terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mônica, simplesmente Mônica

Frei Almir Ribeiro Guimarães
Fonte: franciscanos.org.br  
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Santa Mônica, esposa, mãe e viúva
1Tessalonicenses 2, 1-8; Mateus 23, 23-26
Comemoramos hoje uma mulher especialmente forte, pertinaz e profundamente cristã. Estamos falando de Mônica, a mãe de Santo Agostinho. Chorou os pecados e desvarios do filho e alcançou a graça de ser mãe de um dos maiores nomes da história do cristianismo. Com preces e lágrimas conseguiu a graça da transformação do filho.
Mônica nasceu em Tagaste ( atual Souk Ahras, na Argélia), em 382, no seio de uma piedosa família. Recorda-se ela que, na adolescência, uma serva a acusou de beberrona porque bebia vinho quando ia buscá-lo na cantina: essa acusação, segundo suas próprias palavras, salvou-a do vício da embriaguez. Casou-se com Patrício, homem bom, mas de temperamento irascível; soube servi-lo e suportá-lo, também na infidelidade, com muita docilidade e paciência. Teve dois filhos, Agostinho e Navígio (e uma filha que morreu como superiora de mosteiro em Hipona, em 424). O marido, legionário romano pagão, converteu-se como catecúmeno em 371 e morreu no ano seguinte, depois de ter sido batizado no leito de morte. Mônica se viu sozinha diante da conduta desordenada do filho Agostinho que, aos dezesseis anos (simples catecúmeno) já se havia abandonado às suas paixões (dos espetáculos trágicos aos seus amores) e às ideias distorcidas dos maniqueus. Mônica seguiu Agostinho de Medaura a Cartago, “e num sonho (que impressionou Agostinho) compreendeu que devia permitir que esse filho extraviado vivesse em casa, em vez de afastá-lo por causa dos erros. Enganada por Agostinho quando da viagem à Itália, Mônica pôde juntar-se a ele só mais tarde, quando ele já havia sido conquistado pelas pregações de santo Ambrósio de Milão, onde tinha obtido uma cadeira de retórica. Na Páscoa de 387, teve a alegria de assistir ao batismo do filho convertido. Pelo fim desse ano, tendo vivido por algum tempo em Cassiciaco com o filho e os amigos, morreu em Óstia, antes de embarcar para a África e foi sepultada nesta terra que se tornou como que um porto para o céu (Informações do livro “Os santos do calendário romano, de Enzo Lodi, Paulus, p.350-351).
Belo o texto do Prefácio da festa de Santa Mônica, do Missal Agostiniano:
Acima de tudo é justo para nós
na festa da santa mãe Mônica,
louvar os teus dons.
Vivificada em Cristo,
ela viveu de modo tal que sua fé e sua conduta
constituíam um louvor ao teu nome
e em seu coração ela sentia tua presença.
Ela ganhou para ti seu esposo.
Nutriu espiritualmente os filhos,
gerando-os tantas vezes quantas os via distanciar-se de ti;
e lhe concedeste, por suas sinceras e quotidianas lágrimas,
que seu filho Agostinho não se perdesse.

Francisco vai como peregrino a Assis

Fonte: Agência Ecclesia
O Papa Francisco vai visitar a cidade onde nasceu e morreu São Francisco de Assis, a pé como um simples peregrino, a 4 de outubro, quando a Igreja católica celebra liturgicamente a festa deste santo.
Francisco desloca-se a Assis, região da Úmbria, centro da Itália, para homenagear a cidade onde São Francisco de Assis (c. 1181-1226) nasceu e fundou uma ordem religiosa e visitar lugares ligados ao franciscanismo.
O Papa pretende visitar a cidade do padroeiro de Itália, que o inspirou na escolha do nome para o pontificado, “a pé como um simples peregrino”, divulgou a Rádio Vaticano.
Francisco doará o óleo para a lâmpada votiva que será acesa nessa ocasião com a presença dos bispos da Úmbria.
O itinerário definitivo só será divulgado no início de setembro, mas, além da Basílica de Assis, onde estão as relíquias de São Francisco, o Papa gostaria de visitar Porciúncula, a terceira igreja restaurada por São Francisco, o lugar onde o pobrezinho de Assis faleceu, Santa Clara e o Ermo das Prisões.
Já confirmada, pelo assessor monsenhor Peter Wells, está a visita ao Instituto Seráfico de Assis “especializado na reabilitação, educação e inserção social de pessoas com graves distrofias físicas e mentais”, que no dia 12 de junho convidaram Francisco.
Segundo a Rádio Vaticano, são esperadas 30 mil pessoas de Assis e mais 300 mil da Úmbria, da Itália e do estrangeiro.
Por motivos de logística foi adiantado que o Papa fará a viagem de helicóptero e não de trem.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Consumo ultrapassou capacidade de renovação que a Terra poderia oferecer

