segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Começou o Advento!


Prof. Felipe de Aquino

O homem necessita de uma esperança que vá mais além da ciência e da política para ser feliz…



Estamos na primeira semana do Advento. No mundo antigo indicava a visita do rei ou do imperador a uma província; na linguagem cristã significa a “vinda de Deus”, a sua presença no mundo; um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história, e que conhece dois momentos culminantes: a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo. A primeira é a própria Encarnação; a segunda é o retorno glorioso ao fim dos tempos.

O Papa Bento XVI, falando do Advento, disse que: “Estes dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto -, tocam-se profundamente, porque com sua morte e ressurreição Jesus já realizou a transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do final, é necessário que o Evangelho seja proclamado a todas as nações, disse Jesus no Evangelho de São Marcos (cf. Mc 13,10)”.

Já montamos o Presépio e acendemos a vela verde da Coroa do Advento; a guirlanda é verde porque é sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que nos envolve, e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

A esperança é virtude teologal, dada por Deus. “É na esperança que fomos salvos”: diz São Paulo aos Romanos e a nós também (Rm 8,24). É com essa esperança que podemos enfrentar o mundo materialista que combate contra o espírito, sem desanimar. São Pedro nos pede que estejamos “preparados para apresentar aos outros a razão da nossa esperança” (1 Pe 3,15). O homem necessita de uma esperança que vá mais além da ciência e da política para ser feliz. Não é suficiente o “reino do homem”, é necessário o “Reino de Deus”. Só algo de infinito pode-nos bastar, algo que será sempre mais do que aquilo que possamos alcançar. Um mundo sem Deus é um mundo sem esperança (cf. Ef 2,12).

O Catecismo nos ensina que: “A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo.” (§ 1817)

As velas acesas do Advento simbolizam nossa fé, nossa alegria, nossa esperança que não decepciona. Todas serão acesas pelo Deus que vem. Jesus, a grande Luz, “a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1,9); está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz. Ser cristão é ser “alter Christus”, um outro Cristo que se consome como uma vela para iluminar as trevas do mundo.

O primeiro domingo do Advento lembra-nos que o perdão foi oferecido a Adão e Eva, não fomos abandonados ao poder da morte. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus. Jesus se fez filho de Adão, sem deixar de ser seu Deus, para salvá-lo.

No Evangelho de Lucas, Jesus diz aos discípulos: “Os vossos corações não fiquem sobrecarregados com dissipação e embriaguez e dos cuidados da vida… vigiai em cada momento orando” (Lc 21,34.36). Portanto, sobriedade e oração. São Paulo nos convida a “crescer e avantajar no amor” entre nós e com todos, para tornar nosso coração firme e irrepreensível na santidade (cf. 1 Ts 3,12-13).

Mais que o Presépio e a árvore de Natal, prepare o seu coração com a esperança que tudo supera. “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa” (Hb 10,23). São Paulo disse aos Tessalonicenses: não deveis “entristecer-vos como os outros que não têm esperança” (1 Ts 4,13).

ESAMC promoverá livro do assessor da Diocese

Em uma noite marcada pelo sabor da gastronomia e pelo saber da literatura, a Faculdade ESAMC de Uberlândia promoverá nesta quinta-feira, 01, a partir das 19h30 no pátio da instituição o evento “Feira Sabor e Saber”.

A “Feira” irá integrar a diversidade da culinária – nacional e internacional – e uma apresentação cultural ao som da MPB e da literatura cujo viés perpassa pelas teorias da comunicação e da liturgia cristã. Ao todo, serão 8 tendas temáticas das culinárias: Goiana; Mineira; Espanhola; Mexicana; Britânica; Italiana; Francesa e Bahiana, além de bebidas (suco, refrigerante e água).

Na oportunidade, Pe. Claudemar Silva, assessor de comunicação da Diocese e aluno do curso de Relações Públicas da instituição, irá apresentar seu livro: “Leitor e Animador Litúrgicos: a comunicação a serviço da liturgia” ao meio acadêmico numa noite de autógrafos, acompanhado do músico Henrique Ribeiro. O cerimonial do evento ficará sob a responsabilidade do apresentador Fernando Prado.

Papa: 3 atitudes para encontrar Jesus no Advento

Fonte: Rádio Vaticano

A fé cristã não é uma teoria ou uma filosofia, mas é o encontro com Jesus. Foi o que destacou o Papa celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta na segunda-feira (28/11), no início do Tempo do Advento.
Em sua homilia, o Pontífice observou que neste período do Ano, a Liturgia nos propõe inúmeros encontros de Jesus: com a sua Mãe no ventre, com São João Batista, com os pastores, com os Magos. Tudo isso nos diz que o Advento é “um tempo para caminhar e ir ao encontro com o Senhor, isto é, um tempo para não ficar parado”.

