domingo, 29 de novembro de 2015

Advento, tempo de faxina interior

Fonte: Canção Nova (Formação)

As estações da natureza nos ensinam a reconciliar em nosso coração o tempo dos mistérios que abraçam nossa fé. Advento é o tempo da espera. Ainda não é Natal, mas antecipa a alegria desta festa. Viver cada tempo litúrgico com o coração é um jeito nobre de não adiantar um tempo que ainda não chegou. Na sobriedade que este tempo litúrgico exige, vamos tecendo a colcha das alegrias do Cristo que vem ao nosso encontro.

Esperar é uma alegria antecipada de algo que ainda não chegou. A mulher grávida vive na alma a felicidade antecipada pela vida que, em seu ventre, vai sendo gerada no tempo que lhe cabe. A natureza cumpre o ritual das estações para que cada tempo seja único. Os casais apaixonados esperam o momento do encontro. As famílias organizam a casa no cuidado da espera dos parentes que vão chegar. Esperar é uma metáfora do cotidiano da vida. No contexto do Advento, a espera ganha tonalidades alegres e sóbrias.

Casa mal arrumada não é adequada para acolher os amigos e familiares que irão chegar. Jardim sujo não pode se tornar um canteiro para novas sementes. Esperar é também tempo de cuidado, tempo de organização.

No tempo da espera, o tempo do cuidado na vida espiritual. Chegando ao final de mais um ano, muitos corações se encontram totalmente bagunçados. Raivas armazenadas nos potes da prepotência, mágoas guardadas nas gavetas do rancor, amizades sendo consumidas pelo micro-ondas da inveja, tristezas crescendo no jardim da infelicidade, violência sendo gerada no silêncio do coração.

Enquanto as lojas fazem o balanço, somos convidados a fazer o balanço de nossa situação emocional. No balancete da vida, o amor deve sempre ser o saldo positivo que nos impulsiona a sermos mais humanos a cada dia.

Casa mal arrumada não é local adequado para receber quem nos visita. Coração bagunçado dificilmente tem espaço para acolher quem chega. Neste tempo do advento, a faxina da espera deve remover as teias de aranha dos sentimentos que estacionaram em nossa alma. O pó que asfixia o amor deve ser varrido. Tempo novo exige um coração novo.

Jesus, com Seu amor sem limites, adentrava o coração de cada pessoa e fazia uma faxina de amor, abria as janelas da vida que impediam cada pessoa de ver a luz de um novo tempo chegar, devolvia às flores já secas pelas dores e tristezas as alegrias da ressurreição, semeava nos sertões sem vida as sementes do amor e da paz.

No Advento da Vida, as estações do coração se tornam tempo propício para limpar os quartos da alma à espera do Cristo que vem. Se o jardim do coração estiver sendo cuidado, as sementes da esperança irão germinar no tempo que lhes cabe e o Amor irá nascer nas alegrias da chegada.

sábado, 28 de novembro de 2015

Papa visita santuários dedicados aos mártires anglicanos e católicos

Fonte: Canção Nova

Além de visitar os santuários dedicados aos mártires anglicanos e católicos em Uganda, o Papa Francisco homenageou os 45 cristãos assassinados no fim do século XIX

O Papa visitou, neste sábado, 28, os santuários dedicados aos mártires anglicanos e católicos em Uganda, nos arredores da capital do país, e homenageou os 45 cristãos assassinados no fim do século XIX, símbolo do “ecumenismo de sangue”.

Francisco começou por visitar o espaço dedicado aos 23 anglicanos torturados e assassinados por causa da sua fé, em Namugongo, onde rezou de joelhos, em silêncio, e descerrou uma tarja comemorativa antes de abraçar o arcebispo anglicano.

Um conjunto de estátuas, em tamanho real, mostra a forma como essas pessoas foram assassinadas, uma explicação que o Pontífice ouviu visivelmente impressionado.

O percurso de 3km até ao santuário católico, no papamóvel, foi seguido por milhares de pessoas, e mais de 50 mil fiéis esperavam Francisco no local onde São Carlos Lwanga e outros 21 jovens foram queimados vivos, a 3 de junho de 1886, durante a perseguição anticristã lançada por Buganda Mwanga, recusando ser escravos sexuais do rei.

Missa

“O testemunho dos mártires mostra a todos os que ouviram a sua história que os prazeres mundanos e o poder terreno não dão alegria e paz duradoura”, disse o Papa, na homilia da primeira Missa presidida no Uganda.

Francisco valorizou o testemunho de “fidelidade a Deus, honestidade e integridade de vida” dos mártires cristãos, “cuja morte por Cristo dá testemunho do ecumenismo de sangue”.

Milhares de ugandenses caminharam durante a noite, pelo meio da lama, para chegar até ao santuário católico, onde ouviram o Papa apelar à construção de uma “sociedade mais justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a vida” e também as “maravilhas da natureza”.

A Igreja em que o Papa presidiu a Missa recorda as cabanas tradicionais da etnia Baganda e está construída sobre 22 colunas, uma por cada santo dos mártires do Uganda, canonizados por Paulo VI em 1964.

O mesmo Paulo VI escolheu o Uganda como o primeiro país africano a ser visitado por um Papa, em 1969; João Paulo II visitou o país em 1993.

Francisco sublinhou que o exemplo dos mártires “continua a inspirar muitas pessoas no mundo”, pedindo que a abertura e a atenção aos outros se faça sentir, em particular, junto dos “idosos e pobres, as viúvas e os órfãos”.