Fonte: Portal Um
A cota de recursos naturais que a natureza poderia oferecer em 2013 se esgotou na última terça-feira (20). A data, inclusive, assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. 
O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF.
O levantamento compara a demanda sobre os recursos naturais empregados na produção de alimentos e o uso de matérias-primas com a capacidade da natureza de regeneração e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos). Em menos de oito meses, o consumo global exauriu tudo o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente.
De acordo com a Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia.
Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando “no vermelho da conta bancária da natureza” cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro.
Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. “Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães.
Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. “Assim conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável”.
Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los. As projeções indicam que se o estilo de vida continuar no ritmo atual, o homem precisará de duas Terras antes de 2050.
Estudos da ONG internacional mostram que, no início da década de 1960, a humanidade empregou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Esse panorama começou a mudar na década seguinte, quando o aumento das emissões de gás carbônico e a demanda humana por recursos naturais passaram a exceder a capacidade de produção renovável do planeta.
Atualmente, mais de 80% da população mundial vivem em países que usam mais recursos do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países devedores ecológicos já esgotaram seus próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network, os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm e seriam necessárias quatro Itálias para abastecer os italianos.
Nesse panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ao lado das nações que ainda são credoras ambientais, com reservas naturais abundantes. Esse quadro, porém, está mudando. O presidente da ONG, Mathis Wackernagel, lembra que o país tem uma grande riqueza natural que está sob pressão devido ao aumento populacional e aos padrões de consumo. “O Brasil precisa reconhecer sua riqueza e como pode usá-la sem gastá-la. O capital natural vai se tornar cada vez mais importante em um mundo com restrições de recursos”, disse Mathis, que enfatiza a importância de se investir em energia solar e eólica.
Segundo o diretor executivo da Conservação Internacional, o Brasil ainda tem abundância de capital natural e espaço para crescer. “Os países desenvolvidos já ultrapassaram o limite de consumo de matérias-primas naturais. Se todos os habitantes da Terra tivessem o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, nós íamos precisar de quase cinco planetas para dar conta das demandas da população. O padrão de consumo dos países desenvolvidos desorganiza essa balança e o Brasil está na posição intermediária caminhando a passos largos para ser um alto consumidor de capital natural”, declarou André Guimarães.
Para ambientalistas, a sociedade precisa repensar seu estilo de vida. Nesse contexto, dizem, a educação e a informação são instrumentos importantes para uma mudança de valores. De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais. “Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias e o estímulo ao consumo responsável são essenciais para reduzir a pegada ecológica”, disse Maria Cecília.
Ela lembra que as pessoas podem fazer sua parte. Reduzir o desperdício de água e energia, o consumo de carne bovina e de alimentos altamente processados, usar mais transporte coletivo e adquirir produtos certificados são algumas das atitudes recomendadas.
“É importante que as pessoas se lembrem de que qualquer desperdício de energia, por menor que pareça, está sendo feito às custas do planeta ao gastar mais combustível fóssil. Podemos fazer nossas escolhas lembrando que a Terra é finita, como é a nossa conta no banco. A gente só tem esse planeta, por que não cuidar dele?”, ressaltou a secretária-geral do WWF-Brasil.

