segunda-feira, 25 de maio de 2015

Nove ideias para rezar o terço quando está ocupado

Decidi que rezar o terço diariamente será uma prioridade na minha vida. Se você acha que não dispõe de 20 minutos para sentar e fazer orações a Maria, meditando sobre os mistérios da vida do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, eu encontrarei 20 minutos em sua ocupada agenda.


Leve em consideração que você não precisa rezar os 5 mistérios de forma contínua, pode dividi-los durante o dia; e não é preciso carregar um terço com você o tempo todo: para isso, você tem 10 dedos que poderão ajudá-lo.

A seguir, apresento 9 ocasiões perfeitamente apropriadas para que você reze o terço hoje, por mais ocupado que esteja o seu dia:

1. Enquanto você corre
Você costuma correr, fazer exercício físico? Então pode acompanhar sua atividade física rezando o terço, ao invés de só ouvir música. Na internet, é possível encontrar muitos podcasts e aplicativos que lhe permitem escutar e rezar enquanto você corre.

2. No carro
É impressionante como aprendi a rezar o terço enquanto vou de um lugar a outro, enquanto vou ao supermercado, ao posto de gasolina, levar meus filhos à escola ou rumo ao trabalho. Os trajetos de carro costumam durar mais que 20 minutos, então eu os aproveito ativamente. Uso um CD com o terço e o rezo enquanto ouço. Isso me faz sentir como se estivesse rezando em grupo.

3. Enquanto você limpa a casa
Reze enquanto você organiza sua mesa de trabalho, enquanto passa o aspirador na sua casa, lava louça ou realiza outros afazeres domésticos. Enquanto reza, pode interceder e abençoar, com sua oração, todos aqueles que se verão beneficiados pelos seus esforços por um lar mais limpo e organizado.

4. Enquanto você leva o cachorro para passear
Você leva o cachorro para passear diariamente? Aproveitar o tempo de passeio para rezar o terço é muito melhor que deixar sua mente vagando sem sentido. Mantenha-a centrada em Jesus e em Maria!

5. Depois do almoço
Tenha um momento de descanso diariamente após seu almoço e aproveite-o para silenciar seu interior e rezar o terço. Nos dias de sol, você pode fazer isso contemplando as maravilhas da natureza que Deus nos deu.

6. Caminhando em um passeio sozinho
Uma vez por semana, lembre-se de rezar o terço caminhando. Nesses momentos, vale a pena levar o terço e caminhar no ritmo da oração. Outras pessoas poderão ver você rezar, o que acaba sendo uma oportunidade de dar testemunho.

7. Antes de deitar para dormir
Este é um momento belíssimo para ter Jesus e Maria como últimos pensamentos em sua mente antes de dormir. O único risco é pegar no sono antes de terminar o terço inteiro. Concentre-se no amor que você tem a Nossa Senhora e a Jesus para manter-se acordado.

8. Na igreja
É muito poderoso rezar o terço na presença de Jesus sacramentado e junto a outras pessoas da sua paróquia. Tenha um encontro semanal com Jesus para visitá-lo no Santíssimo Sacramento e rezar o terço em adoração. Ou, se sua paróquia tem a prática do terço em grupo, una-se!

9. Enquanto você está esperando
Quantas vezes estamos esperando algo ou alguém ao longo do dia? Na fila do banco, do supermercado, no consultório médico, no ponto de ônibus... você pode rezar pelo menos uma dezena do terço cada vez que espera, e no final do dia terá rezado o terço inteiro.

O Espírito segue sendo derramado na Igreja, recorda o Papa no Regina Coeli

Fonte: pantokrator.org.br
Neste domingo, 24, Solenidade de Pentecostes, o Santo Padre pronunciou como habitualmente a sua catequese ressaltando na ocasião que todo Católico recebe o Espírito Santo e compartilha com os Apóstolos, que foram os primeiros a receber o Espírito, a missão de anunciar a todos a Ressurreição. O Papa também recordou a beatificação de Dom Romero, bispos martirizado em El Salvador e da Irmã Irene, religiosa italiana que dedicou sua vida aos pobres e necessitados no Quênia.

