sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carolina Kostner - Patinadora italiana é campeã olímpica ao som da melodia de Schubert dedicada a Maria

Fonte: Aleteia
A patinadora olímpica italiana Carolina Kostner, campeã nos Jogos de Inverno de 2014, declara: "A Ave-Maria, para mim, é uma oração para agradecer por tudo que eu fiz e aprendi na patinação''. Suas palavras doces foram pronunciadas durante a coletiva de imprensa no Iceberg Ice Palace, logo após a semi-final da sua especialidade.
“Eu pensei que era hora de me aposentar”
“Depois dos Jogos Olímpicos de Vancouver, em 2010, eu pensei que tinha que parar, que era hora de me aposentar. Decidi continuar na carreira porque eu amo a patinação. São os momentos difíceis que fazem você entender o que você realmente quer. Eu estou muito honrada e muito feliz por estar de volta às Olimpíadas pela terceira vez”.
No auge
Muitos dizem que a atleta do norte da Itália, aos 27 anos, esteve em seu auge durante os Jogos de Inverno deste ano. E Sochi confirmou a forma extraordinária da campeã. Ao som da Ave Maria de Schubert, Carolina Kostner encantou o público fazendo uma apresentação praticamente perfeita. Impecável nos saltos, ela saiu do gelo submersa em aplausos. Logo em seguida, a belíssima surpresa no telão do estádio de Sochi: 74,12. Nada menos que a melhor pontuação de toda a sua carreira.


Emocionante!
O vídeo abaixo é similar à performance de Sochi 2014


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Reze com seus filhos

Por Julie McCarty
Famílias católicas revelam suas técnicas para ensinar os filhos a rezar.
Você reza com seus filhos? Com que frequência? Por que motivo? Rezar deve ser uma atividade cotidiana. Assim como se alimentar bem, dormir bem e respirar ar puro são essenciais para o desenvolvimento físico das crianças, a oração é fundamental para seu crescimento espiritual.
Existem muitas maneiras de incentivar as crianças a rezar:
Fale de Deus de modo positivo. Mary Wurster (Califórnia, EUA), mãe de quatro filhos, sugere comentar sobre Jesus durante conversas do dia a dia. Por exemplo, pergunte: “Você sabia que Jesus tinha papai e mamãe, como você?”. Ela destaca que é mais fácil para a criança entender sobre Jesus do que sobre Deus, que é muito abstrato.
Comece de forma simples. Bart Tesoriero (Arizona, EUA), também pai de quatro filhos, aconselha: “Não force seus filhos a rezar um rosário inteiro ou a participar de uma Adoração do Santíssimo de uma hora. Dependendo da idade, reze com simplicidade”. Comece com uma ave-maria. Toda noite e vá aumentando, gradualmente, até um mistério do Rosário (uma dezena).
Use os cinco sentidos. Os católicos costumam rezar, usando elementos como velas, água-benta, imagens, música. Lita Friesen (Minnesota, EUA) e o marido, Mickey Friesen, pais de dois filhos, destacam que é importante trabalhar esses símbolos concretos. Eles organizaram diversas atividades de acordo com a época do ano. Durante o advento, acendem uma vela à noite e colocam as crianças para dormir escutando suaves músicas natalinas. Na Quinta-Feira Santa, eles lavam os pés uns dos outros (incluindo as patas do cachorro de estimação!), para lembrar o lava-pés.
Torne a oração parte da rotina. A hora de comer e de dormir parecem ser as melhores para a família rezar junto. Mary Wurster conta que cantava músicas curtas de bênção antes de colocar os filhos na cama. Isso fez com que a hora de dormir se tornasse naturalmente um momento de oração quando as crianças cresceram.
Seja flexível. Ainda que você queira ensinar a seus filhos uma postura adequada à oração, lembre-se de que eles ainda estão aprendendo. É melhor que eles rezem sentados no sofá ou deitados no chão, do que tentar mante-los ajoelhados à força, criando resistência à oração, principalmente na adolescência, sugere Bart Tesoriero. Essa flexibilidade pode inclusive estimular a criatividade de seus filhos. Mickey Friesen um dia entrou na sala e viu sua filha, Chloe, dançando. Quando ele perguntou o motivo da dança, ela respondeu com entusiasmo: “Este é meu jeito de rezar!”.
Aproveite momentos especiais para rezar. Os pais devem incentivar orações espontâneas, sempre que houver oportunidade. Mary Wurster diz que a família faz uma pequena oração quando ouve uma ambulância passando ou quando percebe que um dos filhos está com medo (assim, ele percebe que Jesus está próximo, mesmo quando a mãe ou o pai não estiverem por perto).
Mickey Friesen sugere aos pais que comentem coisas como “Que lindo dia! Obrigado, Senhor!”, quando estiver passeando com as crianças, e que rezem em momen¬tos tristes, como ao visitar o túmulo de algum ente querido ou ao ver alguém ferido na televisão. Isso ajuda as crianças a perceberem que Deus está sempre com elas.