domingo, 25 de agosto de 2013

Revista digital sobre catequese é lançada no Dia do Catequista

Fonte: Franciscanos.org.br
Às vésperas do Dia do Catequista, celebrado no próximo dia 25 de agosto, a empresa Minha Paróquia sai na frente e oferece à Igreja do Brasil um serviço voltado exclusivamente para os catequistas: a revista digital “Sou Catequista”.
A publicação é assessorada pelo Pe. Jose Alem, com o apoio da Arquidiocese de Campinas. O aplicativo está disponível gratuitamente para tablets e smartphones com os sistemas Android e IOS (iPad, iPhone e iPod touch) e também há uma versão para leitura interativa no site www.soucatequista.com.br, que permite fazer o download em PDF (Acrobat Reader).
Segundo Ana Paula, jornalista responsável pelo projeto, a ideia da revista digital surgiu com a intenção de oferecer conteúdos aprofundados para catequistas, mas com uma linguagem nova e através de mecanismos modernos. “Nossa maior preocupação é apresentar conteúdos que estejam alinhados às questões atuais da sociedade, com total abertura aos sinais dos tempos; por esse motivo, optamos por inovar, trazendo uma revista digital direcionada aos catequistas — não somente do Brasil, mas dos demais países de língua portuguesa —, aproveitando essa abertura que nos dá a internet”, explica no editorial da revista.
O acesso às novas tecnologias na rotina das pessoas tem provocado diversos debates entre estudiosos. Um dos últimos levantamentos realizados pela consultoria Nielsen revelou que o Brasil já é o 4º no mundo a utilizar tablets e smartphones: 3 em cada 10 pessoas possuem um desses dispositivos para acessar redes sociais, e-mails e ler publicações. “Como nossa intenção é chegar ao máximo de catequistas com esse material de qualidade, focamos o trabalho 100% digital e, com isso, ampliamos as possibilidades além do texto, inserindo conteúdos multimídia. É bom também perceber a vantagem em ter algo que pode ser lido com facilidade, por exemplo, no ônibus ou no intervalo da faculdade”, explica a jornalista.
A primeira edição traz 80 páginas com textos exclusivos feitos com a colaboração de 20 colunistas, dentre eles Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, e sacerdotes e catequistas membros da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.
Identidade e vocação do catequista
Dom Jacinto Bergmann, arcebispo de Pelotas e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, iniciou sua mensagem pelo Dia do Catequista, publicada nesta semana, com a pergunta: “O que seria da Igreja no Brasil sem a plêiade de catequistas espalhados por todas as ‘periferias existenciais’ do seu imenso território?”. Este grupo conta com cerca de 800 mil pessoas, segundo dados da comissão liderada por Dom Jacinto, e desempenha um papel único na evangelização.
A matéria de capa da primeira edição da revista digital Sou Catequista traz como manchete “Catequistas: jardineiros que cultivam o jardim da fé”, segundo reflexão de Frei Almir Guimarães e depoimentos de seis catequistas de diferentes localidades do Brasil sobre a identidade e vocação do catequista.
“O nome da revista já expressa identidade: ‘sou catequista’. Buscamos um grupo muito especial da Igreja que, antes de qualquer coisa, possui um chamado de Deus para servir, ser inspirado e inspirar pessoas. Queremos levar, com esta matéria de capa e com os vários artigos desta edição, o ânimo para seguir em frente, dizer que vale a pena tanto esforço e que agora podem contar com mais um apoio: uma revista digital, rica em conteúdo e interatividade”, conclui Ana Paula.
Serviço
Revista digital Sou Catequista
Publicação mensal gratuita
Site: www.soucatequista.com.br
Versão para Android: http://goo.gl/UWg9U0

