sábado, 29 de agosto de 2015

A vocação do leigo na Igreja

Fonte: Comunidade Shalom

No mês das vocações se fala muito de padres, freiras, mas... e os leigos?

No mês das vocações, destacamos a vocação dos cristãos leigos e leigas. São todos os membros da Igreja que vivem sua fé e sua consagração batismal nas condições ordinárias da vida: na família, nas profissões, no mundo da cultura ou exercendo responsabilidades sociais. É esse imenso povo de Deus presente em todo o tecido social, permeando-o com o sal e fermento do Evangelho e irradiando sobre as realidades deste mundo a luz de Cristo, que ilumina sua própria vida.

Com frequência, somos levados a considerar como “cristãos leigos” apenas aqueles que realizam atividades pastorais no ambiente eclesial propriamente dito. Certamente, a sua participação na vida da Igreja, naquilo que lhe compete, é de suma importância e a Igreja agradece a sua colaboração generosa nas diversas responsabilidades das comunidades eclesiais, como a catequese, a animação litúrgica ou as muitas formas de ação pastoral e administrativa. No entanto, nem todos os fiéis leigos poderiam estar empenhados em alguma pastoral.

De fato, porém, a vocação primordial dos fiéis leigos é testemunhar a novidade do Reino de Deus no “mundo secular” (cf LG 31), lá onde a Igreja não está presente de forma institucional. Trata-se de um vastíssimo e desafiador campo para a ação missionária da Igreja, a ser atingido sobretudo através dos leigos. A vida na comunidade eclesial, as celebrações litúrgicas e as organizações eclesiais são momentos e espaços necessários para o cultivo e a alimentação da fé, para o suporte e o preparo para a ação no mundo; toda a vida do cristão leva à Eucaristia e, dela, tira sua força toda a fecundidade para a vivência apostólica diária.

O mesmo poderia ser dito da Palavra de Deus: dela parte todo impulso para a missão e, ao mesmo tempo, toda ação cristã no mundo requer constante retorno à Palavra de Deus para iluminar, discernir, encorajar e sustentar a vivência da fé. Mas a vida cristã não se restringe a esses momentos e espaços.

Na solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao céu, apareceu mais de uma vez a menção do simbolismo bonito da “arca de Deus”, introduzida na cidade santa (1Cr 15; Sl 131/132). A arca continha as tábuas da Lei de Deus e lembrava sempre a Aliança de Deus com seu povo no sopé do Sinai: “se guardardes as minhas palavras, minhas leis e mandamentos (…), eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”.

Depois de edificar a cidadela de Sião (Jerusalém), Davi introduziu nela a arca para simbolizar a permanente presença salvadora de Deus com seu povo (cf 1Cr 15). E a observância da suprema Lei era sinal de fidelidade do povo ao seu compromisso para com Deus: “Faremos tudo o que o Senhor nos ordenar”. Ao mesmo tempo, esta fidelidade a Deus ordenava o convívio social e assegurava a paz.

A imagem da arca é aplicada a Maria, que nos trouxe o Salvador e supremo revelador da vontade de Deus. Bonito é o Evangelho da visita de Maria à sua prima Isabel (cf Lc 1,39-56); ela é a arca da Aliança introduzida na casa de Zacarias e Isabel; a casa fica cheia de Deus! Elevada ao céu, Maria é a arca de Deus introduzida solenemente na “cidade santa”, a Jerusalém celeste e definitiva, anúncio e sinal da plenitude da redenção,quando também a morte será vencida (cf Ap 11,19; 12,10).

A imagem da arca também se aplica à Igreja que, à imagem de Maria, e tem a missão de ser o sinal da perene presença e ação salvadora de Deus no meio dos homens. A comunidade cristã, Igreja viva, e cada um de seus membros, deve irradiar o reino de Deus no mundo; pela ação missionária da Igreja, a cidade dos homens, edifica-se em cidade de Deus, até que chegue o grande “dia do Senhor”. Esta missão cabe, de maneira especial, aos cristãos leigos e leigas, que estão em contato direto com as “realidades terrestres” e atuam no “mundo secular”.

O Concílio indica que é lá que os leigos são chamados por Deus “para que, exercendo seu próprio ofício guiados pelo espírito evangélico, como o fermento na massa, de dentro contribuam para santificar o mundo. E assim manifestem Cristo aos outros, especialmente pelo testemunho de sua vida resplandecente de fé, esperança e caridade” (LG 31). Vocação bonita e missão grandiosa, para cuja realização podem contar com a fidelidade de Cristo Salvador, que os envia: “eu estarei sempre convosco, até o fim dos tempos” (Mt28,20).

Católico, protestante, ateu... CATÓLICO, de fato e de direito!

