terça-feira, 29 de setembro de 2015

Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael


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Fonte: Franciscanos.org
O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões – Miguel, Gabriel e Rafael – para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.


Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus “mensageiros dos decretos divinos” aqui na terra.

Miguel, que significa “ninguém é como Deus”, ou “semelhança de Deus”, é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa “Deus é meu protetor” ou “homem de Deus”. É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

“Celebrar a festa dos Arcanjos não é simplesmente uma devoção, nem mesmo uma crença em seres espirituais e de luz, como outras denominações religiosas os entendem. A propósito, São Gregório Magno nos lembra que a palavra anjo não indica a natureza, mas a função, o ofício, o serviço de anunciar. Assim, anjos são aqueles que anunciam fatos menores e arcanjos são os portadores das grandes notícias da história da Salvação. Os nomes que os arcanjos recebem – Miguel, Gabriel e Rafael – expressam, pois, uma dimensão da ação poderosa e salvadora de Deus ao longo da história.

“Assim, celebrar os arcanjos é reconhecer a bondade, o cuidado e o carinho que Deus tem para com seu povo. Miguel (Quem como Deus?) é o defensor dos amigos de Deus. É aquele que acompanha os justos e os defende em todas as adversidades e momentos de tentação. Gabriel (Força de Deus) é aquele que, dentre outras missões, foi o encarregado de anunciar a vinda do Messias e seu nascimento. Rafael (Deus cura), por sua vez, acompanhou e protegeu o jovem Tobias ao longo de sua viagem, trazendo também a cura ao seu pai”. (Frei Alberto Eckel)


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Papa encerra viagem histórica à Cuba e aos Estados Unidos

Fonte: Aleteia

O papa Francisco pediu, neste domingo, na Filadélfia (leste dos EUA), que sejam deixadas de lado as “divisões estéreis” e para se “proteger” o mundo, em uma missa multitudinária que encerrou sua bem sucedida visita aos Estados Unidos, após se reunir com vítimas de padres pedófilos.
“Nossa casa comum não tolera mais divisões estéreis. O desafio urgente de proteger nossa casa inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca por um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar”, disse o papa.
Em sua despedida, após seis dias de viagem por Washington, Nova York e Filadélfia, o sumo pontífice argentino, de 78 anos, fez um apelo à unidade, ao diálogo e à tolerância diante de centenas de milhares de pessoas vindas de todo o mundo para participar do VIII Encontro Mundial da Família.
Francisco percorreu as ruas da cidade a bordo do papamóvel em meio a uma grande ovação de milhares de pessoas, até chegar ao palco gigante montado na avenida Benjamin Franklin Parkway, constatou a AFP.
Acompanhado de bispos americanos, o papa iniciou, passadas as 16H00 locais (17H00 de Brasília), os primeiros ritos da cerimônia, em uma tarde nublada e fresca.
Uma multidão lotava as ruas da Filadélfia para a missa, na qual eram aguardadas 1,5 milhão de pessoas de todas as partes do mundo.
“Queremos viver todo o clima com a multidão, com toda esta gente que está aqui pela mesma razão”, disse Rwan Oneill, um americano de 27 anos, acompanhado de uma amiga.
“Nunca vi tanto entusiasmo. Todo mundo está unido”, disse o guatemalteco Manuel Portillo, de 54 anos, que mora há 22 na Filadélfia.
Para Nicole, de 31 anos, disse “apreciar que Francisco tenha o espírito mais aberto que seus antecessores”, embora não se declare católica.
Ao fim da missa, anunciou-se que o próximo Encontro das Famílias será celebrado em 2018 em Dublin, Irlanda.

“Deus chora”

Antes da missa, pela manhã, Francisco reuniu-se com vítimas de padres pedófilos, além de educadores e membros das suas famílias, e declarou que “Deus chora” por esses crimes, no último dia de sua passagem pelos Estados Unidos.
“Deus chora. Os crimes contra menores não podem ser mantidos em segredo por mais tempo”, afirmou Francisco, em reunião com bispos norte-americanos pela manhã, quando falou sobre o encontro com vítimas de pedofilia da Igreja.
“Eu me comprometo com a zelosa vigilância da Igreja para proteger os menores e prometo que os responsáveis vão responder por seus atos”, declarou o papa.
Francisco recebeu durante meia hora em um seminário três mulheres e dois homens, “vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero, educadores e membros de suas famílias”, informou em um comunicado do Vaticano.
“Irmãos bispos, bom dia. Carrego gravado em meu coração essas histórias, o sofrimento e a dor dos menores que foram abusados sexualmente por sacerdotes”, afirmou o a Papa no início da reunião com os bispos, acrescentando que “aqueles que sofreram, tornaram-se verdadeiros heróis da misericórdia”.
A Filadélfia, cidade da costa oeste americana a meio caminho entre Washington e Nova York, foi uma das regiões mais atingidas nos Estados Unidos por este escândalo na década de 1980.
“O Papa escutou os testemunhos dos visitantes e lhes dirigiu algumas palavras, antes de falar com cada um individualmente”, informou o Vaticano.
Francisco já havia tratado o caso em várias ocasiões durante esta viagem, mas sempre de forma discreta.
Seu antecessor, Bento XVI, encontrou-se com vítimas da pedofilia em Boston, em 2008.