"Ânimo e coragem para entrar pela porta estreita, que é Jesus", disse o Papa

Fonte: Vaticano
O Papa Francisco recitou a Oração mariana do Ângelus neste domingo, 25 de agosto, da janela do apartamento Pontifício, diante de milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro.
Antes de lançar um novo apelo pela paz na Síria, o Santo Padre falou sobre a salvação eterna e o convite de Jesus para passarmos pela porta estreita.
“Esforçai-vos para entrar pela porta estreita”, respondeu Jesus a alguém que lhe interpelou no caminho para Jerusalém sobre quantos seriam salvos. “O Senhor – observou o Papa – indica assim qual é o caminho da salvação. Mas qual é a porta que devemos entrar?”.
O Papa explicou que a imagem da porta aparece várias vezes no Evangelho “e evoca aquela da casa, do lar doméstico, onde encontramos segurança, amor, calor. Jesus nos diz que existe uma porta que nos faz entrar para a família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele.
“Esta porta é o próprio Jesus. Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta, que é Jesus, nunca está fechada, está sempre aberta a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios. Porque vocês sabem, Jesus não exclui ninguém. Alguém entre vocês poderia me dizer: ‘Mas, Padre, eu sou excluído porque sou um grande pecador: fiz coisas erradas, fiz tantas coisas erradas, na vida...’. Não. Você não está excluído” Precisamente por isto és o preferido, porque Jesus prefere o pecador, sempre. Para perdoá-lo, para amá-lo...Jesus está te esperando para abraçar-te, para perdoar-te. Não tenha medo. Ele te espera. Tenha ânimo, tenha coragem para entrar na sua porta”.
“Todos – acrescentou o Papa - são convidados a passar por esta porta, passar pela porta da fé, entrar na sua vida e deixá-Lo entrar na nossa vida, para que a transforme, renove, dê a ela alegria plena e duradoura”.
Após, Francisco observou que “passamos diante de tantas portas que nos convidam a entrar e prometem uma felicidade que dura um instante, se esgota em si mesma e não tem futuro”. E exortou:
“Gostaria de dizer com força: não tenhamos medo de passar pela porta da fé em Jesus, de deixá-lo entrar sempre mais na nossa vida, de sairmos dos nossos egoísmos, dos nossos fechamentos, das nossas indiferenças em relação aos outros. Porque Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que não se apaga nunca. Não é um fogo de artifício, não é um flash, não! É uma luz tranqüila que dura para sempre e nos dá paz. Assim é a luz que encontramos se entramos pela porta de Jesus”.
O Papa explica então, que “a porta de Jesus é uma porta estreita, não porque seja uma sala de tortura, mas porque exige abrir o nosso coração a Ele, reconhecermo-nos pecadores, necessitados de sua salvação, do seu perdão, do seu amor, de ter a humildade em acolher a sua misericórdia e de nos deixar renovar por Ele”, e recorda que “Jesus no Evangelho nos diz que ser cristão não é ter uma ‘etiqueta’”:
“E eu pergunto a vocês: vocês são cristãos de etiqueta ou de verdade? Mas cada um de nós responda dentro de si mesmo, eh...? Nunca cristãos de etiqueta! Mas cristãos de verdade, de coração. Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, na promoção da justiça, no fazer o bem. Pela porta estreita que é Cristo deve passar toda a nossa vida”.
A Virgem Maria, Porta do Céu, o Papa Francisco pediu “que nos ajude a atravessar a porta da fé, a deixar que o seu Filho transforme a nossa existência como transformou a sua para levar a todos a alegria do Evangelho”.
Na saudação final aos diversos grupos, incluindo um grupo vindo de São Paulo, o Santo Padre recordou que para muitos este período marca o fim do período de férias de verão, desejando “um retorno sereno aos compromissos da vida cotidiana, olhando o futuro com esperança”. (JE)
No Ângelus deste domingo o Papa Francisco lançou um novo apelo pela paz na Síria, especialmente após as notícias e imagens vindas daquele país ao longo desta semana. No país, após quase dois anos e meio de guerra civil, morreram mais de 100 mil pessoas, das quais 7 mil crianças. Mais de 4 milhões de refugiados e deslocados, 1/5 da população síria.
“Com grande sofrimento e preocupação continuo a acompanhar a situação na Síria. O aumento da violência em uma guerra entre irmãos, com o multiplicar-se de tragédias e atos atrozes, que todos pudemos ver também nas terríveis imagens destes dias, me impele uma vez mais a exortar para que cesse o barulho das armas. Não é o conflito que oferece perspectivas de esperança para resolver os problemas, mas a capacidade de encontro e de diálogo”.
Do fundo do seu coração o Papa exprime a sua proximidade com a oração e a solidariedade para com todas as vítimas deste conflito, para com todos aqueles que sofrem, especialmente as crianças e convida a manterem sempre acesa a chama da esperança de paz:
“Faço um apelo à Comunidade Internacional para que se mostre mais sensível para com esta trágica situação e faça tudo o que for necessário para ajudar a cara Nação síria a encontrar uma solução para a uma guerra que semeia destruição e morte”.
Ao final, o Santo Padre convidou os presentes a rezar a Maria, Rainha da Paz!

Papa prepara encíclica sobre a pobreza

Fonte: Agência Ecclesia
Redação do documento «Bem-aventurados os pobres» e de uma exortação apostólica sobre a Nova Evangelização ocupam o tempo de verão do Papa
«Bem-aventurados os pobres» é o título da nova encíclica em que Francisco está trabalhando, centrada na pobreza, tema de eleição do Papa.
Segundo a Rádio Vaticano, o texto deverá interpretar a pobreza do ponto de vista evangélico e não no sentido ideológico ou político, como o próprio Francisco já referiu.
O Papa argentino também trabalharará na exortação apostólica sobre a nova evangelização que deverá ser publicada a 24 de novembro, data em que o Ano da Fé chega ao seu término.
O documento retoma o conteúdo e o esboço da exortação pós-sinodal da Assembleia Geral dos bispos sobre a nova evangelização, realizada no Vaticano em outubro passado, e segundo o próprio Francisco, o tema será abordado num contexto mais amplo, inspirando-se na «Evangelii nuntiandi», exortação de Paulo VI, de 1975.
O Papa Francisco renunciou às férias em Castel Gandolfo e encontra-se no Vaticano a trabalhar.
Quase dois meses depois da sua publicação, a encíclica «Lumen fidei», escrita pelo Papa emérito Bento XVI e pelo Papa Francisco vendeu, na Itália mais de 200 mil exemplares.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Assunção da Virgem Maria

