sábado, 30 de julho de 2016

Papa no hospital pediátrico: ‘Quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte’

O Papa Francisco visitou, na tarde desta sexta-feira (29/07), o Hospital Pediátrico Universitário (UCH) de Prokocim, em Cracóvia.

É o maior hospital pediátrico do sul da Polônia que a cada ano cura cerca de 200 mil crianças. A sua construção iniciou sob os auspícios da diáspora polonesa nos Estados Unidos, e mais tarde o seu funcionamento contou com a ajuda financeira do governo estadunidense. Está na vanguarda nas operações de separação de gêmeos siameses, nos tratamentos de queimaduras e problemas cardíacos em crianças.

Este hospital foi visitado, em 13 de agosto de 1991, por São João Paulo II. Na capela do edifício estão conservadas algumas relíquias do santo, há adoração perpétua do Santíssimo Sacramento, e se celebra a missa cotidiana para as crianças, seus país, os funcionários do hospital e os estudantes de medicina. O cuidado pastoral e a capelania estão aos cuidados dos Padres Dehonianos.

O Papa Francisco foi acolhido pela primeira-ministra polonesa, Beata Szydło, e por cinquenta crianças doentes com os seus pais. O Santo Padre saudou um por um, e os acariciou. Recebeu como presente alguns desenhos e depois foi visitar outras crianças nas repartições de emergência.

Segue, na íntegra, a saudação do Papa Francisco em sua visita ao Hospital Pediátrico de Prokocim.

Queridos irmãos e irmãs!

Na minha visita a Cracóvia, não podia faltar o encontro com os pequeninos pacientes deste hospital. Saúdo todos vocês e agradeço cordialmente à senhora Primeira-Ministra as amáveis palavras que me dirigiu. A minha vontade era poder demorar-me um pouco com cada criança doente, junto de sua cama, abraçar cada uma, ouvir nem que fosse só por um momento cada uma de vocês e, juntos, fazer silêncio perante certas perguntas para as quais não há resposta imediata. E rezar.

Várias vezes o Evangelho nos mostra o Senhor Jesus, que encontra os doentes, os acolhe e vai também de bom grado ter com eles. Sempre se dá conta deles, fixa-os como uma mãe olha para o filho que não está bem e, dentro d’Ele, sente-se movido pela compaixão.

Como gostaria que nós, como cristãos, fôssemos capazes de permanecer ao lado dos doentes à maneira de Jesus, com o silêncio, com uma carícia, com a oração. Infelizmente, a nossa sociedade está poluída pela cultura do «descarte», que é o contrário da cultura do acolhimento. E as vítimas da cultura do descarte são precisamente as pessoas mais fracas, mais frágeis; isto é uma crueldade. Diversamente, é bom ver que, neste hospital, os mais pequeninos e necessitados são acolhidos e cuidados. Obrigado por este sinal de amor que nos oferecem! O sinal da verdadeira civilização, humana e cristã, é este: colocar no centro da atenção social e política as pessoas desfavorecidas.

Às vezes, as famílias se veem sozinhas a tomar conta deles. O que fazer? A partir deste lugar, onde se vê o amor concreto, gostaria de dizer: multipliquemos as obras da cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão, amor a Jesus crucificado, à carne de Cristo. Servir com amor e ternura as pessoas que precisam de ajuda nos faz crescer, a todos, em humanidade; e nos abre a passagem para a vida eterna: quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte.

Desejo encorajar todos aqueles que fizeram, do convite evangélico a «visitar os doentes», uma opção pessoal de vida: médicos, enfermeiros, todos os profissionais de saúde, assim como os capelães e os voluntários. Que o Senhor os ajude a bem realizar o seu trabalho, tanto neste como em qualquer outro hospital do mundo. Não posso me esquecer aqui, o trabalho das religiosas, de muitas religiosas que doam suas vidas nos hospitais. Que o Senhor os recompense dando-lhes a serenidade interior e um coração sempre capaz de ternura.

Obrigado a todos por este encontro! Levo-os comigo, no afeto e na oração. E também vocês, por favor, não se esqueçam de rezar por mim.

