sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sem a Crisma nossos jovens ficam no meio do caminho, alerta Papa Francisco

Fonte: ACI Digital

Na catequese desta quarta-feira (29/01) que dedicou ao sacramento da Crisma, o Papa Francisco explicou que sem este Sacramento nossas crianças e jovens “ficam no meio do caminho”, pelo qual é extremamente importante procurar que o recebam seguindo uma adequada preparação.
Ante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre explicou que “é importante cuidar para que nossas crianças, nossos jovens, recebam este Sacramento. Todos nós cuidamos para que sejam batizados e isto é bom, mas talvez não cuidamos tanto para que recebam a Crisma. Deste modo, ficam no meio do caminho e não receberão o Espírito Santo, que é tão importante na vida cristã, porque nos dá a força para seguir adiante”
“Pensemos um pouco, cada um de nós: de fato temos a preocupação que as nossas crianças, os nossos jovens recebam a Crisma? É importante isto, é importante! E se vocês, em suas casas, têm crianças, jovens que ainda não a receberam e têm idade para recebê-la, façam tudo o possível para que esses terminem a iniciação cristã e recebam a força do Espírito Santo. É importante!”
O Papa ressaltou deste modo que “a Confirmação deve ser entendida em continuidade com o Batismo, ao qual está ligada de modo inseparável. Estes dois sacramentos, junto com a Eucaristia, formam um único evento salvífico que se chama ‘iniciação cristã’, na qual somos inseridos em Jesus Cristo morto e ressuscitado e nos tornamos novas criaturas e membros da Igreja”.
Depois de destacar que Crisma significa “unção”, o Papa indicou que este Sacramento “confere um crescimento da graça batismal: une-nos mais firmemente a Cristo; cumpre a nossa ligação com a Igreja; dá-nos uma especial força do Espírito Santo para difundir e defender a fé, para confessar o nome de Cristo e para não nos envergonharmos nunca da sua cruz”.
“É obvio, é importante oferecer aos crismandos uma boa preparação, que deve buscar conduzi-los a uma adesão pessoal à fé em Cristo e a despertar neles o sentido de pertença à Igreja”.
O Pontífice disse também que “quando acolhemos o Espírito Santo no nosso coração e O deixamos agir, o próprio Cristo se torna presente em nós e toma forma na nossa vida; através de nós, será Ele o próprio Cristo a rezar, a perdoar, a infundir esperança e consolação, a servir os irmãos, a fazer-se próximo aos necessitados e aos últimos, a criar comunhão, a semear paz”.
“Pensem em quão importante é isto: por meio do Espírito Santo, o próprio Cristo vem fazer tudo isso em meio a nós e por nós. Por isso é importante que as crianças e os jovens recebam o Sacramento da Crisma”.
Para concluir, o Papa Francisco disse: “queridos irmãos e irmãs, recordemo-nos de que recebemos a Confirmação! Todos nós! Recordemos antes de tudo para agradecer ao Senhor por este dom, e depois para pedir-lhe que nos ajude a viver como verdadeiros cristãos a caminhar sempre com alegria segundo o Espírito Santo que nos foi dado”.

Católico e Maçom?

Prof. Felipe de Aquino

Hoje a Maçonaria atrai muitos católicos, infelizmente, embora a Igreja proíba que nos tornemos maçons. Com todo o respeito que devemos a cada pessoa, em face à sua opção, devemos contudo, lembrar aos que querem ser autenticamente católicos, que a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica “pecado grave”, já que as concepções de Deus e religião, assim como o processo de iniciação secreta imposto aos novos membros, não se coadunam com as noções do Cristianismo relativos a Deus e aos sacramentos, principalmente. A Igreja tem uma posição oficial sobre o assunto, que foi feita pelo pronunciamento da Santa Sé em 26/11/1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo II. Esta é a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, que vem assinada pelo seu Prefeito, Cardeal Joseph Ratzinger e pelo Fr. Jérome Hamer, Secretário: “Tem se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar´se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240s).O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito
Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação”. Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da Igreja sobre a questão! O número 386 da Revista “Pergunte e Responderemos”, de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto. Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma:
A Maçonaria professa a concepção de Deus dita “deista”, ou seja, a que a razão natural pode atingir; admite a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particulares. Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas.
Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos grandes iniciados do passado entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole secreta ou esotérica, que vão sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação. Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico.
Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao católico que não se faça maçom, é esta:
“Ademais, quem se filia a uma sociedade secreta, não pode prever o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe será fácil guardar sua liberdade de opções pessoais. Embora tencione manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode se ver em encruzilhadas constrangedoras.”
Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutrina da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Apóstolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres, Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo Sagrado Magistério. Não é preciso buscar coisas novas para alimentar o espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu próprio Corpo na Eucaristia.
O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de riqueza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pedro nos pede:
“Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança” (1Pe 3,15).
Antes de buscarmos coisas novas, e perigosas para a nossa vida espiritual, ou que põem em risco a nossa própria salvação eterna, vamos antes aprender o que devemos, no seio sagrado e puro da nossa Santa Mãe Igreja.
Além do mais é preciso lembrar que a principal virtude do católico é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater et Magistra (Mãe e Mestra).
Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igreja, como Mãe cautelosa, proibe os seus filhos de se associarem às lojas maçonicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boaventura kloppenburg, Igreja Maçonaria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995, ou ainda o livro do Bispo Auxiliar de Brasília, D.João Evangelista Martins Terra, sobre o mesmo assunto.
Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja.
Do livro Entrai pela porta Estreita do Prof. Felipe Aquino