Padre Paulo Ricardo
A Assunção de Maria torna-se para nós um sinal de esperança certa e de consolação!
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade...» (Lc 1, 39). As palavras deste trecho evangélico fazem-nos vislumbrar, com os olhos do coração, a jovem de Nazaré a caminho da cidade da Judeia, onde morava a sua prima, para lhe oferecer os seus serviços. Aquilo que nos surpreende acima de tudo, em Maria, é a sua atenção repleta de ternura pela sua parente idosa. Trata-se de um amor concreto, que não se limita a palavras de compreensão, mas que se compromete pessoalmente numa verdadeira assistência. À sua prima, a Virgem não dá simplesmente algo que lhe pertence; Ela dá-se a si mesma, sem nada exigir como retribuição. Ela compreendeu de maneira perfeita que, mais do que um privilégio, o dom recebido de Deus constitui um dever, que a empenha no serviço aos outros, na gratuidade que é própria do amor.
A minha alma proclama a grandeza do Senhor...(Lc 1, 46). No seu encontro com Isabel, os sentimentos de Maria brotam com vigor no cântico do Magnificat. Através dos seus lábios exprimem-se a expectativa repleta de esperança dos «pobres do Senhor», e a consciência do cumprimento das promessas, porque Deus «se recordou da sua misericórdia» (cf. Lc 1, 54).
É precisamente desta consciência que brota a alegria da Virgem Maria, que transparece no conjunto do cântico: alegria de saber que Deus olha para Ela, apesar da sua fragilidade (cf. Lc 1, 48); alegria em virtude do serviço que lhe é possível prestar, graças às grandes obras que o Todo-Poderoso realizou em seu favor; alegria pela antecipação das bem-aventuranças escatológicas, reservadas aos humildes e aos famintos (cf. Lc 1, 52-53).
Depois do Magnificat chega o silêncio; nada se diz acerca dos três meses da presença de Maria ao lado da sua prima Isabel. Talvez nos seja dita a coisa mais importante: o bem não faz ruído, a força do amor expressa-se na discrição tranquila do serviço quotidiano.
Mediante as suas palavras e o seu silêncio, a Virgem Maria aparece como um modelo ao longo do nosso caminho. Não se trata de um caminho fácil: em virtude da culpa dos seus pais primitivos, a humanidade traz em si a ferida do pecado, cujas consequências ainda continuam a fazer-se sentir nas pessoas remidas. Mas o mal e a morte não terão a última palavra! Maria confirma-o através de toda a sua existência, sendo testemunha viva da vitória de Cristo, nossa Páscoa.
Os fiéis compreenderam-no, reconhecendo nela «a mulher revestida de sol (Ap 12, 1), a Rainha que resplandece junto do trono de Deus e intercede em favor deles.
No dia de hoje, a Igreja celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, de corpo e alma. Os dois dogmas da Imaculada Conceição e da Assunção estão intimamente ligados entre si. Ambos proclamam a glória de Cristo Redentor e a santidade de Maria, cujo destino humano já está perfeita e definitivamente realizado em Deus.
E quando Eu tiver partido e vos tiver preparado um lugar, voltarei e levar-vos-ei comigo para que, onde Eu estiver, vós estejais também, disse-nos Jesus (Jo 14, 3). Maria é o penhor e o cumprimento da promessa de Cristo. A sua Assunção torna-se para nós um sinal de esperança certa e de consolação (Lumen gentium, 68).
João Paulo II, Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, 15 de Agosto de 2004

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mensagem do Papa para a Semana Nacional da Família no Brasil

Nesta semana em que a Igreja Católica no Brasil celebra a Semana Nacional da Família, o Papa Francisco divulga mensagem exortando a defesa da vida
Fonte: ACI Digital
A vida humana deve ser defendida "sempre", desde o ventre materno, reconhecendo nela um dom de Deus e uma "garantia do futuro da humanidade", afirmou o Papa Francisco em uma mensagem para a Semana Nacional da Família, que começou no dia 11 no Brasil.
Conforme assinala a Rádio Vaticano, o Papa inicia sua mensagem afirmando que ainda conserva "vivas no coração as alegrias que me foram proporcionadas" durante a viagem ao Brasil pela Jornada Mundial da Juventude celebrada faz uns dias no Rio de Janeiro.
O Papa animou os pais na "nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, ‘é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos’.
Os pais, prosseguiu o Papa, foram chamados "a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus".
"De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida".
Para concluir, invocando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, o Papa pediu que as famílias possam chegar a ser "os mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé".
A Semana Nacional da Família é uma iniciativa da Conferência Episcopal do Brasil, e este ano gira em torno do tema "A transmissão e a educação da fé cristã na família". Os bispos brasileiros, retomando o documento de Aparecida, recordaram em uma nota que a família "é um dos tesouros mais importantes da América Latina e é um patrimônio de toda a humanidade".

sábado, 10 de agosto de 2013

Festa de Santa Clara de Assis em nossa Paróquia

Dia 11 de agosto de 2013
Celebração da Missa Solene em honra à Santa Clara de Assis às 19 horas, na Matriz de São Francisco de Assis e Santa Clara
Após a missa haverá a tradicional Confeitaria de Santa Clara no salão comunitário. Toda a renda obtida com a confeitaria será em benefício das irmãs clarissas do Mosteiro Monte Alverne. Participe, doando um prato (tortas, bolos, roscas, biscoitos, pães, etc.) e/ou adquirindo algo na Confeitaria. Estarão também expostos no Salão, objetos de artesanato confeccionado pelas Irmãs, que poderão adquiridos pelos paroquianos. Vamos participar e ajudar as irmãs clarissas.