A primeira viagem de Francisco à África começou nessa quarta-feira, 25, no Quênia, e vai prolongar-se até segunda-feira, 30, concluindo-se na República Centro-Africana.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Você conhece a história da Medalha Milagrosa?

Prof. Felipe de Aquino

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!

Pois bem, aconteceu em Paris, na Rua Du Bac, em 1830. Nossa Senhora apareceu a uma jovem freira- Santa Catarina de Labouré, que pertencia a Congregação fundada por São Vicente de Paulo. Santa Catarina já tinha recebido anteriormente alguns sinais de Nossa Senhora.

Eis que a Virgem lhe apareceu na Capela, sobre o globo terrestre e com as mãos estendidas de onde saíam raios luminosos. Nossa Senhora mesma disse que eram as graças que ela queria distribuir às pessoas.

Santa Catarina notou que alguns raios estavam apagados; Nossa Senhora lhe explicou que eram as graças que ela queria distribuir, mas que as pessoas não lhe pediam.

Nossa Senhora se fez circundar por uma oração escrita em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, e mandou que Catarina fizesse cunhar esta imagem numa medalha, e prometeu que quem a usassem receberia dela muitas graças. Depois de algumas resistências, foram cunhadas 20 mil medalhas. Foram tantas graças recebidas pelas pessoas que a Medalha foi chamada de Medalha Milagrosa.
Uma peste terrível atingiu a França, e muitas pessoas morreram rapidamente: Os que usaram a Medalha não morreram!

É interessante lembrar que Nossa Senhora, veio dizer que Ela é Imaculada, concebida sem o pecado original. Este dogma foi proclamado solenemente pelo Papa Pio IX em 1854. E depois, em 1858, Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete de Soubirous, em Lourdes, e lhe disse:” “Je sui le Imaculee Concepcion” (Eu sou a Imaculada Conceição).

Um caso que ficou muito famoso foi o da conversão do grande judeu Afonso Ratisbona. Não era católico, mas era amigo de um francês que lhe deu uma Medalha Milagrosa. Ratisbona, mesmo sem aderir a fé, começou a usar a medalha milagrosa. No quarto dia, olhando para um quadro de Nossa Senhora, sentiu uma abrupta mudança no modo de pensar. Tornou-se cristão, pediu o batismo, e alguns meses depois entrou no seminário para se tornar sacerdote. Foi um grande sacerdote.

Nossa Senhora continua com os braços abertos e com as mãos estendidas. Vamos a Ela buscar as graças que tanto necessitamos!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Quando Deus fala através dos animais

Fonte: Aleteia
O que os cachorros têm a ver com a adoração à Eucaristia? O bispo Fulton Sheen encontrou uma bela relação entre eles num dia em que se sentia desanimado e lhe custava rezar. Já fazia algum tempo que ele estava passando por um período de aridez espiritual. Sua impressão era de que seus tempos dedicados à oração não eram agradáveis a Deus.

Como outros dias, o arcebispo estadunidense (atualmente em processo de beatificação) foi a uma capela e se sentou. Mas não conseguia dizer sequer uma palavra a Jesus.
Então se lembrou de uma coisa: seu cachorro tampouco podia falar, mas quando o bispo se sentava em sua poltrona para ler o jornal, o animal se sentava no chão ao seu lado. E ele se sentia acompanhado.
Só estando aí, ao seu lado, o cachorro era para o bispo um grande consolo e o fazia muito feliz. Enquanto o bispo pensava nisso, recebeu uma inspiração de Deus: Sheen era um grande consolo e muito agradável ao Senhor, inclusive quando só conseguia ficar lá, aos pés do Santíssimo Sacramento, como seu cachorro, sem dizer nada a Jesus, apenas permanecendo junto dele.
Dom Josefino Rodríguez, que narra esta história, confessa: “Eu também tenho um cachorrinho. E, como para mim ele é um grande consolo, eu o chamo de amigo”.
E explica algo parecido que aconteceu com um sacerdote amigo seu: “Ele estava fazendo sua hora santa em nossa capela de adoração perpétua. Era um dia terrivelmente quente e ele se sentia tão cansado e esgotado pelo calor, que não conseguia rezar”.
“Só permanecer na capela em sua hora representava um grande esforço – relata. Ele se perguntava se aquela hora teria algum valor e, enquanto pensava nisso, um gatinho branco entrou na capela.” Fazia tanto calor naquele dia, que alguém deixou a porta aberta.
“No começo, meu amigo recordou o quanto odiava gatos. Depois observou como o gatinho passeava por cada um dos bancos, até chegar à parte de trás de onde meu amigo estava sentado. O gatinho parou, olhou para ele, colocou a cabeça sobre o seu sapato, como se fosse sua almofada, e deitou para dormir.”
Isso pode parecer bobagem, mas ele se emocionou, porque aquele gatinho havia escolhido seu pé para descansar.
“Mais tarde, meu amigo sentiu uma inspiração forte: se ele, que odiava gatos, estava tão contente por ter um que escolheu estar com ele, quanto mais Jesus estaria encantado conosco, a quem ama infinitamente, quando escolhemos estar com Ele.”
E finaliza: “Meu amigo, assim como o bispo Sheen, nunca mais se desanimou ao sentir que não conseguia rezar. O simples fato de estar ali é uma oração de fé, significa crer realmente que Jesus está presente. É uma oração de amor, porque a pessoa escolhe estar com quem ela ama”.