terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Reze com seus filhos

Por Julie McCarty
Famílias católicas revelam suas técnicas para ensinar os filhos a rezar.
Você reza com seus filhos? Com que frequência? Por que motivo? Rezar deve ser uma atividade cotidiana. Assim como se alimentar bem, dormir bem e respirar ar puro são essenciais para o desenvolvimento físico das crianças, a oração é fundamental para seu crescimento espiritual.
Existem muitas maneiras de incentivar as crianças a rezar:
Fale de Deus de modo positivo. Mary Wurster (Califórnia, EUA), mãe de quatro filhos, sugere comentar sobre Jesus durante conversas do dia a dia. Por exemplo, pergunte: “Você sabia que Jesus tinha papai e mamãe, como você?”. Ela destaca que é mais fácil para a criança entender sobre Jesus do que sobre Deus, que é muito abstrato.
Comece de forma simples. Bart Tesoriero (Arizona, EUA), também pai de quatro filhos, aconselha: “Não force seus filhos a rezar um rosário inteiro ou a participar de uma Adoração do Santíssimo de uma hora. Dependendo da idade, reze com simplicidade”. Comece com uma ave-maria. Toda noite e vá aumentando, gradualmente, até um mistério do Rosário (uma dezena).
Use os cinco sentidos. Os católicos costumam rezar, usando elementos como velas, água-benta, imagens, música. Lita Friesen (Minnesota, EUA) e o marido, Mickey Friesen, pais de dois filhos, destacam que é importante trabalhar esses símbolos concretos. Eles organizaram diversas atividades de acordo com a época do ano. Durante o advento, acendem uma vela à noite e colocam as crianças para dormir escutando suaves músicas natalinas. Na Quinta-Feira Santa, eles lavam os pés uns dos outros (incluindo as patas do cachorro de estimação!), para lembrar o lava-pés.
Torne a oração parte da rotina. A hora de comer e de dormir parecem ser as melhores para a família rezar junto. Mary Wurster conta que cantava músicas curtas de bênção antes de colocar os filhos na cama. Isso fez com que a hora de dormir se tornasse naturalmente um momento de oração quando as crianças cresceram.
Seja flexível. Ainda que você queira ensinar a seus filhos uma postura adequada à oração, lembre-se de que eles ainda estão aprendendo. É melhor que eles rezem sentados no sofá ou deitados no chão, do que tentar mante-los ajoelhados à força, criando resistência à oração, principalmente na adolescência, sugere Bart Tesoriero. Essa flexibilidade pode inclusive estimular a criatividade de seus filhos. Mickey Friesen um dia entrou na sala e viu sua filha, Chloe, dançando. Quando ele perguntou o motivo da dança, ela respondeu com entusiasmo: “Este é meu jeito de rezar!”.
Aproveite momentos especiais para rezar. Os pais devem incentivar orações espontâneas, sempre que houver oportunidade. Mary Wurster diz que a família faz uma pequena oração quando ouve uma ambulância passando ou quando percebe que um dos filhos está com medo (assim, ele percebe que Jesus está próximo, mesmo quando a mãe ou o pai não estiverem por perto).
Mickey Friesen sugere aos pais que comentem coisas como “Que lindo dia! Obrigado, Senhor!”, quando estiver passeando com as crianças, e que rezem em momen¬tos tristes, como ao visitar o túmulo de algum ente querido ou ao ver alguém ferido na televisão. Isso ajuda as crianças a perceberem que Deus está sempre com elas.

A Oração dos cinco dedos
Você pode usar esta oração em família ou para ajudar seus filhos a rezar.
O polegar é o dedo mais perto de você. Então comece suas orações rezando pelas pessoas mais próximas: sua família, seus vizinhos etc.
O dedo indicador é o dedo que aponta, indica. Reze por aqueles que direcionam o seu caminho e o ajudam a superar momentos difíceis, como os professores e os médicos.
O dedo médio é o dedo mais alto. Ele nos lembra de nossos líderes. Por isso, reze pelos governantes de nosso país, pelos diretores de nossas escolas e pelos religiosos da sua paróquia. Eles também precisam da orientação de Deus.
O dedo anular é o dedo mais fraco que temos. Assim, lembre-se de rezar pelos pobres, pelos que estão doentes e por aqueles que passam dificuldades.
O mindinho é o último e menor dedo de todos. É, assim, com humildade, que devemos nos colocar diante de Deus e dos outros. Conforme diz a Bíblia, o menor será o maior entre todos (cf. Dt 7,7). É o momento de, finalmente, rezarmos por nós mesmos, agradecendo e também pedindo a ajuda de Deus.
Fonte: Revista Ave-Maria

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