Belo testemunho de conversão, na carta dirigida ao Padre Paulo Ricardo

Fonte: padrepauloricardo.org

"Eu não me acostumei nas terras onde andei…", diz a música do Padre Zezinho que serve de trilha para a leitura desse belo testemunho de conversão. Como a falta de uma sólida catequese foi decisiva para que este homem andasse "por mil caminhos", no entanto, Deus o chamou de volta e agora, conhecendo a beleza da Igreja, pode dizer: "Aqui é o meu lugar".

"Nasci em família tipicamente católica, tradicional, numerosa, que educava os seus membros na fé e na moral da Igreja. Vivendo sob esta perspectiva, também era eu católico, ia à Santa Missa aos domingos e rezava antes de dormir, onde sempre terminava a oração pedindo a "bença" à "Mamãe do Céu" e ao "Papai do Céu". 

Havia um problema, porém, que infelizmente é comum nos nossos tempos: faltou-me a catequese adequada. Fruto desta deficiência, brotou em mim uma consciência protestante, ainda que eu não me desse conta. Comecei a buscar a fundamentação para as práticas da Igreja (que eu sequer conhecia direito) na Bíblia. Lia e interpretava a Bíblia sem o devido cuidado e preparação. O resultado não poderia ser outro: desacreditei da Igreja Católica, pois algumas coisas, pensava eu, não se adequavam com as Escrituras, como a veneração aos santos, o papel de Nossa Senhora para o catolicismo, o Sacramento da Confissão etc. Até a adoração ao Santíssimo Sacramento eu reputei como sendo idolatria! 

Foi com esta fé estremecida que entrei para a faculdade de direito. Neste ambiente, como o senhor sabe bem, fui influenciado pelo pensamento acadêmico, predominantemente de esquerda e contrário ao catolicismo. Estudei Nietzsche, Marx, Escola de Frankfurt, Foucault... O resultado, mais uma vez, era previsível: tornei-me ateu. Convicto. Inimigo da Igreja. Afinal, o ateísmo era "cool" e dava um ar de intelectualidade, que, para mim, era incompatível com a crença religiosa. 

Eis que certo dia, porém, um amigo me desafiou a ver o seu curso sobre marxismo cultural e revolução cultural. Aceitei, com o objetivo de refutar, é claro. Surpreendi-me. O senhor falava com propriedade. Não parecia um ignorante supersticioso. Não consegui refutar. 

Fui assistir seus vídeos sobre outros temas. Um sobre São Tomás de Aquino me marcou. Que gênio era São Tomás! Depois, ainda através do seu trabalho, conheci a obra de Joseph Ratzinger. Foi um tiro certeiro. A fé não era mais inimiga da razão, mas irmã. Ou, ainda, nos dizeres de Santo Agostinho: "intellige ut credas, crede ut intelligas". 

Assisti mais e mais vídeos do senhor nas férias, ao ponto do meu velho pai indagar: " Só fica vendo esse careca aí, rapaz, vá sair de casa" (risos). Tive a felicidade de conhecer sua relação de amizade com os saudosos Dom Eugênio e Dom Heitor de Araújo Sales, ambos potiguares e com imensos serviços prestados à Arquidiocese de Natal, da qual faço parte. Este último ainda vem à pequena São Paulo do Potengi todos os anos, rezar pela alma do Monsenhor Expedito Sobral, amigo íntimo tanto de um quanto de outro. 

Foi com este ânimo, e tendo o seu trabalho como porta de entrada, que comecei a estudar e pesquisar o que de fato era e no que de fato cria a Igreja Católica. Deparei-me, para utilizar suas próprias palavras, com "um colosso teológico, cultural e intelectual". Senti-me em casa. 

Hoje sou católico "de fato e de direito", sem nenhuma possibilidade de mudança. Tenho consciência de que não é a Bíblia que respalda a Igreja, mas a Igreja que respalda a Bíblia, que, por sua vez, deve ser lida segundo à Tradição Apostólica. Sei que é a Santa Igreja a guardiã do Depósito da Fé, ou, para usar as palavras de São Paulo, ela é a "coluna e sustentáculo da Verdade" (1 Tm 3,15). 

Vivo uma conversão diária, por vezes árdua, mas sempre peço a Deus que fortaleça minha fé e me conceda a graça de carregar a minha cruz com amor. Nas provações, recorro à Santíssima Mãe e inspiro-me na persistência de São Padre Pio e na obediência de São Miguel Arcanjo (cujas histórias, também, conheci por meio deste sítio), para que, ainda que caia, possa me levantar, por amor a Cristo. 

Escrevo isto para que o senhor saiba da sua importância nesta minha volta para casa. Hoje estou preparado para responder, com temor e mansidão, àqueles que pedirem às razões da minha esperança (1 Pd 3,15). 

Assim sigo convicto, como Santo Agostinho, de que Deus nos fez para Ele, e inquieto está nosso coração enquanto n'Ele não repousar. Nas palavras do padre Zezinho: Andei por mil caminhos / e, como as andorinhas, /eu vim fazer meu ninho / em tua casa e repousar. /Embora eu me afastasse /e andasse desligado, /meu coração cansado, / resolveu voltar. 