“O Livro dos Atos dos Apóstolos narra que cinquenta dias depois da Páscoa, na casa onde se encontravam os discípulos de Jesus, veio do céu um ruído, como o agitar-se de um vendaval impetuoso, e todos ficaram repletos do Espírito Santo. Os discípulos foram completamente transformados por essa efusão e o medo cedeu o lugar para a coragem, o fechamento para o anúncio e toda dúvida foi expulsa pela fé, cheia de amor. É o batismo da Igreja que começa assim o seu caminho na história, guiada pela força do Espírito Santo”, disse o Papa Francisco.

“Este evento, que mudou o coração e a vida dos Apóstolos e dos discípulos, se repercutiu fora do Cenáculo. Aquela porta que ficou fechada durante cinquenta dias se abriu plenamente e a primeira comunidade cristã, não mais fechada em si mesma, começa a falar às multidões de várias proveniências sobre as grandes coisas que Deus fez, ou seja, sobre a Ressurreição de Cristo que foi crucificado. Cada um dos presentes ouve os discípulos falar em sua própria língua. O dom do Espírito restabelece a harmonia das línguas que tinha sido perdida em Babel e prefigura a dimensão universal da missão dos Apóstolos. A Igreja nasce universal, una e católica, com uma identidade precisa, mas aberta, que abraça o mundo inteiro, sem excluir ninguém”, frisou o Santo Padre.

“Com o dia de Pentecostes, o Espírito Santo é derramado continuamente também hoje sobre a Igreja e sobre cada um de nós para sairmos de nossa mediocridade e de nossos fechamentos e comunicar ao mundo o amor misericordioso do Senhor. Esta é a nossa missão! Também nos foi dado como dom a língua do Evangelho e o fogo do Espírito Santo para proclamarmos Jesus ressuscitado, vivo e presente em nosso meio, aproximando os povos a Ele que é caminho, verdade e vida”, sublinhou Francisco.

“Confiemo-nos à materna intercessão de Maria, que estava presente como Mãe em meio aos discípulos no Cenáculo, para que o Espírito Santo desça abundantemente sobre a Igreja de nosso tempo, encha os corações de todos os fiéis e acenda neles o fogo de seu amor”, concluiu.

Após a oração do Regina Coeli, o Papa disse que acompanha com preocupação a situação dos numerosos deslocados no Golfo de Bengala e no Mar de Andaman.

“Exprimo o meu apreço pelos esforços realizados pelos países que acolheram essas pessoas que estão passando por grandes sofrimentos e perigos. Encorajo a comunidade internacional a prestar-lhes a assistência humanitária necessária.”

O Santo Padre recordou que neste sábado, 23 de maio, foram beatificados Dom Oscar Romero, em El Salvador, e Irmã Irene Stefani, no Quênia. O arcebispo de San Salvador foi assassinado por ódio à fé enquanto celebrava a Eucaristia.

“Este pastor zeloso, seguindo o exemplo de Jesus, escolheu estar no meio de seu povo, especialmente dos pobres e oprimidos, pagando com a sua vida. A religiosa irmã Irene, italiana das Missionárias da Consolata, serviu o povo queniano com alegria, misericórdia e terna compaixão. Que o exemplo heroico desses Beatos suscite em cada um de nós o desejo ardente de testemunhar o Evangelho com coragem e abnegação.”

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O Papa recorda as três palavras-chave para a paz na família

Fonte: Comunidade Pantokrator
“Com licença, obrigado e desculpas”: estas foram as palavras-chave da catequese proferida nesta quarta-feira (13/05) pelo Papa Francisco, na audiência geral. Segundo explicou, suas reflexões semanais terão como fulcro, a partir de agora, a vida real, cotidiana das famílias, em cuja porta, elas devem estar escritas.

A Praça São Pedro, iluminada e aquecida pelo sol de primavera, ficou lotada pela multidão de fiéis e turistas que acolheram com carinho o Papa quando entrou para a habitual volta com o Papamóvel. Francisco se deteve em oração alguns instantes diante de uma réplica da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Reflexões

Prosseguindo suas reflexões preparatórias para o Sínodo de outubro próximo, o Pontífice voltou sobre a questão da ‘boa educação’, lembrando que aquelas três palavras, que já citou outras vezes no passado, são simples, mas ao mesmo tempo difíceis de colocar na prática. E quando não são usadas, podem-se abrir ‘rachaduras’ que levam as famílias a ‘desmoronar’.