Fonte: Rádio Vaticano

Na cerimônia de acolhida, Papa deixou aos jovens mensagem sobre misericórdia e alegria de viver

Fonte: Canção Nova

O Papa Francisco participou nesta quinta-feira, 28, da cerimônia de acolhida dos jovens da Jornada Mundial da Juventude, em curso em Cracóvia. Com sua típica simplicidade, foi de trem que ele se deslocou até o Parque Blonia, local do encontro.


Três jovens foram escolhidos para fazer uma breve saudação ao Papa: uma jovem asiática, uma do leste europeu e uma brasileira. Como presente, os jovens entregaram ao Papa um “kit do peregrino”.

Em seu discurso, o Papa partiu do tema dessa Jornada, “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), destacando que é o próprio Jesus que diz isso, foi Ele que convocou os jovens para esse encontro. “Juntos faremos desta Jornada uma verdadeira Festa Jubilar”.

Francisco disse que é bonito ver como tantos jovens abraçam a vida; essa é uma questão que toca seu coração desde quando ele era bispo. “Quando Jesus toca o coração dum jovem, duma jovem, estes são capazes de ações verdadeiramente grandiosas”.

E sabendo da paixão que os jovens colocam em sua missão, o Papa enfatizou que a misericórdia tem sempre o rosto jovem, uma vez que um coração misericordioso não se acomoda, mas sabe ir ao encontro dos outros.

“Um coração misericordioso sabe ser um refúgio para quem nunca teve uma casa ou perdeu-a, sabe criar um ambiente de casa e de família para quem teve de emigrar, é capaz de ternura e compaixão. Um coração misericordioso sabe partilhar o pão com quem tem fome, um coração misericordioso abre-se para receber o refugiado e o migrante. Dizer misericórdia juntamente convosco é dizer oportunidade, dizer amanhã, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos”.
Jovens em festa acolhendo o Papa Francisco / Foto: Reprodução CTV

“Jovens aposentados”

O Santo Padre disse que fica triste quando encontra jovens que parecem “aposentados” antes do tempo, jovens que desistiram antes do jogo, que caminham com o rosto triste, como se a vida não tivesse valor. Esses são jovens “chateados” e “chatos”, disse, que correram atrás de vendedores de “falsas ilusões” e tiveram roubado o melhor de si.

O Papa então perguntou aos jovens se eles querem uma vida alienante ou uma vida com a força da graça e já indicou o caminho para uma vida renovada: Jesus Cristo.

“Peçamos ao Senhor: lançai-nos na aventura da misericórdia! Lançai-nos na aventura de construir pontes e derrubar muros, lançai-nos na aventura de socorrer o pobre (…) Queremos acolher-Vos nesta Jornada Mundial da Juventude, queremos afirmar que a vida é plena quando é vivida a partir da misericórdia; esta é a parte melhor que nunca nos será tirada”.


terça-feira, 26 de julho de 2016

Começou hoje a JMJ à espera de Francisco

Fonte: Comunidade Shalom

Tudo pronto em Cracóvia para a chegada, amanhã, quarta-feira, do Papa Francisco. Uma visita muito aguardada por ocasião da 31ª Jornada Mundial da Juventude no Jubileu da Misericórdia. Pela primeira vez, o Pontífice argentino estará na terra natal de São João Paulo II. E precisamente a Karol Wojtyla “artífice das JMJ” é dedicada a cerimônia de abertura do evento com a Missa presidida, no final da tarde de hoje, pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.

“É preciso levar ao mundo o fogo da misericórdia”. A exortação de São João Paulo II retorna hoje a ressoar na sua Cracóvia. Precisamente ao iniciador, o artífice da JMJ, dedica-se – na véspera da chegada do Papa Francisco à Polônia – a cerimônia de abertura da 31ª Jornada Mundial da Juventude centralizada no tema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. Antes da grande missa celebrada pelo histórico Secretário de Karol Wojtyla, o Arcebispo de Cracóvia Stanislaw Dziwisz, será realizada uma sugestiva peregrinação da “Chama da Misericórdia”, que de Lagiewniki, lugar que lembra imediatamente St. Faustina Kowalska, chegará ao grande parque de Błonia, no centro de Cracóvia, onde será celebrada a Missa de abertura da JMJ.