A Oração dos cinco dedos
Você pode usar esta oração em família ou para ajudar seus filhos a rezar.
O polegar é o dedo mais perto de você. Então comece suas orações rezando pelas pessoas mais próximas: sua família, seus vizinhos etc.
O dedo indicador é o dedo que aponta, indica. Reze por aqueles que direcionam o seu caminho e o ajudam a superar momentos difíceis, como os professores e os médicos.
O dedo médio é o dedo mais alto. Ele nos lembra de nossos líderes. Por isso, reze pelos governantes de nosso país, pelos diretores de nossas escolas e pelos religiosos da sua paróquia. Eles também precisam da orientação de Deus.
O dedo anular é o dedo mais fraco que temos. Assim, lembre-se de rezar pelos pobres, pelos que estão doentes e por aqueles que passam dificuldades.
O mindinho é o último e menor dedo de todos. É, assim, com humildade, que devemos nos colocar diante de Deus e dos outros. Conforme diz a Bíblia, o menor será o maior entre todos (cf. Dt 7,7). É o momento de, finalmente, rezarmos por nós mesmos, agradecendo e também pedindo a ajuda de Deus.
Fonte: Revista Ave-Maria

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Papa celebra com novos cardeais

Fonte: Canção Nova
Na manhã deste domingo, 23, Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Basílica de São Pedro com a presença dos novos cardeais criados ontem, 22, em consistório, e todo o colégio cardinalício.
Logo no início da homilia, Francisco refletiu sobre a Oração da Coleta proposta para este sétimo domingo do tempo comum: “A tua ajuda, Pai misericordioso, torne-nos sempre atentos à voz do Espírito”. O Papa explicou que esta oração convida o homem a uma atitude fundamental: escutar o Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima.
“Neste momento, todos nós, junto com os novos cardeais, queremos escutar a voz do Espírito que fala através das Escrituras proclamadas”.
Partindo das leituras do dia, o Santo Padre disse que a santidade cristã não é obra humana, mas fruto da docilidade ao Espírito. As palavras são dirigidas hoje, de modo especial, segundo o Papa, a ele e aos cardeais, em particular aos que foram criados cardeais ontem.
O Santo Padre também lembrou que, sozinho, o homem é egoísta e orgulhoso, mas a bondade e a beleza de Deus atraem e o Espírito pode purificar e transformar a vida. “Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós – especialmente vocês cardeais e eu – devemos fazer. Conversão!”.
Do Evangelho, Francisco falou de outro ensinamento de Jesus: não só não restituir o mal que foi feito, mas esforçar-se para fazer o bem em abundância. Ele recordou que Cristo pede que, quem quer segui-Lo, deve amar quem não merece, sem querer nada em troca, para preencher as lacunas de amor que há nos corações.
“Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o caminho único de sair da areia movediça do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele fez e que a cada dia faz conosco. Ser santos não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. É isto que o Senhor pede a nós”.
Ele continuou dizendo que Jesus e a Igreja pedem que eles testemunhem com maior zelo e ardor estas atitudes de santidade. “Amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso quem talvez não o mereça”.
Um cardeal, segundo disso o Papa, entra na Igreja de Roma, não em uma corte. Logo, deve evitar hábitos e comportamentos de corte: intrigas, fofocas, favoritismos. A linguagem deve ser aquela do Evangelho.
Por fim, o Santo Padre pediu que o colégio cardinalício ajude a Igreja a irradiar no mundo o amor de Cristo.
“Queridos irmãos cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos para estarem próximos a mim, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, unam-se na invocação do Espírito Santo, a fim de que o Colégio dos Cardeais seja sempre mais ardente de caridade pastoral, mais pleno de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar no mundo o amor de Cristo”.