Que Deus abençoe ao senhor, Padre Paulo Ricardo, e à sua equipe por este trabalho de catequese fiel, algo raro nestes tempos de predominância do relativismo moral e religioso. 

Christo Nihil Praeponere! 
Silvério Alves da Silva Filho

sábado, 22 de agosto de 2015

Nossa Senhora Rainha

(Prof. Felipe de Aquino)

“É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher”. Santo Anselmo 

A Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha no dia 22 de agosto; isto é sete dias após o dia de sua Assunção ao céu, dia 15 de agosto, que foi colocada no domingo seguinte, depois da reforma litúrgica.
Na belíssima e tradicional Ladainha Lauretana, a Igreja saúda Maria com uma série de invocações que se cantavam no santuário de Loreto, na Itália, onde está conservada, segundo uma tradição piedosa, a casa de Nossa Senhora em Nazaré levada para lá. Essa Ladainha é como se fosse um riquíssimo colar de títulos, honras e glórias de Maria, e revela verdades profundas sobre a Mãe de Deus. Ali encontramos Maria sendo saudada como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.
Ela é a rainha dos Anjos, pois eles a obedecem e, como diz S. Luiz de Montfort, estão ávidos por receber dela uma ordem, a fim de poderem demonstrar seu amor. Também os demônios a obedecem e fogem de sua presença; pois com seus pés virginais ela recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás (Gn 3,15).
Ela é a Rainha dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, David…, os pais do povo de Deus que aguardavam ansiosamente a chegada do reino celeste, o qual veio com Jesus, por Maria.
Se Jesus é o Rei, o Esperado das Nações, Maria é a Rainha que O trouxe.
Ela é a Rainha dos Profetas porque Cristo é o Profeta por excelência. Ele mesmo o disse: “Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria” (Lc 4,24). E o povo O aclamava em Jerusalém: “Este é Jesus o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21,11). Após a multiplicação dos pães o povo dizia: “Este verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6,14). E todos os profetas antigos O anunciaram.
Ora, se Jesus é o grande Profeta, Sua santíssima Mãe é a Rainha de todos os demais profetas. Santo Efrém, doutor da Igreja, a chamou de “glória dos profetas”; São Jerônimo escreveu que ela foi “a profecia que os profetas profetizaram”; Santo André de Creta dizia que ela era “o resumo das divinas profecias, sobre as quais falaram todos os que receberam o dom de interpretar”, e São Boaventura a louvou como “a voz mais verdadeira das que anunciaram os oráculos de Deus” (Maria Medianeira, p. 90).
Ela é a Rainha dos Apóstolos. Cristo a deu a seus Apóstolos como Mãe aos pés da cruz, para que sob sua proteção materna eles pudessem cumprir a difícil missão de levar o Evangelho a todos. Foi sob sua guarda que a Igreja iniciou sua história missionária no dia de Pentecostes. Nos Atos dos Apóstolos.
Maria aguardava junto com os discípulos o “cumprimento da promessa do Pai” (At 1,4) de que seriam “batizados no Espírito Santo”. E Maria ali presente no Cenáculo, atraiu seu Esposo, o Espírito Santo, sobre todos eles, com suas orações.
Assim, como gerou Jesus, a Cabeçada Igreja, pela ação do Espírito Santo, ela, em Pentecostes, pela ação do mesmo Espírito começava a gerar a Igreja, o corpo Místico de seu querido Jesus.
Quanto não terá Maria consolado, animado e fortalecido aos Apóstolos, com sua fé, seu amor e sua presença!… É fácil de imaginar o quanto ela foi importante para eles após a Ascensão de Jesus ao céu.
Acima de tudo, Maria é a Rainha dos Apóstolos como disse o Papa Paulo VI, na encíclica “Evangeii Nuntiandi”, é “a Estrela da Evangelização”. Em nossos dias sobretudo, com suas mensagens frequentes com muitas aparições, Ela nos ensina como se deve viver o Evangelho de seu Filho.
“Ela tem um poder sobre o coração do homem que só Cristo lhe podia dar, como diz o Pe. Paschoal Rangel. Ela “fala” no mais íntimo dos cristãos, e ali, com essa Palavra interior, é mais apóstola do que o poderiam ser todos os apóstolos” (MM, p. 92).
Ela é também a Rainha dos Mártires que derramaram seu sangue para testemunhar Jesus. Ninguém sofreu tanto por Jesus quanto Maria, por isso ela é a Mártir dos Mártires. Logo na apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias após Seu nascimento, o profeta Simeão já lhe avisa sobre o mar de dores que terá pela frente: “Uma espada transpassará tua alma” (Lc 2,35).
O padre Inácio Valle explica muito bem os mistérios ocultos nessa “espada de Simeão”: “Maria compreende a diferença essencial entre o seu oferecimento e o das outras mães, pois estas cumprem uma cerimônia: ofereciam os filhos, e em seguida os tornavam a receber, pagando o resgate no Templo de Jerusalém. Maria sabe que oferece seu Filho para a morte, que Deus o aceita e a morte será infalivelmente executada.
Pela boca do santo velho Simeão, Deus lhe manifesta que também Ela acompanhará os martírios da Vítima com sofrimentos inauditos” (Vamos Todos a Maria Medianeira, p. 51).
Falando sobre isso o Papa Leão XIII, na encíclica “Jucunda semper expectatione”, assim disse: “Quando se ofereceu a Deus como escrava para a missão de mãe, ou quando se ofereceu com seu Filho como total holocausto no Templo, desde esses fatos tornou-se co-participante da laboriosa obra de expiação do gênero humano” (VtMM, p. 51).
Maria sofreu como ninguém por nossa salvação. Ela participou intimamente de toda a paixão de seu Filho, a quem amava infinitamente. Ela viu e experimentou o sofrimento de Jesus, as maiores dores físicas e morais que a um ser humano foi dado experimentar. Por isso é a Rainha dos Mártires, pois viveu o maior martírio.
Podemos dizer com os Santos que Maria sofreu uma série de martírios, mesmo sem morrer. A espada de seu martírio não foi a do carrasco, pior ainda, foi a da alma, da compaixão a Jesus. A dor da alma é pior que a do corpo.
Ensinam-nos os santos que Deus, querendo associar Maria à obra da salvação, fez dela também “a mulher das dores”, e para isto lhe deu a graça e a força sobrenatural para que não desfalecesse em tanto sofrimento.
O Papa Bonifácio IV a chamou de “a Santa dos Mártires”, em 13 de maio de 609, quando incorporou o antigo Panteão ao cristianismo, dedicado a Maria (Temas Marianos, p. 275).
Ninguém como Maria viveu também aquilo que S. Paulo disse: “Eu que agora me alegro nos sofrimentos por vós, e completo na minha carne o que falta ao sofrimento de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).
Diz o Pe. Faber, sacerdote espanhol, que “a Paixão foi o sacrifício de Jesus na Cruz e a compaixão foi o de Maria ao pé da cruz, sua oferenda ao Eterno Pai, oferenda de uma criatura sem pecado, consumida para expiar culpas alheias” (TM, p. 276).
O Papa Bento XV, na encíclica “Inter Sodalicia”, de 22 de março de 1918, assim se expressa: “Referem comumente os doutores da Igreja que a Santíssima Virgem, a qual como que ‘se ausentou’ durante a vida pública de Cristo, não sem plano divino se achou presente na hora de Sua crucifixão e morte. A saber, de tal modo sofreu e “morreu” com Cristo paciente e agonizante, de tal modo abdicou do seu direito materno sobre a vida do Filho, imolando-O assim, enquanto podia, à divina justiça, que se pode dizer com razão que Ela remiu o mundo juntamente com Cristo” (VtMM, p. 59).
Por tudo isso, a Virgem Maria é Rainha Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos; Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.