Em seu caminho, a Chama da Misericórdia vai tocar todos os lugares significativos da vida de São João Paulo II, da igreja de São Floriano, onde foi jovem sacerdote à catedral na colina de Wawel Hill, que, de 1963 a 1978, foi a “sua” igreja quando era pastor da arquidiocese de Cracóvia. Presentes na Missa – em que se prevê a participação de mais de 500 mil jovens -, como é tradição, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora “Salus Populi Romani”, enquanto alguns jovens vestirão camisetas com logotipos das edições anteriores da JMJ.

A cidade, com suas longas avenidas e grandes parques, já foi invadida pacificamente por uma multidão de jovens festivos, enquanto para garantir a segurança dos eventos, as autoridades previram o deslocamento de 40 mil membros das forças de ordem. Com a cerimônia de abertura no final da tarde de hoje, poderá ser visto o “mosaico de misericórdia e harmonia”, do qual Francisco falou há poucos dias na sua vídeo-mensagem à Polônia. Um mosaico que amanhã, com a chegada do Papa, será ainda mais enriquecido neste Ano Santo que precisamente em Cracóvia, “a capital da divina misericórdia”, irá viver o seu Jubileu dos Jovens.


Grande, é evidente, a ênfase que todos os meios de comunicação poloneses reservam à visita iminente de Francisco, dez anos depois da visita apostólica do Papa Bento XVI e 14 anos após a última visita de Karol Wojtyla à sua Polônia natal: JPII visitou 9 vezes o seu país durante o seu pontificado. De alguma forma, a 15ª viagem apostólica internacional do Papa Bergoglio está estruturada em três dimensões: além dos eventos da JMJ, de fato, emerge o encontro do Papa com a Igreja e a nação polonesa, nos 1050 anos do Batismo do Polônia, e, naturalmente, a visita a Auschwitz-Birkenau, que será marcada pelo silêncio e pela oração. Um momento tocante, para o qual o Papa pediu o “dom das lágrimas”, e que deverá ser uma das etapas mais significativas não só desta viagem, mas de todo o pontificado do Papa Francisco.

domingo, 24 de julho de 2016

Tudo pronto para a JMJ de Cracóvia: Estas são as 10 novidades que deve conhecer

Fonte: ACI Digital

Faltam apenas alguns dias para o começo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia (Polônia), da qual participarão centenas de milhares de jovens do mundo todo e que terá a presença do Papa Francisco.

Nesse sentido, o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, apresentou hoje em coletiva de imprensa o programa da viagem e alguns detalhes até então desconhecidos deste multitudinário encontro de jovens católicos, idealizado por São João Paulo II e cuja primeira edição foi em 1985.

Estas são as 10 coisas que você não pode deixar de saber sobre esta edição da JMJ:

1. A “misericórdia” será o tema em torno do qual será centrada toda a JMJ, por ocasião do Jubileu da Misericórdia celebrado na Igreja universal até o próximo mês de novembro.

2. São João Paulo II não só será recordado porque a Polônia é a sua terra natal, mas sim pela sua encíclica Dives in Misericordia.

3. É a 15ª viagem do Papa Francisco, que até agora nunca tinha ido à Polônia. Além disso, é a segunda vez que este país acolhe uma JMJ, pois organizou uma em Czestochowa em 1991. Bento XVI também realizou uma viagem à Polônia em 2006.

4. Um dos encontros do Papa Francisco será com os bispos do país, o qual será estritamente reservado.

5. Em todos os grandes eventos da JMJ, o Evangelho será proclamado em polonês e língua paleo-eslava, a mesma usada na liturgia greco-católica.