Clara de Assis - Encarnação da Paz e da Alegria

Fonte: Irmãs Clarissas
SANTA CLARA, nascida em Assis, na Itália, nos últimos anos do século XII, foi conquistada para Cristo, pela pregação de São Francisco. Juntamente com ele, fundou, aos 28 de março de 1212, a ORDEM DAS IRMÃS POBRES, denominada em 1263 – 10 anos após sua morte – por bula do Papa Urbano IV, ORDEM DE SANTA CLARA OU POBRES CLARISSAS.
Sua Regra é “VIVER O EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”. Considerando que há outras riquezas além das convencionalmente nomeadas e que não se pode chegar ao amor de Cristo sem o despojamento de tudo aquilo que O esconde aos nossos olhos, SANTA CLARA quer para suas filhas, principalmente a pobreza, característica de sua Ordem. A Clarissa, ao professar, deve renunciar a todos os seus bens, para viver somente do seu trabalho e de donativos espontâneos, confiando totalmente no Pai. SANTA CLARA instituiu para suas filhas, uma vida litúrgica intensa, prescrevendo-lhes a salmodia do Ofício Divino, transformando-as, dia e noite, diante de Deus, na voz perpétua daqueles que “não podem, não sabem ou não querem rezar”.
Seu amor pelo Cristo na Eucaristia levou-a a passar longas horas diante do Tabernáculo e a ocupar-se na confecção de toalhas para os Altares das Igrejas pobres. Com suas orações, CLARA obteve, por duas vezes, do Cristo Eucarístico, a graça de que o seu convento de Assis, ameaçado pelas hordas sarracenas, fosse miraculosamente libertado. A seu exemplo, as Clarissas cultivam a devoção Eucarística, revezando-se em adoração ao Santíssimo Sacramento, exposto, diariamente em seus Mosteiros, ao menos em determinadas horas. Ela somente separa do mundo as suas filhas, pela clausura, para conservar o seu pensamento centralizado nas necessidades espirituais da humanidade. Preocupadas com a salvação de seus irmãos, as Clarissas aspiram ganhá-los todos para Cristo. O Mosteiro é muito procurado por pessoas de todas as condições e idade que vêm se recomendar às orações das monjas, ou procurar uma palavra de orientação e conforto em seus problemas.
No seu tempo, atormentado como o nosso pelas guerras e pelo amor às riquezas, SANTA CLARA DE ASSIS foi a encarnação da paz e da alegria, frutos do desapego de tudo o que é passageiro. Antes de sua morte, aos 11 de agosto de 1253, já havia 100 Mosteiros de sua Ordem, em nove países da Europa. Suas filhas, em número de 21.000 aproximadamente, continuam a sua missão silenciosa e escondida nos 1.000 Mosteiros espalhados pelos cinco Continentes do mundo.
Além de muitas Irmãs, cuja fama da santidade percorre o mundo, a ORDEM DE SANTA CLARA conta com 25 Bem-aventuradas oficialmente reconhecidas pela Igreja e 9 Santas. São elas: a grande Fundadora, SANTA CLARA, Santa Inês de Assis (Irmã de SANTA CLARA), Santa Coleta, Santa Inês de Praga (Padroeira da Tchecoslováquia), Santa Catarina de Bolonha, Santa Verônica Giuliani, Santa Eustóquia Esmeralda, Santa Camila Batista e Santa Cunegundes, canonizada recentemente pelo nosso Santo Padre João Paulo II.
As Clarissas foram as primeiras religiosas a se estabelecerem no Brasil, solicitadas pela Câmara, nobreza e povo da Bahia. Aos 9 de maio de 1677 chegaram de Évora (Portugal) as 4 monjas fundadoras do Imperial Mosteiro de Santa Clara do Desterro. Com o deplorável aviso do Ministério da Justiça de 19 de maio de 1855, que fechou em todo o território nacional os noviciados das casas religiosas, a comunidade foi-se extinguindo. Aos 6 de março de 1915 falecia a última Clarissa do Desterro, com 84 anos de idade. Por 13 anos no Brasil não havia nenhum Mosteiro Clariano, até que em 1928, com a chegada ao Rio de Janeiro de 8 filhas de SANTA CLARA, procedentes do Mosteiro de Düsseldorf (Alemanha), refloresceu o velho tronco. A vitalidade da Ordem se afirma hoje, em nossa Pátria, através dos 20 Mosteiros, localizados em diversos pontos do país. Em todos os Mosteiros, em média, as comunidades se dedicam 7 a 8 horas à oração. Todos os Mosteiros se mantém pelo seu próprio trabalho e por esmolas dadas espontaneamente. Confecção de hóstias, paramentos, círios pascais, velas, imagens, cartões, artesanato, etc.
Para encerrar, vêm a propósito as paternais e comoventes palavras do nosso querido Pontífice João Paulo II às Clarissas do Protomonastero di SANTA CHIARA, quando da sua visita à Assis:
“Convido-as a rezar e é meu desejo que repitam em nossa época o milagre de São Francisco e de SANTA CLARA. Porque a moça, a jovem, a mulher contemporânea deve se encontrar neste esplêndido carisma; certamente escondido, realmente privado de exterioridades aparentes, mas quão profundo, quão feminino! Uma verdadeira esposa! Capaz de amor pleno e irrevogável para com um esposo invisível. É verdade que é invisível, mas, como é visível! Entre todos os esposos possíveis do mundo, é certo que Cristo é o Esposo mais visível de todos os visíveis; é sempre visível, mas permanece invisível e visível na alma consagrada a Deus. Não sabeis vós, escondidas, desconhecidas, quanto sois importantes para a vida da Igreja: quantos problemas, quantas coisas dependem de vós. É necessário a redescoberta daquele carisma, daquela vocação. Faz-se mister a redescoberta da legenda divina de Francisco e CLARA.”