Oração, caridade e louvor: assim encontraremos o Senhor

Eis então que devemos nos perguntar como podemos ir ao encontro de Jesus. “Quais são as atitudes que devo ter para encontrar o Senhor? Como devo preparar o meu coração para encontrar o Senhor? ”, questionou o Papa.

“Na oração no início da Missa, a Liturgia nos fala de três atitudes: vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Ou seja, devo rezar com vigilância; devo ser operoso na caridade – a caridade fraterna: não somente dar esmola, não; mas também tolerar as pessoas que me incomodam, tolerar em casa as crianças quando fazem muito barulho, ou o marido ou a mulher quando estão em dificuldade, ou a sogra… não sei .. mas tolerar: tolerar … Sempre a caridade, mas operosa. E também a alegria de louvar o Senhor: ‘Exultantes na alegria’. Assim devemos viver este caminho, esta vontade de encontrar o Senhor. Para encontrá-lo bem. Não ficar parados. E encontraremos o Senhor”.

Porém, acrescentou o Papa, “ ali haverá uma surpresa, porque Ele é o Senhor das surpresas”. Também o Senhor “não está parado”. Eu, afirmou Francisco, “estou em caminho para encontrá-Lo e ele está em caminho para me encontrar. E quando nos encontramos, vemos que a grande surpresa é que Ele está me procurando antes que eu comece a procurá-lo”.

O Senhor sempre nos precede no encontro

“Esta é a grande surpresa do encontro com o Senhor. Ele nos procurou por primeiro. É sempre o primeiro. Ele percorre o seu caminho para nos encontrar”. Foi o que aconteceu com o Centurião:

“O Senhor vai sempre além, vai primeiro. Nós fazemos um passo e Ele faz dez. Sempre. A abundância de sua graça, de seu amor, de sua ternura não se cansa de nos procurar, também, às vezes, com coisas pequenas: Pensamos que encontrar o Senhor seja algo magnífico, como aquele homem da Síria, Naamã, que tinha hanseníase: E não é simples. Ele também teve uma surpresa grande da maneira de Deus agir. O nosso é o Deus das surpresas, o Deus que está nos procurando, nos esperando, e nos pede somente o pequeno passo da boa vontade. ”

Devemos ter a “vontade de encontrá-lo”. Depois, Ele “nos ajuda”. “O Senhor nos acompanhará durante a nossa vida”, disse o Papa. Muitas vezes, irá nos ver distanciar Dele, e nos esperará como o Pai do Filho Pródigo.

A fé não é saber tudo sobre dogmática, mas encontrar Jesus

“Muitas vezes”, acrescentou o pontífice, “verá que queremos nos aproximar e sairá ao nosso encontro. É o encontro com o Senhor: isto é importante! O encontro. “Sempre me impressionou o que o Papa Bento XVI disse: que a fé não é uma teoria, uma filosofia, uma ideia: é um encontro. Um encontro com Jesus”. Caso contrário, “se você não encontrou a sua misericórdia pode até rezar o Credo de cor, mas não ter fé”:

“Os doutores da lei sabiam tudo, tudo sobre a dogmática daquele tempo, tudo sobre a moral daquele tempo, tudo. Não tinham fé, porque o seu coração tinha se distanciado de Deus. Distanciar-se ou ter o desejo de ir ao encontro. Esta é a graça que nós hoje pedimos. Ó Deus, nosso Pai, suscite em nós a vontade de ir ao encontro de Cristo, com as boas obras. Ir ao encontro de Jesus. Por isso, recordamos a graça que pedimos na oração, com a vigilância na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Assim, encontraremos o Senhor e teremos uma linda surpresa. ”

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

6 reflexões extraordinárias do Papa Francisco sobre o Jubileu da Misericórdia recém-terminado

A jornalista Stefania Falasca, do jornal italiano Avvenire, entrevistou o Papa Francisco a respeito do encerramento do Jubileu da Misericórdia e da busca da união entre os cristãos.

Confira alguns trechos, com destaque para 6 reflexões inspiradoras:

“O Onipotente tem péssima memória. Quando Ele perdoa você, Ele se esquece do seu pecado”

Quem descobre que é muito amado começa a sair daquela solidão ruim, daquela separação que leva a odiar os outros e a si mesmo. Eu espero que muitas pessoas tenham descoberto que são muito amadas por Jesus e tenham se deixado abraçar por Ele. A misericórdia é o nome de Deus e é também a “fraqueza” dele, o ponto fraco dele. A misericórdia de Deus o leva sempre ao perdão, a esquecer os nossos pecados. Eu gosto de pensar que o Onipotente tem uma péssima memória. Quando Ele perdoa você, Ele se esquece [do seu pecado]. Porque Ele é feliz em perdoar. Para mim, isso basta. Assim como para a mulher adúltera do Evangelho, “que muito amou”. “Porque Ele muito amou”. Todo o cristianismo está aqui.