Papa aos novos cardeais: “a Igreja está necessitada de vocês”

Fonte: Aleteia
A cerimônia de criação dos 18 novos cardeais contou com a presença do Papa Emérito, Bento XVI, que foi cumprimentado por Francisco no início. A celebração, que aconteceu na manhã deste sábado, contou ainda com a participação dos demais membros do Colégio Cardinalício. O Papa lembrou aos novos cardeais que Cristo precede a todos no caminho. “Mas isso não é fácil, porque a estrada de Jesus é o caminho da Cruz. Na Cruz temos a nossa esperança”, disse.
Francisco acrescentou também que a Igreja necessita da comunhão deles com o Papa e entre si, da oração constante, da compaixão e luta contra a discriminação e da semeadura da paz. “A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações. Fazer a paz. Artesão da paz. Por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra. Caminhemos juntos atrás do Senhor e deixemo-nos cada vez mais convocar por Ele, no meio do povo fiel, da Santa Mãe Igreja”.
Cada cardeal foi designado para uma igreja de Roma. Ao novo cardeal brasileiro, D. Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, foi atribuída a Igreja Santa Maria Mãe da Providência, no bairro de Monteverde.
Ao final da celebração, alguns cardeais se dirigiram a Praça São Pedro para cumprimentar os fiéis. O cardeal D. Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo de Santiago (Chile), disse que recebe a nova missão com “esperança e alegria. Estou muito feliz de receber esse serviço”.
Ele contou ainda que, em uma audiência privada com o Papa Francisco, o Pontifice afirmou que pretende visitar o Chile. “O Papa nos disse que no ano de 2016, visitando a Argentina e o Uruguai, certamente visitará o Chile também. Essa é a nossa esperança”.

Novos cardeais
Os novos cardeais são:
D. Vincent Nichols, arcebispo de Westminster (Grã-Bretanha);
D. Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua (Nicarágua);
D. Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de Quebeque (Canadá);
D. Jean-Pierre Kutwa, arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim);
D. Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil);
D. Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia-Città della Pieve (Itália);
D. Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires (Argentina);
D. Andrew Yeom Soo jung, arcebispo di Seul (Coreia do Sul);
D. Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo de Santiago (Chile);
D. Philippe Nakellentuba Ouédraogo, arcebispo de Ouagadougou (Burquina Faso);
D. Orlando B. Quevedo, arcebispo de Cotabato (Filipinas);
D. Chibly Langlois, bispo de Les Cayes (Haiti).

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O filme de Jesus no Facebook

Momentos e palavras de Jesus em um minuto
Um vídeo original realizado como se fosse o “Meu filme do Facebook” nos convida a recordar alguns momentos marcantes da vida de Jesus.
Com a linguagem desta rede social, em um minuto tem-se imagens do batismo, a transformação da água em vinho, os milagres, as bem-aventuranças, a instituição da Eucaristia e a Paixão de Jesus.
Também está disponível em inglês:

Patinadora artística dos Jogos Olímpicos é aclamada como exemplo para os católico

