terça-feira, 31 de julho de 2012


Morreu padre Antônio Fernandes, um dos fundadores da Casa da Misericórdia

Fonte: Diocese de Uberlândia (elodafe.com)

Faleceu na manhã desta terça-feira, 31, por volta das 07h, padre Antônio Fernandes Francisco, vítima da uma parada cardiorrespiratória. Ele estava internado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal da Uberlândia. Haverá missa de corpo presente na quarta-feira, 01/08, às 09h, na matriz da Paróquia São Francisco e Santa Clara, no bairro Umuarama. Em seguida, o cortejo fúnebre seguirá para o Cemitério São Pedro, onde será realizado o sepultamento no jazigo do clero da Diocese de Uberlândia.
Natural de Coimbra (Portugal), o religioso nasceu em 15 de agosto de 1930. Foi ordenado padre também no dia da Assunção de Nossa Senhora (15/08) em 1966. Na Diocese de Uberlândia, padre Antônio Fernandes Francisco atuou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, hoje Santuário, Paróquia Nossa Senhora Mães dos Homens, em Estrela do Sul/MG e Capelania São Francisco e Santa Clara, no bairro Umuarama, hoje Paróquia São Francisco e Santa Clara.
O presbítero foi um dos fundadores da Casa Assistencial São Francisco de Assis, intitulada “CASA DA MISERICÓRDIA”, em 2003. A missão da entidade é “dar acolhimento, com hospedagem e alimentação, aos pacientes portadores de câncer, comprovadamente carentes e oriundos de cidades do interior, durante o tempo necessário ao seu tratamento. Essas pessoas deverão estar em tratamento no Hospital do Câncer de Uberlândia”.
Outro trabalho social de destaque do padre Antônio Fernandes Francisco foi auxiliar na construção de casas destinadas às famílias menos favorecidas de Uberlândia.

domingo, 29 de julho de 2012

Daqui um ano, a Jornada!

Fonte: Zenit 

Permalink: http://www.zenit.org/article-30920?l=portuguese


Mensagem de Dom Orani Tempesta sobre a JMJ Rio 2013 

Estamos a um ano do grande acontecimento que deverá unir o mundo jovem aqui no Rio de Janeiro. Exatamente daqui a um ano estaremos em plena Jornada Mundial da Juventude. 
Aos poucos estamos nos preparando! A Cruz das jornadas e o Ícone de Nossa Senhora entregues pelo Papa Beato João Paulo II aos jovens já percorreram mais da metade do país, com belas e solenes manifestações por onde passaram. Esses símbolos não só nos preparam para a Jornada, mas estimulam a participação e o protagonismo jovem na Igreja e na Sociedade. 
Já temos a Logomarca e a Oração Oficial divulgadas. Estamos ultimando a escolha do Hino Oficial. As inscrições para o voluntariado continuam e estamos quase atingindo a meta. Muitos voluntários já estão exercendo a sua missão aqui e no exterior. Sente-se uma grande alegria nesses jovens em poder colaborar com esse momento ímpar: a segunda Jornada na América Latina, 25 anos após a de Buenos Aires! Os jovens sabem de sua importância para a sociedade e querem exercê-la com generosidade e responsabilidade. 
O Rio de Janeiro, que continua lindo, está de braços abertos para receber todos. As paróquias e casas religiosas se movimentam na preparação e captação de locais para a hospedagem de tantos que estão se preparando para celebrar esse momento em terras cariocas. Brasileiros e estrangeiros serão todos cidadãos cariocas de 23 a 28 de julho do próximo ano. 
Esta cidade, especialista em receber bem, como é a sua marca registrada – o Cristo Redentor de braços abertos – também se rejuvenescerá com a vinda de tantos jovens de etnias e línguas diversas. Será o maior evento desses últimos tempos nesta cidade maravilhosa. 
O Comitê Organizador da Jornada está a pleno vapor. São pessoas responsáveis em planejar todos os detalhes possíveis, para que tudo esteja preparado daqui a um ano. Nossos relacionamentos com as autoridades do município, do estado e federal nos ajudam a procurar os melhores caminhos para a logística, deslocamento, acomodação, celebração desse momento. 
Os eventos se multiplicam no Rio de Janeiro e nas paróquias de todo o Brasil. A colaboração com a nossa Conferência Episcopal, principalmente com a Comissão para a Juventude, tem sido rica e importante para uma bela continuidade desse trabalho inicial. Temos certeza de que após a Jornada muitos valores essenciais para a vida da pessoa humana estarão presentes em nossa sociedade plural. 
As várias empresas que estão investindo e acreditando na juventude sabem que estão ajudando a construir um futuro melhor. Sabem também do grande retorno financeiro que um evento desse porte traz para a economia do país. As estatísticas das outras jornadas demonstram com clareza a importância para o país que a recebe. 
Mas, sem dúvida, o mais bonito é você poder olhar no rosto de nossos jovens, felizes e alegres pela importância que assumem, e vê-los disponíveis para atuarem com responsabilidade no hoje de nossa sociedade. Sem dúvida, aqui iremos ver o verdadeiro empenho pelos jovens e a esperança na construção da civilização do amor. 
Esse grande encontro da juventude sempre teve a presença do sucessor de Pedro, o Papa. Serão momentos importantes também para o Brasil e para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. O contágio do bem deverá levar muitos outros jovens a valorizarem o bem e o belo para sempre bons! 
A Jornada Mundial da Juventude também terá legados sociais, como a preocupação, educação e acolhimento para ajudar na questão da dependência química, além da procura de trabalhar com responsabilidade ecológica. A valorização de todas as regiões da cidade também faz parte desse trabalho, levando os olhos de todos a se voltarem para todos os lados dela e ver as suas diferentes belezas. 
Os patronos e intercessores da JMJ, já escolhidos e divulgados, demonstram que em todas as épocas e em todos os continentes, jovens foram protagonistas de novas civilizações, grandes empreendimentos e deram exemplo de vida digna e fraterna. Se isso foi possível no passado também é possível hoje. 
Estejamos atentos em apoiar a nossa juventude e anunciar a nossa confiança em todos os jovens. Um país que os valoriza, sem dúvida está construindo um futuro melhor. 
Assim como a sentinela que vê a manhã chegar, que eles sejam os anunciadores do sol que nasce iluminando a nossa manhã do amanhã. 
Feliz Jornada Mundial da Juventude a todos! 
† Orani João Tempesta, O. Cist.  - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro 