6. Durante sua visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, o Pontífice não pronunciará discurso algum, mas reinará o silêncio como sinal de dor e compaixão pela morte de mais de um milhão de pessoas neste lugar durante o Holocausto. Além disso, rezará diante da cela em que esteve preso São Maximiliano Kolbe exatamente no 75º aniversário do dia em que foi condenado à morte.

7. Francisco se encontrará com alguns judeus sobreviventes do campo de concentração. Um deles tem 101 anos e hospeda um peregrino da JMJ.

8. Durante a vigília de oração do Papa Francisco com os jovens, em 30 de julho, serão ouvidos os testemunhos de um sírio, um paraguaio e um polonês. No dia seguinte, domingo, Francisco abençoará duas casas das Cáritas.

9. Não há nenhuma preocupação específica pela segurança, afirmou o Pe. Lombardi, referindo-se aos últimos ataques terroristas por jihadistas na Europa.

10. Há cerca de 400 mil inscritos para a JMJ, a maioria da Espanha e da Itália, e espera-se que na Vigília e na Missa de encerramento com o Pontífice participem quase 2 milhões de pessoas. Também participarão cerca de 800 bispos e 70 cardeais de todo o mundo.

Papa envia mensagem à Polônia

Fonte: Vaticano

Foi divulgada na terça-feira (19/07), a vídeo-mensagem do Papa Francisco para a viagem apostólica à Polônia, em vista da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará em Cracóvia de 26 a 31 deste mês.

Ano Jubilar

“Já está próxima a trigésima primeira Jornada Mundial da Juventude, que me chama a encontrar os jovens de todo o mundo, reunidos em Cracóvia, proporcionando-me também a feliz ocasião de encontrar a amada nação polonesa. Tudo será vivido sob o signo da Misericórdia, neste Ano Jubilar, e com grata e devota memória de São João Paulo II, que foi o artífice das Jornadas Mundiais da Juventude e guia do povo polonês no seu caminho histórico recente rumo à liberdade”, disse o pontífice.

O Papa agradeceu aos jovens poloneses que há muito tempo estão se preparando, sobretudo com a oração, para o grande evento de Cracóvia. “Agradeço-lhes de coração por tudo aquilo que estão fazendo e pelo amor com o qual fazem. Desde já os abraço e os abençoo”, frisou ainda Francisco.

Rosto da Misericórdia

“Queridos jovens de várias partes da Europa, África, América, Ásia e Oceania! Abençoo também os seus países, seus anseios e seus passos rumo a Cracóvia, para que seja uma peregrinação de fé e fraternidade. Que o Senhor Jesus lhes dê a graça de experimentar em si mesmos esta sua palavra: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia».”

“Sinto um grande desejo de os encontrar para oferecer ao mundo um novo sinal de harmonia, um mosaico de rostos diferentes, de tantas raças, línguas, povos e culturas, mas todos unidos no nome de Jesus, que é o Rosto da Misericórdia.”

Amoris laetitia

“E agora uma palavra a vocês, queridos filhos e filhas da nação polonesa! Sinto que é um grande dom do Senhor ir até vocês, porque são um povo que na sua história passou por muitas provações, algumas muito duras, mas avançou com a força da fé, sustentado pela mão materna da Virgem Maria. Estou certo de que a peregrinação ao Santuário de Czestochowa será para mim uma imersão nesta fé provada, que me fará muito bem. Agradeço-lhes as orações com as quais estão preparando a minha visita. Agradeço aos Bispos e sacerdotes, aos religiosos e religiosas, aos fiéis leigos, especialmente às famílias, a quem idealmente entrego a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris laetitia. A «saúde» moral e espiritual duma nação vê-se pelas suas famílias: por isso, São João Paulo II tinha tanto no coração os noivos, os casais jovens e as famílias. Continuem por esta estrada!”

“Queridos irmãos e irmãs, envio-lhes esta mensagem como penhor do meu afeto. Permaneçamos unidos na oração. Nos vemos na Polônia!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

São Camilo de Léllis, servia a Cristo na pessoa do doente


Nasceu no ano de 1550 na Itália. Filho de pai militar, também seguiu essa carreira, mas não pode prosseguir devido a um tumor em um dos pés. Recorreu ao hospital de São Tiago em Roma, onde viveu sua compaixão pelos outros doentes.