Fonte: aleteia.org
Católica, atleta olímpica e estrela internacional da patinação artística, a sul-coreana Kim Yuna é um modelo não só de dedicação e de entrega ao esporte, mas também de prática pública da fé, dizem seus admiradores.
O seminarista e blogueiro Evan Pham, da arquidiocese norte-americana de Detroit, contou à CNA em 11 de fevereiro que ficou impactado com um gesto simples de oração que Kim fez publicamente nos Jogos Olímpicos de 2010, em Vancouver. Ele e sua família se sentiram inspirados ao verem “um clipe dela fazendo o sinal da cruz e inclinando a cabeça logo antes de disputar a final feminina de patinação no gelo”. Ela venceu.
"Essa jovem estava lá, no gelo olímpico, e todas as câmeras estavam constantemente focadas nela", observa Pham. "Ela não teve vergonha. Ela só queria rezar: não se importou se tinha tanta gente olhando. É inspirador!”.
Kim é uma das celebridades mais famosas da Coreia do Sul, seu país natal, especialmente depois da conquista da medalha nos Jogos Olímpicos de 2010 com pontuação recorde. Indiscutivelmente uma das melhores na história da patinação artística moderna, Kim acumula dezenas de recordes mundiais nas modalidades femininas de patinação curta e livre: até agora, ela quebrou 11 vezes o recorde mundial.
Além de usar a fama em documentários e campanhas publicitárias para cosméticos, roupas e eletrônicos, Kim a usa também para compartilhar a fé católica.
Ela se converteu junto com a mãe em 2008, depois que as duas entraram em contato com freiras locais e com organizações católicas por influência do seu médico pessoal, também católico. Ele a tratava de lesões no joelho.
Em seu batismo, Kim adotou o nome de "Stella", em homenagem a Maria, Estrela do Mar, e disse a um jornal diocesano que, durante o rito batismal, "sentiu uma enorme paz no coração" e prometeu a Deus que continuaria a "orar sempre", especialmente antes das competições.
Desde então, Kim passou a mostrar a sua fé para o mundo durante as apresentações e competições que disputava. Em 2010, ela fez parte de uma campanha nacional com os bispos coreanos para explicar o terço e o significado do anel de rosário que ela própria usa. Na época, seus admiradores o confundiam com um anel de noivado.
Kim tem tido papel ativo também na divulgação de obras de caridade, voluntariado e angariação de fundos para hospitais, universidades e outras organizações católicas de caridade, trabalhando em conjunto com os bispos da Coreia. Ela é porta-voz de instituições de caridade católicas de Seul.
Em 2012, ela mesma doou centenas de milhares de dólares para os salesianos de Dom Bosco, a fim de ajudar os irmãos missionários no Sudão do Sul a implantar escolas católicas naquele país devastado pela guerra. Kim se encontrou pessoalmente com os irmãos salesianos em Seul para entregar o donativo. À imprensa coreana, Kim revelou que, ao visitar a África em 2011, sentiu “a necessidade de ajudar as crianças de lá e oferecer qualquer apoio que pudesse” ao povo africano.
Este testemunho público, conta Pham, o inspirou a ser mais aberto no compartilhamento das próprias crenças.
Ele explica que, ao ir crescendo, sentia um certo desconforto ao praticar a fé em público. "Eu não queria que os outros me achassem estranho", comenta, acrescentando que, em alguns aspectos, expressar a fé publicamente é como "pintar um alvo na testa" e atrair comentários negativos, piadas e até perseguições.
Quando viu Kim orando no gelo, no entanto, seu medo foi desafiado: "É uma coisa normal para ela. E que maneira incrível de dar testemunho! Se ela faz isso, por que eu não poderia fazer também?".
Yuna Kim ensinou a Pham que “nós temos a oportunidade de manifestar a nossa fé católica em público. O que eu iria escolher? Ter medo ou não ter medo? Não ter medo é muito mais bonito!”.
Pham conta que Kim está presente muitas vezes em suas orações e o inspirou a "rezar também por outras figuras públicas que têm muito potencial para fazer o bem. Eu espero que ela continue usando a sua influência como evangelizadora".
Nos Jogos de Inverno 2014, Yuna Kim foi medalha de prata na patinação feminina estilo livre.
(Catholic News Agency)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

As três lições de Bento XVI

Aleteia
No início de fevereiro do ano passado, ninguém podia imaginar. As notícias sobre o Papa se concentravam no “Vatileaks”, um episódio que fez Bento XVI “sofrer injustamente e, com ele, muitas pessoas”, segundo explicou alguns dias atrás o cardeal Pietro Parolin.
Doze meses depois, o Papa Francisco foi eleito o personagem do ano pela revista Time, e o Facebook reconheceu que ele foi o trending topic do ano. Inclusive na Rússia, o nível de consenso sobre este Papa supera 71%, algo sem precedentes na história.
Mas como isso foi possível? A resposta está na renúncia profética de Bento XVI. Aqui estão as três lições que o Papa emérito deixa para a Igreja:

Primeira lição: uma Igreja humilde
A mansidão do gesto de renúncia de Bento XVI mostrou como a credibilidade da Igreja não procede do poder ou da influência política ou econômica. A credibilidade da Igreja depende de seu apego à verdade. E, como dizia Santa Teresa de Jesus, a humildade é a verdade. O mundo rendeu-se perante o gesto de humildade, baseado na verdade.

Segunda lição: uma Igreja que arrisca
Em segundo lugar, Bento XVI mostrou de maneira evidente o que já disse o Papa Francisco: “prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja fechada e doente”. O primeiro gesto de renúncia de um papa em uma época moderna estava cheio de questionamentos e perigos. Se fosse submetido a uma consulta de cardeais, seguramente a maioria teria desaconselhado. Os fatos demonstram, um ano depois, a grandeza dessa frase de Bergoglio, que Bento XVI viveu na própria pele.