sábado, 28 de julho de 2012

O que leva um jovem cientista a invadir uma sala de cinema e assassinar doze pessoas?

Será um distúrbio emocional, um surto psicótico, uma ação isolada de um jovem esquizofrênico, ou fruto de uma sociedade que cada vez mais incute na cabeça das pessoas a necessidade de ser “grande” ou ser “completo em tudo”? 

Há até uma década atrás, nós, pais, nos dávamos por satisfeitos quando conseguíamos ingressar um filho em uma faculdade, conferindo a ele a oportunidade de graduar-se em um curso superior. Graças a Deus, nos dias de hoje ficou muito mais fácil para nós, pais e para nossos filhos o ingresso em um curso universitário. Com a pluralidade de cursos em faculdades particulares, somada ao crescente acesso ao crédito estudantil: tem-se oportunizado a mais pessoas, cada vez mais, o ingresso a cursos de nível superior. 

Quase ou todo progresso tem suas conseqüências! 

É possível hoje se fazer uma preparação de provas para exame supletivo de ensino fundamental e médio e prestar os exames em uma banca oferecida pelas secretarias de ensino dos estados, ou seja, pode-se em uma semana concluir o ensino fundamental e médio e em poucos dias ingressar em uma faculdade! Tem-se também uma gama enorme de cursos de graduação e pós-graduação com aulas on-line. Portanto, fica cada vez mais acessível uma graduação seja ela de nível técnico ou de nível superior. 

Tudo isso é para nós motivo de alegria e de satisfação! Porém não podemos jamais nos esquecer, enquanto pais e avós e provedores de famílias que, em meio a tantos avanços, deixemos de valorizar o meio familiar para nossos filhos e netos; devemos procurar nos aproximar cada vez de sua convivência – sobretudo de suas relações de amizades no tempo hodierno, quando relações familiares ficam cada vez mais “longínquas”. Muitas vezes, nossos filhos conversam um com o outro muito mais pela internet do que sentados na sala de visitas de nossa casa. Muitas vezes, também, nos distanciamos ou nos permitimos distanciar por conta dos nossos afazeres e nossas atividades e quando temos tempo de conversar ou de sentar numa mesa de jantar, não o fazemos e perdemos grande oportunidade de estarmos próximos de nossos queridos filhos, netos, sobrinhos etc. 
Além de tudo isso, também nossas relações com nossos amigos vão ficando cada vez mais no plano virtual (celular, e-mail, redes sociais etc.). Vamos deixando de nos reunir, até mesmo, para a reza do terço em família ou para os encontros de círculos de estudos religiosos, bíblicos, etc. E bem sabemos todos nós, que temos a experiência vivencial dentro destes grupos, a importância que eles têm para nós, pois, além do momento de oração, nos propiciam também uma relação de amizade entre as pessoas e, com elas, uma aproximação com toda a família pertencente àquele grupo. 
Tornam-se cada vez mais frequente e plural, a manifestação e profissão de diversos credos religiosos dentro da uma mesma família e, até mesmo, em uma mesma pessoa. Casais em segunda união e com ela vem à relação entre filhos de “um” com o filho do “outro”, e, não raro, relações conjugais entre estes filhos. Avós, que muitas vezes, são, não só provedores da educação como também das necessidades econômicas e financeiras dos netos. Pais ausentes por conta de trabalho e, muitas vezes, levados a uma qualificação profissional fora de seu domicílio, e até mesmo fora do país. Este cenário somado à grande influência da mídia hodierna com sua cultura, que chega de maneira mais acessível a todas as pessoas, assim como aos jovens, deve ser para nós, pais e avós, cada vez, mais motivo de nos colocarmos em oração e pedir ao Espírito de Deus, sabedoria, a fim de vivermos tais situações tão favoráveis, do ponto vista de formação cultural e intelectual, mas, ao mesmo tempo, tão secular do ponto de vista de humanização. 
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Noticia aos pobres; enviou-me pra proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos”. Lc 4, 18 – 19. 
Em nossa cidade, tantas vezes abrimos o jornal e encontramos noticias como: “HOMEM EXECUTADO COM 37 TIROS NO BAIRRO MANSUR” (edição correio de Uberlândia do dia 27 de julho de 2012). Na mesma edição do Jornal anuncia também: “JOVEM DE 21 ANOS MORRE AO SER ATINGIDO POR SETE DISPAROS” ... 
Ainda continuam vivas em nossa memória, as notícias de um jovem que, há pouco mais um ano atrás, invade uma escola no bairro do Realengo na cidade do Rio janeiro, mata 11 crianças, deixando várias feridas e, depois, se suicida. Também, em agosto do ano passado, o Jornal Correio de Uberlândia noticiou: Um adolescente de 16 anos foi apreendido ontem à noite pela Polícia Militar ) suspeito de ser um dos incendiários da Escola Estadual Guiomar de Freitas Costa – Polivalente, localizada no bairro Roosevelt, zona norte de Uberlândia. O garoto, que é ex-aluno, também indicou à polícia outros três menores que estariam envolvidos no atentado ocorrido na madrugada de quarta-feira
Notícias que contrastam com a que segue na publicação a seguir: 
Governo promete oferecer 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014: Anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff durante o programa Café com a Presidenta: Hoje, cerca de cinco mil brasileiros estudam no exterior com bolsas concedidas pelo governo em países como França, Alemanha e Estados Unidos. Com a meta do Pronatec de oferecer 75 mil oportunidades até 2014, a expectativa é que 18 mil bolsas sejam distribuídas por ano. Para Dilma Rousseff, a proposta de aumentar o número de brasileiros que estudam fora faz parte do plano de qualificação da mão de obra brasileira, algo que ela considera essencial para o Brasil prosseguir nesse novo ciclo de seu desenvolvimento. (Fonte: http://noticias.universia.com.br/tag/75-mil-bolsas-de-estudo-no-exterior_dilma-bolsa-de-estudo/
Diante de tantas situações, que não são somente motivo de perplexidade, mas também motivo de reflexão, devemos pensar no que podemos ou devemos fazer a partir de nossas relações familiares, sobretudo, em relação aos nossos jovens! Iluminemo-nos nas Santas Palavras do Evangelho: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Noticia aos pobres; enviou-me pra proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos”. Lc 4, 18 – 19. 
(Virmones Pereira de MirandaEstudante do quinto período de Teologia na Faculdade Católica de Uberlândia - Uberlândia - julho de 2012) 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia dos Avós