“Amor a Deus e amor ao próximo são dois amores inseparáveis”

Jesus não pede grandes gestos, apenas o abandono e o reconhecimento. Santa Teresa de Lisieux, que é doutora da Igreja, na sua “pequena via” para Deus, indica o abandono da criança, que adormece sem reservas nos braços do seu pai, e lembra que a caridade não pode permanecer fechada no fundo. Amor a Deus e amor ao próximo são dois amores inseparáveis.

“O nome de Deus é misericórdia (Bento XVI)”

[O Jubileu] Foi um processo que amadureceu no tempo, por obra do Espírito Santo. Antes de mim, houve São João XXIII que, com a Gaudet mater Ecclesia, no “remédio da misericórdia”, indicou o caminho a seguir na abertura do Concílio; depois, o Bem-aventurado Paulo VI, que, na história do Samaritano, viu o seu paradigma. Depois, houve o ensinamento de São João Paulo II, com a sua segunda encíclica, Dives in misericordia, e a instituição da Festa da Divina Misericórdia. Bento XVI disse que “o nome de Deus é misericórdia”. São todos pilares. Assim, o Espírito leva adiante os processos na Igreja, até o cumprimento.

“A Igreja existe somente como instrumento para comunicar às pessoas o desígnio misericordioso de Deus”

Fazer a experiência vivida do perdão que abarca a família humana inteira é a graça que o ministério apostólico anuncia. A Igreja existe somente como instrumento para comunicar às pessoas o desígnio misericordioso de Deus. No Concílio, a Igreja sentiu a responsabilidade de estar no mundo como sinal vivo do amor do Pai. Com a Lumen gentium, ela voltou para as fontes da sua natureza, ao Evangelho. Ele desloca o eixo da concepção cristã de um certo legalismo, que pode ser ideológico, à Pessoa de Deus que se fez misericórdia na encarnação do Filho. Alguns continuam não compreendendo, ou branco ou preto, mesmo que seja no fluxo da vida que se deve discernir. O Concílio nos disse isso. Os historiadores, porém, dizem que um Concílio, para ser bem absorvido pelo corpo da Igreja, precisa de um século… Nós estamos na metade.

“Quanto às opiniões, sempre é preciso distinguir o espírito com o qual são ditas. Quando não há um mau espírito, elas também ajudam a caminhar”

O próprio Jesus reza ao Pai para pedir que os seus sejam uma coisa só, para que assim o mundo creia. É a Sua oração ao Pai. Desde sempre, o bispo de Roma é chamado a conservar, a buscar e servir essa unidade. Sabemos também que não podemos curar por nós mesmos as feridas das nossas divisões, que dilaceram o corpo de Cristo. Portanto, não podem ser impostos projetos ou sistemas para voltarmos a estar unidos. Para pedir a unidade entre nós, cristãos, só podemos olhar para Jesus e pedir que o Espírito Santo atue entre nós. Que seja Ele que faça a unidade. No encontro de Lund com os luteranos, eu repeti as palavras de Jesus, quando diz aos seus discípulos: “Sem mim, vocês não podem fazer nada”. O encontro com a Igreja Luterana em Lund foi um passo a mais no caminho ecumênico que iniciou há 50 anos e em um diálogo teológico luterano-católico que deu os seus frutos com a Declaração Comum, assinada em 1999, sobre a doutrina da Justificação, isto é, sobre como Cristo nos torna justos salvando-nos com a Sua Graça necessária, ou seja, o ponto a partir do qual tinham partido as reflexões de Lutero. Portanto, voltar ao essencial da fé para redescobrir a natureza daquilo que nos une. Antes de mim, Bento XVI tinha ido para Erfurt e ele tinha falado cuidadosamente sobre isso, com muita clareza. Ele tinha repetido que a pergunta sobre “como eu posso ter um Deus misericordioso?” tinha penetrado no coração de Lutero e estava por trás de toda a sua busca teológica e interior. Houve uma purificação da memória. Lutero queria fazer uma reforma que devia ser como um remédio. Depois, as coisas se cristalizaram, se misturaram aos interesses políticos da época, e acabou-se no cuius regio eius religio, pelo qual era preciso seguir a confissão religiosa de quem tinha o poder. Eu sigo o Concílio. Quanto às opiniões, sempre é preciso distinguir o espírito com o qual são ditas. Quando não há um mau espírito, elas também ajudam a caminhar. Outras vezes, logo se vê que as críticas são feitas aqui e ali para justificar uma posição já assumida, não são honestas, são feitas com mau espírito para fomentar divisão. Logo se vê que certos rigorismos nascem de uma falta, de querer esconder dentro de uma armadura a própria triste insatisfação. Se você assistir ao filme “A festa de Babette”, há esse comportamento rígido.