Porém, ele deu um ‘sim’ ao pecado, entregando-se ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.

Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos ‘Camilianos’. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.

Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do Crucificado.

São Camilo partiu para o céu em 1614.

São Camilo de Léllis, rogai por nós!

O que levar para a JMJ

A Jornada Mundial da Juventude é um tempo extraordinário de alegria, riso, encontro e oração. Para vivenciá-lo da melhor forma possível, preparamos uma lista das coisas que você precisa durante a JMJ.

“Não esqueça de ter roupas adequadas para respeitar os locais de culto e adoração. E também não traga coisas valiosas com você, como relógios ou jóias.”, comenta Fabíola Goulart, participante da JMJ Rio 2013 e voluntária do Departamento de Comunicação da JMJ Cracóvia 2016.

“Traga somente o que é necessário, não sobrecarregue a si mesmo desnecessariamente! É muito importante ter bons sapatos para caminhada, lanterna, roupas que o permitam sentar no chão e lembrancinhas do seu país.”, acrescenta Ton Oliveira, participante das JMJs em Sidney, Madri e Rio, e voluntário do Departamento de Comunicação da JMJ Cracóvia 2016.
Seu documento de identidade ou passaporte (obrigatório) e o visto (se for necessário)
Uma mochila com proteção contra chuva. É importante que a mochila seja leve para transportar e grande o suficiente para abrigar tudo o que você precisará durante a JMJ.
Um colchonete
Um saco de dormir
Garrafa de água (infelizmente não somos camelos…)
Lanterna
Toalha
Produtos de higine
Sapatos para caminhada e sandálias
Chinelos para banho
Roupas para clima ensolarado ou chuvoso
Chapéu para proteger do sol
Óculos de sol
Ventilador portátil
Protetor solar (provavelmente nenhum de nós quer parecer uma beterraba)
Repelente
Todos os remédios necessários
Desinfectante para mãos
Um saco de lixo para proteger o seu saco de dormir da chuva
Adesivos/bandeiras/pulseiras/lembrancinhas do seu país
Rádio (ou telefone) para ouvir as traduções dos Atos Centrais no seu idioma
Câmera fotográfica para imortalizar os momentos agradáveis
Um guia de conversação
O seu sorriso
Fonte: Krakow 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Cracóvia terá Consulado itinerante do Brasil durante a JMJ

Fonte: ACI Digital
A Embaixada do Brasil em Varsóvia, na Polônia, informou que manterá um Consulado itinerante em Cracóvia durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a fim de atender os peregrinos brasileiros. Todos os serviços consulares regulares, tais como emissão de passaportes e legalizações, estarão disponíveis.
O atendimento ao público no Consulado itinerante será de 23 de julho a 1° de agosto, inclusive nos fins de semana, das 10h às 15h horas, na Rua Salwatorska 22.

Sobre esta iniciativa, o Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Denis Fontes de Souza Pinto, explicou que “todas as vezes em que há grandes eventos internacionais onde há uma participação grande de brasileiros, o Governo brasileiro, se não há nenhum consulado ou um setor consular de uma embaixada brasileira onde ocorre o evento, cria um Consulado itinerante”.

“Ou seja – esclareceu o embaixador –, nós abriremos um escritório onde haverá agentes consulares brasileiros para ajudar e dar apoio a todos aqueles brasileiros que precisem”.

A ideia do Consulado itinerante é dar assistência aos peregrinos brasileiros”, concluiu.

Lutero, os reformadores e Nossa Senhora

Blog Canção Nova

Felipe de Aquino

O protestantismo atual se mostra intolerante com a Virgem Santíssima, no entanto, Martinho Lutero, Calvino, Zwinglio, e os reformadores do Séc. XVI tinham uma estima e reverência profundas a Nossa Senhora, como poderemos ver abaixo. Algumas denominações protestantes estão redescobrindo isso. Por exemplo, Madre Basiléia Schlink, luterana, prega a recuperação da veneração à Virgem Mãe de Deus.