Hoje, 26 de julho, celebramos o dia de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria Santíssima e avós de Jesus e comemoramos o Dia dos Avós, homenageando todos os avós, desde aqueles mais jovens e ativos aos mais idosos e dependentes. 
É muito bom curtir uma avó ou avô cheio de vida, lúcido, saudável, que ajuda no cuidado com os netos, leva-os para passear, ajuda na lida doméstica e, às vezes, até nas despesas... Mas, por que não tratarmos com o mesmo carinho, aquele vovô que está confuso, que se esquece das coisas, aquela vovó que não participa das conversas, que está alheia ao que acontece à sua volta, que não tem mais disposição para o trabalho, que apresenta sinais de incapacidade para as coisas mais banais? Será que nós, pais e mães, nos esquecemos de ensinar aos nossos filhos, que esses também são avós, que um dia cuidaram dos filhos e netos, trocaram fraldas, fizeram papinha, buscaram na escola... e também merecem receber carinho, proteção, abraço? 
Sempre é tempo de mudar! O texto abaixo nos lembra das necessidades e carências do vovô e vovó que, muitas vezes, fica esquecido em um canto da casa ou colocado em um asilo, sem sequer uma visita ou um abraço. 
Para ler, refletir e agir... 

Testamento 

Adaptação livre de texto de Liliam Alicke 
Por Eduardo Machado 

Uma das maiores conquistas do mundo moderno é o avanço da Medicina, em especial a Medicina Preventiva, desenvolvendo métodos e técnicas que ajudam a preservar e alongar com qualidade a vida humana. Hoje é cada vez mais comum encontramos pessoas na chamada terceira idade vivendo de forma absolutamente produtiva, prazerosa, integrada e feliz. 
No entanto, a conquista da longevidade também colocou em evidência uma das doenças mais traiçoeiras do nosso tempo, o chamado Mal de Alzheimer. Antigamente, quando um idoso, uma idosa começava a apresentar sintomas como esquecimento, confusão mental, dificuldades de locomoção ou para desempenhar tarefas simples, o diagnóstico familiar era um só: caduquice! 
Hoje sabemos que não. O Mal de Alzheimer, uma vez instalado, vai lentamente comprometendo o funcionamento do cérebro da pessoa, mas preserva, por muito tempo, as funções vitais, o que gera um paradoxo: pessoas, com a saúde considerada “perfeita” e, ao mesmo tempo, incapacitadas para as ações mais comuns e banais no cotidiano. 
Lembrei-me disso ao ler uma crônica de Lilian Alicke, que me permiti adaptar e compartilhar com vocês. No texto, uma senhora idosa ao fazer o seu testamento, deixa o seguinte recado: 

