sexta-feira, 1 de julho de 2011

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

O culto à humanidade de Cristo e ao Seu Coração, que sempre existiu na Igreja, conheceu um grande incremento a partir das revelações privadas a Santa Margarida Maria Alacoque (1673-75), as quais despertaram entre os cristãos uma consciência mais viva do mistério do amor de Cristo. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi reconhecida pela Igreja cerca de um século mais tarde: em 1765, Clemente XIII aprovou a Solenidade do Sagrado Coração e, em 1856, Pio IX inseriu-a no calendário da Igreja universal.
A devoção ao Coração de Jesus foi "um meio providencial" para a renovação da vida cristã. Com efeito, certas doutrinas tinham desfigurado uma das verdades essenciais ao cristianismo - o amor de Deus para com todos os homens. Pela devoção ao Sagrado Coração, o Povo de Deus reagiu "contra uma concepção demasiado rigorista das relações entre Deus e o homem - concepção que, levada às últimas consequências, seria o renascer da ideia pagã de um Deus vingador e, portanto, a anulação da história da salvação e da incessante misericórdia divina" (Thierry Maertens).
Levando-nos a amar a Cristo e a compartilhar do Seu amor pelo Pai e pelos homens, a devoção ao Coração de Jesus leva-nos também a promover aquela solidariedade universal que é uma exigência da fraternidade. O mistério do Coração de Cristo torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do homem, libertação tantas vezes procurada através de caminhos que só conduzem à degradação da mesma dignidade humana.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Siluane Atonita (1866-1938), monge ortodoxo, santo das Igrejas Ortodoxas
Escritos
«Vinde a Mim, todos»
Se os homens soubessem o que é o amor do Senhor, acorreriam a Cristo em multidão, e todos seriam reconfortados com a Sua graça: a Sua misericórdia é inexprimível.
O Senhor ama o pecador arrependido e aperta-o contra o peito com ternura: «Meu filho, onde estavas? Há muito que te espero.» O Senhor chama a Si todos os homens com a voz do Evangelho, e essa voz ressoa pelo mundo inteiro. «Vinde a Mim, todos vós que sofreis, e encontrareis descanso; vinde e bebei da água viva, vinde e compreendei que vos amo; se não vos amasse, não vos chamaria; mas não posso tolerar que uma só das Minhas ovelhas se perca; mesmo por uma só, o Pastor vai de montanha em montanha procurá-la por todo o lado; vinde a mim, ovelhinhas, fui Eu quem vos criei, Eu amo-vos. Foi o Meu amor por vós que Me fez descer à terra e foi pela vossa salvação que tudo suportei. Oxalá conhecêsseis o Meu amor e pudésseis dizer como os Apóstolos no Tabor: "Senhor, é bom estarmos aqui" (Mt 17,4)».
Assim nos chama o Senhor, sem parar. «Vinde a Mim e encontrareis descanso...»,
Ele que nos alimenta com o Seu corpo puríssimo e com o Seu sangue, Ele que, cheio de bondade, nos educa pela Sua palavra e pelo Espírito Santo, Ele que nos revelou os Mistérios e vive em nós e nos sacramentos da Igreja, Ele que nos conduzirá aonde veremos a Sua glória.(Fonte: www.evangelhocotidiano.org)

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