“Todo proselitismo entre cristãos é pecaminoso. A Igreja não é um time de futebol que busca torcedores”

Servir aos pobres significa servir a Cristo, porque os pobres são a carne de Cristo. E, se servimos aos pobres juntos, isso significa que nós, cristãos, nos reencontramos unidos ao tocar as chagas de Cristo. Eu penso no trabalho que, depois do encontro de Lund, a Cáritas e as organizações de caridade luteranas podem fazer juntas. Não é uma instituição, é um caminho. Certos modos de contrapor as “coisas da doutrina” às “coisas da caridade pastoral”, ao contrário, não estão de acordo com o Evangelho e criam confusão. A Declaração Conjunta sobre a Justificação é a base para poder continuar o trabalho teológico. O estudo teológico deve seguir em frente. Há o trabalho que está sendo feito pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. O caminho teológico é importante, mas sempre junto com o caminho de oração, fazendo, juntos, obras de caridade. Obras que são visíveis. A unidade não se faz porque nos colocamos de acordo entre nós, mas porque caminhamos seguindo Jesus. E caminhando por obra daquele que seguimos, podemos nos descobrir unidos. É o caminhar atrás de Jesus que une. Converter-se significa deixar que o Senhor viva e opere em nós. Assim, descobrimos que nos encontramos unidos também na nossa missão comum de anunciar o Evangelho. Caminhando e trabalhando juntos, percebemos que já estamos unidos no nome do Senhor, e que, portanto, não somos nós que criamos a unidade. Percebemos que é o Espírito que nos impele e nos leva para a frente. Se você é dócil ao Espírito, será Ele que irá lhe dizer o passo que pode dar. O resto é Ele quem faz. Não podemos ir atrás de Cristo se Ele não nos leva, se o Espírito não nos impulsiona com a Sua força. Por isso, é o Espírito o artífice da unidade entre os cristãos. É por isso que eu digo que a unidade se faz caminhando, porque a unidade é uma graça que se deve pedir, e também porque eu repito que todo proselitismo entre cristãos é pecaminoso. A Igreja nunca cresce por proselitismo, mas “por atração”, como escreveu Bento XVI. O proselitismo entre os cristãos, portanto, é em si mesmo um pecado grave. Porque contradiz a própria dinâmica de como nos tornamos e permanecemos cristãos. A Igreja não é um time de futebol que busca torcedores. O encontro de Lund, assim como todos os outros passos ecumênicos, também foi um passo à frente para levar a compreender o escândalo da divisão, que fere o corpo de Cristo e que, também diante do mundo, não podemos nos permitir. Como podemos dar testemunho da verdade do amor se brigamos, se nos separarmos entre nós? Quando eu era criança, não se falava com os protestantes. Havia um sacerdote em Buenos Aires que, quando os evangélicos vinham rezar com as barracas, ele mandava o grupo de jovens queimá-las. Agora, os tempos mudaram. O escândalo deve ser superado simplesmente fazendo as coisas juntos, com gestos de unidade e de fraternidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Como surgiu a ideia do Jubileu da Misericórdia? Papa responde em nova entrevista

Fonte: ACI Digital
Em uma entrevista publicada hoje no jornal ‘Avvenire’, dos bispos italianos, o Papa Francisco explicou como surgiu a ideia do Jubileu da Misericórdia, sob a inspiração do Espírito Santo.
“Simplesmente fiz aquilo que o Espírito Santo me inspirava”, disse o Santo Padre e assinalou que “se trata somente ser dócil ao Espírito Santo, deixando que Ele faça”.
“A Igreja é o Evangelho, é a obra de Jesus Cristo, e na Igreja as coisas entram no momento adequado”, indicou.
O Ano da Misericórdia foi inaugurado em 8 de dezembro de 2015 e terminará no dia 20 de novembro, com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O Pontífice disse também que espera que este Ano da Misericórdia tenha permitido “que muitas pessoas descubram que Jesus as ama muito e que se deixem abraçar por Ele”.
“A misericórdia é o nome de Deus e também a sua fraqueza, seu ponto fraco”.
Para o Santo Padre, o Ano da Misericórdia “foi um processo que amadureceu com o passar do tempo por obra do Espírito Santo” desde o Concílio Vaticano II.
Neste sentido, o Papa indicou que a Igreja existe “como instrumento para comunicar aos homens a figura misericordiosa de Deus”.
“No Concílio, a Igreja sentiu a responsabilidade de estar no mundo como um sinal vivo do amor do Pai”.
Francisco destacou também que ao menos um século deve passar para que o corpo da Igreja absorva bem os frutos de um Concílio e assinalou que “estamos na metade do tempo” depois do Vaticano II, concluído em 1965.
Em seguida, o Santo Padre se referiu a Lumen gentium, uma das quatro constituições promulgadas durante o Concílio Vaticano II, e assinalou que, com ela, a Igreja “ressalta as fontes da sua natureza: o Evangelho”.
Deste modo, disse, “move-se o eixo da concepção cristã de um certo legalismo, que pode ser ideológico, à pessoa de Deus, que se tornou misericórdia por meio da encarnação do seu Filho”.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Santuário Diocesano promove “Semana da Misericórdia”


Na semana em que o Jubileu da Misericórdia proclamado pelo papa Francisco será solenemente encerrado, o Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida promove, de quarta-feira a domingo, a “Semana da Misericórdia”.