“Junto com meu testamento, no qual lego a meus filhos e amigos a minha vontade de viver, meu amor a Deus e a toda a criação, faço um pedido: 
Se, por ventura, no meu cérebro a senilidade penetrar sorrateiramente, a demência se infiltrar inesperadamente e o esquecimento, a falta de lucidez e a confusão se instalarem, por favor, lembrem que eventualmente, ainda tenho uma vaga idéia de minha identidade; gosto de ser chamada pelo meu nome, aquele que meus pais me deram; 
Posso ainda saber onde estou e com quem estou. E posso estar gostando ou não de onde estou e com quem estou; 
Faço ainda questão daquele tipo de sapato que usei por toda a minha vida. Gosto ainda de usar a roupa ao estilo que sempre preferi; a roupa dos outros, colocada em mim, de qualquer jeito, sem cuidado, me entristece. 
A falta de atenção em me ajudar na higiene pessoal me traz ansiedade. A comida de um estilo que não conheço, com um tempero que me é estranho, não me apetece, 
As fraldas de vez em quando me incomodam e me deixam envergonhada. Gostaria, às vezes, de caminhar livre para espairecer e ver a natureza. 
Minha falta de sono não é proposital, nem intencional. A falta de interesse, meu olhar ausente, estão além do meu controle. Minha falta de jeito para coisas simples, como usar os talheres, é inexplicável para mim mesma; o esquecimento e a solidão me deixam traumatizada. 
Por isso, receber visitas me faz lembrar que sou importante; receber um abraço e um beijo me diz que alguém ainda tem afeto por mim. 
Quando alguém gasta tempo comigo, me dando uma palavrinha, conversando sobre banalidades ou coisas sérias, me ajudando a lembrar coisas antigas que ainda guardo na pouca memória, sinto uma alegria enorme, que nem sempre sei expressar, lembro que sou gente, que tenho uma história. 
Tenho também dores que às vezes não tenho como explicar. Nem sempre o que me fazem fazer é o que eu gostaria de estar fazendo. Meu olhar vago não reflete o que sinto. E se não dou um abraço é porque os meus braços não me obedecem mais; se não dou um beijo é porque meus lábios não sabem mais como fazer isso. 
Se não te digo que valorizo sua dedicação, sua paciência e seu amor por mim, é porque, em algum lugar dentro de mim, a ponte entre os meus afetos e a realidade se partiu, e perdi o caminho que me levaria a compartilhar meus sentimentos com você. 
Do lado de cá dessa ponte, eu continuo sendo a pessoa que te amou por toda a vida...”

terça-feira, 24 de julho de 2012

"O Sinal da Cruz é a armadura invencível dos Cristãos. 
Esta armadura que te não falte, ó Soldado de Cristo, nem de dia nem de noite, nem um instante, seja qual for o lugar em que te aches. 
Quer durmas, quer vigies, quer trabalhes, quer comas, quer bebas, quer navegues, quer atravesses rios, sempre andarás revestido desta couraça. 
Orna e protege teus membros com este Sinal vencedor e nada te poderá fazer mal. 
Contra as setas do inimigo, não há escudo mais poderoso. 
À vista deste Sinal, trêmulas e aterradas fugirão as potências infernais." 
(São João Crisóstomo)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma reflexão sobre Mateus 6, 34)

Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mt 6:34)
Na semana, há dois dias maravilhosos com os quais nunca me preocupo. São dois dias em que não me permito sentir medo nem apreensões. E isso para mim é sagrado. Um deles é o “ontem”, com seus problemas, ansiedades, dores, sofrimentos, erros, falhas e equívocos. Ontem já passou e se acha fora do meu alcance. Não posso desfazer nenhum dos atos que pratiquei nem desdizer uma palavra que falei. Então, tudo que se acha contido nesse dia, que se relaciona comigo – meus erros, tristezas e pesares – agora se encontra nas mãos do grande Amor, que tira mel da rocha e transforma em águas doces as correntes amargas do deserto. Assim sendo, a não ser pelas lembranças agradáveis, doces e suaves, que se apegam ao coração do dia como um perfume de rosas, não tenho mais nada a ver com o ontem. Foi meu; agora pertence a Deus.
O outro dia com o qual também não me preocupo é o amanhã. É que o amanhã, com todos os seus perigos, fardos e possíveis problemas, com a grande probabilidade de erros, falhas e equívocos, também se acha fora do meu alcance, como o seu falecido irmão, o ontem. Ele pertence a Deus. O sol do amanhã ainda irá nascer. Seja em meio a um esplendor rosado ou a uma máscara de nuvens gotejantes, mas ainda está para nascer.
E enquanto ele não vem, o mesmo Deus de amor e paciência que segura o ontem também tem nas mãos o amanhã. Então, a não ser pela estrela de esperança que brilha radiante na face do amanhã, não tenho comigo nada desse dia, que ainda não nasceu. Tudo que lhe diz respeito se acha aos cuidados do Amor infinito, que é mais alto que as estrelas, mais amplo que os céus, mais profundo que os mares. O amanhã pertence a Deus. Depois será meu!
Portanto, resta-me apenas um dia da semana: hoje. E qualquer homem pode encarar as batalhas de hoje. Qualquer mulher pode suportar os fardos de um dia. Qualquer pessoa pode resistir às tentações de hoje. Ah, amigos, nós só sucumbiremos se, por vontade própria, acrescentarmos ao hoje os pesos dessas duas eternidades – o ontem e o amanhã. São fardos que apenas o Deus todo-poderoso pode carregar.
O que enlouquece os homens não são as experiências de hoje. É o pesar por algo que aconteceu ontem e o temor do que o amanhã pode lhes trazer.
Esses dias pertencem a Deus. Deixemo-los nas mãos dele!
Por isso, penso, vivo e caminho apenas um dia de cada vez. É a melhor maneira de se viver. Esse é o dia do homem. Então, cumprindo meu dever, vou vivendo e realizando meu trabalho nesse dia que é nosso. E Deus – o Deus todo-poderoso e cheio de amor – cuida do ontem e do amanhã. – Bob Burdette

“O amanhã é um segredo de Deus; mas o hoje é todo nosso.”
Todos os nossos amanhãs passam por Deus, antes de chegarem a nós.

