sábado, 30 de junho de 2012

Arcebispos recebem pálio

Fonte: CNBB
"Devemos ser pastores para a unidade e na unidade". Com estas palavras o papa Bento XVI entregou no dia 29, o pálio a 40 arcebispos de todo o mundo, entre os quais os brasileiros dom Murilo Sebastião Ramos Krieger (Salvador-BA), dom Pedro Brito Guimarães (Palmas-TO); dom Jacinto Bergmann (Pelotas-RS); dom Hélio Adelar Rubert (Santa Maria-RS); dom Pedro Ercílio Simon (Passo Fundo-RS); dom Sérgio da Rocha (Brasília-DF) e dom Dimas Lara Barbosa (Campo Grande-MS).
A celebração comemorou também os 60 anos de ordenação sacerdotal do papa. Na homilia, Bento XVI recordou sua ordenação e as palavras de Jesus “Já não sois servos, mas amigos” durante a cerimônia. 
"Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande arcebispo, o cardeal Faulhaber, com voz um pouco debilitada, mas firme, nos dirigiu, a nós, novos sacerdotes, no final da cerimônia de Ordenação”, disse o papa. “Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. ‘Já não sois servos, mas amigos’: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase de cerimônia; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Ele me chama de amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo peculiar", acrescentou Bento XVI.
Na hora do Angelus, o papa saudou os arcebispos de Angola e do Brasil que receberam o pálio. “Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular os arcebispos de Angola e do Brasil a quem hoje impus o Pálio, com os familiares e amigos que os acompanham. À Virgem Maria confio as vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o precioso dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro, ao dar a Bênção Apostólica”.
O pálio
Segundo o canonista e ex-assessor da CNBB, dom Hugo Cavalcanti, o pálio significa união com o papa, fidelidade ao magistério e encargo pastoral.
“O pálio entregue aos arcebispos tem estes significados sugestivos: um laço estreito de união com o Papa, Pastor universal visível do rebanho, e de fidelidade ao seu Magistério na Igreja. Foi Pedro, de fato, que recebeu de Jesus o encargo de ‘apascentar minhas ovelhas’’, explica o canonista.
“O pálio ainda é sinal do encargo pastoral entregue aos bispos; Jesus Cristo associa a si, neste suave jugo, os pastores postos à frente de cada uma das Igrejas particulares. É um ‘peso de amor’, também dito ‘ofício de caridade’ (amoris officium), que os bispos devem exercer em nome de Cristo”, acrescenta dom Hugo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um homem rico

Fonte: Rede Catedral
Um jornalista mexicano chamado Armando Fuentes Aguirre publicou recentemente uma deliciosa crônica na qual faz uma breve, simples e profunda reflexão sobre o que é ser rico. Li e reli a crônica e fiquei pensando na minha própria condição: afinal, sou um homem rico ou pobre? 