sábado, 15 de agosto de 2015

Francisco, um Papa que surpreende o mundo e o encanta!

Fonte: Blog Carmadélio

Ele sem dúvida é a presença da Paz e da Luz neste momento difícil que o mundo atravessa.
É sem dúvida um enviado do Espírito Santo para acordar em nós o melhor de Deus que nos habita.
Tal como o outro Francisco, o de Assis, que o inspira, ele é como uma criança se deixando conduzir pela mão de Deus em sua espontaneidade e simplicidade, capaz de gestos e atitudes que poucos que ocupam posições bem menos importantes que a dele ousariam.

Seja pela manga puída de seu hábito …
Ou pelo báculo remendado com fita crepe…
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ou ainda por sua gostosa gargalhada…
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Ou na insistência dos sapatos pretos surrados, trazidos ainda do fim do mundo, como ele costuma se referir a sua terra natal, a Argentina,
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ele nos surpreende a cada aparição.
E quando pensamos que ele já nos surpreendeu o bastante, surge uma brasileira para despertar nele a graça e a brincadeira da antiga rivalidade entre brasileiros e argentinos no futebol…
Imagine se algum outro papa seria capaz de fazer tal pergunta em uma audiência, reagir desta forma tão alegre e efusiva e selar o momento com um abraço espontâneo e tão fraterno.
Sem dúvida ele antes de ser “o Papa”, ou até mesmo “o bispo de Roma” como ele prefere, ele é um irmão mais velho de todos nós.Sejamos todos gratos a Deus por este presente e que Ele nos permita muito e muitos anos de convívio com este santo que nos foi presenteado pelo céu.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Festa de Santa Clara em nossa Paróquia