À noitinha, ouvi uma voz sussurrar suavemente:
“Não carregues teus ontens para o amanhã.
Nem sobrecarregues esta semana com as tristezas do passado.
Vai pegando teus fardos a medida que surgirem.
Não tentes aumentar o peso do dia presente com o dos que virão.
Dá primeiro um passo, depois outro. Anda assim, um dia de cada vez.”

Julia Harris May
(Fonte: Fontes no Vale - Devocional Diário - Lettie Cowman)

domingo, 22 de julho de 2012

Hino da JMJ Rio 2013 será lançado no dia da Exaltação da Santa Cruz


O lançamento do hino oficial da  Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 será no dia 14 de setembro, solenidade da Exaltação da Santa Cruz. 
A principío o hino seria lançado no final deste mês, mas de acordo com padre Leandro Lênin, um dos responsáveis pelo Setor de Preparação Pastoral do Comitê Organizador Local (COL), o Pontifício Conselho para os Leigos - órgão do Vaticano responsável pelas JMJs, concedeu um pouco mais de tempo. 
A nova data tem relação com outras três situações, recorda padre Leandro: “O bairro de Santa Cruz em 2012 completa 450 anos. O Brasil foi Terra de Santa Cruz. E nossa vigília [da JMJ] vai ser na Base Aérea de Santa Cruz. Então, nós queremos dar um presente nesse estilo musical para a cidade, ou seja, lançar o hino nessa data é uma forma de celebrarmos juntos todos esses grandes eventos”.
O concurso para o hino foi aberto em outubro do ano passado. Até março, quando as inscrições terminaram, o setor de Preparação Pastoral recebeu cerca de 180 letras. Elas passaram por um processo de avaliação doutrinal, de criatividade, de beleza e de poética.
Na segunda fase de seleção, foram escolhidas as 20 melhores letras e teve início o processo de incorporação das melodias, de aprovação e ajustes. Uma única letra e música será escolhida e se tornará o hino oficial da JMJ Rio2013, que será cantado por jovens de todo o mundo. 
Segundo padre Leandro, a questão da possibilidade de tradução para outras línguas também está sendo levada em consideração. “Nem sempre é fácil transportar a poética e todo o brilho do que foi feito numa única língua para as outras línguas. Então, este também é um fator que pesa na hora da escolha”, afirmou.
Fonte: Canção Nova Notícias

sábado, 21 de julho de 2012

Vigília Diocesana da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 está se aproximando, e para que nossa juventude esteja preparada a compartilhar sua fé neste grande marco, o Setor Juventude de nossa Diocese vem trabalhando com diversas atividades voltadas para a Jornada. 
Com este intuito, convocamos os jovens para participar da Vigília Diocesana da Juventude celebrando os 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias que antecedem este grande evento. 
A vigília acontecerá na Catedral Santa Teresinha, Igreja mãe de nossa Diocese, começando a 23h30 do dia 21 de Julho deste ano e irá até as 07h do dia 22. Nosso Bispo Dom Paulo Francisco Machado fará a abertura da vigília à meia noite, e as 05h30 da madrugada faremos nossa missa de encerramento desse grandioso momento. 
Contamos com a colaboração de todos para que este convite chegue não só aos jovens, mas a todos para que juntos professemos nossa fé e vivenciarmos a boa nova de Cristo. 
Pedimos aos nossos sacerdotes que não poderão estar conosco neste momento que envie uma prece, uma oração pessoal (via e-mail) para proclamar as mesmas no dia, e aos que puderem comparecer nem que seja há um momento nosso profundo agradecimento desde já pelo apreço para com nossa juventude. 
Por fim, para passarmos a madrugada em vigília, se possível for estamos pedindo para levarem uma bebida para partilharmos de um lanche, uma garrafa de café, um refrigerante ou suco. 
Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. 
Setor Juventude da Diocese de Uberlândia contato@rostojovem.com.br
(Fonte: Diocese de Uberlândia)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A par da emoção causada pela partida para a pátria celeste, do eminente arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, D. Eugênio Sales, um fato ocorrido em seu funeral trouxe também muita emoção aos que ali estavam e aos que tomaram conhecimento posteriormente. Uma pomba branca foi solta por um voluntário da Cruz Vermelha, quando o corpo do cardeal chegou a Catedral. Ela voou e pousou sobre o caixão e não se moveu nem quando o caixão foi carregado para o interior da catedral e sobre o caixão ela ficou durante mais de uma hora. Depois, voou novamente, mas ficou dentro da catedral, como que velando o corpo de D. Eugênio(veja a reportagem do Bom dia Brasil). Leia, abaixo, o interessante artigo de Jorge Ferraz, do Blog Deus lo Vult, que fala sobre a polêmica causada por esse acontecimento (alguns grifos são nossos). 

Sobre imagens e símbolos, no funeral de D. Eugenio Sales 

Jorge Ferraz (fonte: Deus lo Vult)

A foto abaixo foi compartilhada à exaustão ontem tanto no Facebook quanto na blogosfera católica. Pesquisando um pouco, cheguei à sua [mais provável] fonte original que é esta galeria de imagens da UOL , na qual podem inclusive ser vistas outras imagens da alva guardiã do féretro do Eminentíssimo cardeal brasileiro recém-falecido. Ontem, um jornal da Globo também falou sobre ela . 