Com missas ao longo do dia, adoração ao Santíssimo Sacramento e confissões, o Santuário pretende oferecer a todos os fiéis da Diocese a oportunidade de angariarem para si e seus familiares as indulgências plenárias de um Ano Santo, conquistadas a partir de alguns pressupostos: 
Confissão auricular (individual) 
Participar ativa e conscientemente de uma Santa Missa, com comunhão. 
Rezar pelo Santo Padre, o papa 
Praticar uma das 14 obras de caridade (espiritual ou corporal) 
Passar pela porta santa 

Confira a programação completa da “Semana da Misericórdia”:

Dia 16, quarta-feira, às 20h no salão Dei Verbum: mesa-redonda com a temática da Misericórdia [entrada gratuita]

Dia 17, quinta-feira, “12 Horas para o Senhor”
Missas: 07h, 15h, 19h e 23h. 
Adoração ao Santíssimo durante todo o dia: salão jubileu 
Confissão auricular: manhã, tarde e noite 

Dia 20, domingo, passagem pela Porta Santa da Misericórdia em todas as missas: 07h, 09h, 16h30, 18h e 19h30.

Convide seus amigos, familiares e parentes. Participe!


Conselhos do Papa Francisco para ir à Missa com crianças



Choros ou gritos das crianças podem atrapalhar, mas a comunidade deve incentivar a participação de toda família

“Chata!” Respondi à minha avó quando me perguntou sobre o que eu havia achado da Missa. Na época, eu tinha uns seis anos. E olha que cresci em uma família católica, frequentando Missas e catequeses! Recordo que ir à Missa, muitas vezes, representava uma soneca durante a homilia, pipocas doces e coloridas ou sorvete no fim. Confesso que minha participação não era exemplar, porém, creio que essa liberdade na participação foi ajudando a semear a fé em meu coração e em minha mente.

Conforme concluiu o Concílio Vaticano II, a Eucaristia é a fonte e ápice da vida cristã. Conscientes da suma importância desse sacramento, muitos pais ficam preocupados se seus filhos estão participando da Missa de maneira adequada ou ainda se não estão atrapalhando as pessoas ao redor. Afinal, olhares de recriminação são rapidamente percebidos. Paciência e coragem! Vejam cinco conselhos do Papa Francisco para continuarmos indo à Missa com nossas crianças:

1. O que fazer quando a criança chora?
“O choro da criança é a voz de Deus, é a melhor oração”, afirma o Papa Francisco. Disse que, quando alguém fica incomodado ao ver uma criança chorando na igreja e pede para retirá-la, está apagando a voz de Deus. “As crianças choram, fazem barulho em todos os lugares. Mas nunca podemos expulsar as crianças que choram na igreja”, completa. Afinal, o pedido de Jesus é claro: “Deixem as crianças virem a mim”.

2. O que fazer quando a criança sentir fome?
“Amamente-os, não se preocupem”, ensina. Muitas mães ficam constrangidas diante da necessidade de alimentar seus filhos. “Vocês mães dão leite às suas crianças e, mesmo agora, se eles chorarem por estarem com fome, amamente-os, não se preocupem”, disse o Papa em uma celebração na Capela Sistina. Nesses momentos, rezem por tantas mães pobres do mundo que não conseguem alimentar sua família.

3. Como ensinar as crianças?
O Santo Padre recorda que tudo depende da atitude que temos para com as crianças. Francisco questiona se o que se ensina às crianças com as palavras é vivido por quem transmite a fé. “Com as palavras não serve… Hoje, as palavras não servem! Neste mundo da imagem, todos estes têm telefone e as palavras não servem… Exemplo! Exemplo!”, exorta o Papa.

4. Como deve ser a oração das crianças?
“Rezem ao Senhor, rezem à Nossa Senhora, para que ajudem vocês neste caminho da verdade e do amor. ‘Vocês entenderam? Vocês vieram aqui para ver Jesus, de acordo? Ou deixamos Jesus de lado?’ (As crianças respondem: ‘não!’). Agora, Jesus vem ao altar. E todos nós O veremos! Neste momento, devemos pedir a Ele que nos ensine a caminhar na verdade e no amor”, ensina Francisco.