Pensar bem de todos, falar bem de todos, querer bem a todos

Monsenhor Jonas Abib
Dom Bosco, ao contrário do que muitos pensam, era um homem de um temperamento classificado como “colérico”. No entanto, consciente do seu temperamento difícil, determinou-se a “domá-lo” com o auxílio da graça de Deus, além de toda a luta pessoal e do esforço contínuo. Para isso, escolheu como protetor e modelo São Francisco de Sales, um santo que venceu seu temperamento forte pela prática da mansidão. Ele é um exemplo para nós de que é possível ser diferente, é possível mudar.
Dom Bosco era muito dirigido por Deus através de seus sonhos. Num deles, um personagem o levou a uma linda plantação. Rapidamente, porém, as folhas foram murchando e a plantação perdeu todo o seu viço. Diante do olhar interrogativo de Dom Bosco, o personagem mandou que ele se aproximasse. Foi daí que viu nas folhas uma espécie de ferrugem. Então perguntou: ‘O que é isso?’ O personagem respondeu: ‘A murmuração. Ela é como uma praga. Espalha – se rápido e põe tudo a perder. Ela mata a vida de qualquer comunidade’. Questionou Dom Bosco: ‘O que fazer agora?’. E o homem respondeu: ‘Com a murmuração não há outro jeito. É preciso exterminar’. Então, ele sentiu ecoar nos seus ouvidos as palavras: ‘É preciso exterminar!’ e acordou.Foi a partir daí que ele começou a aplicar o ensinamento de que precisamos sempre: ‘Pensar bem de todos, falar bem de todos e querer bem a todos!’
Eis o que deve ocupar os nossos pensamentos e as nossas conversas: tudo e somente o que é verdadeiro, justo, nobre, puro, virtuoso e louvável. Dessa forma, “a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4,7). Se a gente semeia jasmim, colhe jasmim. Mas se nós semeamos urtiga e insistimos nisso, não podemos esperar flores. Nossas palavras são como sementes. O que falamos, semeamos. Que São João Dom Bosco inspire nossas palavras e que Nossa Senhora Auxiliadora seja a nossa intercessora!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Papa: exultamos por um gol, mas louvamos a Deus com frieza

Fonte: paieeterno.com.br
A oração de louvor nos faz fecundos: foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta manhã (28/01) na Casa Santa Marta. O Papa desenvolveu sua homilia a partir da primeira leitura, extraída do segundo Livro de Samuel, que narra a dança de Davi diante do Senhor. Todo o povo de Deus estava em festa, porque a Arca da Aliança havia regressado à casa. A oração de louvor de Davi o levou a perder a compostura e dançar diante do Senhor com todas as suas forças. Este trecho, comentou o Pontífice, o levou a pensar em Sara, que dançou de alegria depois de dar à luz. Para nós, comentou Francisco, é fácil entender a oração para pedir uma coisa ao Senhor, ou mesmo para agradecer-Lhe, mas a oração de louvor não nos vem de maneira tão espontânea:
“‘Mas, Padre, isso é para aqueles da Renovação no Espírito, não para todos os cristãos!’. Não, a oração de louvor é uma oração cristã para todos nós! Na Missa, todos os dias, quando cantamos o Santo… Esta é uma oração de louvor: louvamos a Deus pela sua grandeza, porque é grande! E dizemos a Ele coisas belas, porque gostamos disso. ‘Mas, Padre, eu não sou capaz…’ – alguém pode dizer. Mas se é capaz de gritar quando seu time marca um gol, não é capaz de louvar ao Senhor? De perder um pouco a compostura para cantar? Louvar a Deus é totalmente gratuito! Não pedimos, não agradecemos: louvamos!”
Devemos rezar “com todo o coração”, prosseguiu o Papa: “É um ato inclusive de justiça, porque Ele é grande! É o nosso Deus!”.
“Uma boa pergunta que nós podemos nos fazer hoje: ‘Mas como vai a minha oração de louvor? Eu sei louvar ao Senhor? Sei louvar ao Senhor quando rezo o Glória ou o Sanctus, ou movo somente a boca sem usar o coração?’. O que me diz Davi, dançando? E Sara, dançando de alegria? Quando Davi entra na cidade, começa outra coisa: uma festa!”
“A alegria do louvor nos leva à alegria da festa, acrescentou Francisco. A festa da família. Quando Davi entra no palácio, recordou o Papa, a filha do Rei Saul, Micol, o repreende e lhe pergunta se não sente vergonha por ter dançado daquela maneira diante de todos, já que ele era o rei. Micol “desprezou Davi”:
“Eu me pergunto quantas vezes nós desprezamos no nosso coração pessoas boas, que louvam ao Senhor como bem entendem, assim espontaneamente, porque não são cultas, não seguem atitudes formais? Mas, desprezo! E diz a Bíblia que Micol ficou estéril por toda a vida devido a isso! O que quer dizer a Palavra de Deus aqui? Que a alegria, que a oração de louvor nos torna fecundos! Sara dançava no auge da sua fecundidade, aos 90 anos! Aquele homem ou aquela mulher que louva ao Senhor, que reza louvando Ele, que que reza com alegria, é um homem ou uma mulher fecundo”.
Pelo contrário, advertiu Francisco, “os que se fecham na formalidade de uma oração fria, comedida, talvez acabem como Micol: na esterilidade de sua formalidade”. O Papa então convidou a imaginar Davi que dança com todas as suas forças diante do Senhor e concluiu: “Nos fará bem repetir as palavras do Salmo 23 que rezamos hoje: “Levantai, ó portas, os vossos frontões, elevai-vos antigos portais, para que entre o rei da glória!”.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O mistério do sofrimento