Como sempre, houve entre os críticos da religião quem se incomodasse com o fato de uma pomba branca ter passado tanto tempo ao lado do ataúde cardinalício. Depois das primeiras levianas acusações de montagem terem sido desmentidas pela profusão das fontes testemunhas primárias, passou-se rapidamente às buscas de causas naturais para o fenômeno, não raro chegando a acusações (igualmente levianas) de fraude deliberada. Isto como se nós, os religiosos, tivéssemos em algum momento insinuado que a pomba branca era uma demonstração cabal da existência de Deus ou coisa parecida, ou como se os inimigos de Deus tivessem perdido as aulas básicas de lógica elementar e acreditassem sinceramente, por algum irracional e nonsense ato de fé, que refutar uma demonstração é equivalente a demonstrar a falsidade da tese em análise . 
E não é a primeira vez que isso acontece. Coisa idêntica foi feita diante, p.ex., da cruz em pé no meio dos escombros aos quais foi reduzida uma igreja no Haiti quando houve um terremoto, ou diante da pequena imagem de Nossa Senhora das Graças deixada em pé após as enchentes de Petrópolis no início do ano passado. Ou quando foi divulgada uma imagem de um batismo na Espanha na qual a água derramada pelo padre formava uma cruz. Eu aproveito a oportunidade da – belíssima! – imagem dos funerais de D. Eugenio Sales para repetir o que eu já falei algures sobre o assunto. 
Em uma palavra, os (auto-intitulados) livres-pensadores têm uma absurda dificuldade em entender um símbolo (ou uma extraordinária má-vontade em aplicar este conceito a assuntos religiosos). É como se a única forma de uma imagem ser verdadeira seria se ela correspondesse perfeitamente à realidade empírica, e – pior! – contendo em si mesma todas as informações necessárias para explicitar sem margem de dúvida razoável a cadeia completa de causas materiais que a produziram. Pior ainda é quando atribuem uma falsa intenção a quem divulga a imagem e, não encontrando nela elementos suficientes para demonstrar aquela alegada intenção, classificam a imagem como falsa e quem a divulga como um enganador. 
Por exemplo, a presente imagem da pomba acompanhando o esquife do cardeal. Foi dito – de maneira até inexplicavelmente agressiva – que é perfeitamente possível fazer uma pomba ficar num caixão sem que isto prove a existência de Deus. Oras, mas é claro que é possível, e de incontáveis maneiras: a pomba podia ser treinada, podia ser uma pomba de estimação do cardeal, podia haver algum vestígio de substância (p.ex., farelo de pão) sobre o caixão que a tivesse atraído, ou simplesmente a pomba pode ter ficado lá porque ela precisava ficar em algum lugar e calhou de ser em cima do caixão, etc. Na verdade, isto importa bem pouco, porque o ponto aqui é outro: é a força da imagem de uma pomba branca velando o corpo de um cardeal da Santa Igreja, e a mensagem aqui transmitida não perde o seu vigor dependendo da forma como a cena foi produzida. 
Não existem somente as (na falta de expressão melhor) “verdades factuais”. Por exemplo – e este os ateus hão de entender -, quando alguém vê um conjunto de bolinhas e de linhas curvas em certa disposição , sabe que aquilo é um átomo. Pouco importa se o átomo “de verdade” não é exatamente assim (e as “bolinhas”, longe de serem indivisíveis, são formadas por diversas outras partículas sub-atômicas, e os elétrons não descrevem bem movimentos elípticos e são melhor representados por funções de probabilidade, etc.), aquilo é um átomo. Ainda por exemplo (os ateus façam uma forcinha para entenderem esta), aquele quadro que tem na igreja do Senhor do Bonfim em Salvador e que retrata a morte do ímpio não significa que os demoniozinhos são bípedes com caras de monstros e que ficam fisicamente puxando o moribundo para impedi-lo de [até mesmo involuntariamente] estender os braços em direção à cruz que lhe é oferecida. Um sujeito que dissesse que este quadro é “falso” ou “mentiroso” por conta disso não entendeu, absolutamente, qual é o propósito do quadro, e está preso em uma visão tosca de um emaranhado de elementos sensíveis com relação aos quais não tem, absolutamente, a menor visão de conjunto. 
A majestosa ave ebúrnea posta como atalaia do corpo do eminentíssimo cardeal Eugenio Sales ao longo de todo o cortejo fúnebre não tem verdades metafísicas a comunicar com a autoridade de um emissário dos Céus. Aliás, até mesmo para os católicos, a sua presença não deve ser tomada como um sinal inequívoco de que o egrégio purpurado encontra-se já na Glória de Deus. Mas ela serve, sim, como um sinal de esperança na misericórdia divina; como uma homenagem – justíssima, por certo, independente de quem a tenha preparado – ao general que parte (sobre homenagens, aliás, vale ler o frei Rojão ), convidando-nos a continuar aqui na terra o seu trabalho e a oferecer-lhe, como gratidão pelo bem realizado, o sufrágio de nossas orações. Que o Senhor lhe dê o descanso eterno, e a luz perpétua brilhe sobre ele. Descanse em paz, Dom Eugênio Sales.