Visita à prisão
Após o encontro com as vítimas e sua apresentação diante dos bispos, o papa fez uma atividade que costuma integrar suas viagens oficiais: visitou a prisão de Curran-Fromhold, nos arredores da Filadélfia.
“Estou aqui como pastor mas sobretudo como irmão para compartilhar de sua situação e fazê-la minha também”, disse em discurso antes de cumprimentar com um aperto de mãos cada um dos detentos, sentados em filas numa grande sala.
Francisco chegou a trocar palavras com alguns deles e recebeu de presente uma cadeira fabricada pelos detentos.
Em sua mensagem em espanhol, disse que é “triste constatar que os sistemas prisionais não buscam curar as feridas, sanar as feridas, dar novas oportunidades”.
Esta décima viagem do primeiro papa das Américas começou em Cuba, onde pediu que o país continue no caminho da reconciliação.
Muito envolvido no restabelecimento do diálogo entre Havana e Washington, Francisco foi recebido muito calorosamente e pessoalmente pelo presidente Barack Obama no aeroporto e na Casa Branca.
Desde sua chegada a Washington, que também incluiu um discurso inédito na quinta-feira ante as duas casas do Congresso, Francisco despertou grande alegria, com multidões que o seguiram para todas as partes.
Tratado como uma estrela do rock, o Papa se manteve firme em seus princípios de humildade e proximidade com os setores mais vulneráveis, despertando a admiração de líderes de todas as classes políticas, da imprensa e até mesmo dos não-católicos.
Em Nova York, deixou uma forte mensagem na ONU contra a opressão financeira sobre o mundo em desenvolvimento e a favor da luta contra as mudanças climáticas, antes de visitar o Memorial do 11 de Setembro.

Paladino dos imigrantes
Para os milhões de imigrantes em situação irregular que vivem nos Estados Unidos, Francisco tornou-se um verdadeiro paladino, defendendo-os e pedindo respeito pela sua dignidade e identidade.
Filho de italianos, exortou-os no sábado a “não desanimar” e “nunca se envergonhar” em um discurso simbólico no local da declaração de independência dos Estados Unidos em 1776.
Através de exemplos históricos como Abraham Lincoln ou Martin Luther King, ele pediu aos americanos para lembrar os valores fundadores da nação.
Muitos imigrantes latino-americanos acreditam que o Papa mudou o rumo do debate sobre a reforma da imigração nos Estados Unidos, uma das pedras angulares da campanha presidencial de 2016.
“O Papa pode interceder para ajudar os imigrantes e parar as deportações”, disse à AFP Marta Dominguez, uma mexicana que vive em Norristown (32 km ao norte da Filadélfia) que esteva no Independence Hall.
Capaz de um diálogo franco, sem frases enigmáticas, também defendeu a família como a “fábrica de esperança”, em um discurso improvisado para uma multidão.
Com a sabedoria popular que provoca tanta admiração entre os seus seguidores, Francisco pediu para que as famílias superem suas dificuldades com paciência e amor e nunca terminem o dia “sem se reconciliar”.

sábado, 19 de setembro de 2015

O papa Francisco volta a pedir: rezemos pela sua viagem apostólica, neste sábado, a Cuba e aos EUA

Fonte: Aleteia

Na audiência geral de hoje, no Vaticano, o papa Francisco voltou a pedir para os fiéis rezarem pela sua visita apostólica aos Estados Unidos e a Cuba, acompanhando-o “com a oração e invocando a luz e a força do Espírito Santo e a intercessão de Maria Santíssima, padroeira de Cuba sob a invocação da Virgem da Caridade do Cobre e padroeira dos Estados Unidos sob a invocação da Imaculada Conceição“.

PROGRAMAÇÃO DA VIAGEM APOSTÓLICA

Sábado, 19 de setembro:
Partida do Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci;
Cerimônia de boas-vindas a Cuba no Aeroporto Internacional José Martí

Domingo, 20 de setembro:
Missa na Praça da Revolução, em Havana;
Visita ao presidente Raúl Castro;
Oração das vésperas com sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na catedral de Havana;
Encontro com os jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.

Segunda-feira, 21 de setembro:
Missa na Praça da Revolução da cidade de Holguín;
Encontro com os bispos no seminário São Basílio Magno, em Santiago de Cuba;
Visita ao Santuário da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba.

Terça-feira, 22 de setembro:
Celebração eucarística no Santuário da Virgem da Caridade do Cobre;
Encontro com as famílias na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Santiago;
Despedida no Aeroporto de Santiago e partida para Washington

Quarta-feira, 23 de setembro:
Cerimônia de boas-vindas na Casa Branca e encontro com o presidente Barack Obama;
Encontro com os bispos norte-americanos na Catedral de São Mateus, em Washington;
Missa de canonização do beato Junípero Serra, evangelizador da Califórnia, no Santuário Nacional da Imaculada Conceição.