Tríduo com a Catequese

 


                                                         Tríduo no Mosteiro Monte Alverne




                                                                  Tríduo com os pais

                                                     
                                                  Missa Solene em Honra à Santa Clara














Assunção: Maria na glória do Céu

João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj)
Teólogo e Comunicador



Tenho um carinho todo especial pelo dogma da Assunção de Maria. Minha mãe nasceu na vigília desta solenidade litúrgica, no dia 14 de agosto. Se nome é Maria da Glória. Quando entrei para o seminário, em plena adolescência, um dos padres nos dizia com piedade que Maria é como a mãe da gente lá em casa: silenciosa, humilde e servidora. Certamente ele descrevia a sua própria mãe, mas isso não tinha nada a ver com aquela professora, catequista e líder falante, cheia de iniciativa que Deus me presenteou como mãe. Aos poucos fui descobrindo que Pe. Zezinho tem toda razão quando nos ensina a cantar: “em cada mulher que a terra criou, um traço de Deus Maria deixou…” Maria é simples e humilde, silenciosa e serviçal, mas é também uma mulher cheia de questionamentos e iniciativas. Não seria qualquer jovem que após receber a notícia de que seria a Mãe de Deus, sairia de casa enfrentando 120 quilômetros de montanhas e perigos para ajudar sua prima Isabel que já estava gravida há seis meses.

Maria assumiu a proposta de Deus se fazendo serva do Senhor e dos irmãos. Por isso foi assumida de corpo e alma no céu. Assunção pode ser traduzida como “elevação” mas também como “ser assumida”. Quando escrevi a última estrofe do disco “Os Mistérios do Terço” procurei traduzir esta verdade com o seguinte verso: “E no quinto mistério coroada é Maria, que foi serva e por isso é rainha”.

Há quem pense que este dogma não tem muitos fundamentos nas páginas da Bíblia. Mas se pensarmos a “assunção” como “elevação” torna-se cheio de sentido o verso do Magnificat que canta: “Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes” (Lc 1,52). É mais do que uma cena cinematográfica de uma mulher sendo elevada acima das nuvens. É um jeito bonito de pensar que aquela que foi fiel a missão de Nazaré até ao pé da cruz, permaneceu unida ao seu filho na hora da luz, ou seja, da ressurreição e da ascensão. O fim de sua vida terrena foi uma serena passagem que os primeiros cristãos de “dormição”, ou “trânsito”. A primeira cristã também foi a primeira assumida eternamente no coração de Deus.

No dia 1º de novembro de 1950, por meio da Bula Munificenticimus Deus, o papa Pio XII declarou que esta verdade é um consenso natural entre nós, ou seja, um dogma: “[…] pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”.

São João Paulo II disse em uma de suas catequeses em julho de 1997: “A Assunção constitui o ponto de chegada da luta que empenhou o amor generoso de Maria na redenção da humanidade e é fruto da sua singular participação na vitória da Cruz.” Recentemente o Papa Francisco publicou uma encíclica social sobre o cuidado da terra: Laudato si’. Nela existe um parágrafo que faz referência à Maria, evocando a sua assunção: “Elevada ao céu, é Mãe e Rainha de toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza. Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que ‘guardava’ cuidadosamente (cf. Lc 2,51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso, podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais sapiente.” (Nº 241) Olhar para Maria na Glória do céu nos ajuda a fortalecer a esperança enquanto caminhamos e cantamos na história, entre dores e amores, luzes e cruzes… Nossa mãe chegou lá e abriu a porta do céu e nos aguarda para que também sejamos elevados e assumidos na glória!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Clara de Assis: a coragem de uma mulher apaixonada