Foi aí que me permiti ir reescrevendo o texto, misturando a experiência do escritor original com a minha própria experiência. Daí surgiu a história, que conto agora a vocês. Diz assim: 
“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou em sua última edição, uma lista das pessoas mais ricas do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem o sultão de Brunei, Bil Gates, o dono da Microsoft, e aquele garoto que inventou o Facebook. Entre as celebridades, foram citados nomes como Lady Gaga e Justin Bieber, que mal saíram da adolescência e já são milionários famosos. 
O mundo do futebol também compareceu com seus ricaços: o argentino Messi, o português Cristiano Ronaldo, o inglês David Beckham. Até um brasileiro, um tal de Neymar, começa a aparecer na lista dos endinheirados, mas eu não sou sequer mencionado pela revista. E eu sou um homem rico, imensamente rico. 
Não acreditam? Pois vou provar a vocês. 
Eu tenho vida, que recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como. 
Tenho uma família adorável, cheia de qualidades e defeitos como todas as famílias. Eu a formei ao lado da minha esposa, com quem compartilho as alegrias e apreensões de ter filhos dos quais recebo, hoje, promessas de amanhã. No momento, aguardo a chegada dos netos, com os quais poderei praticar uma nova, serena e boa paternidade. 
Eu tenho irmãos que são meus amigos, e amigos que são meus irmãos. 
Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo com sinceridade, apesar dos seus defeitos. 
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros. Minha esposa diria que tenho muitos livros e, ao redor deles, uma casa. 
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe, todos os dias, como se eu fosse o dono do céu e da terra. Ele me acolhe como se não me visse a dez anos, mesmo que eu tenha saído por dez minutos para ir à padaria. 
Eu tenho olhos que veem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos para acariciar, dar e receber. Meu cérebro pensa coisas que já, com certeza, muitos outros já pensaram, mas que para mim são uma permanente novidade. 
Eu tenho uma riqueza que recebi gratuitamente, em herança, e que é comum a todos os seres humanos: a vida cotidiana para ser vivida a cada dia. Tenho disposição para apreciá-la, saboreá-la, vivê-la como um dom único, original e irrepetível. 
Por não ser alienado, vejo também as mazelas do mundo. Presencio injustiças, mas não me calo diante delas. E tenho compaixão para me aproximar dos irmãos que sofrem algum tipo de perda ou dor. Finalmente, tenho o dom maior; fé em Deus, o que vale para mim mais que qualquer coisa, bem ou posse. Pois crer em Deus é crer num amor infinito, um amor tudo espera, tudo suporta, tudo crê, tudo pode. Um amor que nunca vai se acabar... 
E então, pode haver riquezas maiores do que a minha? Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? 
Ah, já sei, os critérios... 
A revista é o espelho de um mundo que avalia as pessoas pelo que elas tem, e não pelo que são e sentem. Como disse o Pequeno Príncipe, de Exupéry, se eu disser que tenho uma casa com gerânios no jardim, muita gente não será capaz de imaginar a sua beleza. Mas se falar que a casa vale milhões de dólares, aí sim, terão noção do quanto ela vale. 
E eu me pergunto; onde está a verdadeira beleza; na casa ou no coração das pessoas que moram nela...? 
Pensando nisso, olhando a lista, me veio uma ponta de melancolia e pensei: há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é... DINHEIRO. 
E você... como se considera: você é rico ou pobre? 
Eduardo Machado em adaptação livre de texto de Armando Fuentes Aguirre

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Apresentados no Vaticano o site, a logo e o hino do Ano da Fé

Fonte: Canção Nova
Na última quinta-feira, 21 de junho, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou, numa coletiva de imprensa no Vaticano, algumas novidades para o Ano da Fé, em especial o lançamento do site, do hino e do logo oficial. 

No logo, a Igreja é representada por um barco, o mastro é uma cruz que iça as velas que formam o trigrama do nome de Cristo (IHS), e ao fundo, o sol associado ao trigrama remete à Eucaristia. 