Quinta-feira, 24 de setembro:
Visita e discurso ao Congresso dos Estados Unidos;
Visita e encontro com desabrigados na Paróquia de São Patrício;
Partida para Nova Iorque, onde presidirá a oração das vésperas com o clero, religiosos e religiosas na Catedral de São Patrício.

Sexta-feira, 25 de setembro:
Visita à sede da ONU, com discurso histórico do Santo Padre;
Encontro inter-religioso no memorial Marco Zero, lembrando as vítimas do 11 de setembro de 2001;
Visita à escola católica Nossa Senhora Rainha dos Anjos e encontro com famílias de imigrantes no Harlem;
Missa no Madison Square Garden.

Sábado, 26 de setembro:
Partida para Filadélfia e Missa com os membros do clero, religiosos e religiosas da Pensilvânia na Catedral dos Santos Pedro e Paulo;
Encontro para a liberdade religiosa com a comunidade hispânica e outros imigrantes no Independence Mall;
Festa das Famílias e vigília de oração no Benjamin Franklin Parkway, com discurso.

Domingo, 27 de setembro:
Encontro com os bispos convidados para o 8º Encontro Mundial das Famílias, no Seminário São Carlos Borromeu;
Visita aos detentos do Instituto Curran-Fromhold, para menores;
Missa conclusiva do 8º Encontro Mundial das Famílias no Benjamin Franklin Parkway
Despedida dos Estados Unidos e volta para Roma.

“DIA DA PAZ” – Comunicado de Dom Paulo Francisco, Bispo Diocesano

Reverendíssimos Srs. Padres,
Caríssimos Diáconos,
Irmãos e Irmãs,
Graça e Paz!
Dia 04 de outubro, memória litúrgica de São Francisco de Assis, a Igreja no Brasil, dentro das comemorações do ano da paz, irá celebrar solenemente, em todas as dioceses brasileiras, o “Dia da Paz”.
Pensando em como tornar concreta esta celebração, seguem, abaixo, algumas sugestões do Centro de Comunicação Diocesano (CCD):
1 – após reunião com o publicitário Paulinho, da agência P de Comunicação, será produzido um vídeo a ser veiculado nas principais redes de TV de nossa cidade e região;
2 – nas Igrejas Paroquiais onde há a presença de sino, se possível, tocá-lo às 12h e às 18h, como sinete da presença pacífica da Igreja no mundo;
3 – confeccionar fitas brancas com os dizeres “Somos da Paz”, distribuindo-as na entrada dos templos para serem postas no pulso pelos fiéis[1];
4 – abençoar as fitas no início da celebração e deslocar o “abraço da paz” para este momento, antes do ato penitencial. No ato penitencial, pedir perdão pelas vezes e ocasiões que agimos contrários à paz;
5 – o presidente da celebração, ao término da missa, ao invés de regressar à sacristia, vá para a porta principal e cumprimente os fiéis desejando-lhes a “Paz do Cristo”.
Desejosos de que a Paz imperiosa do Senhor reine em todos os corações, nós vos saudamos com o ósculo da Paz.
Fraternalmente,
                               Pe. Claudemar Silva                                             Dom Paulo Francisco Machado
Assessor de Comunicação e RP                                               Bispo Diocesano
                     

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Terra de Maria, o filme

A Virgem Maria é a estrela de um filme que será lançado nos cinemas do Brasil em 12 de outubro de 2015. "Terra de Maria" é o título da obra cinematográfica do jornalista e produtor espanhol Juan Manuel Cotelo.

O filme foi produzido com um formato especial, onde os testemunhos de pessoas de várias nacionalidades, que viveram processos de conversão, graças à Virgem Maria, são intercalados com um quadro contendo elementos de ficção.

Segundo expôs o próprio Cotelo em uma entrevista, o filme não é apenas sobre Medjugorje, ou aparições marianas, mas é um longa-metragem que quer apresentar a Virgem Maria para quem não conhece, a partir das histórias de pessoas que anteriormente não a conheciam.

Assim, o filme se desenrola através de dois personagens em particular: a Chefe e o 'advogado do diabo', a quem, como qualquer agente de investigação, é confiada a tarefa de indagar sobre "uma revolução mundial promovida a plena luz do dia por pessoas comuns", que começou com 12 seguidores e agora é incalculável em número.

Algumas estatísticas: Já foi lançado em 25 países. Na Espanha ficou por 7 meses em cartaz e superou o filme Frozen. No Paraguay foi o 3º filme mais visto. Na Polônia foi um sucesso. O manchete do jornal diz: toda Polônia está falando sobre o filme, faltam vagas nos cinemas, isto é o fenômeno: “Terra de Maria”.

No Brasil, está previsto para exibição apenas nas salas Cinemark, na semana do dia 12 de outubro. Católicos, vamos assistir o filme! É uma importante ferramenta de evangelização! Vamos convidar nossos amigos, nossa pastoral, nosso grupo de oração para ir ao cinema! E vamos divulgar!

Salve Maria!