Lutero, em 1522, escreveu um belo comentário do Magnificat de Nossa Senhora, onde repetidas vezes a chama de a “doce Mãe de Deus”. E nele Lutero pede à Virgem “que ore por ele”. Entre outras coisas ele disse da Virgem Maria: “Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat… Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém. (“Comentário do Magnificat”).

Como então os protestantes, os seguidores de Lutero, não aceitam a intercessão de Nossa Senhora? É bom recordar também que Lutero implorou a intercessão de Santa Ana, mãe de Nossa Senhora, quando quase foi atingido por um raio.

Lutero disse ainda: “Ela [Maria]nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem pro­curar nele o nosso interesse… Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre como o da Virgem. ” (“Maria Mãe dos homens”, Edições Paulinas, SP, p. 561).

“Maria – escreve Lutero – não se orgulha da sua dig­nidade nem da sua indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra… Ela não exaltou nem a vir­gindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça. (…) De fato não deve ser louvada a sua pequenez, mas o olhar de Deus”. (idem)

Lutero mostra que Nossa Senhora não atrai a nossa atenção sobre Si, mas leva-nos a olhar para Deus: “… Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, dei­xando que a obra seja inteiramente de Deus” (idem pp.574-575).

Madre Basiléia, é da Sociedade das Irmãs de Darmtadt, fundada na Alemanha e presente no Brasil, luterana; no entanto, as irmãs dessa Comunidade acrescentam no seu nome de Batismo o de Maria, como acontece em algumas Congregações católicas. M. Basiléia escreveu o livro “Maria – Der Weg der Mutter des Herrn”, sobre o “Caminho de Maria”, publicado em Português, em Curitiba (1982), onde cita algumas coisas que Lutero escreveu da Virgem Maria, que transcrevemos da Revista Pergunte e Responderemos, n. 429, 1998 – Lutero e Maria Santíssima, pp. 81-86).

“O que são as servas, os servos, os senhores, as mulheres, os príncipes, os reis, os monarcas da terra, em comparação com a Virgem Maria, que, além de ter nascido de uma estirpe real, é também Mãe de Deus, a mulher mais importante da Terra? No meio de toda a Cristandade ela é a joia mais preciosa depois de Cristo, a qual nunca pode ser suficientemente exaltada; a imperatriz e rainha mais digna, elevada acima de toda nobreza, sabedoria e santidade”.

“Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe um carro de ouro e conduzi-la com 4000 cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: “Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano”. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo, e apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria”.

“Esta única palavra “mãe de Deus” contém toda a sua honra. Ninguém pode dizer algo de maior dela ou exaltá-la, dirigindo-se à ela, mesmo que tivessem tantas línguas quantas folhas crescem nas folhagens, quantas graminhas há na terra, quantas estrelas brilham no céu e quantos grãozinhos de areia existem no mar. Para entender o significado do que é ser mãe de Deus, é preciso pesar e avaliar esta palavra no coração”. (Explicação do Magnificat)

Depois de citar essas palavras de Lutero, M. Basiléia ainda escreve: “Ao ler essas palavras de Martinho Lutero, que até o fim de sua vida honrava a mãe de Jesus, que santificava as festas de Maria e diariamente cantava o Magnificat, se percebe quão longe nós geralmente nos distanciamos da correta atitude para com ela, como Martinho Lutero nos ensina, baseando-se na Sagrada Escritura. Quão profundamente todos nós, evangélicos, deixamo-nos envolver por uma mentalidade racionalista, apesar de que em nossos escritos confessionais se lêem sentenças como esta: “Maria é digna de ser honrada e exaltada no mais alto grau” (Art. 21,27 da Apologia de Confissão de Augsburgo).

Em 1537, em seus “Artigos da Doutrina Cristã”, é o próprio Lutero quem diz: “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”.