5. Coração das crianças: lugar de oração
O Papa destaca ainda gestos muito delicados, como quando as mães ensinam os filhos pequenos a mandarem um beijo a Jesus ou a Nossa Senhora. Falo disso em meu livro ‘Papa Francisco às Famílias, os segredos para a conquista de um lar feliz’: “Quanta ternura há nisso! Naquele momento, o coração das crianças se transforma em lugar de oração. E é um dom do Espírito Santo. Não nos esqueçamos nunca de pedir este dom para cada um de nós, porque o Espírito de Deus tem aquele seu modo especial de dizer, nos nossos corações, ‘Abá’ – ‘Pai’. Ele nos ensina a dizermos “Pai” propriamente como o dizia Jesus, um modo que nunca poderemos encontrar sozinhos.”

Uma graça oferecida a todos
Não entendendo direito o significado do que está acontecendo, os pequenos têm dificuldade de ficar sentados e tranquilos durante uma hora (tempo que costuma durar uma celebração dominical). Choros ou gritos de crianças parecem interromper a sacralidade das funções. Criança é criança. Não teria sentido fingir uma participação, fazer caras e bocas, já que o significado da celebração se aprende com o tempo.

O que nos consola é saber que, na Missa, há uma graça comunitária e pessoal oferecida a todos. Na Eucaristia, o Espírito Santo transforma pão e vinho em Corpo e Sangue de Cristo, agindo na comunidade para torná-la Corpo no Senhor. Meus pais e avós conseguiram transmitir a mim a fé, minha maior herança. Agora, é minha vez de transmitir a fé ao meu filho e às novas gerações. Claro, não estou sozinho, conto com pessoas mais experientes como meus familiares e amigos de caminhada.

domingo, 6 de novembro de 2016

Vem aí, Jazz Solidário!

O Teatro Municipal de Uberlândia acolherá mais uma edição do Jazz Solidário. Idealizado pelo musicista e coordenador da Casa Santa Gemma, Jack Albernaz, o evento tem o objetivo de arrecadar fundos para a casa de acolhimento como pagamento de despesas, reforma no telhado e obras de acessibilidade.
Cada ingresso possui o valor de R$15,00 e a meia entrada será cedida através da apresentação da carteirinha de estudante ou então da doação de 1 litro de leite.
Os ingressos podem ser adquiridos através do WhatsApp do próprio Jack Albernaz: (34) 9 9971-7810. As pessoas que desejarem ajudar vendendo ingressos também podem entrar em contato com o musicista.

Serviço 

Jazz Solidário

Data: 23/11

Horário: 19h30h

Local: Teatro Municipal de Uberlândia

Endereço: Av. Rondon Pacheco, nº 7070, Bairro Tibery.