Investidura de Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística

Na última sexta-feira, 11 de setembro, aconteceu em nossa matriz de São Francisco de Assis e Santa Clara, a investidura dos ministros extraordinários da Comunhão Eucarística de toda a Paróquia. A Santa Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Paulo Francisco Machado. Que Deus abençoe e ilumine os ministros para que eles possam exercer a missão que lhes foi confiada com zelo, amor e fidelidade. 



sábado, 12 de setembro de 2015

Uma carta de Amor

Eduardo Machado
Educador e escritor


“Eu vim para escutar
tua palavra de amor...”

A Espiritualidade é, basicamente, uma experiência pessoal, vivida individualmente, e partilhada e alimentada na vida comunitária. Ela também se alimenta do texto sagrado e do diálogo pessoal e profundo com Deus através da oração e da vida sacramental. Daí nasce a experiência de ser Comunidade, se sentir Igreja. 
Por isso, a importância da dimensão do conhecimento que solidifica a Fé e lhe dá bases humanas, que também são necessárias. 
Conhecer a mensagem bíblica, compreender o ‘fio da meada’ da História da Salvação, os mistérios centrais da doutrina cristã: Fé; Trindade, Encarnação, Ressurreição, a realidade sacramental, tudo isso é importante para a caminhada do cristão. Nossa Fé tem uma História. A Bíblia conta essa história. E somos parte dela. 
Há várias formas de ler e meditar o texto bíblico. Há quem tenha uma Bíblia na cabeceira da cama e não começa ou termina o dia sem ler um trecho escolhido (a leitura do dia, por exemplo) ou alguma outra escolha, aleatória. Há quem tenha sua Bíblia, na mochila, no carro e, aí, a hora do engarrafamento vira, também, tempo de encontro com a Palavra de Deus. 
São pílulas no dia a dia, mas é preciso, também buscar alimento mais sólido, reservar tempo e espaço para um mergulho mais profundo na Palavra de Deus. 
Uma das formas de fazer isso é através da “Oração Inaciana”, método inspirado nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. 



A seguir, um resumo dos passos para “entrar” nessa experiência: 

01- Encontre um “lugar sagrado” no seu dia a dia. Um espaço tranquilo, onde você possa estar confortável (o corpo também reza), sem ser interrompido(a) ou incomodado(a). 

02- Considere o tempo que você terá para a oração. Seja fiel a ele. 

03- Respire pausada e profundamente. Inspire, junto com o ar, a graça, a paz, o amor de Deus presentes no Universo. Expire, expulsando de dentro de você, a tensão, as preocupações, o cansaço. Repita esse exercício várias vezes até se sentir pacificado(a).

04- Coloque-se e sinta-se na presença de Deus. Ele está no meio de nós. Ele está à sua frente, para lhe guiar. Atrás de você, para lhe proteger. Sobre você, para lhe iluminar. Dentro de você, para lhe fortalecer, ao seu lado, amigo e companheiro de caminhada... 

05- Leia pausadamente, frase por frase, sem pressa o texto bíblico escolhido, ou indicado. Essa primeira leitura é do conhecimento. 

06- Releia o texto. Essa segunda leitura é da sensibilidade. Tente perceber palavras ou frases que chamam sua atenção, tocam seus afetos. Repita-as, deixando que movam os sentimentos que estão no seu coração. É a hora em que Deus fala. Ouça-O...

07- Fale com Deus. Ele o(a) escuta. Responda, seguindo o caminho que lhe indica o coração: É hora de pedir, ou agradecer, ou louvar, ou decidir, ou silenciar... 

08- Termine sua oração com um pequeno gesto, uma palavra de “até logo” a Deus. 

09- Faça um “diário espiritual” dessas experiências. Anote (ou digite) os sentimentos, intuições, decisões e emoções experimentados durante a oração. 

10- Busque viver, na vida diária, as percepções experimentadas na leitura orante da Bíblia.

Hoje, diversas “ciências modernas” tem ressaltado a importância da meditação no equilíbrio do ser humano, destacando a importância da espiritualidade para que se tenha uma vida saudável, em todos os níveis e sentidos. A Bíblia é uma fonte preciosa dessa sabedoria. Encontrar no dia a dia, em meio ao corre-corre enlouquecido em que vivemos, espaços e momentos de mergulho profundo em nós mesmos, tendo a Bíblia como “mapa do caminho”, é resgatar o próprio sentido e significado da nossa vida. Deus, que é amor, criou cada um de nós por amor e para o amor. O amor é nosso berço, caminho e destino... 

Nulidade matrimonial: os 7 pontos importantes da reforma de Francisco

Fonte: Aletéia
Um resumo com as novidades da reforma explicadas pelos especialistas da comissão do Vaticano

O Papa Francisco assinou uma histórica reforma para simplificar e acelerar o processo de nulidade do matrimônio. De agora em diante, ele não deve durar mais que um ano, no máximo. A inovação foi apresentada em 8 de setembro no Vaticano por um grupo de quatro especialistas em direito canônico e um especialista em teologia.

Somente dois papas na história recente da Igreja haviam feito uma reforma sobre as causas de declaração de nulidade matrimonial: Bento XIV (1741) e Pio X (1908), segundo explicou o decano da Rota Romana e presidente da comissão encarregada, Dom Pio Vito.

