interviriam na Síria, devido a um ataque com armas químicas ocorrido no país. O Santo Padre convocou, para o próximo dia 7 de setembro, "um dia de jejum e de oração pela paz" na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro. "No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00 até as 24h00, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo."
Há alguns dias, um atentado com bombas químicas matou centenas de pessoas na Síria. Circularam na Internet várias imagens e vídeos de crianças desfalecidas agonizando e inúmeros cadáveres estendidos no chão, o que causou imediatamente comoção mundial. O Papa Francisco deplorou "o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa". "Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar", alertou o Pontífice.
No último dia 31, o presidente dos Estados Unidos fez um pronunciamento oficial sobre a questão e decidiu que vai fazer uma intervenção militar na Síria. Obama disse estar pronto para realizar a operação, mas quer o aval do Congresso norte-americano antes.
As consequências de uma operação deste tipo, mesmo que "limitada", nas palavras de Obama, não podem ser suficientemente calculadas. Com a intervenção estadunidense no Oriente Médio, um verdadeiro "barril de pólvora", cresce o risco de um conflito de grandes proporções, especialmente diante da onda de protestos que tem tomado conta dos países árabes nos últimos dias.
Também é esta a avaliação do arcebispo da Igreja Ortodoxa Síria, Eustathius Matta Roham. "É fácil dar início aos ataques aéreos contra a Síria – diz –, mas é difícil pôr fim à guerra e às consequências destes ataques para todo o Oriente Médio". Para o prelado, uma intervenção agora seria terrível. "Em todas as partes da Síria e fora dela, os fiéis estão rezando para que não aconteça o ataque por parte dos países estrangeiros contra a Síria e para que se possa construir a paz em toda a região."
Na mesma linha de raciocínio, o Papa Francisco pediu "às partes envolvidas no conflito" que escutassem "a voz da sua consciência" e que não se fechassem em si mesmos, mas tratando "o outro como um irmão" e "superando o confronto cego", assumissem "com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação". "Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria."
Impossível não associar o ardente chamado de Francisco à paz aos dias turbulentos que precederam a infeliz tragédia da Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, há aproximados 74 anos, o venerável Papa Pio XII pedia aos homens que voltassem a compreender-se e que fizessem negociações para firmar a paz. "O perigo é iminente, mas ainda tem tempo. Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra."
Hoje, a voz do Papa se levanta de novo para rogar a concórdia entre as nações. Ela pede "que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um" e "que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz". Que as palavras do Sumo Pontífice neste momento difícil sejam acolhidas pelos homens. E que a Virgem Santíssima, Rainha da Paz, afaste do mundo o flagelo da guerra.