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Twiter: O Papa tem mais de oito milhões de seguidores

Fonte: Agência Ecclesia
O Papa acaba de ultrapassar os oito milhões de seguidores na sua conta ‘@pontifex’ da rede social Twitter, disponível em nove línguas, incluindo o português.
“Queridos jovens, vale a pena apostar em Cristo e no Evangelho, arriscar tudo por grandes ideais”, refere o texto publicado no dia 31 passado, no qual se evoca a 28ª Jornada Mundial da Juventude, que decorreu no Rio de Janeiro.
Francisco publicou mais de 110 mensagens na página principal, em inglês, desde o início do pontificado, sintetizando homilias, discursos e outras intervenções diárias.
25 dessas mensagens foram escritas a respeito da viagem ao Brasil, que decorreu entre os dias 22 e 28 deste mês.
A conta tem mais de 630 mil seguidores em português e as mensagens são publicadas ainda em inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, polaco, árabe e latim.
O Twitter é a ferramenta de microblogging mais difundida no mundo das comunicações virtuais, com mais de 500 milhões de utilizadores.
A sua denominação deriva da palavra inglesa com a mesma grafia, que em português pode ser traduzida por “gorjear” ou “piar”, razão pela qual o logotipo daquela rede social representa um pássaro.

Nossa Senhora dos anjos da Porciúncula

Neste dois de agosto, os franciscanos comemoram a dedicação da basílica de Nossa Senhora dos Anjos de Assis, berço da Ordem Franciscana. Nessa capela, reconstruída por São Francisco, se deram fatos importantes da história de Francisco e de Clara. Voltamo-nos sempre com carinho e apreço para Nossa Senhora dos Anjos. 
“O servo de Deus, Francisco, pessoa modesta, humilde de espírito, menor por profissão, enquanto vivia no século escolheu para si e para os seus um pequenino lugar, pois não pôde servir a Cristo sem ter algo neste mundo. Não foi sem presciência de um oráculo divino que muito tempo antes se denominara Porciúncula o lugar por sorte destinado àqueles que não desejavam neste mundo absolutamente nada possuir. Ali fora construída uma igreja dedicada à Virgem Mãe, que por sua singular humildade mereceu, após seu Filho, estar à frente de todos os santos. Ali principiou a Ordem dos Menores, ali se ergueu, em grande número, como sobre base estável, sua nobre estrutura. 
O santo amou de preferência este lugar, ordenou que os irmãos o venerassem com especial respeito, quis fosse sempre conservado, qual espelho da religião, na humildade e grande pobreza, reservando a outros a propriedade do mesmo e conservando para si e o seus apenas o usufruto. Observa-se ali mais do que em cada um dos demais institutos, rígida disciplina em tudo, tanto no silêncio como no trabalho. Os que estavam neste lugar, dia e noite, sem interrupção, se ocupavam com os louvores divinos e levaram vida angélica, a exalar admirável odor. 
Embora soubesse Francisco que o Reino de Deus se estabelece em qualquer parte da terra, e acreditasse ser a graça divina concedida em todo lugar aos eleitos de Deus, experimentara contudo estar o local da Igreja de Santa Maria da Porciúncula repleta de graça mais abundante e ser frequentado pela visita dos espíritos celestes. Dizia, por isso, aos irmãos muitas vezes: “Vede, filhos não abandoneis este lugar. Se fordes expulsos por uma porta, entrai por outra; pois este lugar verdadeiramente é santo e a morada de Deus. Quando éramos poucos, o Altíssimo aqui aumentou nosso número: aqui iluminou os corações de seus pobres com a luz de sua sabedoria; aqui inflamou nossas vontades no fogo de seu amor. Quem orar aqui de coração devoto, obterá o que pedir, e quem pecar será punido mais gravemente. Considerai, portanto, filhos, o lugar da morada de Deus digno de toda honra, e de todo o coração com exultação e louvor ali confessai a Deus” 
Próprio da Família Franciscana p. 195-196 
Frei Almir Ribeiro Guimarães 