De fato, 21 regras (cânones) foram modificadas no Código de Direito Canônico e no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.

Outro aspecto importante é que esta reforma está centrada em dois aspectos: os pobres e a proximidade da Igreja dos que sofrem, tudo em sintonia com o Concílio Vaticano II.

Apresentamos, a seguir, os 7 pontos chaves dos dois documentos do Papa Francisco, “Mitis Iudex Dominus Iesus” e ”Mitis et misericors Iesus”, explicados também pelos especialistas da comissão encarregada de redigir os novos preceitos.

1. O julgamento da Igreja é gratuito

A “revolução franciscana” no processo de nulidade acata a gratuidade, requerida dentro das possibilidades das conferências episcopais, salvo a justiça e a dignidade salarial dos funcionários dos tribunais. O Papa quer demonstrar que a Igreja está ligada à salvação das almas, não a um negócio.

2. O bispo tem novos poderes

O bispo tem uma responsabilidade maior e deve garantir que os processos respeitem a ordem moral. O bispo diocesano, dentro da colegialidade, se une à força dos tribunais regionais, interdiocesanos e sinodais. Os bispos de cada diocese agora terão seus próprios tribunais e, se for o caso, poderão determinar a presença de apenas um juiz, sempre clérigo. Além disso, os bispos contarão com a ajuda dos tribunais regionais ou interdiocesanos, bem como da equipe do seu próprio tribunal.

3. O casamento é indissolúvel, não há nem uma vírgula de mudança nisso

A reforma diz respeito à declaração de nulidade do matrimônio, à sua validez. Nulidade é diferente de anulação. A anulação se dá quando se cancela algo que existe. A nulidade acontece quando não houve casamento, por não terem se dado as condições de sua validez; portanto, não existiu casamento. Não se pode anular o que não existiu; é por isso que se fala de nulidade, não de anulação.

4. O matrimônio é válido quando…

O matrimônio é válido quando há ausência de impedimentos, o que inclui sobretudo o consentimento livre dos cônjuges. A doutrina sobre o casamento não muda. Ele continua sendo indissolúvel.

5. Há nulidade matrimonial quando…

A nulidade acontece quando não se cumpre o ponto anterior. Neste caso, simplesmente não houve matrimônio válido, porque existiam impedimentos à união.

6. A duração dos processos

Os processos de nulidade serão mais curtos. É uma abertura às massas. O juiz agora é o bispo, que terá dois consultores, com os quais discutirá a certeza moral sobre os fatos para a nulidade. Se ele tiver certeza moral, pronunciará a decisão; do contrário, enviará o caso ao processo ordinário.

7. A sentença

Não há certeza dupla (conformidade), ou seja, a sentença afirmativa não recorrida ipso facto é executiva. Além disso, quando se entra com recurso depois de uma sentença afirmativa, este pode ser rejeitado in limine, pela evidente falta de argumentos. Isso costuma acontecer em caso de apelação instrumental, para prejudicar a outra parte; muitas vezes, o cônjuge não católico já voltou a se casar civilmente.

Detalhes sobre o trabalho da comissão

Dom Vito comentou que, no processo de realização da reforma, o Papa Francisco quis acompanhar tudo do começo ao fim. Ele buscou a lei máxima: a salvação das almas. A reforma foi votada por unanimidade. Além disso, o Papa conversou com especialistas internacionais externos à comissão.

O maior objetivo é socorrer os fiéis que se afastam da Igreja sob a sedução da chamada “mundanidade” da nossa época, concluiu Dom Vito.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dia da Pátria


Fonte: Blog Cancão Nova
Prof. Felipe de Aquino

Uma reflexão sobre a verdadeira liberdade

Hoje a nossa Pátria tão sofrida comemora mais uma vez sua Independência de Portugal, desde 1822.

Mas que liberdade é essa que comemoramos?

Ter uma nação livre não é simplesmente podermos fazer o que quisermos, nem somente desfrutar de ir e de vir, ou ainda, de poder escolher o próprio caminho a seguir na vida; é muito mais!

Ter uma nação livre não é apenas não sofrer uma escravidão material, é ser uma nação que não violenta os valores morais ou espirituais que caracterizam a verdadeira civilização. As verdadeiras escravidões, além das que limitam a liberdade física, como acontece nos regimes totalitários, são também as que impõem aos cidadãos, leis e costumes indignos, que violam a Lei de Deus.

Não pode ser livre uma nação que menospreza a vida e aceita discutir a validade de tudo que a ameaça, como a eutanásia, o aborto, a destruição de embriões, o suicídio assistido, a falta de proteção à vida da criança e do ancião; isso não é liberdade.

Não é livre uma nação que não defenda a família, a base natural e divina da sociedade, o “Santuário da Vida”, como disse o Papa João Paulo II, hoje santo.

Que liberdade podem experimentar os cidadãos onde o Estado não protege a família e a vida?

Em nosso país, ” a vida está jurada de morte”, há como diz João Paulo II, uma “conspiração contra a vida”. Há uma trama para “desconstruir a família, mediante um trabalho sorrateiro para destruir a maternidade e o o casamento natural.

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, diz o salmista.