Conversa de amigos

Eduardo Machado
Contemplando Lucas 10,38-42
Estava no jardim, quando vi Jesus chegar à casa de seus amigos, Lázaro, Marta e Maria. Eu trabalhava para eles como jardineiro, em Betânia. 
Jesus foi recebido com alegria por Maria, ainda no portão. Ao entrar, me cumprimentou com um sorriso e um aceno de cabeça. Marta, logo que viu Jesus, correu esbaforida casa adentro para arrumar tudo que, segundo ela, estava a maior bagunça. 
Maria sentou-se com Jesus sob um pé de romãs e começaram a conversar. Ele contava de suas caminhadas pela Galiléia, as pessoas que encontrara, tudo o que acontecera naqueles dias. Maria ouvia as palavras de Jesus e as guardava no coração. 
Ele começara a contar do diálogo que tivera com um doutor da lei sobre quem é o nosso próximo quando Marta os interrompeu; com as mãos na cintura e com uma expressão zangada disse:
- Mestre, não vês que estou ocupada enquanto minha irmã fica aí, a ouvi-lo, sem em nada me ajudar? Peça a ela que cuide também de preparar a casa para recebê-lo... 
Realmente, desde que Jesus chegara, Marta havia varrido a casa, arrumado a cozinha e preparado um lanche que estava agora sobre a mesa. 
Maria baixou os olhos envergonhada. Jesus ergueu-se sorrindo e caminhou até Marta. Ao passar por Maria afagou sua cabeça, num gesto de carinho quase imperceptível. Aproximou-se e abraçou Marta que tinha nas mãos um prato com broinhas de fubá que acabara de fazer. Jesus apanhou uma broinha, ainda quentinha, deu uma mordida e falou: 
- Hum, que delícia Marta, você é mesmo uma cozinheira fantástica, mas há um pequeno problema... 
E Jesus passou o braço em torno do ombro de Marta e foi levando-a, meio que empurrada, para o jardim, onde estava Maria. 
- Marta, minha querida Marta, você se preocupa com muitas coisas e não tem tempo para o mais importante. Maria soube escolher o melhor e isso não lhe será tirado. Quanto a você... 
- Desculpe Senhor, disse Marta, eu concordo com o que dizes mas enquanto falavas já comestes duas das minhas broinhas. 
Jesus deu uma gargalhada e tomou de Marta o prato de broinhas fumegantes. 
- Pois vou comê-las todas pois estão mesmo uma delícia. Mas Marta, veja bem nós não poderíamos ter sentado, conversado, matando as saudades primeiro? Você se preocupa muito com as obrigações a cumprir, que tudo esteja certinho, arrumado a tempo e a hora. Quanto às broinhas, nós poderíamos até tê-las feito juntos! Olha, as suas são especiais, mas eu sei uma receita que mamãe me ensinou... 
Marta sorriu e rendeu-se, sentando-se ao lado de Maria. A tarde foi caindo junto com o sol atrás das montanhas. No jardim, os três conversavam animadamente sob os galhos de romã. 
Eu me aproximei e contemplei aquela cena cheia de doçura e simplicidade. Jesus tinha no colo um prato vazio. Olhou para Marta, um sorriso maroto, e disse: “Nem só de pão vive o homem... mas essas suas broinhas..." 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Sem o rosto jovem, a Igreja se apresentaria desfigurada!"

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, emitiu nesta semana uma carta direcionada aos párocos e administradores paroquiais de todo o Brasil, incentivando-os a preparar a juventude de suas paróquias para Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá em julho de 2013, no Rio de Janeiro. 
Na carta, Dom Eduardo afirma que “a JMJ vem para nos auxiliar a ver o rosto do jovem em nosso meio, ler seus sinais, bem como a verificar se nossas comunidades ‘têm rosto jovem’ ou se ainda se encontram ‘desfiguradas’". No final, ele conclama a todos a marcar esse ano "com algum sinal bem visível da bonita juventude que Deus envia para a beleza de nossas Comunidades eclesiais."  Leia, abaixo, a carta na íntegra.


Brasília, 01 de julho de 2012.
CJ – C – Nº 0638/12 

Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros. 