Prof. Felipe de Aquino
Santo Agostinho afirmou que, se Deus não soubesse tirar algo de bom do sofrimento, não permitiria jamais que esse nos atingisse.
Há um mistério profundo no sofrimento. Mistério de dor e angústia que Jesus, pelo Seu sofrimento, transformou em mistério de salvação.
Muitos homens e mulheres mudaram de vida radicalmente por causa do sofrimento. Desde que Jesus escolheu o caminho da dor para nos salvar, o sofrimento passou a ser a “matéria-prima” da salvação. São Paulo falava da “loucura da cruz para aqueles que se perdem, mas poder de Deus para aqueles que se salvam” (citação livre de 1 Cor 1,18). De fato, o poder invisível de Deus se manifesta no sofrimento. Cura a alma, salva o espírito, quebranta o orgulho, elimina a vaidade, abate a opulência, iguala os homens.
É no sofrimento que os homens mais se sentem irmãos, filhos do mesmo Pai. É na hora amarga da dor que se valorizam a fraternidade e a solidariedade. É nessa hora sagrada que os corações se unem, as mãos se apertam e o filho lembra-se do Pai. Não fora o sofrimento angustiante daquele filho pródigo do Evangelho, jamais ele teria abandonado a vida devassa e voltado para a casa do Pai.
Sim, o sofrimento é sagrado! É nele que encontramos a nós mesmos e encontramos os outros, sem máscaras, sem enfeites e sem enganos. Ele não foi criado por Deus, mas Cristo lhe deu um enorme sentido. A dor e a morte são obras trágicas do homem, frutos do seu pecado, do desejo obstinado de querer construir a vida sem Deus. São Paulo não teve dúvida: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23a). E reafirmou: “O pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte; assim a morte passou a todos os homens” (citação livre de Rm 5,12).
Mas Cristo veio exatamente para destruir o pecado e a morte. Como reza a Igreja, “com a Sua morte destruiu a morte, e com a Sua ressurreição devolveu-nos a vida” (missa do Tempo Pascal). O Senhor bebeu o cálice da dor até a última gota, para que todo o sofrimento da terra fosse resgatado, transformado e divinizado. Qualquer que seja a dor, ela é parte da mesma dor do Senhor, pois Ele a assumiu na Sua santa paixão. E por isso que São Paulo afirma: “Completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo” (citação livre de Cl 1,24). Nosso sofrimento é o mesmo sofrimento de Cristo. Assumindo nossa natureza, pela Sua encarnação, Ele assumiu também nosso sofrimento e fez dele o instrumento da nossa salvação. Portanto, qualquer que seja a nossa dor, oferecida a Deus, unida à paixão de Cristo, ela é extremamente valiosa e salvífica. “As nossas tribulações do momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (citação livre de II Cor 4,17), nos garante São Paulo.
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, afirmou que ”não existe coisa mais agradável a Deus do que sofrer com pa­ciência e paz todas as cruzes por Ele enviadas”. E Santa Teresa D’Ávila disse que “o mérito consiste em sofrer e amar.
É o sofrimento que quebra em nós o ímpeto do pecado, destrói nossas más inclinações interiores e exteriores e nos preparam para o céu.
“Os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8,18). São Francisco chegava ao extremo de dizer: “O bem que espe­ro é tão grande que todo sofrimento é prazer para mim.”
Jesus nos manda: “Tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23c). Se Ele assim o diz, é porque isso é o melhor para nós. Não há que duvidarmos do Senhor. E é Ele quem sabe qual é a cruz que devemos carregar… Não é uma livre escolha nossa. Por isso, precisamos tomá-la e carregá-la não à força e com repugnância e lamentação, mas com humildade, paciência e fé. Nesta vida, não teremos verdadeira paz interior, se não abraçarmos com amor os sofrimentos, oferecendo-os a Deus. Segundo Santo Afonso: “Essa é a condição a que estamos reduzidos em consequência da corrupção do pecado.”
O valor do sofrimento é tamanho, que os santos consideravam como presentes as doenças e as dores que Deus lhes mandava. Como somos diferentes deles! São Vicente de Paulo, por exemplo, dizia: “Se conhecêssemos o precioso tesouro contido nas doenças, recebê-las-íamos com a alegria com que se recebem os maiores presentes.”
O sofrimento, acolhido com fé, produz a santidade. Portanto, não devemos desesperar-nos perante ele, mas abraçá-lo na fé. Que Deus nos dê essa grande graça. A Palavra de Deus nos diz: “Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28a) e mais:
Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (1 Ts 5,18).
Sofrer e amar, dando graças a Deus!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

5000 fiéis se revezam há 75 anos em adoração ao Santíssimo Sacramento em Belo Horizonte