Feliz e livre é a nação que é dirigida por leis divinas.

Feliz e livre a nação onde Deus não é expulso dela por um laicismo ateu.

Feliz e livre é a nação onde a vida é protegida do ventre materno até ao túmulo, naturalmente.

Feliz e livre a nação cujos dirigentes são exemplos de justiça, de caráter e de idoneidade moral.

Feliz e livre a nação onde gestão estatal visa o “bem comum”, e não os interesses vergonhosos de quem deter o poder.

Feliz e livre a nação onde os que exercem o poder em nome de Deus, o usam para o bem dos cidadãos.

Mas também é livre a nação onde as pessoas não aceitam a corrupção, os subornos e propinas para conseguir alcançar seus bens, o que não é moral e nem legal.

Uma nação só será livre de verdade, quando os seus filhos forem libertos dos males do Espírito; e quanto este estiver acima da matéria, do lucro, do prazer e da vanglória.

Uma nação só será livre quando cada um dos seus filhos não aceitar corromper, fraudar ou violentar o seu concidadão.

Uma nação só será livre quando todos os seus filhos se reconhecerem como irmãos, se respeitarem, e rejeitarem toda forma de violência, desprezo e utilitarismo do outro.

Uma nação só será livre quando for constituída por homens e mulheres livres, que quebraram as cadeias do egoísmo, da maldade, da maledicência, da ganância, e do ódio.

Uma nação será livre quando cada um trabalhar pelo bem da pátria sem pensar apenas em si mesmo.

Uma nação será livre e feliz quando Deus reinar em cada coração; quando Suas leis forem amadas e respeitadas, e Sua sabedoria guiar os destinos da pátria.

Uma nação só poderá ser verdadeiramente livre e feliz quando a sua constituição, sua Carta Magna, mais do que um conjunto de leis e normas, forem os preceitos do Sermão da Montanha impressos no coração de Seu povo.

Que neste dia, possamos voltar nosso coração a Deus, consagrando a ele a nossa Pátria, esse país maravilhoso que Ele fez e que aqui nos permitiu viver. Peçamos ao Senhor que abençoe nosso país, nossos governantes, nossas famílias e todas as pessoas que aqui vivem. Rezemos por nossa Pátria amada e clamemos: Reina, Senhor!

Entenda por que o Papa Francisco é tão importante para o mundo de hoje.

Fonte: Blog Carmadélio

Estima-se que 1,5 milhões de pessoas se juntem ao Papa Francisco no dia 27 de setembro para celebrar uma missa durante o Encontro Mundial das Famílias, na Filadélfia. Este encontro maciço, além de participação do pontífice no Festival das Famílias no dia anterior – que deverá contar com aproximadamente 750 mil pessoas –, levou à cunhagem do termo “Popeapocalypse” [papa-apocalipse].
Universidades irão estar fechadas, peregrinos já estão cravando estacas em terremos no jardim zoológico de Filadélfia para garantir um lugar de dormir, o sistema de transporte público está fazendo uma espécie de loteria para a entrega de bilhetes de trem e as mulheres à espera para dar à luz na região estão buscando se deslocar para outras cidades – tudo em antecipação à visita do Papa Francisco.
Hoje, não há nenhum outro líder religioso, político ou de entretenimento que possa reunir algo próximo do tipo de resposta que este papa inspira, fato que deixa algumas pessoas coçando a cabeça e se perguntando: Por quê? Por que o papa importa tanto?

Ele é um líder político transnacional

Como chefe da Igreja Católica de Roma, o papa ocupa uma posição que nenhum outro líder religioso pode igualar. A maioria das grandes religiões não tem uma estrutura hierárquica que reconheça claramente um líder que encarna a tradição como faz o papa para o catolicismo. O papa é o chefe de uma organização coesa, transnacional que vem existindo há aproximadamente dois mil anos. A Igreja tem uma cadeia de comando que vai do Vaticano até a paróquia local, sistema capaz de transmitir informações, ideologia e bens materiais em todo o mundo.

Compare isso com outras religiões que estão, em sua maioria, fragmentadas entre muitas e diferentes seitas e que contam com inúmeros líderes. E mesmo entre aquelas que não possuem hierarquias existentes, tal como a Comunhão Anglicana, os números não se comparam com os cerca de 1,2 bilhão de católicos romanos.

A influência da Igreja Católica aumenta por causa do status do Vaticano como uma cidade-Estado independente que mantém relações diplomáticas com países de todo o mundo.

Como líder do Vaticano, quando o papa visita um país ele o faz apenas na qualidade de líder religioso, mas também como de chefe de Estado. Isso diferencia o papa da maioria dos demais líderes – religiosos ou políticos –, à parte de cargos mais cerimoniais, como aquele mantido pela Rainha da Inglaterra, que simultaneamente é chefe titular da Igreja Anglicana e da Commonwealth, porém exercendo pouca influência em ambas. O papa, por outro lado, é a autoridade nítida por trás de ambos os títulos e tem condições plenas de exercer a influência que vem com ela.