Terceira lição: uma Igreja com fé
Se alguém tivesse previsto no início do ano passado o que estaria por vir, seria considerado louco. Com sua renúncia, Bento XVI mostrou que quem governa a barca de Pedro não é um homem com nome e sobrenome. Quando a Igreja vive a fé até o fim, experimenta uma força regeneradora inusitada: é a força de Jesus de Nazaré, Deus feito homem para aquele que crê.
Fonte: Il Sismografo

Não podemos dormir tranquilos

A Igreja é esta mãe que volta seu coração preferencialmente para os que estão doentes, fracos, debilitados, excluídos.
Padre Joãozinho
Fonte: Vox Gaudium
No dia 17 de agosto o Papa Francisco postou em sua conta verificada no twitter a frase: “Não podemos dormir tranquilos enquanto houver crianças que morrem de fome e idosos que não têm assistência médica.” Há um universo por trás deste grito breve e intenso de solidariedade. É a concretização da opção preferencial pelos pobres na figura de duas categorias extremas: crianças e idosos.
Qual é a mãe ou pai que dorme tranquilo sabendo que seu filho de três anos está com 40º de febre? A Igreja é esta mãe que volta seu coração preferencialmente para os que estão doentes, fracos, debilitados, excluídos. Alguém me perguntou se o pobre não pode ser todo aquele que precisa de Deus. Neste caso até os ricos mais ricos seriam de certa forma pobres. Esta forma de colocar as coisas chega a ser cínica. O pobre sabe que é pobre e não optamos preferencialmente por ele somente porque é pobre. Não se trata de uma opção sociológica. É uma opção teológica. Isto significa que seguimos os passos de Jesus que “se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9), conforme recordou o Papa Bento XVI na abertura da Conferência de Aparecida, em 2007.
A Igreja na América Latina tematizou de modo emblemático a “opção preferencial pelos pobres”, em 1979, na Conferência do Episcopado Latino-americano em Puebla. Mas, na verdade, a reflexão começara 10 anos antes, em 1968 na Conferência de Medellín que soou como um eco do Concílio Vaticano II (1962-1965). O capítulo 14 do documento final tratou da “Pobreza da Igreja”. Percebeu o título? É exatamente o que afirmou o papa Francisco logo após sua eleição: “Como eu gostaria de uma Igreja pobre, para os pobres”. Sua simplicidade e solidariedade com os pobres tem sido um testemunho que até quem não crê admira e vê.
O Documento de Medellín abre seu capítulo 14 com a frase: “O Episcopado Latino-americano não pode ficar indiferente ante as tremendas injustiças sociais existentes na América Latina, que mantêm a maioria de nossos povos numa dolorosa pobreza, que em muitos casos chega a ser miséria desumana.” É nesta convicção que se apoia o papa Francisco para dizer de modo atualizado que não podemos dormir tranquilos se um irmão está sofrendo. Em seguida Medellín reconhece que não é possível que padres e bispos desfrutem até de coisas supérfluas se o povo passa fome. Pede-se que a Igreja seja pobre com os pobres.
Medellín distinguiu três formas de pobreza. A pobreza material dos bens necessários à vida é um mal que rouba a dignidade da pessoa humana. Na Bíblia esta situação é denunciada pelos profetas e vista como fruto da injustiça e do pecado humano. A segunda forma de pobreza é espiritual. Esta é a atitude de abertura e disponibilidade ao Senhor. É valorizar mas não se apegar aos bens deste mundo reconhecendo como valor supremo o Reino de Deus. A terceira acepção de pobreza é o compromisso assumido em favor dos pobres. É a solidariedade seguindo o exemplo de Cristo. Citando o Papa Paulo VI o Documento de Medellín afirma: “A pobreza da Igreja e de seus membros na América Latina deve ser sinal e compromisso. Sinal do valor inestimável do pobre aos olhos de Deus; compromisso de solidariedade com os que sofrem”. Estas três acepções de pobreza evoluíram para o ficou conhecido como “opção preferencial pelos pobres”, que foi assimilada pela Igreja como parte importante de sua Doutrina Social.
Como vemos, o Papa Francisco em suas frases claras e marcantes tem como fundamento o que está nos documentos da Igreja e que nem sempre lemos com toda a atenção. Quem dormir tranquilo sabendo que seu irmão passa fome, pague aluguel do nome de “cristão”.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Espiritualidade do quotidiano

Padre João Carlos de Almeida
Blog Canção Nova
Lembro bem quando aquela dona de casa reclamou: “Padre, acho que eu deveria ter sido uma religiosa. Sinto muita vontade de viver uma espiritualidade profunda, mas as coisas do dia-a-dia me dispersam e acabo vivendo na superficialidade!” Na ocasião fiquei sem resposta. De fato ela poderia ter errado a vocação. Marido, filhos, almoço pra fazer, casa para limpar, roupa para lavar, telefone que toca… parecia impossível viver uma espiritualidade profunda no ambiente de uma casa de família.