No hino, o refrão “Credo, Domine, adauge nobis é fidem” é uma invocação a Deus para que aumente a fé. Já o site oficial,www.annusfidei.va, está disponível primeiramente em inglês e italiano. 
“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende sustentar a fé de tantos crentes que no cansaço cotidiano não cessam de confiar, com convicção e coragem, a própria existência ao Senhor Jesus”, salientou Dom Rino. 
Para o presidente do dicastério, a proposta deste Ano, se encaixa num contexto amplo, marcado por uma crise generalizada que afeta também a fé. 
“A crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem a si mesmo; por isso se encontra hoje confuso, sozinho, à mercê de forças que nem sequer conhecem o rosto, e sem uma meta a qual direcionar sua existência”, disse. 
Assim, o Ano da Fé pretende ser um percurso que a comunidade cristã oferece a tantos que vivem com saudade de Deus e com o desejo de encontrá-Lo de novo. Dom Rino salienta que é necessário, portanto, que os fiéis sintam a responsabilidade de oferecer a companhia da fé e se tornem próximos àqueles que perguntam a razão da nossa crença. 
Nos primeiros dias de setembro será publicado, nos diversos idiomas, o Subsídio Pastoral “Viver o Ano da Fé” e uma pequena réplica da figura de Cristo, que se encontra na Catedral de Cefalù, na Sicília, Itália, será entregue a peregrinos e fiéis em várias partes do mundo. 
“No verso, está escrito Profissão de Fé. Um dos objetivos do Ano da Fé, de fato, é fazer do Credo a oração cotidiana aprendida de cor, como era costume nos primeiros séculos do cristianismo”, conta Dom Rino. 
Grandes eventos 
A solene abertura do Ano da Fé será na Praça São Pedro, no dia 11 de outubro, com a presença de todos os Padres Sinodais, dos Presidentes das Conferências Episcopais do mundo e dos Padres conciliadores ainda vivos que puderem ir. 
No dia 21 de outubro serão canonizados seis mártires e confessores da fé. “Vamos, portanto, refletir e rezar para que estes testemunhos de heroísmo sejam colocados na Igreja como exemplos de fé vivida”, ressalta o arcebispo. 
Já no dia 2 de fevereiro, haverá uma celebração dedicada aos consagrados e no dia 24 de março, Domingo de Ramos, será, como sempre, dedicado aos jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude. 
O domingo 28 de abril será dedicado aos Crismandos. Nesse dia, o Papa ministrará o Crisma a um pequeno grupo de jovens. E o dia 5 de maio será dedicado à celebração da fé na piedade popular. 
Na festa de Corpus Christi, no domingo, 2 de junho, haverá a Solene Adoração Eucarística que acontecerá ao mesmo tempo em todo mundo. 
O dia 16 de junho será dedicado a promoção da vida e defesa da dignidade humana desde o primeiro instante até seu fim natural. 
No dia 7 de julho acontecerá uma celebração conclusiva da peregrinação de seminaristas, noviças e noviços, na Basílica de São Pedro. 
A Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que acontecerá de 23 a 28 de julho, será “um alegre encontro para dizer a todos a importância da fé”. 
O dia 29 de setembro será dedicado, em particular, aos Catequistas. O domingo 13 de outubro, por sua vez, será dedicado a Virgem Maria. 
E no dia 24 de novembro, em fim, será celebrada a jornada conclusiva do Ano da Fé. 
Eventos artísticos 
Neste Ano da Fé ainda não faltarão eventos artísticos, os principais serão uma Mostra de Arte e um Concerto, o primeiro acontece no Castelo de Santo Ângelo, de 7 de fevereiro a 1º de maio, e o último será na Praça São Pedro, no dia 22 de junho. 


quarta-feira, 20 de junho de 2012

A fé professada e a fé vivida

Entre o período de 11 de outubro de 2012 e 24 de novembro de 2013 a Igreja, em todo o mundo, estará vivendo o ano da fé. Com certeza muito se falará a respeito, mas, mesmo antes do seu início esse assunto nos movimenta e partilho com vocês uma breve e simples reflexão sobre a fé professada e a fé vivida.
 O que é fé? Podemos dizer que a fé exprime uma certeza, uma confiança, uma aceitação como algo real. Para o cristão é a aceitação da pessoa de Jesus Cristo com a consequência lógicas desta aceitação.
A definição bíblica de fé encontramos em Hb 11, 1 onde lemos que “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”, ou seja, se eu vejo, se eu comprovo não há necessidade da fé. 
 A teologia católica define fé, de acordo com São Tomaz de Aquino, como sendo o ato do intelecto que assente (ato de quem consente) à verdade divina, sob a influência da vontade movida por Deus mediante a graça. 
 Nos evangelhos sinóticos, a fé é a tida como a própria aceitação de Jesus como sendo aquilo que Ele proclama ser, Filho de Deus, Mestre, Bom Pastor, Salvador, etc. e, em função desta aceitação procurar viver como Ele viveu e ensinou. A fé cristã também se traduz em obediência.
Ao longo da história Deus foi se revelando e em Jesus Deus se revelou por inteiro (Conf. Dei Verbum, sobre a revelação divina). Apesar da revelação já ter sido concluída em Jesus, isso não significa que nós já a conheçamos e a compreendamos por inteiro, por isso Jesus mesmo disse que o Espírito Santo nos revelaria todas as coisas, nos recordaria todas as coisas. Este decifrar da revelação divina está a cargo do Magistério da Igreja, mas a sua difusão é incumbência de todo batizado. Jesus escolheu algumas pessoas para darem prosseguimento a sua missão. Essas pessoas foram os seus apóstolos e discípulos que também foram escolhendo outros para continuar a missão que haviam recebido de Jesus. Isso vai acontecendo até chegar a nós. Hoje nós somos esse povo responsável por propagar a boa nova.
 Ao longo dos últimos 20 séculos a Igreja, auxiliada pelo Espírito Santo, foi decifrando esta revelação que tem a sua essência resumida na oração do “Creio”.
 Na oração do “creio” nós dizemos que, mesmo não os vendo, cremos que existe um Deus que é Uno e Trino, que é Pai, é Filho e é Espírito Santo. Dizemos que cremos em coisas que já aconteceram, como toda a criação ou a morte de Jesus, mas também dizemos que cremos em coisas que ainda virão, mesmo sem sabermos quando nem como. 
 Confessar o que cremos é muito importante, porém nossa fé precisa ir além do que falamos. Nossa fé precisa ser vivida, ou seja, uma fé professada e vivida. Nossa fé deve gerar em nós uma rendição e aceitação total a uma pessoa, Jesus.