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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) superaram as expectativas, de acordo com Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013.
O público presente à Missa de Envio chegou a 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número de presentes ao primeiro Ato Central, a Missa de Abertura (600 mil). O impacto econômico foi expressivo. Os visitantes desembolsaram R$ 1,8 bilhões, segundo números do Ministério do Turismo. Os dados foram divulgados em coletiva à imprensa nesta terça-feira, 30.
No total, mais de 3,5 milhões de pessoas participaram da JMJ Rio2013, que contou com eventos em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Santo Padre, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a Via-Sacra chegou a 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana.
Foram 427 mil inscrições, de 175 países. Peregrinos inscritos com hospedagens alcançaram 356.400, enquanto o número de vagas disponibilizadas para hospedagem em casas de família e instituições chegaram a 356,4 mil.
“Nós vimos Deus agir. Deus atuou no meio de nós. Deus nos surpreendeu. Foi muito além do que planejamos. Temos visto na História como Deus tem atuado. Não tem outra explicação”, destacou Dom Orani.
Perfil dos inscritos
A JMJ Rio2013 contou com uma presença massiva de latinos. Os países com o maior número de inscritos foram, respectivamente, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México. Do total dos inscritos internacionais, 72,7% estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9% nunca haviam participado da JMJ
Foram mais de 70 mil downloads no site oficial da JMJ Rio2013 e mais de 200 mil acessos. O facebook recebeu mais de 1,1 milhão de curtidas e o flickr superou 10 mil downloads.
Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público tem entre 19 e 34 anos. Foram 644 Bispos inscritos, dos quais 28 são Cardeais. Além disso, foram 7814 sacerdotes inscritos e 632 diáconos. Para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países, foram credenciados 6,4 mil jornalistas.
O evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos Atos Centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na Feira Vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para Missa de Envio.
A geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o Réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, durante a JMJ Rio2013. O número representa cerca de 10% a menos do registrado na noite do último Ano Novo.
Experiência de Fé
A renovação da fé e da esperança é o principal legado que a JMJ Rio2013 deixará no coração dos jovens, de acordo com Dom Orani. “Os jovens levaram consigo uma experiência de fé, de esperança muito grande. Tenho certeza de que jamais esqueceremos. Os jovens já são protagonistas hoje. O meu coração está muito agradecido”, destacou. O arcebispo disse ainda que está sendo viabilizada a criação de um instituto para a juventude que terá a responsabilidade de guardar as experiências da JMJ Rio2013 e trabalhar pelos jovens.
Entre os vários momentos significativos vividos junto ao Santo Padre, Dom Orani destacou dois: a relação de carinho com as crianças e a oração ao Cristo Redentor. “Todas as vezes que nos deslocávamos de helicóptero, o Santo Padre olhava para o Cristo e rezava. Eu que estava atrás dele, pude presenciar várias vezes esses momentos de oração.
A proximidade do Papa com as pessoas traz um testemunho para o mundo de que a Igreja está perto das pessoas, como uma mãe de seus filhos, explicou Dom Orani. “A Igreja antes de mais nada anuncia uma boa notícia a todos”, disse. Outro legado deixado pela JMJ Rio2013 foi a atenção do poder público e da mídia para a Região Oeste, onde está Guaratiba.
A cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora serão entregues à Cracóvia, próxima cidade-sede, apenas em Roma. A tradição é que sejam enviados para o Pontifício Conselho para os Leigos e no domingo de Ramos do próximo ano, serão entregues aos jovens da Polônia em cerimônia que deverá acontecer em Roma.