Passou algum tempo e eu estava pregando um retiro para religiosas de clausura. Uma delas, angustiada, me procurou para partilhar seu “grande problema”. O ambiente do convento era dispersivo demais. Ela não conseguia viver uma espiritualidade profunda. Lembrei da dona de casa e perguntei para a religiosa: “E se você tivesse casado?”
O fato é que a nossa espiritualidade não pode existir no vazio. É uma ilusão pensar que seremos místicos quando nada nos dispersar. As coisas do dia-a-dia devem alimentar nossa vida interior. Mas depende do modo como olhamos para elas. Se você estiver lavando louça e fizer isso de maneira mecânica e funcional, será dispersivo. Mas se você sentir a água e viver a dimensão mística de um pequeno gesto, será um alimento para seu coração.
Fico pensando como Jesus espiritualizava suas andanças, almoço na casa de gentios, conversas com mestres e doutores, encontro com paralíticos e leprosos… Alguém um dia lhe perguntou qual é o lugar certo para adorar a Deus e ele disse que não se trata de um lugar mas de uma atitude: em espírito e verdade. Espiritualidade significa cultivo de “vida interior”. Você pode ser superficial na igreja e profundo na praça. Os místicos são pessoas que vivem cada instante como uma semente de eternidade e encontram o paraíso em uma gota d’água. Não é preciso dominar o mundo para ser feliz. O quotidiano esconde caminhos de felicidade que só encontra quem tem um coração aberto para encontrar a sintonia correta.
Apesar disso é muito útil parar de vez em quando e encontrar um lugar escondido para ficar em silêncio. Jesus fazia isso à noite quando subia ao monte para rezar. Quem sabe o travesseiro seja um bom companheiro para a espiritualidade do quotidiano. Durma rezando que você rezará dormindo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Frases inspiradoras do Papa Francisco sobre Maria

Fonte: Aleteia
No dia de Nossa Senhora de Lourdes, o site Aleteia apresenta uma coletânea de frases do Papa Francisco nas quais ele explica a devoção à Virgem Maria:

Maria, Mãe da Esperança
“A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros, muitíssimos, desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes.” (Homilia de 15 de agosto de 2013)

Mestra dos discípulos de Cristo
“A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’ de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” (Homilia de 24 de julho de 2013)

Maria e a vida no Espírito Santo
“A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida. Ela concebeu Jesus por obra do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, está chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e depois levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no cenáculo: também nós, todas as vezes que nos reunimos em oração, somos amparados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para receber o dom do Espírito e ter a força de testemunhar Jesus ressuscitado.” (Regina Coeli, 28 de abril de 2013)

Maria, ícone da fé
“No contexto do Evangelho de Lucas, a menção do coração bom e virtuoso, em referência à Palavra ouvida e conservada, pode constituir um retrato implícito da fé da Virgem Maria; o próprio evangelista nos fala da memória de Maria, dizendo que conservava no coração tudo aquilo que ouvia e via, de modo que a Palavra produzisse fruto na sua vida. A Mãe do Senhor é ícone perfeito da fé, como dirá Santa Isabel: ‘Feliz de ti que acreditaste’ (Lc 1, 45).” (Lumen Fidei, 58)