Mas o hábito de ser ‘bem educado’ não pode se traduzir apenas em formalismo, em aridez – ressalvou Francisco, lembrando o provérbio “Por trás das boas maneiras escondem-se maus hábitos” e citando “o diabo, que quando tentou Jesus, parecia um cavalheiro”.

A boa educação deve ser entendida nos seus termos autênticos: o estilo das relações deve ser profundamente radicado no amor do bem e no respeito do outro. A família vive da ‘fineza’ de se querer bem.

Três palavras

O Papa começou pela palavra ‘licença’, explicando que “entrar na vida do outro, mesmo que faça parte da nossa, requer a delicadeza de um comportamento não invasor.

“A intimidade não autoriza a dar tudo por certo. Quanto mais íntimo e profundo o amor, mais exige respeito da liberdade e a capacidade de aguardar que o outro abra as portas de seu coração”.

A segunda palavra, ‘obrigado’, nos lembra que na nossa civilização atual, a gentileza e a capacidade de agradecer são vistas às vezes como um sinal de fraqueza.

“Sejamos intransigentes na educação à gratidão: a dignidade da pessoa e a justiça social passam por aqui. Se a vida familiar subestima este estilo, a vida social também o perderá. A gratidão, para quem crê, está no coração da fé: um cristão que não sabe agradecer é alguém que esqueceu a linguagem de Deus”, repetiu duas vezes.

Improvisando, o Papa revelou ter conhecido uma senhora de muita ‘sabedoria’, que dizia que “a gratidão é uma planta que cresce somente na terra de pessoas de alma nobre”.

Enfim, o termo ‘desculpas’, palavra difícil, mas muito necessária, afirmou o Papa, mencionando a oração do Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossa ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

“Se não formos capazes de pedir desculpas, não seremos capazes de perdoar. Nas casas aonde não se pede desculpas, falta ar e feridas começam a se abrir. Também na vida de casal briga-se muitas vezes, mas o conselho do Papa é sempre o mesmo: nunca terminar o dia sem fazer as pazes, e para isso, é suficiente um pequeno gesto.. pode ser até um carinho, sem palavras…”.

Concluindo, Francisco reiterou que “estas três palavras são tão simples que até podem nos fazer sorrir… mas quando as esquecemos, não é muito engraçado”.

“Que o Senhor nos ajude a colocá-las no lugar certo, no nosso coração, em nossas casas e também na convivência civil”, completou, convidando a Praça a repetir com ele as três palavras-chave e a invocação de fazer as pazes com a família antes de ir dormir.