Jefferson da Fonseca Coutinho – Jornal Estado de Minas

De joelhos, por adoração perpétua e laica, o milagre da multiplicação do tempo ajuda a escrever a história da Igreja Católica no Brasil. De 31 de outubro de 1937 ao mesmo dia de 2011 foram anotadas 639.360 horas corridas, transformadas em 15.965.079 horas de fé e boa vontade. Média de 25 fiéis, 24 horas por dia, prostrados diante do Santíssimo Sacramento, na Catedral da Boa Viagem, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Espécie de pronto-socorro do espírito, bem perto da área hospitalar, a primeira igreja da cidade conta com cerca de 5 mil adoradores cadastrados, que se revezam em dois turnos. Tudo para não deixar o Cristo exposto só, um minuto sequer. Corrente jamais quebrada, prestes a festejar 75 anos.
“Sinto um grande encantamento por Jesus na Eucaristia, que é a fonte onde nossas almas buscam o alimento espiritual, que sacia a nossa fome e sede de Deus. Aqui, diante do trono de Jesus, passamos momentos de paraíso e vivemos instantes de vida eterna. Faço da Santíssima Eucaristia a razão de ser da minha vida”. O depoimento é de João Araújo Coelho, de 68 anos, adorador desde 1967, com plantões da meia-noite às 6h, nos dias 1, 6, 11, 13 e 18 de cada mês. Hoje é 28, seu João… “Mas é véspera do meu aniversário”, responde, feliz com a noite extra de devoção.
Nascido em Ubá, cidadão honorário de BH, o advogado Escândar Nagib Borjaili, de 76, há 52 anos frequenta a catedral todas as noites, entre 21h e 0h. No dia 11, é um dos 31 zeladores, responsáveis pelo mês. Escândar, morador da Rua Guarani, na Região Central, foi presidente da Adoração de 1994 a 2009. Hoje, faz parte da diretoria. Dos momentos mais marcantes, em mais de meio século de dedicação, o advogado conta a madrugada em que um adorador passou mal e pediu um copo d’água. “Ele bebeu, agradeceu e faleceu, aqui, perante Jesus”, relembra. Fala ainda de pessoas com tendências suicidas que, ali, tiveram suas vidas transformadas.
Transformação 
Maria Noêmia Diniz Mateus, de 62, de Carmo do Cajuru, há 10 anos, ao menos três vezes por semana marca presença na Igreja da Boa Viagem. Entre 23h e 1h, a vendedora autônoma faz suas preces e agradece graças alcançadas em família. Diz que a Adoração é herança deixada pela avó, Carmelita. Moradora do Bairro Havaí, na Região Oeste da capital, Maria Noemia enfrenta a vinda e a volta de ônibus pelo amor ao Santíssimo. Prefere a noite e ajuda a reforçar os horários em que o movimento diminui. Na noite do dia 28 para 29, por exemplo, a Adoração das 23h caiu de 115 para 4, à meia-noite. Apenas três pessoas até às 2h.
Entre os seis adoradores que esperaram o sol voltar a iluminar o santuário estava José Antônio Pereira dos Santos, de 60, do Bairro Carlos Prates. Casado, pai de três filhas e avô de sete netos, há 10 anos, todos os dias – inclusive aos sábados, domingos e feriados –, José Antônio dedica oito horas de presença ao Santíssimo. Razão especial? “O amor a Deus”. O leigo conta que conheceu a Adoração Perpétua, quando passava de ônibus na Rua Timbiras, numa noite de 1991. “Vi o movimento, procurei saber do que se tratava e passei a frequentar a igreja”. Sacramentino, o homem afirma ter a vida transformada pela presença de Cristo.
Prova de fé para jovens
Não são somente os mais maduros adoradores do Santíssimo na Catedral da Boa Viagem. Muitos moços fazem parte da ação de fé. Há até a “Noite do Jovem”, todo dia 18. Entre os participantes, Gilto D’Alcantara Souza Júnior, de 26. O médico residente se dedica diariamente à adoração, com até duas horas de preces. Para o anestesista, cada dia mais, os mais novos também estão sendo tocados por Deus. O homem se transforma naquilo que contempla. “Quem está no mundo vê as coisas do mundo. Quem está na igreja vê as coisas da igreja”, ressalta.
Integrante da Renovação Carismática Católica, Gilto também faz parte do Projeto Jovens Adultos Master Fanuel, da Paróquia Nossa Senhora Rainha, do Bairro Belvedere, em Belo Horizonte, e da Missão PHN (Por Hoje Não, por hoje não vou mais pecar). O médico fala com alegria do agrupamento de jovens, frequentadores da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, São Paulo. “Cada dia mais, os jovens estão sendo tocados por Deus. Está acontecendo um fenômeno interessante… hoje, muitos jovens estão levando a igreja para casa, convertendo os pais”, comenta.
CARAVANA
A Catedral da Boa Viagem é ponto de encontro das 258 paróquias de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Todo dia 28, há quatro anos, cerca de 120 fiéis da Igreja São Gonçalo, em Contagem, ajudam a multiplicar as horas de Adoração Perpétua, contabilizadas pela Boa Viagem. Augusto Aurélio Noce, de 62, coordenador, fala em “expansão de conhecimento”. “Com este ato de fé, buscamos sair do beatismo sem produtividade. Com o movimento, evangeliza-se para trazer à tona a realidade. É um trabalho de conscientização.
Nos bancos mais próximos ao altar, à meia-noite, uma família chama a atenção. O zelador do dia 28, Carlos Augusto de Azevedo, de 65, ex-oficial do Exército, a apresenta: “É a família do senhor Ildeu”, que desde 1994 comparece. O comerciante Ildeu Rodrigues Machado, de 74, uma vez por mês, traz a mulher e os filhos para a Adoração Noturna. Com ele e a mulher, Maria do Carmo, estão os filhos Moacir e Adriana – ambos com pouco mais de 30 anos. “É um tempo de agradecer. O que ganhamos, agradecemos. O que perdemos, agradecemos também.” Para Ildeu, a fé em Deus é o que mantém a família.
“Os adoradores são soldados de Deus. Por meio de alguns, todos são contemplados” – José Ângelo Superbi, presidente da Adoração Perpétua da Boa Viagem
A força dos bastidores
Homem de devoção, o atual presidente da Adoração Perpétua, José Ângelo Superbi, de 55, conta duas ausências apenas em quase 20 anos de dedicação à Catedral da Boa Viagem. É plantão dele no primeiro dia de cada mês. Vicentino, como a maioria dos zeladores, José Ângelo só vê o mundo ainda possível, “apesar de todas as fraquezas do homem”, graças àqueles que creem em Cristo. “Os adoradores são soldados de Deus. Por meio de alguns, todos são contemplados. O mal não vai vencer”, acredita o comerciante de Ponte Nova, que veio para BH nos anos 1980.
Além da fé inabalável que mantém a Adoração Perpétua há quase 75 anos, há ainda um sistema operacional administrativo de fazer inveja às mais organizadas corporações. Não. Nada de tecnologia ou computadores de primeiro mundo. É por meio de caneta e de papel, em fichas, livros e pastas muito bem organizadas, que relatórios listam e somam hora a hora, desde 31 de outubro de 1937. Centenas de voluntários, dia e noite, cruzam décadas para evitar que a ação seja prejudicada. Não só para que um mínimo de dois adoradores estejam sempre na presença do Santíssimo, mas também para que a contabilidade não falhe.
Entre a boa e generosa gente leiga, que se doa à Adoração, está Elzita Mourão, de 83, desde 1945, de corpo e alma na Catedral da Boa Viagem. Solteira, com 123 sobrinhos, a adoradora considera a igreja “o céu na terra”. De segunda a sexta-feira, das 13h30 às 16h30, Elzita trabalha na administração da obra, “uma bênção para todas as pessoas”. “Se fôssemos escrever todos os milagres que acontecem aqui, seriam livros e mais livros…”, considera. Algum pedido especial atendido, dona Elzita? Aqui, meu filho, não é necessário pedir… Deus se antecipa”, sorri.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Papa Francisco: A divisão entre nós cristãos é um escândalo!

Fonte: ACI Digital
Diante dos milhares de fiéis e peregrinos nesta manhã na Praça de São Pedro, o Papa Francisco dedicou sua catequese a refletir sobre a Semana de oração pela unidade dos cristãos: “um tempo dedicado à oração para seguir a vontade de Cristo”.
O Pontífice recordou que “sábado passado iniciou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se concluirá no próximo sábado, festa da conversão de São Paulo apóstolo. Esta iniciativa espiritual, mais do que nunca preciosa, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os batizados, segundo a vontade de Cristo”.
O Santo Padre disse logo que este ano o tema desta semana veio do Canadá e faz referência à pergunta dirigida por São Paulo aos cristãos de Corinto: “Então estaria Cristo dividido?”. “Certamente Cristo não está dividido. Mas devemos reconhecer sinceramente e com dor que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são um escândalo. As divisões entre nós cristãos são um escândalo. Não há outra palavra: um escândalo. Cada um de vós – escrevia o apóstolo – diz: ‘Eu sou de Paulo’, ‘Eu sou de Apolo’, ‘E eu de Cefas’, ‘E eu de Cristo’”.
“Mesmo aqueles que professavam Cristo como seu líder não são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para separar-se dos outros dentro da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para dividir-nos. O Batismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão que temos em comum. As divisões, em vez disso, enfraquecem a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e arriscam esvaziar a Cruz do seu poder”.
O Santo Padre disse que apesar do “apesar do sofrimento das divisões, que infelizmente ainda permanecem, acolhemos as palavras de Paulo como um convite a alegrar-nos sinceramente pelas graças concedidas por Deus a outros cristãos. Temos o mesmo Batismo, o mesmo Espírito Santo que nos deu a Graça: reconheçamos isso e nos alegremos”.
“É belo reconhecer a graça com a qual Deus nos abençoa e, ainda mais, encontrar nos outros cristãos algo de que necessitamos, algo que podemos receber como um dom dos nossos irmãos e irmãs. O grupo canadense que preparou os subsídios desta Semana de Oração não convidou as comunidades a pensarem naquilo que poderiam dar a seus vizinhos cristãos, mas os exortou a encontrar-se para entender aquilo que todos podem receber de tempos em tempos dos outros”.
Para concluir o Papa disse que “isso requer algo a mais. Requer muita oração, requer humildade, requer reflexão e contínua conversão. Sigamos adiante neste caminho, rezando pela unidade dos cristãos, para que este escândalo seja exterminado e não esteja mais entre nós. Obrigado!”.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O Profeta da mansidão e da ternura