Leonardo Boff

Há 800 anos, na noite de 19 de março de 1212, dia seguinte à festa de Domingos de Ramos, Clara de Assis, toda adornada, fugiu de casa para unir-se ao grupo de Francisco de Assis na capelinha da Porciúncula que ainda hoje existe. As clarissas do mundo inteiro e toda a família franciscana celebram esta data que significa a fundação da Ordem de Santa Clara, espalhada pelo mundo inteiro. 
Clara junto com Francisco – nunca devemos separá-los, pois se haviam prometido, em seu puro amor, que “nunca mais se separariam” segundo a bela legenda da época – representa uma das figuras mais luminosas da Cristandade. É bom lembrá-la neste mês de março, dedicado às mulheres. Por causa dela, há milhões de Claras e Maria Claras no mundo inteiro. Ela, de família nobre de Assis, dos Favarone, e ele, filho de um rico e afluente mercador de tecidos, dos Bernardone. 
Com 16 anos de idade quis conhecer o então já famoso Francisco com cerca de 30 anos. Bona, sua amiga íntima, conta, sob juramento nas atas de canonização, que entre 1210 e 1212 Clara “foi muitas vezes conversar com Francisco, secretamente, para não ser vista pelos parentes e para evitar maledicências”. Destes dois anos de encontro nasceu grande fascínio um pelo outro. Como comenta um de seus melhores pesquisadores, o suíço Anton Rotzetter em seu livro “Clara de Assis: a primeira mulher franciscana” (Vozes 1994): “neles irrompeu o Eros no seu sentido mais próprio e profundo pois sem o Eros nada existe que tenha valor, nem ciência, nem arte, nem religião, Eros que é a fascinação que impele o ser humano para o outro e que o liberta da prisão de si mesmo”(p. 63). Esse Eros fez com que ambos se amassem e se cuidassem mutuamente mas numa transfiguração espiritual que impediu que se fechassem sobre si mesmos. Francisco afetuosamente a chamava de a“minha Plantinha”. Três paixões cultivaram juntos ao longo de toda vida: a paixão pelo Jesus pobre, a paixão pelos pobres e a paixão um pelo outro. Mas nesta ordem. Combinaram então a fuga de Clara para unir-se ao seu grupo que queria viver o evangelho puro e simples sem glossas e interpretações que lhe tirariam o vigor. 
 A cena não tem nada a perder em criatividade, ousadia e beleza, das melhores cenas de amor dos grandes romances ou filmes. Como poderia uma jovem rica e bela fugir de casa para se unir a um grupo parecido com aos “hippies” de hoje? Pois assim devemos representar o movimento inicial de Francisco. Era um grupo de jovens ricos, vivendo em festas e serenatas que resolveram fazer uma opção de total despojamento e rigorosa pobreza nos passos de Jesus pobre. Não queriam fazer caridade para pobres, mas viver com eles e como eles. E o fizeram num espírito de grande jovialidade, sem sequer criticar a opulenta Igreja dos Papas. 
Na noite do dia de 19 de março de 1212, Clara, escondida, fugiu de casa e chegou à Porciúncula. Entre luzes bruxoleantes, Francisco e os companheiros a receberam festivamente. E em sinal de sua incorporação ao grupo, Francisco lhe cortou os belos cabelos louros. Em seguida, Clara foi vestida com as roupas dos pobres, não tingidas, mais um saco que um vestido. Depois da alegria, das canções dos trovadores franceses que Francisco tanto gostava e das muitas orações, foi levada para dormir no convento das beneditinas a 4 km de Assis. 16 dias após, sua irmã mais nova, Ines, também fugiu e se uniu à irmã. A família Favarone tentou, até com violência, retirar as filhas. Mas Clara se agarrou às toalhas do altar, mostrou a cabeça raspada e impediu que a levassem. O mesmo destemor mostrou quando o Papa Inocêncio III não quis aprovar o voto de pobreza absoluta. Lutou tanto até que o Papa enfim consentisse. Assim nasceu a Ordem das Clarissas. 
Seu corpo intacto depois de 800 anos comprova, uma vez mais, que o amor é mais forte que a morte. 

Texto de 25/3/2012 - Leonardo Boff, teólogo, é autor, entre outros, de Francisco de Assis: ternura e vigor, Vozes 2003

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Oração para livrar-se do medo e da angústia

Hoje, mais do que nunca, precisamos nos convencer de que não podemos ser covardes nem medrosos. É necessário lutar até nosso último suspiro, ser pessoas capazes de enfrentar as provações e vencê-las. É por isso que Deus nos dotou de talentos e capacidades especiais.

Cada um de nós tem a força e o poder, dados por Deus, para vencer todas as dificuldades. Acredite no que Deus pode fazer na sua vida.

Peça esta graça a Deus e fortaleça sua alma:

Senhor,
eu te peço que sejas luz em minha mente,
paz no meu coração,
sabedoria em minhas decisões,
amor em minhas relações.
Preciso de ti
e só Tu és capaz de
me proteger, me dar paz
e livrar-me do medo.

Tenho muitos medos, Senhor.
Só Tu podes renovar minha esperança.
Tu conheces todos os meus vazios,
minhas preocupações e dores.
Preenche esses vazios com
tua presença e tua graça.

Ajuda-me a caminhar na fé,
guia-me com teu Espírito Santo,
acompanha-me e dá-me coragem
para enfrentar as situações de angústia.
Serei fiel a ti, pois sei
que Tu não falharás.

Toma minha vida, Senhor,
toma minha mente, meu coração,
faze de mim um
discípulo fiel do teu amor.

Tu disseste no Evangelho:
"Não temas!".
Eu confio na tua palavra
e sei que não serei defraudado.
Caminha ao meu lado, Senhor,
e não permitas que a desconfiança
me afaste de ti.

Toca meu coração, Jesus,
cura minha alma,
livra-me do medo, da incerteza
e das angústias que inquietam.