Como eu vivo a minha fé?
Se eu digo que creio em Deus que é Pai, devo agir como filho. Como creio que Deus é Bom, devo agir como um bom filho.
Da mesma forma se digo que creio em Jesus, devo procurar segui-Lo, imitá-Lo.
Vale o mesmo para o Espírito Santo. Se digo que creio Nele devo me deixar ser conduzir por Ele.
Quando digo que creio na Igreja Católica idem e quando falo que creio na ressurreição dos mortos e na vida eterna, devo procurar viver pensando alcançar uma vida eterna em Deus e não uma vida eterna sem Deus.
Em palavras isso até parece fácil, mas será que na prática é simples assim?
Quando Tiago fala que a fé sem obras é morta (cf. Tg 2, 17.26) ele não está dizendo que as obras é que nos salvarão. O próprio Paulo alerta que as obras da lei não tem valor salvífico para os batizados (cf. Rm 3, 20.28; Gl 2,16; 3, 2.10). Somente as obras são incapazes de salvar o batizado, porém a fé e as obras são indispensáveis para a sua salvação (cf. 1Ts 1, 3). Quem nos salva é Jesus, mediante a nossa fé vivida no dia a dia. 
Como transformar a minha fé em obra?
• Confiando em Deus
• Obedecendo a seus mandamentos
• Fazendo as obras de misericórdia que são:
 Obras de Misericórdia corporais
1-dar de comer a quem tem fome;
2-dar de beber a quem tem sede;
3-vestir os nus;
4-visitar os doentes;
5-visitar os presos;
6-acolher os peregrinos;
7-enterrar os mortos.
Obras de Misericórdia Espirituais
1-dar bom conselho;
2-corrigir os que erram;
3-ensinar os ignorantes;
4-suportar com paciência as fraquezas do próximo;
5-consolar os aflitos;
6-perdoar os que nos ofenderam;
7-rezar pelos vivos e pelos mortos.
Isso tudo, porém terá valor verdadeiro para nós se fizermos por amor a Deus. Se a fé sem obras é morta, as obras sem a fé são apenas obras. É claro que para aquele que é objeto da obra de fé, a obra feita sem amor a Deus servirá, mas que valor terá a obra ao que a faz se não a fizer com fé e por amor a Deus?
Peçamos ao Senhor que venha em socorro a nossa fé que, muitas vezes é fraca e vacila. Que nossa fé professada possa ser também vivida. Peçamos ao Senhor que cure nossos corações do desejo de comprovar tudo, de entender tudo, de saber tudo... Afinal, aquilo que é desvendado não é mais objeto de fé.
Sérgio Henrique Speri - Coordenador do Ministério da Formação da RCC na Arquidiocese de Ribeirão Preto e do Conselho Editorial da RCC Brasil. 