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz
Bispo Diocesano de Campos
A Igreja celebra hoje a festa de São Francisco de Sales, um seguidor de Cristo que se caracterizou pela doçura e pelo diálogo, com os cristãos da Reforma em Genebra sua Diocese. Diante da doutrina fria da predestinação que mostrava um Deus impassível e severo juiz, que causava certamente a angustia de pensar na condenação eterna , São Francisco de Sales vivenciou e testemunhou a confiança inabalável em Deus, conseguindo assim uma grande liberdade e tranquilidade espiritual. Outra marca do seu pastoreio e mensagem foi defender um principio da renovação conciliar: a santidade universal, ou seja, o acesso de todos os batizados a perfeição evangélica. Na sua obra clássica: Filotéia, afirma que cada cristão no jardim de Deus em que foi plantado deve dar frutos de santidade segundo a sua espécie e estado.
Outro aspecto que fez parte da sua forma de relacionar-se com os fieis e a sociedade secular da época foi a sua proverbial gentileza e cortesia, pois, sempre ensinou que se atraem mais moscas com uma gota de mel que com um barril de vinagre, o apostolado inicia com a acolhida bem humorada, empática, e paciente fazendo-se como frisava São Paulo: "tudo para todos" , 1 Cor 9,22 ).
Em 1923 o Papa Pio XI o declarou Padroeiro da Boa Imprensa e de todos os jornalistas, pelo valioso empenho deste santo em usar a mídia impressa para chegar a todos, colocando debaixo das portas das casas dos irmãos de todas as confissões, suas mensagens abertas a reflexão e a tolerância.
Curiosamente nos adverte o Papa Emérito Bento XVI, sua casa em Annecy está de fronte a casa de Jean Jacques Rousseau, duas personalidades confrontadas na modernidade, um o santo convertido a Cristo, revelou o caminho da bondade, mansidão e da confiança para realização da pessoa humana, o outro o arauto da educação "natural" sem interferências, sem levar a sério o pecado original, omitindo qualquer referencia a valores o que seria uma imposição autoritária, terminou colocando seus próprios filhos num abrigo para órfãos, renunciando a sua responsabilidade de pai.
Duas opções e dois caminhos, que também hoje se defrontam no campo da cultura e da educação, mas que olhando para o resultado destas duas pessoas e duas vidas, conhecemos os frutos e as consequências. Deus seja louvado!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Santa Inês - 21 de janeiro

A existência desta mártir de doze anos, que viveu no início do século IV e foi vítima da feroz perseguição de Diocleciano, é bem documentada. Sua popularidade e devoção se estenderam por toda a cristandade desde o início até agora. Acreditando em uma tradição grega o papa Damaso diz que Inês foi martirizada numa fogueira. O poeta Prudêncio e toda a tradição latina afirma que Inês não quis sacrificar à deusa Vesta e por isso foi decapitada. Isso é verossímil. O fato foi comentado por santo Ambrósio com estas palavras: “Em um corpo tão pequeno, havia lugar onde ferir? As meninas da sua idade não resistem ao olhar repreensivo dos pais e o cutucão de uma agulha as faz chorar. Inês, porém, oferece o corpo inteiro ao fio da espada que o carrasco vibra com todo o furor sobre ela”.

Em volta de sua pessoa quiseram tecer as mesmas vicissitudes das outras virgens romanas, também inscritas no Cânon da missa. Segundo essa lenda até o filho do prefeito de Roma foi tentar contra a pureza de Inês. Uma vez desprezado, delatou-a como cristã. O prefeito ordenou-lhe prestar homenagem à deusa Vesta. Levaram-na a um lugar infame. O primeiro homem que se aproximou dela caiu morto a seus pés. Então, decapitaram-na. A obstinação do prefeito não lhe permitiu avaliar o prodígio do testemunho dado a Cristo por esta vida tenra e pura: ele não se rendeu. Um rito antigo perpetua a lembrança deste exemplo de pureza. Na manhã de 21 de janeiro são benzidos dois cordeiros e, depois, oferecidas ao papa as lãs deles para servir de pálio aos arcebispos. Essa antiquíssima cerimônia se desenvolvia na basílica de santa Inês, construída na via Nomentana por Constantina, filha do imperador Constantino, pelos anos de 345, mais ou menos.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Por que o católico não pode ser espírita?

Prof. Felipe Aquino
Cada religião possui seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma. Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não cumprirá honestamente nem uma, nem outra.
O católico não pode ser espírita porque:
1. O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.
2. O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
3. O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.
4. O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.
5. O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.
6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que esta nunca foi inspirada por Deus.
7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.
8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está errado ou foi falsificado.
9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalharam o erro e a incredulidade.
10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra. O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo estava inutilizada e perdida.
11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.
12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.
13. O espírita nega esse augusto mistério.
14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro panteísmo).
15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
16. O católico que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e alma e que o corpo é apena um invólucro temporário, um “alambique para purificar o espírito”.
17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evocação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.