O Papa Francisco e o futuro da Igreja

Fonte: Blog Carmadélio
Kerry Weber, editora executiva da revista America, dos jesuítas dos EUA, autora do livro “Mercy in the City”
Não interessa se ele está vestindo um poncho, falando para o Congresso ou admitindo que é um pouco ludita, parece que não passa um dia sem que o Papa Francisco seja notícia. E não são apenas os católicos que parecem estar ligados em cada palavra do Santo Padre. Pessoas de todas as origens respeitam a preocupação do papa pelos pobres, sua sinceridade, sua alegria. Nós nunca sabemos a próxima coisa que o que o Papa Francisco vai fazer. E isso é exatamente o que é tão emocionante.
Francisco lembra-nos em ser abertos ao Deus das surpresas. E ele usa continuamente a atenção que lhe é dada para levar seus seguidores de volta a Cristo. Eu já ouvi histórias de muitos jovens católicos, que antes se sentiam alienados, agora reconsiderando a relação com a Igreja, graças ao exemplo de Francisco. Mas, embora Francisco possa tornar a Igreja mais convidativa, ele não é razão suficiente para fazer as pessoas permanecerem nela. Felizmente, há muitas boas razões se ter esperanças sobre o futuro da Igreja Católica, e muitas razões para que os jovens católicos permaneçam por aqui, mesmo depois que passar o frenesi sobre Francisco. Aqui estão apenas algumas:
Crescente ênfase sobre a natureza global da Igreja. Graças às maravilhas da Internet, é mais fácil do que nunca para os jovens se conectarem com pessoas ao redor do mundo, e queremos que a nossa Igreja reflita essa diversidade. Os 20 novos cardeais nomeados pelo Papa Francisco representam 18 países diferentes. O grupo é diversificado, o que esperamos possa ajudar a aumentar a conscientização sobre a grande variedade de desafios enfrentados pelos católicos em diferentes regiões do globo. Algumas vozes globais já estão ganhando proeminência: bispos africanos têm manifestado preocupação com temas que vão da pobreza à poligamia ao Boko Haram. E o cardeal Luis Tagle, das Filipinas, chamou atenção recentemente sobre as dificuldades enfrentadas por muitos trabalhadores nas Filipinas.
Parcerias mais fortes entre leigos e ordens religiosas. Muitas ordens religiosas estão formalmente colaborando com leigos e leigas, em um esforço para aumentar a consciência dos seus carismas. A organização “The Jesuit Collaborative”, em parte, promove programas de liderança e retiros para jovens que querem enriquecer-se com a espiritualidade inaciana.
As Irmãs da Misericórdia estabeleceram o ramo chamado “Mercy Associates” [Associados da Misericórdia], a qual faço parte. Isso significa que eu me comprometi a tentar viver os valores de seu ministério, oração e espiritualidade em minha própria vida de leiga. As Irmãs da Misericórdia trabalham em estreita colaboração com os Associados, e nos veem como parceiros na sua missão e ministério. Como muitos jovens continuam a procurar experiências significativas de vida em comunidade, essas parcerias podem oferecer uma constante conexão para uma comunidade de fé, mesmo quando nos mudamos de um lugar para outro, ajudando-nos a incorporar essa espiritualidade em nossas vidas cotidianas. 
Maior apoio para as mulheres em papéis de liderança da Igreja. Desde o Concílio Vaticano II, as mulheres têm atuado em um número sem precedentes de cargos de liderança na Igreja. Elas lideram paróquias, escolas, hospitais e agências de serviços sociais. Um grande número de mulheres são ministras leigas, profissionais e teólogas, e algumas ensinam em seminários católicos. O Papa Francisco está entre aqueles que pedem um papel maior para as mulheres, especialmente em locais de autoridade na Igreja. No entanto, a este respeito, pouco progresso tem sido feito, e o próprio Francisco usa frequentemente uma terminologia desanimadora quando fala das mulheres. E embora alguns católicos esperam por uma discussão mais aprofundada sobre a ordenação de mulheres ao sacerdócio,Francisco disse que a ordenação de mulheres “não é uma questão aberta à discussão”. No entanto, muitos católicos – homens e mulheres – sugeriram uma série de maneiras criativas de forma que as mulheres católicas possam ocupar posições na Igreja, como à frente de uma congregação ou concílio na Cúria Romana, servindo no corpo diplomático da Santa Sé.
Maiores esforços para ouvir. Os jovens católicos querem ser ouvidos; e eles têm ideias que vale a pena ouvir. Várias dioceses fizeram esforços deliberados para coletar as opiniões dos católicos em nível paroquial antes do Sínodo sobre a Família. 
Um chamado contínuo a amar. Muitos jovens encontram esperança no Papa Francisco, porque ele constantemente nos lembra aquilo que Cristo nos lembrou: Amar-nos uns aos outros. Quando as pessoas se preocupam com o futuro da Igreja, muitas vezes essas preocupações estão relacionadas com as coisas tangíveis, os edifícios, as escolas, os cheiros e os sinos da liturgia. E a Igreja, de fato, inclui essas coisas. Mas é muito fácil esquecer que a Igreja também existe em cada um de nós. Ela existe nos pais juntando os seus filhos para ir à missa. Ela existe no jovem que duvida de Deus. Ela existe no homem ajoelhado diante da Eucaristia. Ela existe nos voluntários que servem comida e conhecem os convidados pelo nome em sua cozinha comunitária. Ela existe nos avós que rezam terços para os seus netos, e nos netos correndo em círculos em torno de seus avós Ela existe no perdão dos sobreviventes do genocídio, pessoas que conheci em Ruanda, e nos homens que conheci quando trabalhei na Prisão de San Quentin. Ela existe entre as pessoas de todas as classes e raças, Ela não conhece fronteiras políticas ou pastorais. A Igreja vai para as periferias. Está nas periferias. E está no centro de tudo que fazemos.
A Igreja é imperfeita. Eu sou apaixonada pela Igreja, por isso sempre há a possibilidade de ela partir meu coração. E ela já fez isso com alguma frequência. Mas a minha vulnerabilidade, essa fragilidade, muitas vezes permite um ponto de entrada para o Espírito Santo. Embora pesquisa após pesquisa mostre que muitos jovens estão optando por deixar para trás essa coisa toda de religião, eu descobri que a melhor maneira para lidar com minhas frustrações com a Igreja é aprofundar a minha fé. E então, mais e mais, encontro um sinal de esperança, o Espírito que trabalha, fora de vista, mesmo quando a Igreja ou o mundo parece estagnado e imutável. Para muitos jovens, de fato, as lições que aprendemos com a Igreja Católica fundamentaram o nosso desejo de trabalhar contra as injustiças dentro dela. Eu me importo com essa bela, controversa, hierárquica, histórica, falha, inspirada, abençoada e dolorosamente lenta instituição. Eu não sei o que o futuro reserva para a Igreja. Mas perseverar na incerteza, com esperança, é exatamente o que significa ter fé.
A Igreja é guiada pelo Espírito. Assim, onde quer que a Igreja vá, eu vou com ela. E eu estou aqui por opção. Eu estou aqui porque acredito, e porque todos os dias tenho de enfrentar minha incredulidade. Nesse meio tempo, tudo o que podemos fazer é continuar a trabalhar conjuntamente para tentar construir o Reino de Deus porque acreditamos que o Espírito Santo vai continuar a guiar a Igreja em direção ao que é verdadeiro, bom e belo. Nós nunca sabemos o que o Espírito Santo vai fazer a seguir. E isso é exatamente o que é tão emocionante.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Por que maio é o mês de Maria?