Coloco minhas preocupações em tuas mãos,
especialmente ....... (o que lhe causa angústia).
Tu és minha fortaleza
e agora sei que, tendo colocado
meus problemas em tuas mãos,
Tu me guiarás, não me abandonarás
e me mostrarás o melhor caminho.

Confio em ti. Creio em ti.
Aumenta minha confiança!
Aumenta minha fé!
Amém.

domingo, 9 de agosto de 2015

Qual é a missão dos Diáconos Permanentes na Igreja?

Fonte: Cleofas

Desde o tempo dos Apóstolos a Igreja teve diáconos permanentes: Santo Estevão, mártir; São Lourenço, São Beda Venerável, doutor da Igreja, etc.. Os diáconos permanentes são homens casados ou celibatários que, chamados para seguir Jesus Cristo Servidor, recebem o Sacramento da Ordem do Diaconato através da imposição das mão do Bispo. O diácono dá testemunho de vida em comunhão, de forma privilegiada, a partir de sua família e ambiente de trabalho.

“Existem situações e lugares, principalmente nas zonas rurais e afastadas e nas grandes áreas urbanas densamente povoadas, onde somente através do diácono um ministro ordenado se faz presente”. (Documento de São Domingo, 77)

“O carisma do diácono, sinal sacramental de “Cristo Servo”, tem uma grande eficácia para a realização missionária com visitas à libertação integral do homem”. (Documento de Puebla, 697)

O Papa João Paulo II se referiu aos diáconos permanentes, dizendo que: “apresentam um rosto característico da Igreja, à qual tem prazer de estar próxima do povo e de sua realidade
cotidiana para arraigar em sua vida o anúncio da mensagem de Cristo”. Por isso mesmo cresce na Igreja em todo o mundo o número de diáconos casados, apoiados por suas esposas e filhos.

O ministério dos diáconos floresceu até o século V. Por diferentes razões, declinou depois lentamente até o ponto de que este ministério chegou a ser tão só uma fase intermediária para os candidatos à ordenação sacerdotal. O Concílio Vaticano II abriu o caminho para restaurar este ministério como “grau próprio e permanente da hierarquia”, permitindo que possa ser conferido a homens em idade madura já casados.

João Paulo II agradeceu aos diáconos permanentes “a missão que realizam pela Igreja como servidores do Evangelho, acompanhando, com frequência no marco profissional, que é o primeiro contexto de seu ministério, o povo cristão”. “Com sua palavra e sua exigente vida pessoal, conjugal e familiar dão a conhecer a mensagem cristã e fazem os homens e mulheres refletir sobre questões sociais para que resplandeçam os valores evangélicos”.

No ano 2001 em todo o mundo, já havia 28.626 diáconos permanentes diocesanos e 578 diáconos permanentes religiosos, segundo o Anuário Estatístico da Igreja.

A “Congregação para a educação católica” e a “Congregação para o Clero” da Santa Sé, publicaram as “Normas fundamentais para a formação dos diáconos permanentes”, em 22/02/1998.

O Catecismo da Igreja Católica, fala sobre os diáconos:

§1571. Os diáconos participam de modo especial na missão e graça de Cristo. São marcados pelo sacramento da Ordem com um sinal (“caráter”) que ninguém poder apagar e que os configura a Cristo, que se fez “diácono”, isto é, servidor de todos. Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobre tudo a Eucaristia, distribuir a Comunhão, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir o funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade.

§1572. Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja latina restabeleceu o diaconato “como grau próprio e permanente da hierarquia”, a passo que as Igrejas do Oriente sempre o mantiveram. Esse diaconato permanente, que pode ser conferido a homens casados, constitui um importante enriquecimento para a missão da Igreja. De fato, ser útil e apropriado que aqueles que cumprem na Igreja um ministério verdadeiramente diaconal, quer na vida litúrgica e pastoral, quer nas obras sociais e caritativas, “sejam corroborados e mais intimamente ligados ao altar pela imposição das mãos, tradição que nos vem desde os apóstolos. Destarte desempenharão mais eficazmente o seu ministério mediante a graça sacramental do diaconato”.

S. Inácio de Antioquia, já no século I, dizia: “Sem o Bispo, os presbíteros e os diáconos, não se pode falar de Igreja”.

O papel do diácono é fundamental sobretudo para levar o Evangelho no meio do povo, nas casas, nas famílias, onde pode levar a Sagrada Eucaristia, benzer as casas, etc.

“Não podemos mais fechar-nos e aguardar os batizados nas nossas Igrejas. Temos de ir buscá-los onde vivem e trabalham, com uma ação missionária permanente, com especial atenção aos pobres das periferias urbanas”, disse o Cardeal D. Claudio Hummes aos diáconos quando foi Prefeito da Congregação para o Clero (13/08/2009).

Destacando o “ministério da Palavra” confiado aos diáconos permanentes, o Cardeal pediu “uma familiaridade constante com a Sagrada Escritura, principalmente com os Evangelhos”. “Ouvir, meditar, estudar e praticar a Palavra de Deus deve ser um esforço permanente”.