Jovem sacerdote falecido comove as redes sociais com carta dirigida ao Papa

Fonte: ACI Digital
Um jovem sacerdote tem comovido ultimamente as redes sociais com a carta que dirigiu ao Papa Francisco antes de morrer no dia 1 de janeiro, solenidade de Maria Mãe de Deus, devido a um tumor que fez metástase no fígado e no baço. Quem o conhece afirma que o presbítero sempre enfrentou com alegria o sofrimento e que sempre os oferecia pela Igreja e o Santo Padre. 
Segundo informa a página Aleteia, um site de notícias e conteúdo católico ligado ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, o Padre Fabrizio de Michino nasceu em Nápoles no dia 8 de setembro de 1982. Quase três mil pessoas se reuniram na cidade de Ponticelli para despedi-lo na Basílica de Nossa Senhora das Neves, onde era vigário paroquial aos seus 31 anos.
O sacerdote faleceu em sua casa aonde sempre foi visto com “um sorriso e uma palavra de consolo para os parentes e amigos que estiveram ao seu lado até o último suspiro”.
A seguir a carta do falecido sacerdote publicada em português por Aleteia:
Santo Padre,
nas orações diárias que dirijo a Deus, não deixo de rezar pelo senhor e pelo ministério que Deus lhe confiou, para que Ele possa lhe dar forças e alegria para continuar anunciando a boa nova do Evangelho.
Eu me chamo Fabrizio De Michino e sou um jovem padre da diocese de Nápoles. Tenho 31 anos e há cinco sou sacerdote. Desempenho meu serviço no Seminário Arcebispal de Nápoles como professor de um grupo de diáconos, e em uma paróquia em Ponticelli, que se encontra na periferia de Nápoles. A paróquia, recordando o milagre registrado na colina Esquilino, recebe o nome de Nossa Senhora das Neves.
Ponticelli é um bairro degradado por sua pobreza e alta criminalidade, mas a cada dia descubro verdadeiramente a beleza de ver o que o Senhor realiza nestas pessoas que confiam em Deus e na Virgem.
Também eu, desde que estou nesta paróquia, pude ampliar cada vez mais meu amor pela Mãe Celeste, experimentando também nas dificuldades a sua proximidade e proteção. Infelizmente, há três anos eu luto contra uma doença rara: um tumor no interior do coração. Há um mês estou com metástase no fígado e no baço. Nesses anos difíceis, no entanto, nunca perdi a alegria de ser anunciador do Evangelho. Também no cansaço eu percebo, verdadeiramente, esta força que não vem de mim, mas de Deus, que me permite desempenhar com simplicidade o meu ministério. Há uma citação bíblica que tem me acompanhado e me enche de confiança na força do Senhor: “Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne” (Ez 36, 26).
Neste tempo tem sido muito próxima a presença do meu bispo, o cardeal Crescenzio Sepe, que me apoia constantemente, ainda que às vezes me peça para descansar, para que eu não me sobrecarregue.
Agradeço a Deus também por meus familiares e meus amigos sacerdotes que me ajudam e apoiam, sobretudo quando faço as diferentes terapias, compartilhando comigo os momentos de inevitável sofrimento. Também os meus médicos me apoiam muito e fazem o impossível para encontrar os tratamentos adequados para mim.
Santo Padre, estou me alongando muito, mas só quero dizer que ofereço a Deus tudo isso, pelo bem da Igreja e pelo senhor de um modo especial, para que Deus o abençoe sempre e o acompanhe neste ministério de serviço e amor.
Eu lhe rogo que reze por mim: o que peço todos os dias ao Senhor é que seja feita a Sua vontade, sempre e em todas as partes. Não peço a Deus a minha cura, mas a força e a alegria de continuar sendo um verdadeiro testemunho de Seu amor e um sacerdote segundo o Seu coração.
Seguro de suas orações paternas, o saúdo devotamente.
Padre Fabrizio De Michino

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O dia certo para desmontar o presépio e a árvore de Natal

Imagem do presépio de nossa Paróquia, inspirado nos presépios napolitanos
Fonte: Revista Fiel Católico
O NATAL, uma das épocas mais esperadas do ano, em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus Cristo, ao contrário do que muitos pensam, não termina depois das festas. Muitos correm a desmontar o presépio e retirar todos os enfeites que lembram a Natividade do Senhor logo após o dia 25 de Dezembro.
Tanto a árvore de Natal quanto o presépio fazem parte das pias tradições do Natal, e todos os anos casas e ruas são enfeitadas em como símbolo da reverência por esse tempo de espera e alegria pela Encarnação do Salvador do mundo. Os ambientes tornam-se mais agradáveis, e um sutil sentimento de júbilo, inexplicável, incontido, toma conta dos corações e mentes mais sensíveis, até mesmo dos não cristãos. Enfeites, árvores e presépios são alegorias, símbolos que serve para nos fazer lembrar desse época tão santa e tão importante.
Geralmente, o recomendado é que se monte o presépio, a árvore e os enfeites de Natal pelo início do Tempo do Advento, que começa com as vésperas do domingo mais próximo ao dia 30 de novembro. E para desmontá-lo, tem alguma data certa? A resposta é sim. E se possível, desmonte neste dia, pois isso também é uma piedosa e importante tradição, principalmente para os católicos.
Apesar de muita gente achar que se deve desmontar o presépio e a árvore de Natal no dia da Epifania, mais conhecido como Dia de Reis, em que os "Reis Magos" visitaram o Menino Jesus recém-nascido, não é essa data em que se deve desmontar a árvore e o presépio. - Dom Tomé, bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP), esclarece: "O dia de desmontar o Presépio, corretamente, é sempre no dia seguinte à Solenidade do Batismo de Jesus, quando se encerra o Tempo do Natal. Esta é uma solenidade móvel, sem data fixa".
Neste ano, 2014, a festa do Batismo do Senhor será em 12 de janeiro. Desmonte o presépio, portanto, no dia 13. É nesse dia que começa o Tempo Comum na Liturgia.

Outras imagens do presépio de nossa Paróquia, que poderá ser visitado até o dia 12 de janeiro, na igreja matriz de São Francisco de Assis e Santa Clara.