A Igreja Católica não é apenas transnacional; em muitas partes do mundo ela é um agente influente na política interna e na vida civil. Essas Igrejas locais são conduzidas por bispos, arcebispos e cardeais, todos os quais são nomeados pelo papa. Isto significa que o tipo de prioridade e interesse da Igreja Católica local é muito influenciado pelo tipo de pessoa colocada nos postos mais altos pelo papa.

Ele tem influência religiosa internacional

Além do poder político e diplomático, o poder de inspiração do papa é ainda mais impressionante. Para uma grande parcela da humanidade, a Igreja Católica tem sido, há milênios, o seu caminho para o Divino e tem fornecido respostas para as perguntas sobre como viver uma vida moral e significativa.

Como chefe da Igreja Católica de Roma, a autoridade do papa remonta a São Pedro, um dos discípulos de Jesus considerado pela Igreja Católica como o primeiro papa. Os pronunciamentos papais possuem peso, e o papa tem grande influência sobre a forma como os católicos compreendem o que é sagrado – por exemplo, ele desempenha o papel central no processo de declarar que alguém é santo e de tornar santuários certos lugares. O papa também é a mais alta representação da Igreja Católica para outras tradições de fé, seja para outras religiões, seja para outras denominações cristãs ou o mundo secular.

Não apenas os pronunciamentos e as atividades papais são transmitidos por canais midiáticos católicos; eles também são o assunto de interesse da mídia secular e contam com uma cobertura atenta. Quando o papa fala sobre o Evangelho cristão, como faz às quartas-feiras e aos domingos na Praça de São Pedro, através de encíclicas e em ambientes menos formais, ele frequentemente relaciona a mensagem religiosa e espiritual não só com a moralidade pessoal e a salvação, mas também com questões societais e da vida política. Isso normalmente envolve se posicionar em debates polêmicos em países ao redor do mundo e dentro de eventos mundiais mais amplos.

Dado o imenso poder do cargo, está claro que qualquer papa terá importância. No entanto, quando ele é ocupado por uma figura tão cativante como o Papa Francisco, o papa importa e muito.

Desde o momento em que o papa recém-eleito se pôs diante da multidão na Praça de São Pedro e que o seu nome escolhido – Francisco – foi anunciado, o espírito da possibilidade começou a soprar através da Igreja Católica de Roma.

O papado particular do Papa Francisco

Francisco já se tornou uma das figuras mais notáveis do século XXI. Desde o início, quando preteriu o Palácio Apostólico a uma casa simples de hóspedes, trocou o papamóvel da Mercedes por um Hyundai e declarou o quanto ansiava por uma Igreja pobre e para os pobres, Francisco tem sido motivo de manchetes por suas palavras e seus atos – para alguns – surpreendentes.

Em seu primeiro ano, o novo papa observou a Quinta-feira Santa lavando os pés de jovens encarcerados, incluindo mulheres e muçulmanos, disse que os ateus poderiam ser redimidos, opinou que a Igreja vinha enfatizando demais o casamento gay e o aborto, acusou a burocracia [da própria Igreja] de sofrer de “Alzheimer espiritual”, afirmou que os mercados financeiros mundiais estão “tiranizando os pobres” e, claro, a sua resposta agora icônica sobre os gays: “Quem sou eu para julgar?”.

Ele passou a usar sua plataforma para especialmente destacar a situação dos imigrantes, os sem-teto, os pobres, a paz no Oriente Médio, a perseguição dos cristãos e, mais recentemente, assumiu a questão moral do meio ambiente em sua encíclica Laudato Si’.

O papa dá conteúdo para boas manchetes, e suas prioridades reverberam dentro da política mundial e no seio das sociedades em todo o mundo.

O Papa Francisco foi creditado como tendo ajudado na intermediação da aproximação entre os EUA e Cuba, país que ele estará visitando antes de sua chegada aos Estados Unidos. Estas ações do papa ecoam as de João Paulo II, líder influente na derrubada da Cortina de Ferro com a visita ao seu país natal, a Polônia, em 1979, onde dois milhões de pessoas saudaram o primeiro papa a visitar o país comunista.

Francisco será o primeiro papa a discursar ao Congresso dos Estados Unidos, com certeza apresentando desafios aos líderes políticos, conservadores e progressistas. Parece provável que a visita do papa e suas palavras serão retomadas nas primárias presidenciais e nas eleições gerais. Não é fácil apontar uma outra figura que tem sido tão direto sobre questões tais como o ambiente, a economia e a imigração quanto o Papa Francisco.

Ele ajudou a reformar a Igreja Católica

Dentro do Vaticano, Francisco vem sendo ativo na tentativa de reformar a Cúria e o Banco do Vaticano, instituição que ajuda a financiar a obra da Igreja. A eficácia que ele mostrou neste sentido, bem como no trabalho mais urgente de reparar o dano nas vidas dos que sofreram abuso sexual clerical, vem sendo vigiada de perto. Enquanto muitos estão preocupados com o ritmo lento das reformas, parece que, sob Francisco, a Igreja está estabelecendo as estruturas necessárias e começando a se mover na direção certa, com maior destaque dentro do Banco do Vaticano.