D. Claudio falou “das responsabilidades que podem ser confiadas aos diáconos na pastoral batismal e na pastoral matrimonial-familiar, para além de toda a ação da caridade, a solidariedade para com os pobres, a justiça social”.

No Documento da santa Sé encontramos essa afirmação: “O diácono é também ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento e da benção eucarística” (pag 120, cap II do diretório, paragrafo 32 sobre eucaristia).

Nas Missas, o Bispo, o Presbítero e o diácono podem distribuir a comunhão em igualdade de condições, sendo que o diácono ao distribuir a comunhão não o faz como auxiliar do padre, mas no exercício de seu próprio ministério. O diácono não é auxiliar do padre, mas serve o Altar no exercício de seu ministério próprio e está ligado diretamente ao Bispo.

O diácono pode exercer todas as funções do presbítero, à exceção da Consagração, Confissão e Unção dos enfermos. Portanto, pode distribuir a comunhão, conceder bênçãos, conceder a bênção do Santíssimo, presidir casamentos, realizar batizados e exéquias, fazer homilias nas Missas e celebrações da Palavra, presidir celebrações da Palavra, presidir todos os sacramentais, etc..; sendo que nas Missas presididas pelo padre, bispo e até pelo Papa, é o Diácono quem proclama o Evangelho.

O responsável pelo diaconato é o Bispo; o diaconato no caso de pessoas que não vão se ordenar sacerdote só pode ser após os 35 anos. E deve ser um candidato que conheça bem a doutrina católica, tenha um bom domínio da Sagrada Escritura, formação teológica e pastoral; viva de acordo com a fé da Igreja e seja uma pessoa de boa conduta na sociedade. São Paulo disse: “Os diáconos não sejam casados senão uma vez, e saibam governar os filhos e a casa. E os que desempenharem bem este ministério, alcançarão honrosa posição e grande confiança na fé, em Jesus Cristo”(1 Tm 3,12-13). Se o diácono permanente ficar viúvo, não pode se casar novamente.

O Código de Direito Canônico diz: “Os aspirantes ao diaconato permanente, de acordo com as prescrições da Conferência dos Bispos, sejam formados a cultivar a vida espiritual e instruídos a cumprir devidamente os deveres próprios dessa ordem” (Cân. 236). Falando aos diáconos permanentes Dom Claudio pediu que se esmerassem na santificação pessoal, na vida de oração e da espiritualidade diaconal.

O candidato ao diaconato deve ser alguém que ama a Igreja, tem zelo apostólico, desejo de evangelizar e salvar almas e vive intensa vida de oração e sacramental. Assim, poderá cumprir bem a sua missão.

Agradecemos a Deus, nosso Pai, pela vida e missão dos nosso diáconos Antônio Falleiros e Romeu! Deus os abençoe e ilumine!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano do Ocidente

Fonte: Aleteia
O dia 5 de agosto é dedicado pela Igreja à memória da Santa Mãe de Deus, venerada na basílica romana de Santa Maria Maior. A basílica foi a primeira igreja do Ocidente dedicada a Nossa Senhora: sua construção foi determinada pelo papa Sisto III no ano de 431, em seguida ao Concílio de Éfeso, no qual foi solenemente proclamado o reconhecimento de Maria como a Mãe de Deus.
A basílica também guarda em uma capela especial o célebre ícone mariano “Salus Populi Romani” (Salvação do Povo Romano), que teria sido pintado pelo evangelista São Lucas. 

A Festa da Dedicação de Santa Maria Maior é celebrada todo dia 5 de agosto, antecedida por um tríduo espiritual que vai de 2 até 4 de agosto. Após a missa, é feita na basílica a já tradicional encenação do "Milagre da Neve".

Na noite de 5 de agosto do ano de 358, no auge do calor de verão no hemisfério Norte, caiu neve no lugar onde a basílica seria posteriormente construída. Nossa Senhora apareceu em sonho ao papa Libério e pediu a ele que erguesse uma igreja onde a neve caísse. O Milagre da Neve é relembrado anualmente desde 1983 por meio um espetáculo de som e luz, no qual a neve é representada por uma chuva de pétalas brancas lançadas do teto sobre o hipogeu.
A basílica de Santa Maria Maior tem profundos vínculos com os papas. Francisco sozinho, entre visitas públicas e privadas, já foi 23 vezes saudar Maria nesse templo romano, ao qual nunca deixa de ir antes e depois de suas viagens pontifícias.
João Paulo II mandou colocar e manter acesa dia e noite uma lâmpada de óleo sob a efígie da Salus Populi Romani. Em 8 de dezembro de 2001, dia da Imaculada Conceição, ele inaugurou na basílica o Museu de Santa Maria Maior, com obras de arte históricas sobre Maria.