Acreditamos no amor (I Jo 4,16)

Ana Neucele
O título do primeiro capítulo da carta encíclica Lumen Fidei é precisamente este: Acreditamos no amor. Este foi o testemunho do apóstolo João e de todos os demais apóstolos. Acreditar no amor decorre da experiência que se faz do mesmo. O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado – Rm 5,5. A experiência do amor de Deus por nós é antes de tudo uma iniciativa divina.
Mulher, ninguém te condenou? Ninguém, Senhor. Eu também não te condeno. Vá em paz e não te tornes a pecar. Jo 8, 10-11
A palavra ‘conhecer’ na Bíblia muitas vezes expressa uma relação pessoal entre o que se conhece e o que é conhecido, diz respeito a experiência de algo ou de alguém. Se digo ‘conheço o amor de Deus’, isto deve ser entendido ‘eu experimento o amor de Deus em mim, por mim e ao meu derredor’. Esta experiência é fundamental na vida de um cristão que é enviado para dar testemunho do amor. Todo batizado está capacitado para tal testemunho. O Espírito Santo nos foi dado. É o Espírito Santo quem atesta que sou amada por Deus, que sou preciosa, que valho mais que pássaros, que meu nome está gravado na mão de Deus, que os olhos amorosos de Deus estão sobre mim, que Deus guarda meus passos noite e dia, que Deus cuida de mim nos mínimos detalhes da minha existência. Na medida em que o Espírito Santo testemunha a verdade, Ele também se encarrega de conduzir à verdade e para o cristão a verdade é uma pessoa: Jesus Cristo. O Espírito Santo nos leva a Jesus – a prova mais brilhante do amor de Deus pelos homens. ‘Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna’ – Jo 3, 16. O testemunho do Espírito Santo é verdadeiro, pois Ele é o Espírito da Verdade. O fato, porém, é que muitos daqueles que se dizem cristãos ainda estão fechados à ação maravilhosa do Espírito Santo. Quem acolhe o testemunho do Espírito Santo goza do encontro pessoal com Jesus Cristo. Deste encontro a existência humana ganha um outro colorido. ‘Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!’ – II Co 5, 17. Vamos lançando fora da nossa vida tudo que é caduco, ultrapassado. A novidade é uma vida pontilhada toda ela pelo amor.  O amor nos vai fazendo entender que muito do que existe em nossas vidas está na linha das vãs preocupações e por isso lançamos fora.
Há quem não acredita no amor e outros que fizeram da própria existência um eloquente testemunho do amor.  Fica a questão: em qual destes grupos eu me encontro?

sábado, 4 de janeiro de 2014

Papa doa R$ 11,7 milhões para saldar dívida da JMJ

Fonte: Canção Nova
A Assessoria de Imprensa do Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 informou nesta sexta-feira, 3, que o Papa Francisco dispôs a contribuição de R$ 11,7 milhões para saldar parte dos últimos investimentos feitos para a realização da Jornada.
Segundo a nota divulgada pelo COL, "quando o Papa Francisco esteve no Rio, em julho de 2013, ficou bem impressionado com tudo que experimentou naqueles dias, manifestando a intenção de contribuir financeiramente com a Jornada Mundial da Juventude. Foi uma iniciativa que partiu dele, reconhecendo a importância da JMJ para a juventude, a sociedade e a Igreja". 
A JMJ foi pensada pelo Papa João Paulo II e trata-se do maior evento católico do mundo e de grande importância para a evangelização. 
A vinda do Papa Francisco ao Brasil foi a primeira viagem internacional de seu Pontificado e o primeiro retorno à América Latina após ter sido eleito Papa. No Rio de Janeiro, o Pontífice encontrou uma Igreja jovem, viva e atuante. Sensibilizado, ele propôs contribuir com a ajuda financeira para saldar parte dos últimos investimentos da Jornada.
Dívidas 
Há um esforço local para saldar os compromissos financeiros assumidos pelo COL. Os contratos que ainda estão em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem ser quitados o mais breve possível. Após o evento, com a negociação com fornecedores da JMJ e venda de um imóvel, o saldo da dívida com credores ficou em R$ 43,2 milhões. O imóvel, de propriedade da Casa do Pobre de Nossa Senhora de Copacabana, foi vendido a título de empréstimo.
Desde outubro está sendo realizada uma campanha de doações. A JMJ também lançou quatro produtos, cujas vendas serão fonte de recursos. São três DVDs e um CD. O DVD “Papa Francisco no Brasil - A Santa Missa” traz a Missa celebrada pelo Papa Francisco no encerramento da JMJ Rio2013 na Praia de Copacabana. O documentário “Rio de Fé, um encontro com Papa Francisco”, dirigido por Cacá Diegues, foi lançado em 6 de dezembro. O terceiro DVD da JMJ Rio2013 chegou às lojas no dia 10 de dezembro. É um DVD duplo, chamado "Uma Jornada de Esperança", que traz a cobertura completa da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.
Todos os gastos da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 estão sendo pagos com recursos próprios. O COL esclareceu que não houve qualquer aporte de dinheiro público, sendo falsa a informação publicada pela imprensa, de que a Jornada teria recebido R$ 118 milhões dos Governos Federal, Estadual e Municipal. A participação da administração pública se deu exclusivamente para assegurar o funcionamento dos serviços públicos essenciais durante o evento, sem qualquer repasse financeiro.
A JMJ Rio2013 considera a isenção fiscal a prestadores de serviços como uma forma de apoio, mas não um aporte financeiro para o evento. Consideramos aporte financeiro a injeção direta de recursos públicos nas contas da JMJ, o que não ocorreu. 
A Jornada foi equiparada aos grandes eventos, como Copa e Olimpíadas, considerados de interesse público. A JMJ deixou um valioso legado econômico, social e, principalmente, uma juventude que quer ser protagonista de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Santíssimo Nome de Jesus

É em nome do Divino Salvador que a Igreja reza, cura os enfermos, evangeliza os povos, expulsa os demônios, enfim, realiza sua obra de salvação das almas.

E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz" 
(Is 9, 5).

Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa "Deus conosco"! Como o Arcanjo Gabriel deve ter enlevado a Santíssima Virgem Maria - que ponderava todas as coisas em seu coração - com estas palavras no momento da Anunciação: "E Lhe porás o nome de Jesus"! (Lc 1,31).
Fecunda fonte de inspiração
Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.
Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado.
É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: "Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá" (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!
Invoque este nome poderosíssimo!
A Santa Igreja, mãe próvida e solícita, concede indulgências a quem invocá-lo com reverência, inclusive põe à disposição de seus filhos a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com freqüência.
No século XIII, o Papa Gregório X exortou os bispos do mundo e seus sacerdotes a pronunciar muitas vezes o nome de Jesus e incentivar o povo a colocar toda sua confiança neste nome todo poderoso, como um remédio contra os males que ameaçavam a sociedade de então. O Papa confiou particularmente aos dominicanos a tarefa de pregar as maravilhas do Santo Nome, obra que eles realizaram com zelo, obtendo grandes sucessos e vitórias para a Santa Igreja.
Um vigoroso exemplo da eficácia do Santo Nome de Jesus verificou-se por ocasião de uma epidemia devastadora surgida em Lisboa em 1432. Todos os que podiam, fugiam aterrorizados da cidade, levando assim a doença para todos os recantos de Portugal. Milhares de pessoas morreram. Entre os heróicos membros do clero que davam assistência aos agonizantes estava um venerável bispo dominicano, Dom André Dias, o qual incentivava a população a invocar o Santo Nome de Jesus.
Ele percorria incansavelmente o país, recomendando a todos, inclusive aos que ainda não tinham sido atingidos pela terrível enfermidade, a repetir: Jesus, Jesus! "Escrevam este nome em cartões, mantenham esses cartões sobre seus corpos; coloquem-nos, à noite, sob o travesseiro; pendurem-nos em suas portas; mas, acima de tudo, constantemente invoquem com seus lábios e em seus corações este nome poderosíssimo".
Maravilha! Em um prazo incrivelmente curto o país inteiro foi libertado da epidemia, e as pessoas agradecidas continuaram a confiar com amor no Santo Nome de nosso Salvador. De Portugal, essa confiança espalhou-se para a Espanha, França e o resto do mundo.
Uma retribuição agradável a Deus
O ardoroso São Paulo é o apóstolo por excelência do Santo Nome de Jesus. Diz ele que este é "o nome acima de todos os nomes", e louva seu poder com estas palavras: "Ao nome de Jesus dobrem-se todos os joelhos nos céus, na terra e nos infernos" (Fil 2,10).
São Bernardo era tomado de inefável alegria e consolação ao repetir o nome de Jesus. Ele sentia como se tivesse mel em sua boca, e uma deliciosa paz em seu coração. São Francisco de Sales não hesita em dizer que quem tem o costume de repetir com freqüência o nome de Jesus, pode estar certo de obter a graça de uma morte santa e feliz. Outro imenso favor!
Mas este grande dom não nos pede alguma retribuição?
Sim. Além de muita confiança e gratidão, o desejo sincero de viver em inteira consonância com as infinitas belezas contidas no santíssimo Nome de Jesus. E também - a exemplo do venerável bispo português Dom André Dias - o empenho em divulgá-lo aos quatro ventos. Digna de honra e louvor é a mãe verdadeiramente católica, que ensina seus filhos a pronunciar os doces nomes de Jesus e de Maria mesmo antes de dizer mamãe e papai, bem como a pautar sua vida pela desses dois modelos divinos.
Muitos habitantes de Jerusalém assistiram à cena tão bem narrada nos Atos dos Apóstolos, que o leitor tem a impressão de estar também presente.
Pedro e João subiam ao Templo para rezar. Um coxo de nascença, postado na Porta Formosa, lhes pediu esmola.
- Olha para nós! - disse-lhe o Príncipe dos Apóstolos. - O pobre fitou-os com atenção, perguntando- se quanto iria receber.
- Não tenho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda. - Dando um salto, o aleijado pôs-se de pé e entrou com eles no Templo, saltando e louvando a Deus. E de tal forma agarrou-se aos dois Apóstolos que em torno destes juntou-se uma multidão estupefata. Ao ver isso, Pedro assim falou:
- Varões israelitas, por que olhais para nós, como se por nosso poder tivéssemos feito andar este homem? O Deus de nossos pais glorificou seu filho Jesus. Mediante a fé em seu nome é que esse mesmo nome deu a cura perfeita a este homem que vós vedes e conheceis.
Não há outro nome pelo qual sejamos salvos
Continuou São Pedro seu discurso, exortando os ouvintes à conversão, até ser interrompido por alguns sacerdotes e saduceus, acompanhados do chefe da guarda do Templo, o qual prendeu os dois homens de Deus. No dia seguinte, foram eles conduzidos à presença do Sumo Sacerdote e seu Conselho.
- Com que poder e em nome de quem fizestes isso? - perguntaram-lhe. A resposta veio serena, mas firme:
- Príncipes do povo e anciãos, ouvi- me! Já que somos aqui interrogados sobre a cura de um homem enfermo, seja notório a todo o povo de Israel que é em nome de Jesus Cristo Nazareno, é por ele que este homem está são diante de vós. Não há salvação em nenhum outro, porque não há sob o céu nenhum outro nome pelo qual devamos ser salvos.
Por que proibir?
A firmeza do Primeiro Papa deixou desconcertados os inimigos de Jesus. Fazendo-os sair da sala do Conselho, deliberaram entre si: "Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar. Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos que no futuro falem a alguém nesse nome" (At 4, 16-17).
Chamaram, então, de volta os dois discípulos do Senhor e os intimaram terminantemente a nunca mais falar ou ensinar em nome de Jesus. Ordem à qual, aliás, Pedro e João declararam de forma categórica que não obedeceriam, pois deviam obediência a Deus antes de tudo. Qual o motivo de tão injustificada proibição?
Na perspectiva dos inimigos de Deus e de sua Igreja, não é difícil entender a razão: muitos dos que ouviram aquela pregação de São Pedro creram, "e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil" (At 4, 4). Compreende-se, assim, a sanha do Sinédrio, pois percebia bem que, nessa proporção, em pouco tempo a Igreja se expandiria por todo o mundo.
Pregar o Evangelho é proclamar o nome de Jesus
Como poderia a Santa Igreja deixar de orar, pregar, batizar e curar em nome de Jesus?
Desde os primeiros dias do Cristianismo, pregar o Evangelho é proclamar esse nome glorioso entre todos. É pelo seu poder divino que se operam os milagres: "Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas (...) imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados" (Mc 16, 17-18).
O nome do Redentor não podia deixar de ocupar um lugar proeminente na vida da Igreja, uma vez que Ele próprio afirmou: "Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei" (Jo 14, 13). E no ato do Batismo, pelo qual nasce o cristão, é "em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" que a alma é lavada, santificada e justificada (Cf. 1Co 6, 11).
Tudo isso tem uma valiosa aplicação em nossa vida de católicos: a invocação do Santíssimo Nome de Jesus é uma fonte inesgotável de graças para a santificação pessoal e as obras de evangelização. (Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2005, n. 37, p. 22-25)