Festa de Todos os Santos

Por Padre Claudemar
Diocese de Uberlândia
A Festa deste dia é a festa de todos nós: dos de perto e dos de longe, dos santos que conhecemos, canonizados pela Igreja, isto é, reconhecidos oficialmente por ela, e daqueles anônimos que nunca serão [re]conhecidos. Mas é também a nossa festa. A de todo homem e de toda mulher, em todo tempo e de qualquer lugar. Daqueles que amamos e daqueles que amamos pouco. Dos de dentro de nossas casas, mas também daqueles das casas vizinhas, do nosso prédio, da nossa rua, de nossa cidade e de nosso país. E nada poderá nos retirar esta condição de santos. Deus, que nos é mais íntimo do que nós mesmos (Santo Agostinho), mora em nós e jamais se ausenta. Nem mesmo quando pecamos. Do contrário, seria um “entra e sai constantes”. É a Festa dos seres humanos, mas não só. É também a Festa dos animais e da criação inteira.
Isso por que ser santo significa ser “separado”, escolhido. Deus nos separou para Ele. Todos nós lhe pertencemos. Ele nos fez e somos seus. Não há distinção: nem de raça nem de credo, nem tampouco de cor, orientação sexual ou denominação religiosa. Somos todos santos. São João, na sua epístola, assegura-nos esta certeza: “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato” (1 Jo 1, 3). O número dos eleitos de Deus é sem fim. A bíblia, de modo simbólico, apresenta um número: 144 mil assinalados de toda tribo dos filhos de Israel, isto é, do povo de Deus. E prossegue: “vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão” (Ap 7, 9).
E o salmista, por sua vez, confirma: “Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares e, sobre as águas, a mantém inabalável. ‘Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação? Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime” (Sl 23/24). De fato, a salvação é um dom imerecido, uma oferta generosa de Deus. Afinal, só Ele é o todo Santo: “Ao celebrarmos, ó Deus, todos os santos, nós vos adoramos e admiramos, porque só vós sois o Santo, e imploramos que a vossa graça nos santifique na plenitude do vosso amor, para que, desta mesa de peregrinos, passemos ao banquete do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor” (oração pós-comunhão).
Porém, como todo dom, também a salvação [o ser santo] requer uma tarefa. É necessário que o homem e a mulher, chamados à santidade de Deus, atravessem livremente o umbral desse convite. É preciso viver a dimensão desta santidade, cujo referencial é um só: Jesus Cristo: “Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm?” Respondi-lhe: ‘Meu Senhor, tu o sabes’. E ele me disse: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7, 13-14). E é, precisamente no seu Evangelho, que Cristo nos dá a receita de como adentrarmos à essa dinâmica salvífica:
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós” (Mt 5, 3-12).
Num mundo e em sociedades tão marcados pela violência, pelo ódio, pelo desamor, pelas injustiças e pela cultura de morte, os homens e mulheres santos são chamados a ser luz que ilumina e dissipa toda forma de escuridão. E não faltam ocasiões de vivência dessa santidade. Nas famílias, sobretudo, é lugar adequado para se viver e promover a paz. Entre os cônjuges muitas vezes impera a desconfiança, a infidelidade, a violência, o ódio e a vingança. Uma pessoa santa se esforça, portanto, por superar esses resquícios do “homem velho” e de uma vida de pecado. Os filhos, por sua vez, cuidam e honram seus pais. Não os abandona nem na velhice nem na doença. Os pais, por outro lado, não contristam nem intimidam os seus filhos. Nas relações interpessoais, lugares privilegiados para se viver a misericórdia: “bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Nos locais de trabalho, nas relações profissionais, ambientes propícios para se viver a justiça, a equidade e o perdão. Na vida em sociedade, enfim, aquela sede e aquela fome de justiça da qual um dia seremos saciados em plenitude.
O contexto de época em vivemos suplica por homens corajosos, capazes de viverem a cultura de vida, de esperança, de solidariedade e de verdadeira misericórdia. Estamos envoltos pelas trevas da desconfiança, da criminalidade e da violência em níveis de guerra. Só em 2015, segundo dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 58.383 pessoas foram mortas violentamente e intencionalmente no país. Por dia, em média, 160 pessoas foram privadas de continuar suas vidas por uma ação abrupta de um terceiro. Os motivos são os mais banais possíveis: briga no trânsito, discussão entre vizinhos, crimes passionais (hoje fala-se de feminicídio: o assassinato de mulheres por questão de gênero), homofobia (intolerância com a orientação homossexual), e tantos outros.
O número alarmante de violência ganha notoriedade da mídia secular. Há um verdadeiro fetiche pelo trágico, pelo bizarro e pelo horror. Espetaculariza-se o pior do ser humano para torna-lo audiência. Programas matutinos evidenciam à exaustão a literatura policial: crimes do final de semana. Quanto mais sangrento e impactante, maior espaço terá na mídia. O belo, as iniciativas de paz, de solidariedade, de verdadeira humanidade não recebem a mesma publicidade. São mostrados de modo acanhado e com curto espaço de tempo. Quando se trata de crimes e de violência, sobretudo urbana, exploram-nas demasiadamente.
Por essa razão, a santidade dos cristãos deve ser um contraponto a toda esta corrente e a este pensamento das trevas: “que vossa luz brilhe como o sol do meio dia” (cf. Jó 11, 17). Afinal, tudo aquilo que atenta contra a dignidade da pessoa humana é, antes de tudo, uma agressão à santidade de Deus. Toda forma de política pública e/ou econômica que menospreza a criação é um desrespeito ao Criador. “Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus.Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou), todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. (Rm 8, 19-21).
Que a Santidade de Deus, portanto, nos anime a não desistirmos, mas a continuarmos com coragem. Afinal, um cristão santo é, antes de tudo, um teimoso. Todo santo é teimoso: “Santidade quer dizer teimosia, em cumprir a vontade de Deus, sempre, apesar das dificuldades” (Bem-aventurado Tiago Alberione).

sábado, 5 de novembro de 2016

Ex-pastor luterano convertido ao catolicismo responde a 3 populares mitos protestantes

Fonte: ACI Digital

Em entrevista ao Grupo ACI, Ulf Ekman, ex-pastor luterano e também fundador da igreja pentecostal mais influente da Suécia moderna e toda Escandinávia, contou como foi a sua conversão à Igreja Católica e a importância crucial que esta tem para a salvação das almas.

Do mesmo modo, advertiu seus irmãos protestantes a não cair em preconceitos infundados e os exortou a buscar a verdade a respeito do que o Magistério da Igreja realmente ensina nos temas relacionados à Eucaristia, à Virgem Maria, aos Santos, às imagens, entre outros.