domingo, 17 de junho de 2012

Santa Sé na Rio+20

(Fonte: CNBB)
“Por uma aliança entre homem e meio ambiente.” Este é o título do documento divulgado pela Santa Sé sobre a Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20), contendo algumas recomendações aos participantes da III Sessão do Comitê Preparatório, que terminou na última sexta-feira, 15 de junho, no Rio de Janeiro.
A Santa Sé considera a Rio+20 uma importante etapa de um percurso que ofereceu contribuições significativas para compreender melhor o conceito de desenvolvimento sustentável. No âmbito deste percurso, emergiu um consenso unânime sobre o fato de que a tutela do meio ambiente passa por um melhoramento da vida dos povos e, vice-versa, que a degradação ambiental e o subdesenvolvimento são temas relacionados entre si e interdependentes.
Em todos os eventos internacionais, a presença da Santa Sé é caracterizada não tanto na promoção de soluções técnicas, mas, sobretudo, em destacar que não se pode reduzir a um problema “técnico” tudo o que diz respeito à dignidade do homem e dos povos. A busca de soluções não pode ser separada da nossa compreensão do ser humano.
O ser humano, de fato, está em primeiro lugar. É a pessoa humana que está no centro do desenvolvimento sustentável. Cabe a ela a boa gestão da natureza, e por isso não pode ser dominada pela técnica e se tornar para ela um objeto. Essa conscientização deve levar os Estados a refletirem juntos sobre o futuro do planeta a curto e médio prazo.
Colocar o bem do ser humano no centro da atenção para o desenvolvimento sustentável é, na realidade, a maneira mais segura para alcançar este fim, assim como para a proteção da natureza.
Partindo desses pressupostos, a Santa Sé propõe aos participantes da Rio+20 uma série de reflexões sobre alguns aspectos que têm repercussões éticas e sociais sobre toda a humanidade. Entre eles, o princípio da subsidiariedade, o desenvolvimento humano integral e a economia verde.
A Santa Sé deseja que o resultado da Rio+20 seja considerado não somente bom, mas também, e principalmente, um resultado inovador e capaz de olhar para o futuro, contribuindo para o bem-estar material e espiritual de todas as pessoas, de suas famílias e comunidades.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

15 de junho - Sagrado Coração de Jesus

Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu à Santa Margarida Maria Alacoque, jovem religiosa da Ordem da Visitação, para transmitir sua mensagem de misericórdia e confiança, exatamente a 16 de junho de 1675. Ela recebeu a missão de divulgar pelo mundo a devoção ao Sagrado Coração. Naquela época, a fé cristã passava por momentos difíceis. 
Em 1686, onze anos após a aparição, foi comemorada pela primeira vez a festa do Sagrado Coração de Jesus. Margarida Maria tinha 39 anos. Em 1856, ou seja, 166 anos após seu falecimento, foi instituída oficialmente pela Igreja, a festa do Sagrado Coração de Jesus.
Margarida Maria, falecida aos 43 anos, foi canonizada em 1920, tornando-se então, SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE.
O Sagrado Coração de Jesus significa AMOR que transborda os limites humanos, calor, abrigo, vida que jorra em abundância e encarna o próprio CRISTO como sentido de vida.
Consagremos nossa família, neste mês ao Coração de Jesus, colocando no seu coração todas as nossas necessidades e agradecimentos por tantos benefícios recebidos.
Coração de Jesus, expressão do amor infinito do Pai pelos homens, conscientes de nossos compromissos de batizados, consagramos-te nossa família e imploramos tua proteção sobre ela. Que nossa casa seja a tua casa, nossa mesa seja também a tua. Não sejas hóspede, Jesus, mas um de nossa família, o amigo íntimo, o irmão e companheiro de todas as horas. Cada um de nós, tudo o que somos ou temos te pertence. Faze-nos fiéis até a morte. Que Maria, tua e nossa Mãe nos assista como filhos, abençoe nosso lar e o faça tão feliz como ela fez feliz a família de Nazaré. Dá-nos, Jesus, a tua paz e tua bênção. Amém! (Fonte: O Culto ao Coração de Jesus - segundo o Cardeal Sheidt)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Amor, Oração e Santidade

Dom Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) 