Maria, mãe do Filho de Deus
“Pelo seu vínculo com Jesus, Maria está intimamente associada com aquilo que acreditamos. Na concepção virginal de Maria, temos um sinal claro da filiação divina de Cristo: a origem eterna de Cristo está no Pai, Ele é o Filho em sentido total e único, e por isso nasce, no tempo, sem intervenção do homem. Sendo Filho, Jesus pode trazer ao mundo um novo início e uma nova luz, a plenitude do amor fiel de Deus que Se entrega aos homens. Por outro lado, a verdadeira maternidade de Maria garantiu ao Filho de Deus, uma verdadeira história humana, uma verdadeira carne na qual morrerá na cruz e ressuscitará dos mortos. Maria acompanhá-Lo-á até à cruz (cf. Jo 19, 25), donde a sua maternidade se estenderá a todo o discípulo de seu Filho (cf. Jo 19, 26-27). Estará presente também no Cenáculo, depois da ressurreição e ascensão de Jesus, para implorar com os Apóstolos o dom do Espírito (cf. Atos 1, 14). O movimento de amor entre o Pai e o Filho no Espírito percorreu a nossa história; Cristo atrai-nos a Si para nos poder salvar (cf. Jo 12, 32). No centro da fé, encontra-se a confissão de Jesus, Filho de Deus, nascido de mulher, que nos introduz, pelo dom do Espírito Santo, na filiação adotiva (cf. Gl 4, 4-6).” (Lumen Fidei, 59)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mensagem do Papa para a Quaresma de 2014

Fonte: Jovens conectados
Deus não se revela mediante o poder e a riqueza do mundo, mas mediante a fragilidade e a pobreza

“Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por vós a fim de enriquecer-vos com a sua pobreza”. Estas são as palavras do apóstolo São Paulo que o Santo Padre propõe como referência para a reflexão nesta quaresma.
São palavras que “nos dizem qual é o estilo de Deus. Deus não se revela mediante o poder e a riqueza do mundo, mas mediante a fragilidade e a pobreza”. Francisco lembra que Cristo se tornou pobre, se aproximou de cada um de nós, se despojou, se “esvaziou” para ser semelhante a nós. E a razão disso é “o amor divino, um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, e que não hesita em se doar e sacrificar pelas criaturas que Ele ama”. Porque “a caridade, o amor, consiste em partilhar em tudo a sorte do amado” e “o amor nos assemelha, cria igualdade, derruba os muros e as distâncias”. Deste modo, o papa indica que, “ao se tornar pobre, Jesus não quer a pobreza em si mesma, e sim nos enriquecer com a sua pobreza”. Por este motivo, “Deus não fez a salvação cair do alto sobre nós, como a esmola de quem dá uma parte do que lhe é supérfluo, por aparente piedade filantrópica”. O pontífice recorda, nesta mensagem, que Jesus foi batizado para ficar no meio das pessoas e “carregar o peso dos nossos pecados”.
E essa pobreza com que Jesus nos liberta e nos enriquece, observa o Santo Padre, é o seu “modo de nos amar, de estar perto de nós, como o bom samaritano”. Mais ainda: “o que nos dá a verdadeira liberdade, a verdadeira salvação e a verdadeira felicidade é o seu amor cheio de compaixão, de ternura, que quer dividir tudo conosco”. Neste ponto, Francisco destaca que “a pobreza de Cristo é a maior riqueza: a riqueza de Jesus é a sua confiança ilimitada em Deus Pai”.
Depois de refletir sobre a pobreza de Jesus, Francisco convida a pensar em nosso próprio caminho. “Em toda época e lugar, Deus continua salvando os homens e o mundo mediante a pobreza de Cristo, que se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na Igreja, que é um povo de pobres”, afirma o pontífice. Ele recorda que “os cristãos são chamados a olhar para as misérias dos irmãos, tocá-las, cuidar delas e realizar obras concretas para aliviá-las”. Francisco observa também que “a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança”.
O papa sublinha três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual.
A miséria material, que costumamos chamar de pobreza, “atinge os que vivem numa condição que não é digna da pessoa humana”. Diante dessa miséria, “a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia, para responder às necessidades e curar essas feridas que desfiguram o rosto da humanidade”. Por isso, “os nossos esforços se orientam a encontrar o modo de acabar com as violações da dignidade humana no mundo, com as discriminações e com os abusos”.
A miséria moral é aquela que nos “transforma em escravos do vício e do pecado”. O papa fala das pessoas que “perderam o sentido da vida, estão privadas de perspectivas para o futuro e perderam a esperança” E faz referência ainda às “pessoas que se veem obrigadas a viver essa miséria por causa de condições sociais injustas, por falta de trabalho, o que as priva da dignidade de levar o pão para casa, por falta de igualdade no direito à educação e à saúde”. Nesses casos, Francisco afirma que a miséria moral bem poderia ser chamada de “suicídio incipiente”.
Finalmente, ele fala da miséria espiritual, “que nos golpeia quando nos afastamos de Deus e rejeitamos o seu amor”. O Santo Padre avisa que, “se considerarmos que não precisamos de Deus, nos encaminharemos para a estrada do fracasso”, porque “Deus é o único que salva e liberta verdadeiramente”.
Recordando que o cristão é chamado a transmitir em todos os ambientes o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, Francisco afirma que “é bonito experimentar a alegria de estender esta boa nova, de compartilhar o tesouro que nos foi confiado, para consolar os corações aflitos e dar esperança a tantos irmãos e irmãs submersos no vazio”.
Para encerrar, o pontífice nos lembra que a quaresma “é um tempo adequado para se despojar. E nos fará bem perguntar-nos de que podemos nos privar para ajudar e enriquecer os outros com a nossa pobreza”. Ele enfatiza, por fim, que a “verdadeira pobreza dói”, avisando: “Desconfio da esmola que não custa nem dói”.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A fim de apresentá-lo ao Senhor...