Acabo de participar do “Bote Fé” de Campo Grande, MS. Que graça divina! O jovem Flávio me confidenciou, vibrando: “a juventude de nossa diocese não será mais a mesma depois deste Bote Fé!”. Por todos os cantos por onde passam os símbolos da Jornada se torna evidente que há algo extraordinário acontecendo! E ainda falta 1 ano para a JMJ Rio 2013. É isto mesmo: estamos a exatamente 1 ano dela! E para marcar este mês de julho em vista do ‘arranque final’ teremos, entre tantas coisas: a “Jornada e Ação Social” (cf. www.rio2013.org.br), o “Bote Fé na Vida” (cf. www.jovensconectados.org.br), o lançamento dos dois subsídio s “A Caminho da JMJ” e do DVD gravado com os artistas católicos em Natal, o Seminário sobre “Bioética e Juventude”.
A JMJ tem como centro Jesus Cristo e a fé que abraçamos. A juventude é o seu destaque principal; mas é toda a Igreja que se movimenta e se beneficia deste momento de graça. Afinal de contas, apostar nos jovens é apostar na perene vitalidade da Igreja que é sempre chamada a ser criativa, ousada, bela, profética, agradável... e estes traços são próprios da juventude. A JMJ vem para fortalecer nossa caminhada de evangelização em seu meio e espera que nos desdobremos ao máximo para favorecer em todas as partes, principalmente em nossas Paróquias, uma verdadeira pastoral juvenil que acolha, organize e acompanhe a ‘novidade’ que somente os jovens têm e trazem, sob a ação divina.
“Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada”. Já pensaram na força desta expressão que o nosso papa nos dirigiu em 2007? O ‘rosto’ é a nossa manifestação primeira nos relacionamentos; seus traços são a linguagem inicial de um encontro; é a porta de entrada que, pouco a pouco, pela convivência, nos abre à verdade da pessoa; é o lugar de encontro inicial que nos leva aos pensamentos e sentimentos daquele/a que se encontra em nossa frente. O rosto revela, desde os seus tênues traços, se alguém está bem ou mal, se há dor ou alegria, se há satisfação ou preocupação; fala de sonhos e medos, riquezas e carências. Não é pra menos que sempre estamos cuidando do rosto... E é curioso notar que o rosto, apesar de ser 'meu', 'pertence' aos outros. Os outros veem nosso rosto mais do que nós mesmos.
Não dá para pensar uma pessoa sem rosto... nem uma Igreja sem os jovens; nem uma comunidade sem alguma expressão juvenil significativa, sem propostas concretas que contemplem os jovens com seus sonhos, ideias, dores! Estamos vivendo um momento ímpar da história da Igreja em nosso país. A JMJ vem para nos auxiliar a ver o rosto do jovem em nosso meio, ler seus sinais, bem como a verificar se nossas comunidades ‘têm rosto jovem’ ou se ainda se encontram ‘desfiguradas’. Qual é o rosto de nossas paróquias? Somos capazes de reconhecer no rosto da Igreja, o rosto dos jovens; e no rosto deles, a comunicação de Deus? Aprendemos a ler os sinais que Deus nos revela por meio deles?
Sua paróquia tem traços juvenis marcantes, abundantes, vibrantes? Já pensaram em aproveitar deste kairós para elaborar um Plano de Evangelização da juventude? É, isto mesmo! Algo que pudesse nortear para os próximos anos a organização paroquial da juventude, que vá além dos meros entretenimentos religiosos oferecidos aos jovens. Convoquem as expressões juvenis de suas comunidades e elaborem algo que, mesmo simples, possa nortear os cuidados deste ‘rosto de sua paróquia’.
E que tal começar isso fotografando o rosto jovem de sua paróquia? Que bonito seria a Comunidade poder passar este ano todo de preparação imediata à JMJ contemplando um grande e bem preparado painel com os rostos de seus jovens dos movimentos, pastorais da juventude, novas comunidades, congregações religiosas, crisma; indígenas, universitários, catequistas, grupos juvenis... e até dos ‘sem grupo’. Motivem os jovens para esta atividade; envolvam os adultos. Marquemos este ano com algum sinal bem visível da bonita juventude que Deus envia para a beleza de nossas Comunidades eclesiais, afinal de contas “sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada!”
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)

domingo, 1 de julho de 2012

Pedro e Paulo, apóstolos

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena - Bispo de Guarabira(PB)
O dia 29 de junho é o dia da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, que no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando esse dia ocorrer durante a semana, para que todos possam participar da celebração eucarística. O domingo é “Dia do Senhor ressuscitado”, do qual os apóstolos foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a todos pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja fundada sobre o testemunho apostólico. Nesta solenidade, somos convidados a louvar a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo. Duas figuras tão diferentes, que, no entanto se uniram no testemunho de Cristo até a morte. Pedro, o homem volúvel e frágil, mas ao mesmo tempo decidido, recebe uma atenção especial de Cristo. Homem corajoso, que confessa sua fé em Cristo, disposto a acompanhá-lo em sua paixão, caminha sobre as águas, quer defender o seu Mestre, mas ao mesmo tempo tão frágil a ponto de trair o seu Mestre, negando conhecê-lo, por três vezes. Mas é sobre esta fragilidade fundamentada na fé que Cristo edifica sua Igreja. Paulo, homem zeloso, que passou de perseguidor da Igreja a apóstolo totalmente dedicado à pregação do Evangelho. Temperamento forte e difícil, mas cresce no amor de Cristo, a ponto de poder dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. A Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários. Eles se doam totalmente à causa da Igreja. A esta mesma vocação somos todos chamados. Importa confiar no Senhor, buscando n’Ele a sua força. Então ainda hoje Deus há de intervir e guiar a Igreja. A nossa fé em Jesus Cristo passa pelos Apóstolos, passa pela Igreja. Cremos numa Igreja una, santa, católica e apostólica. Se Pedro é a coluna da unidade da Igreja e da comunhão na mesma fé, Paulo representa a dimensão missionária da Igreja, enviada para o meio dos povos para lhes comunicar sem cessar o Evangelho. “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. Por ocasião desta Solenidade, celebramos o Dia do Papa. Unidos ao atual Sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, a exemplo dos primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração, de modo especial, no momento em que ele mais sofria. “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5).
Hoje, também, somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele. Como sinal de comunhão e de partilha, oferecemos, nas missas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro. Em Roma, solenidade comemorada mesmo no dia 29 de junho, onde Pedro e Paulo deram a vida por Cristo e são patronos da cidade, o Papa entrega o pálio aos novos arcebispos do mundo inteiro, isto é, um pano de lã branca confeccionado com a lã de cordeiros, adornado com seis cruzes e três cravos, símbolo da Paixão. O simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas consigo, e as cruzes bordadas em lã lembram as chagas de Cristo e sua Paixão salvadora. Revigoremos nossa vida cristã no testemunho no testemunho apostólico para realizarmos hoje a missão que Jesus confiou a eles e também a nós. Sigamos o exemplo destes dois Apóstolos que nos deram as primícias da fé.