O mês de junho é rico em comemorações e celebrações. Uma das que marcam fortemente este mês é a festa do Sagrado Coração de Jesus. Uma solenidade celebrada dentro do Tempo Comum. Comemorado na segunda sexta-feira após a festa solene de Corpus Christi, a solenidade do coração Sacratíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo dá especial atenção ao seu amor incondicional e à sua misericórdia sem fim. A origem desta festa se encontra nas inspirações (entre 1673 a 1675) de Santa Margarida Maria de Alacoque, religiosa pertencente à Congregação da Ordem da Visitação. Receberam especiais destaque e divulgação as doze promessas a todos quantos se dedicassem a esta devoção, participando das comunhões reparadoras nas primeiras sextas feiras de cada mês, dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus todos os meses em nossas comunidades. 
Vários papas incentivaram esta devoção, dentre eles, Pio X, Pio XI, Pio XII, Leão XIII, Gregório Magno, entre outros. Vários santos, canonizados, fizeram o mesmo: Santa Margarida, Santa Gertrudes, Santa Catarina de Sena, Beata Maria do Divino Coração, e outros. 
A devoção ao Coração de Jesus é muito preciosa para a vida da Igreja. Comporta uma teologia tal, onde se enfatiza o amor, a ternura e o cuidado de Deus para com a salvação de seu povo, confiando-lhe sempre mais meios para se alcançar este fim. 
Manifesta a revelação que está muito clara nas Escrituras: Deus é Amor e nos ama! O coração de Jesus simboliza exatamente esse Amor que deu a vida por nós, derramando o seu sangue para nos redimir. Recorda para nós o amor infinito do Senhor. 
Esse dia, que neste ano cai no dia 15 de junho, é também o dia da Jornada de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. Nossas comunidades paroquiais são convidadas a fazer orações especiais nessa intenção. Temos as cartas do Prefeito da Congregação para o Clero enviando o texto para reflexão. A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB também enviou uma bela carta aos padres por ocasião da passagem desse dia. Numa mensagem especial para este dia, o Papa Bento XVI chama a atenção não apenas para a santificação do clero, como postura comum a todas as pessoas, mas para a necessidade de que sejam, cada vez mais, ministros da santificação. E, isto, segundo o papa, deve ser assumido em cada ação ministerial desempenhada. Recorda o Santo Padre que o destino do sacerdote é a santificação de seus irmãos e, só assim, o presbitero poderá santificar-se a si próprio. Ressalta que nossas falhas não são suficientes para apagar este desejo em nós e nem o sinal dele para o mundo. 
O sacerdote, diz o papa, com sua adoração diária e seu ministério cotidiano, deve reconduzir tudo e todos à comunhão trinitária, atingindo o coração de cada homem e reconduzindo-o à pátria definitiva. E conclui, orando: “Que no serviço à Igreja e ao mundo os sacerdotes sejam santos”. Neste dia, ao Coração de Jesus dedicado, rezemos por nossos sacerdotes para que desempenhem sempre mais e com maior fidelidade o encargo de Cristo mesmo recebido. 
A santidade deve ser o nosso projeto pastoral! O Papa Beato João Paulo II no ano 2000 recordava: “em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para onde deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (NMI 30). 
Convido todas as comunidades católicas a se reunirem nesse dia para momentos de oração por essa intenção, e para também deixarem-se conduzir para viver uma intensa caminhada de conversão sincera do coração. 
Por isso mesmo, o tema deste ano para esse dia é a Santidade: “esta é a vontade de Deus: a vossa santificação! (1Ts 4,3). Mas, ao mesmo tempo, devemos nos tornar “ministros da santificação” para os irmãos. 
Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em vós!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Bento XVI: Reconhecimento aos doadores de sangue

Fonte: Zenit
Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado em 14 de junho 

No Ângelus deste domingo (10), Bento XVI dedicou palavras de reconhecimento aos doadores de sangue. "Gostaria de recordar que na próxima quinta-feira, 14 de junho, celebramos o Dia Mundial do Doador de Sangue, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Manifesto o meu sincero apreço por todos que praticam esta forma de solidariedade, indispensável para a vida de tantos doentes". 
A OMS escolheu a data de 14 de junho para homenagear os milhões de humanos que, ao doarem sangue, salvam vidas e melhoram a saúde do próximo. 
A jornada destaca a importância de doar sangue periodicamente para prevenir a escassez em hospitais e clínicas, especialmente nos países em desenvolvimento, onde as reservas são exíguas. Dos 80 países com baixo índice de doação de sangue (menos de 10 doações por mil pessoas), 79 são nações em desenvolvimento. 
Este evento anual pretende demonstrar que as boas políticas de saúde são eficazes para tornar as transfusões de sangue seguras e acessíveis em todo o mundo. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Namorar certo para dar certo