Fonte: Aletéia

No mês de maio, milhões de pessoas participam de romarias e peregrinações a santuários marianos, fazem orações especiais a Maria e lhe oferecem presentes, tanto espirituais quanto materiais.

Dedicar o mês de maio – também chamado de "mês das flores" no hemisfério norte – a Maria é uma devoção arraigada há séculos. Com sua poesia "Ben vennas Mayo", das Cantigas de Santa Maria, Afonso X o Sábio nos revela que esta tradição já existia na Idade Média.

A Igreja sempre incentivou tal devoção, por exemplo concedendo indulgências plenárias especiais e com referências em alguns documentos do Magistério, como a encíclica "Mense Maio", de Paulo Vi, em 1965.

"O mês de maio nos estimula a pensar e a falar de modo particular dEla – constatou João Paulo II em uma audiência geral, ao começar o mês de maio em 1979. De fato, este é o seu mês. Assim, o período do ano litúrgico [Ressurreição] e ao mesmo tempo o mês corrente, chamam e convidam os nossos corações a abrirem-se de maneira singular para Maria."

Mas, por que existe este mês, se outros contêm festas litúrgicas mais destacadas dedicadas a Maria? O beato cardeal John Henry Newman oferece várias razões em seu livro póstumo "Meditações e devoções".

"A primeira razão é porque é o tempo em que a terra faz surgir a terna folhagem e os verdes pastos, depois do frio e da neve do inverno, da cruel atmosfera, do vento selvagem e das chuvas da primavera", escreve de um país do hemisfério norte.

"Porque os dias se tornam longos, o sol nasce cedo e se põe tarde – acrescenta. Porque semelhante alegria e júbilo externo da natureza são os melhores acompanhantes da nossa devoção Àquela que é a Rosa Mística e a Casa de Deus."

"Ninguém pode negar que este seja pelo menos o mês da promessa e da esperança – continua. Ainda que o tempo não seja favorável, é o mês que dá início e é prelúdio do verão."

"Maio é o mês, se não da consumação, pelo menos da promessa, e não é este o sentido no qual mais propriamente recordamos a Santíssima Virgem Maria, a quem dedicamos o mês?", pergunta em sua obra, publicada em 1893.

Alguns autores, como Vittorio Messori, veem nesta manifestação da religiosidade popular uma cristianização de uma celebração pagã: a dedicação do mês de maio às deusas da fecundidade – na Grécia, Artemisa; em Roma, Flora. De fato, maio deve seu nome à deusa da primavera Maia.

Além disso, em muitos países, durante o mês de maio, comemora-se o Dia das Mães, e a lembrança se dirige também à nossa Mãe do céu.

Para muitos, maio é o mês mais bonito, como Maria é a mulher mais bela; o mês mais florido que conduz o coração até Ela, uma Palavra feita flor.