Cardeal Odilo Scherer
Arcebispo de São Paulo
A festa bonita da Apresentação de Jesus no Templo, celebrada na liturgia domingo passado, 02 de fevereiro, nos faz refletir sobre a vivência da fé da Sagrada Família e sobre a sua preocupação de Maria e José em transmitir ao filho as tradições que faziam parte da sua comunidade de fé e da religião dos pais. Levar o primogênito a Jerusalém, para apresentá-lo a Deus, era uma dessas práticas, que as famílias faziam normalmente.
Os pais reconheciam, assim, que o filho era uma bênção, um presente do amor de Deus e que eles próprios eram colaboradores de Deus na transmissão da vida e na formação de mais um membro do povo eleito; ouviam palavras de instrução e orientação sobre a criação do filho, em vista da sua missão diante de Deus e de seu povo. E recebiam a bênção do sacerdote, para que tudo na vida dele andasse conforme o desígnio de Deus.
Levando o filho para casa novamente, os pais estavam conscientes de que ele pertencia a Deus, mais que a eles próprios, e que sua missão era a de ajudar o filho a reconhecer a voz de Deus e de segui-la em sua vida; de crescer na familiaridade com Deus. Seu papel de educadores orientava-se por esse princípio: preparar o filho para discernir os caminhos de Deus e para caminhar sob o seu olhar, seguindo seus mandamentos.
Para nós, cristãos católicos, o que significa falar em “educação cristã dos filhos” ou de “iniciação à vida cristã”? Pode significar muitas coisas, mas não pode faltar o que fizeram Maria e José: apresentar os filhos a Deus, sentindo-se colaboradores na obra de Deus; ensinar os filhos a conhecerem a voz de Deus, a amar e sentir-se amados por ele, a se relacionar familiarmente com Aquele, que é seu verdadeiro Pai.
Missão dos pais cristãos na educação de seus filhos nos caminhos da fé ainda é introduzi-los na comunidade de fé e ajudá-los a se reconhecerem parte da Igreja, membros vivos e participativos da família de Deus, que o Filho de Deus veio reunir neste mundo. Os filhos precisam aprender a sabedoria das coisas de Deus e crescer nela; crescer e amadurecer na fé cristã, tornando-se fortes nas virtudes, para produzir os frutos de bem, que Deus espera de seus filhos.
Não há dúvidas sobre a importância da iniciação à vida cristã na família, desde a mais tenra idade. É bonito, quando os pais levam os filho recém-nascido à igreja, para “mostrá-lo a Deus” e para pedir a bênção para ele através dos ministros de Deus; muitos pais já o fazem, cheios de fé e gratidão, antes mesmo de o filho nascer. Vem, depois, o pedido do Batismo, acompanhado do desejo vivo de colaborar com a graça de Deus para educar mais um membro do povo de Deus.
E a vida em família é tecida de pequenas práticas de devoção, de instrução e de virtude, que vão moldando o coração do filho e encaminhando-o pelas vias da fé cristã. Chega também o momento da catequese, quando o filho se insere mais e mais na grande comunidade de fé, da qual recebe o testemunho, a palavra e a vivência comunitária da fé e de suas conseqüências para a vida...
Maria e José tiveram a alegria de ver o menino Jesus crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens (cf Lc 2,52); assim também os pais cristãos têm a missão indispensável de iniciar os filhos nos caminhos da fé e na vida da Igreja. Os frutos e as alegrias, com a graça de Deus, não tardarão a aparecer.