Fonte: Canção Nova

Seja amigo da pessoa com quem você pretende se casar 

A experiência prova que namorar certo dá certo. Mas como namorar certo? Talvez seja esta a principal questão para quem deseja viver um namoro cristão. A Palavra de Deus diz em Eclesiástico 3 que: “há um tempo para cada coisa debaixo do Céu...”. E acrescenta que não há nada melhor para o homem do que viver bem cada coisa ao seu tempo. 
 A fase do namoro é o tempo propício para se conhecer o outro. Entrar na história um do outro, descobrir os gostos, conhecer os sonhos, compreender as lutas, passear de mãos dadas, cultivar a amizade, abraçar, beijar, mas sem ir muito além disso. Uma vez que depois do namoro vem o noivado com aquilo que lhe é próprio. É no noivado, por exemplo, que se vive o envolvimento maior entre as famílias de ambos e os compromissos mais concretos quanto ao futuro do casal na preparação da casa e a organização do casamento também faz parte dessa etapa. Depois, sim, vem o tão sonhado dia do casamento e, com ele, abre-se um novo horizonte, no qual a vida a dois trará a feliz descoberta do amor que se realizar na doação de um ao outro a cada dia e para sempre. 
Tudo isso é lindo, e é plano de Deus para quem tem vocação ao matrimônio, mas é preciso viver bem cada coisa a seu tempo, para experimentar a verdadeira felicidade. Querer desfrutar das etapas fora do momento, certamente não trará bons resultados. Com a natureza aprendemos muito, inclusive que é preciso esperar o tempo certo para colher os frutos mais saborosos. Se tirarmos uma laranja ainda verde do pé, provavelmente perderemos toda a doçura que ela poderia nos oferecer no futuro. Na vida não é diferente e a responsabilidade é ainda maior. 
 Quando o assunto é namoro, digo-lhe por experiência, que vale a pena esperar cada instante, mês ou até anos para ver os desígnios de Deus se realizando em sua vida por intermédio do matrimônio com a pessoa certa, no momento certo. Sou casada há pouco mais de um ano e quando conheci meu esposo, já de início percebi que ele era o rapaz com quem eu gostaria de formar uma família. Fomos apresentados e quanto mais íamos nos conhecendo, tanto mais íamos nos encontrando nas partilhas, nos sonhos e em todos os sentidos. Por ser um sentimento recíproco, “tínhamos tudo para ficar juntos” em pouco tempo. 
Porém, como é próprio nos nossos relacionamentos aqui na Canção Nova, começamos trilhando um caminho de amizade, conhecimento e espera. Um ano depois, demos os passos e iniciamos o namoro, depois o noivado e só depois de três anos é que chegou o momento do casamento. Nem sempre é fácil passar por todo o processo, mas posso afirmar, com segurança, que vale a pena! Hoje, quando olho para nossa história, percebo que toda as etapas vividas foram importantes na construção da nossa família, inclusive o tempo inicial em que cultivamos a amizade. 
Meu esposo é meu melhor amigo e isso faz toda a diferença em nosso relacionamento a partir das coisas simples do dia a dia. Se você aceita um conselho, é este que lhe dou: Seja amigo (a) da pessoa com quem você pretende se casar. “Gaste tempo” conhecendo sua história, seus sonhos, seus gostos, sua alma... Não tenha pressa na conquista, o amor é provado também pelo tempo. E seja qual for o motivo de sua espera ou a etapa em que se encontra hoje, procure dar sentido a este tempo. 
Uma coisa é certa: Deus quer sua felicidade e não está alheio às suas necessidades. Enquanto espera, procure descobrir e apreciar a beleza que está à sua volta e abra-se às novidades que a vida lhe oferece. Abra-se aos relacionamentos, seja acolhedor (a), procure ser agradável, preste atenção nas pessoas, exalte as virtudes de quem está à sua volta, não pare nos defeitos, ninguém é perfeito neste mundo e é o amor que nos faz vencer os limites. 
Nossa espera precisa ser confiante e ativa. Investir na cura interior, por exemplo, é uma ótima dica para quem deseja namorar certo para dar certo. Leia a respeito do assunto, escute as pessoas e não desanime, nem se deixe vencer pelo cansaço, espere de boa vontade com os olhos fixos no Senhor. 
"Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças" (Isaías 40, 31a). 
Lembra-se de que o tempo de Deus é diferente do nosso, por isso fique atento (a), hoje mesmo Ele pode lhe fazer uma ótima surpresa. 
Estamos juntos! 
Dijanira Silva – missionária da Canção Nova
dijanira@geracaophn.com