Confira a seguir os 3 mitos protestantes respondidos por Ekman:

1. "Os sacramentos são apenas símbolos"

Ulf explicou que para a sua conversão ao catolicismo “foi crucial descobrir que os sacramentos não são símbolos, mas são o próprio poder de Cristo trabalhando em nossas vidas e que são eles que nos conferem a graça. É necessário entender os sacramentos para conhecer como e por que a Igreja os administra e os resguarda”.

Também indicou a importância de entender verdadeiramente “a presença de Cristo na Eucaristia”.

“Porque, apesar de aprender acerca deste sacramento com o conhecimento, não o entendi profundamente até reconhecer, com a experiência, que ali se encontra realmente vivo o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus”.

Sobre a confissão, contou que a primeira vez que recebeu este sacramento “foi muito doloroso, mas ao mesmo tempo refrescante”. “Lembro-me de ter saído do confessionário com uma incrível leveza e liberdade que vieram até mim”.

2. "Não se pode rezar à Virgem Maria"

Por outro lado, assegurou que o papel da Virgem Maria se tornou “muito importante” para ele, porque percebeu “o cuidado que ela teve não somente da figura física de Jesus, como um menino que foi crescendo até se tornar adulto, mas sobre o resultado do seu ministério público, basicamente concentrado na história da salvação e da Igreja”.

“Maria tem o papel de intercessora por excelência e é nossa mãe adotiva, porque Jesus assim o quis durante a sua agonia na cruz. É incrível sua missão na história da salvação, algo que nunca havia imaginado antes”, afirmou.

Ulf recordou que, como protestante, uma pessoa sempre se pergunta se pode rezar a Maria ou não. E confirmou que “aqui não estamos falando de idolatria, mas de pedir a sua ajuda para que reze por nós ante o seu Filho”. “Percebi que tudo estava contido na revelação bíblica e não era algo extra”.

“Quando pedimos a intercessão, fazemos às pessoas vivas aqui na terra ou vivas no céu e esse é um recurso impressionante que a Igreja tem”, acrescentou.

3. "A Igreja Católica é idólatra"

Ao terminar, o agora conferencista católico explicou, sobre o tema da idolatria de imagens, que existe um grande mal-entendido, porque “ninguém deve acreditar que adoramos uma estátua como se fosse Deus, a Igreja proíbe a idolatria”.

“Nós acreditamos que existe um só Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. As imagens são apenas representações ou recordações daquela pessoa ou santo ao qual nos dirigimos”, assegurou Ekman.

Agora é feliz como católico

Em março de 2014, Ekman, que foi um ministro licenciado luterano por muitos anos e pastor na Suécia –onde apenas 1,5% da população é católica –, anunciou ante 3 mil seguidores em plena assembleia dominical que ele e sua esposa Birgitta se converteriam ao catolicismo, o que finalmente aconteceu na Páscoa daquele ano.

“Minha vida mudou drasticamente, mas de uma forma muito positiva. Foram muitos anos de aproximação à Igreja Católica e finalmente minha esposa e eu nos convertemos em 2014. Tive uma grande sensação de satisfação e, na verdade, senti que retornei para casa”, explicou.

Além disso, assegurou que houve diversas reações ante este fato, “entretanto, na Igreja Católica nos receberam com os braços abertos”.

Ante as críticas, Ulf se dirigiu aos seus “amados irmãos protestantes”, os quais “talvez tenham um conceito ruim sobre a Igreja Católica”, para que “olhem as coisas de maneira mais objetiva”.

“Para mim, foi importante estudar os documentos do Concílio Vaticano II, o Catecismo, a Doutrina Social e corroborar o que na verdade a Igreja ensina”, assegurou Ekman.

“Convido-os pessoalmente a que olhem, olhem de verdade para evitar os medos e preconceitos. Devem saber também que Deus tem um plano para a salvação universal que esteve aqui desde o princípio e, somente existe sobre esta terra uma só Igreja que contém a plenitude da revelação e chegará intacta até a segunda vinda de Cristo”, acrescentou. 

Ekman assinalou em 2014 que a confirmação da sua decisão foi quando conheceu o vídeo que o Papa Francisco gravou para o congresso de pastores pentecostais nos Estados Unidos.

Ele, que sempre foi a figura de referência da congregação que fundou “Palavra de Vida”, destacou que acreditar na unidade dos cristãos “tem consequências práticas”.

Atualmente, Ulf relata que sua chegada ao seio da Igreja “foi um descobrimento gradual”.

“Os cristãos em geral compartilhamos o conteúdo do Evangelho e o amor a Cristo, entretanto, a riqueza do entendimento e da revelação que Deus proporcionou à Igreja Católica é inegável para entender o que verdadeiramente significa a Igreja que o nosso Senhor quis. O descobrimento disto fez com que a conversão seja uma necessidade para nós”, concluiu.