M.Basiléia explica porque escreveu este livro para os evangélicos: “Minha intenção ao escrever este opúsculo sobre o caminho de Maria, segundo o que diz dela a Sagrada Escritura, foi conscientemente reparar esta omissão pela qual me tornei culpada para com o testemunho da Palavra de Deus. Nas últimas décadas o Senhor me concedeu a graça de aprender a amar e honrar cada vez mais a Maria, a mãe de Jesus… Minha sincera intenção ao escrever esse livro, é fazer o que posso para ajudar, a fim de que entre nós, os evangélicos, a mãe de nosso Senhor seja novamente amada e honrada, como lhe compete, segundo as Palavras da Sagrada Escritura e conforme nos recomendou Martinho Lutero, nosso reformador”.

Continua M. Basiléia: “A nossa Igreja Evangélica deixou de lhe prestar honra e louvor; receando com isso reduzir a honra devida a Jesus. Mas o que aconteceu é o seguinte: toda honra autêntica dirigida aos discípulos de Jesus e também à Sua Mãe aumenta a honra do Senhor. Pois foi Ele, só Ele, que os elegeu, os cobriu com sua graça e fez deles Seu vaso de eleição. Por sua fé, seu amor e sua dedicação para com Deus, é Deus colocado no centro das atenções e é glorificado”… “É também intenção nossa – como Imaculada de Maria – contribuir em obediência à Sagrada Escritura, para que nosso Senhor Jesus não seja entristecido por um comportamento nosso destituído de reverência para com Sua mãe ou até de desprezo. Pois ela é Sua mãe que O deu à luz e O criou e educou e a cujo respeito falou o Espírito Santo, por intermédio de Isabel: “Bem-aventurada a que creu”! João Calvino, o reformador protestante de Genebra, aceitou o título de “Mãe de Deus” (Théotokos) definido pelo Concílio de Éfeso, no ano 431, quando foi condenada a heresia de Nestório. Ele sustenta a Virgindade de Maria, afirmando que os irmãos de Jesus citados em Mt 13, 55 não são filhos de Maria, mas parentes do Senhor; professar o contrário, segundo Calvino, significa “ignorância”, “louca sutileza” e “abuso da Sagrada Escritura”. (Revista PR, n. 429, p. 34, 1998)

Calvino disse: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus Cristo, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)

Em 1542, João Calvino publicou o Catecismo da Igreja de Genebra, onde se lê: “O Filho de Deus foi formado no seio da Virgem Maria… Isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de varão” .

“Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra.” (“Corpus Reformatorum”)

Zwinglio, o reformador protestante de Zurich, conservou três festas marianas (Anunciação, Visitação, Apresentação no Templo) e a recitação da Ave Maria durante o culto sagrado. (PR, idem)

John Wesley, fundador da Igreja metodista na Inglaterra, em 1739, disse: “Creio que [Jesus] foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.”

Ora, se os fundadores do protestantismo veneravam e amavam tanto a Virgem Maria, por que, então, hoje, observamos um afastamento da Mãe de Deus? Nossos irmãos separados devem com urgência rever esta questão, como pede a luterana M. Basiléia. Não queremos afrontar esses nossos irmãos, ao contrário, queremos apenas convidá-los para juntos louvarmos e honrarmos Aquela que nos deu o Salvador.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

9 coisas que não sabíamos do Papa Francisco contadas por ele mesmo

Fonte: ACI Digital

Em uma recordada entrevista ao jornal argentino “A Voz do Povo”, o Papa Francisco contou uma série de coisas que eram pouco ou nada conhecidas sobre sua vida. Confira a seguir:

1. Não assiste televisão

“Não assisto televisão desde 1990 (demora para responder). É uma promessa que fiz à Virgem do Carmo na noite de 15 de julho de 1990”.

2. Não navega na Internet

“Nada”. Assim respondeu quando lhe perguntaram se navegava em Internet.

3. Nunca viu o Messi jogar

Nunca viu o famoso craque do Barcelona Lionel Messi jogar. Quando perguntaram como Papa se considera, um Messi (atacante) ou um Mascherano (defesa da seleção argentina), Francisco revelou que não assiste futebol e somente conhece Messi porque o visitou no Vaticano. “Messi veio duas vezes para cá e nada mais, não o vi (jogar)”.