Como mencionado acima, o papa tem praticamente um poder absoluto sobre a hierarquia da Igreja. Entre as suas responsabilidades está a de nomear novos cardeais que acabarão por votar na escolha do próximo papa, assim como a de nomear e substituir bispos e arcebispos que proporcionam espaços de liderança a católicos nos países ao redor do mundo. Francisco fez uso desse poder para aumentar a presença e o poder do sul global via nomeação de cardeais advindos de algumas das regiões mais pobres do mundo. Ele também embaralhou os papéis dos principais clérigos católicos nos Estados Unidos e elevou algumas das figuras mais moderadas entre a liderança católica, bem como removeu rapidamente Dom Tebartz-van Elst (o “Bispo do Bling” ou da ostentação) na Alemanha por despesas excessivamente extravagantes.

Uma das transformações mais notáveis sob o comando do Papa Francisco ocorreu no ambiente das mídias sociais. A conta papal no Twitter anda em alta velocidade com o @Pontifex tuitando em várias línguas (incluindo o latim!) e Francisco foi considerado o líder mais influente nestes últimos dois anos no Twitter.

No entanto, é a presença off-line do papa que mostra, realmente, o quanto ele de fato importa.

Em encontros cara a cara, ou diante de três milhões de pessoas no Rio, o espírito humilde, caloroso e pastoral de Francisco tem ressoado entre os católicos e não católicos. Num mundo como este, onde as pessoas religiosas e as não religiosas estão igualmente sedentas de um sentido de conexão, de um desejo articulação das desigualdades e de inspiração para trabalhar por um mundo mais compassivo, justo e pacífico, palavras e os atos do papa importam.

jornal The Huffington Post- tradução de Isaque Gomes Correa.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Os 10 países em que é mais perigoso ser cristão hoje

Fonte: Aleteia

Milhões de cristãos são martirizados ou perseguidos por grupos terroristas e até por governos

Pew Research Center, instituto norte-americano de pesquisas mundialmente respeitado, listou os 10 países em que é mais difícil ser cristão no mundo atual, por causa da perseguição e da violência especialmente direcionadas contra os seguidores de Cristo.

Coreia do Norte
Todas as religiões são proibidas no país, que mantém milhares de cristãos presos. Muitos são torturados e executados.
Cristãos no país: 1,2% da população.

Somália
A religião islâmica é oficial no país e a conversão para outras religiões é ilegal. O grupo terrorista Al Shabab quer impor à Somália um governo baseado na sharia, um rígido sistema de leis islâmicas. Os cristãos no país são clandestinos, já que os suspeitos de seguir uma fé diferente da islâmica correm perigo de morte.
Cristãos no país: menos de 1% da população.

Iraque
O Estado Islâmico dominou grande parte do país e forçou os cristãos e outras minorias religiosas a "escolher" entre a conversão ao islã, o pagamento de um imposto ou a morte. Calcula-se que ao menos 100.000 cristãos fugiram só da cidade de Mossul, a segunda maior do Iraque e na qual os cristãos eram maioria.
Cristãos no país: menos de 1% da população.

Síria
Desde 2011, a guerra civil e a irrupção do Estado Islâmico obrigou 700.000 cristãos a fugirem do país, onde a perseguição tem sido sangrenta.
Cristãos no país: 4,9% da população.

Afeganistão
O cristianismo é estigmatizado como "religião ocidental" e não conta com igrejas no país. A fé cristã é mantida em segredo pelos seus seguidores, que correm o risco de ser executados.
Cristãos no país: menos de 1% da população.

Sudão
O país prevê a pena de morte para quem abandona o islã e abraça outra religião, além de adotar leis "antiblasfêmia" que servem como desculpa para prender os cristãos nativos. O governo já chegou a bombardear comunidades cristãs.
Cristãos no país: 4,8% da população.

Irã
Armênios e assírios que vivem no país têm permissão de professar o cristianismo, mas são tratados como cidadãos de segunda classe porque o islamismo é a religião oficial. As igrejas cristãs são vigiadas e sofrem invasões frequentes da polícia.
Cristãos no país: menos de 1% da população.

Paquistão
Os cristãos são cidadãos de segunda classe e as mulheres e crianças que praticam o cristianismo correm o permanente perigo de sofrer abusos sexuais. As leis "antiblasfêmia" são usadas em grande quantidade de casos para justificar a prisão arbitrária de cristãos. O governo monitora as igrejas, que, não raramente, são alvo de atentados.
Cristãos no país: 2,8% da população.

Eritreia
A Frente Popular pela Democracia e pela Justiça, que controla o governo, tacha os cristãos de "ameaça nacional" e os martiriza com espancamentos e prisões em condições desumanas (inclusive dentro de contêineres), além de atacar suas casas.  
Cristãos no país: 36,8% da população.

Nigéria
Milhares de cristãos já foram sequestrados ou exterminados pelo grupo terrorista Boko Haram, em particular na região norte do país, onde os cristãos são cidadãos de segunda classe. Governos locais chegam a impedir o fornecimento de água e tratamento médico às aldeias cristãs, além de proibir as crianças cristãs de frequentarem a escola.
Cristãos no país: 48,2% da população.