4. Acompanha o time de San Lorenzo através de um guarda suíço

Nunca deixou de ser torcedor do San Lorenzo, equipe argentina campeã da Taça Libertadores de 2014, mas não vê os jogos de sua equipe porque não assiste televisão. Entretanto, mantém-se informado sobre a liga argentina graças a “um guarda suíço que a cada semana me informa os resultados e sua posição na tabela”.

5. Dorme 6 horas por noite e lê antes de dormir


“Tenho um sonho tão profundo que deito na cama e durmo rapidamente. Durmo seis horas. Normalmente me deito às nove e leio até aproximadamente às dez, quando meus olhos começam a lacrimejar, apago a luz e me levanto sozinho às quatro, é o relógio biológico”.

6. Faz uma sesta

Dormir seis horas não bastam. “Depois preciso da sesta. Tenho que dormir entre 40 minutos e uma hora, tiro meus sapatos e deito na minha cama. Durmo profundamente e também acordo sozinho. Os dias que não durmo a sesta, sinto falta deste momento”.

7. Não chora em público

“Não choro em público. Em duas ocasiões cheguei ao meu limite, mas pude parar a tempo. Estava muito comovido, inclusive caíram algumas lágrimas, mas me fiz de bobo e depois de um momento passei a mão no meu rosto”. “Lembro de uma situação, da outra não. Recordo que estava relacionada com a perseguição dos cristãos no Iraque. Estava falando disso e me comovi profundamente” ao “pensar nas crianças”.

8. Precisa estar com as pessoas


“Não posso viver sem as pessoas, não sirvo para ser monge, por isso fiquei morando aqui (na Casa Santa Marta). Esta é uma casa de hóspedes, há 210 quartos, vivem aqui 40 pessoas que trabalham na Santa Sé e os outros são hóspedes, bispos, padres, leigos, que passam por aqui e ficam hospedados. E isso me faz muito bem. Ficar aqui, comer no refeitório, onde estão todas as pessoas, celebrar a Missa onde quatro dias por semana vem gente de fora, das paróquias… Eu gosto muito disso. Eu me tornei padre para estar com as pessoas. Agradeço a Deus que isso continue sendo assim”.

9. Considera-se cidadão “de alma”


O Papa assegura: “Sempre gostei de andar pelas ruas. Quando era Cardeal, adorava caminhar pelas ruas, andar de ônibus, metrô. Adoro a cidade, sou cidadão de alma”. E explicou que “não poderia viver na roça”. Talvez, por isso ainda sinta saudades de sair pela rua sem preocupações. “Disso sim eu tenho saudades, da tranquilidade de caminhar pelas ruas. Ou ir a uma pizzaria e comer uma boa pizza”.

domingo, 3 de julho de 2016

Papa Francisco: mais um gesto e mais uma prece pela paz

Fonte: Aleteia
Rezemos e ajamos junto com ele!
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Armênia, 26 de junho de 2016: o Papa Francisco e o Patriarca de Todos os Armênios, Karekin II, soltam pombas brancas em direção ao Monte Ararat, durante a visita ao mosteiro de Khor Virap.

O Santo Padre não se cansa de agir e rezar pela paz entre os homens e entre os povos, como o fez em 8 de junho de 2014, nos Jardins Vaticanos, durante o encontro de oração pela paz com os presidentes de Israel e da Palestina, Shimon Peres e Mahmoud Abbas. Esta foi a sua prece, que reproduzimos:

ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO PELA PAZ

Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica!

Tentamos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas…

Mas os nossos esforços foram em vão.

Agora, Senhor, ajudai-nos Vós!

Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz.

Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: “Nunca mais a guerra! Com a guerra, tudo fica destruído”!

Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.

Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho.

Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão.

Mantende acesa em nós a chama da esperança, para efetuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação, para que vença finalmente a paz.

E que do coração de todo homem sejam banidas estas palavras: divisão, ódio, guerra!

Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre “irmão”, e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam!

Amém.